5 anos da pandemia de Covid: RN é o 9º estado do Brasil com menos mortes pela doença

No dia 17 de março de 2020, há 5 anos, uma terça-feira, o Rio Grande do Norte mergulhava em um dos períodos mais difíceis de sua história: a pandemia de Covid-19. Naquele dia, cinco após a descoberta do primeiro caso de Covid 19 no RN, o Governo do Estado produzia o primeiro decreto com medidas restritivas de circulação e determinava a suspensão das aulas nas redes públicas e privadas em todo o território potiguar.

Neste primeiro decreto também foram suspensos os eventos com mais de 100 pessoas; foram cancelados eventos agendados no Centro de Convenções pelos próximos 60 dias; e suspensas as feiras, exposições e eventos com apoio ou realização do Governo do Estado. Isso foi apenas o início.

Nos dias seguintes, diante do avanço dos casos no mundo, no Brasil e no RN, novas e mais duras medidas foram tomadas. Dia 19 de março de 2020 veio o decreto de calamidade pública, em virtude da pandemia do novo coronavírus. E dia 20, o fechamento quase que completo.

Por decreto foram suspensas as atividades coletivas com público superior a 50 pessoas; o funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e similares; as atividades em igrejas e templos religiosos, lojas maçônicas, academias, salões de festa e casa de eventos; e foi determinado o fechamento de parques públicos e de diversão, boates, museus, bibliotecas, teatros, cinemas e demais equipamentos culturais.

Diante da falta de vacinas e da estrutura de saúde existente, as medidas foram tomadas visando dois objetivos: evitar mortes e, ao mesmo tempo, o colapso da rede de saúde pela quantidade crescente de casos.

O primeiro caso da doença foi registrado no Rio Grande do Norte dia 12 de março. Ao todo, de março de 2020 até março de 2025, foram 604.271 pessoas contaminadas. No total, também de março de 2020 até março de 2025, a Covid matou no RN um total de 9.344 pessoas. Para além de números, foram pais e mães, irmãos e irmãs, filhos e filhas, amigas e amigos; um a um, insubstituíveis.

Pessoas como o professor universitário Luiz Di Souza, do Departamento de Química, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Ele foi a primeira pessoa que a Covid matou no RN, no dia 28 de março de 2020.

Somente em janeiro de 2021 a vacina da Covid chegou ao Rio Grande do Norte, quase um ano após a primeira morte. A primeira pessoa a ser imunizada no RN foi a técnica de enfermagem Maria das Graças Pereira de Oliveira, de 57 anos, que (na época) tinha 35 anos de serviços prestados no Hospital Giselda Trigueiro

A chegada do imunizante foi um alívio, mas a doença seguiu matando: em março daquele ano, o mês acumulou 1.013 mortes, a maior quantidade em todo o período monitorado. 15 de março de 2021 foi o dia que mais pessoas morreram por covid no RN: 254 vítimas em 24 horas. 

O número de mortes no Rio Grande do Norte só caiu para menos de 100 em 24 horas no mês de junho de 2021. E foi reduzindo nos meses seguintes, com o avanço da imunização. Após dezembro, devido às festas de final de ano, houve um repique da pandemia em janeiro de 2021 e o estado voltou a registrar mortes perto das 100 vítimas diárias. 

Em 31 de janeiro de 2022 foram 106 novos óbitos. Depois dessa data os números de mortos foram reduzindo e desde então nunca mais voltaram a apresentar a quantidade dos piores períodos que a pandemia registrou no Rio Grande do Norte. 

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Postado em 18 de março de 2025