Agradecimento público de Ezequiel em Acari levanta suspeitas sobre alinhamento político para 2026
A presença do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Sousa, em evento na cidade de Acari, chamou atenção não apenas pelo caráter institucional da agenda, mas principalmente pelo tom político adotado em seus discursos.
Durante a visita ao “Condomínio dos idosos ” Ezequiel fez questão de agradecer publicamente ao senador Styvenson Valentim pelo apoio e articulação voltados à implantação de lares para idosos no município. O presidente da Assembleia também destacou a parceria com o ex-prefeito Izaías Cabral e com o atual gestor municipal, Fernandinho.
Até aí, o gesto poderia ser interpretado como cordialidade institucional. No entanto, o destaque dado ao senador, em meio a um contexto político pré-eleitoral, acendeu o sinal de alerta nos bastidores da política potiguar. O agradecimento público, em tom elogioso, foi visto por aliados e observadores como algo além do protocolo.
Na política, gestos falam e, muitas vezes, mais alto do que discursos. O reconhecimento direcionado, ainda que sem anúncio formal de alianças, costuma sinalizar aproximação, diálogo e possível construção de palanque futuro.
O senador Styvenson Valentim é um nome frequentemente citado para a disputa pela reeleição ao Senado em 2026. Já Ezequiel Ferreira de Sousa, figura central no tabuleiro político do Rio Grande do Norte, mantém em aberto seus próprios caminhos eleitorais, podendo disputar desde cargos proporcionais até majoritários.
Nesse cenário, o agradecimento público em Acari é lido como um movimento calculado: não fecha portas, mas também não passa despercebido.
Aliança definida? Ainda não
Apesar das especulações, interlocutores próximos a Ezequiel avaliam que qualquer leitura de apoio antecipado ainda é precipitada. O presidente da Assembleia é conhecido pelo perfil pragmático e pela habilidade de transitar entre diferentes grupos políticos, sempre priorizando a construção de consenso e o fortalecimento de seu grupo.
Por outro lado, também não se pode ignorar que política é feita de sinais. E o sinal emitido em Acari foi claro: há diálogo, há reconhecimento e há, no mínimo, respeito político entre Ezequiel e Styvenson.
Com o calendário eleitoral se aproximando, episódios como esse tendem a se multiplicar e ganhar ainda mais peso. A leitura que fica é que o tabuleiro de 2026 já começou a ser montado, peça por peça, discurso por discurso.
Se o gesto de Acari será apenas uma cordialidade institucional ou o primeiro passo de uma aliança mais robusta, só o tempo e os próximos movimentos dirão. Mas, como ensina a velha máxima da política, nada é dito por acaso.
