Após médicos confundirem sintomas com efeito colateral de vacina, mulher é diagnosticada com câncer em estágio terminal.
Katie Pritchard, uma enfermeira britânica de 37 anos, foi diagnosticada com um câncer em estágio terminal depois que os médicos confundiram os sintomas da doença com efeitos colaterais da vacina contra a Covid-19. Os especialistas chegaram a desconfiar também que os sinais do tumor, localizado no colo do útero, poderiam ser de uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Ao jornal do Reino Unido DailyMail, Katie conta que procurou os médicos em janeiro do ano passado depois de encontrar um nódulo. No entanto, os profissionais desconsideram qualquer diagnóstico mais grave e mandaram a enfermeira de volta para casa.
Eles afirmaram ainda que poderia ser um quadro de prolapso da bexiga após o nascimento de seu filho, quando a fragilidade dos músculos que constituem o assoalho pélvico causa a perda de sustentação não só da bexiga, mas também de órgãos como a uretra, útero, intestino, reto e segmentos vaginais.
Com a persistência do problema, e o descontentamento com a forma como os médicos a haviam atendido, a britânica buscou uma segunda consulta no mês seguinte, em fevereiro, com um ginecologista. Foi quando ela recebeu o diagnóstico correto de câncer de colo de útero.
— Depois de me examinar, ele (o ginecologista) perguntou se eu tinha vindo sozinha para a consulta e a partir desse momento eu sabia o que ele ia dizer – eu sabia que era câncer. Eu também trabalho na área da saúde, então sabia que era algo mais do que um prolapso da bexiga ou uma IST — contou Katie.
Com a demora para receber o diagnóstico, e a fila de espera do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), que é público, a enfermeira começou o tratamento apenas em abril, ponto em que o câncer já havia se espalhado, a chamada metástase. Foram seis semanas de radioterapia e quimioterapia, que demandaram ainda duas transfusões de sangue e diversas idas ao hospital devido ao seu estado de saúde.
Em junho, ela recebeu a boa notícia de que o câncer havia sido eliminado. No entanto, três meses depois, em setembro, durante um exame de rotina devido a dores que acreditava se tratar de uma infecção pulmonar, a britânica teve uma anomalia identificado no órgão. Em dezembro, a biópsia comprovou que o tumor havia voltado.
O quadro já avançado levou os médicos a avaliarem que ela terá apenas alguns meses a mais de vida. Por isso, agora faz quimioterapia apenas para estender esse período, como um método paliativo e conseguir se casar com o seu parceiro Tom, com quem tem dois filhos.
Um outro tratamento, com o imunoterápico Keytruda, da MSD, poderia prolongar ainda mais esse tempo, porém seu preço é elevado e ele não é disponibilizado na rede pública do Reino Unido. Por isso, Katie e sua família deram início na última semana a uma vaquinha online para arrecadar R$ 1,1 milhão e conseguir pagar a terapia – que custa R$ 33 mil por semana. Até agora, o montante arrecadado ultrapassa R$ 670 mil.
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