O Banco Central da Argentina formalizou um acordo de financiamento com os Estados Unidos no valor de US$ 20 bilhões. O peso argentino enfrenta uma pressão cambial significativa, com a moeda atingindo uma cotação recorde de 1.476 pesos por dólar.

Apesar das intervenções do Tesouro dos EUA, incluindo a compra de pesos argentinos no mercado paralelo. Além disso, as reservas internacionais do país estão abaixo de US$ 5 bilhões, o que limita a capacidade do Banco Central de intervir no mercado cambial.

O mecanismo utilizado para essa operação é o swap cambial, que consiste na troca de moedas entre os dois países. Essa operação visa aumentar a capacidade do país de enfrentar choques externos e internos, proporcionando uma ferramenta adicional para a política monetária e cambial.

O anúncio foi feito em meio à desvalorização do peso argentino e ocorre a apenas seis dias das eleições legislativas argentinas, agendadas para 26 de outubro, consideradas decisivas para o governo do presidente Javier Milei.

Milei, que busca ampliar sua base de apoio no Congresso, vê no acordo uma oportunidade para demonstrar confiança internacional em sua gestão econômica. No entanto, a oposição questiona a eficácia do acordo e alerta para os riscos de dependência de financiamentos externos em um cenário de alta inflação e dívida pública elevada.

Segundo comunicado oficial do governo argentino, o objetivo do acordo é “manter a estabilidade dos preços e fomentar um crescimento econômico sustentável em um país que enfrenta crises recorrentes ao longo da sua história”.

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