Auxílio-doença: INSS bate novo recorde de benefícios concedidos por vício em álcool e jogo
Durante o ano de 2023, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concedeu benefícios a 4,3 mil indivíduos com doenças mentais relacionadas ao vício em álcool, além de 36 casos ligados ao vício em jogos, representando um aumento contínuo nos últimos três anos.
Desde o início da pandemia, o INSS tem observado um crescimento constante nos pagamentos de benefícios a pessoas que enfrentam transtornos mentais devido ao vício em álcool e jogos. Esses repasses aumentaram em 37% e 350%, respectivamente, ao longo de três anos.
Em 2022, foram concedidos 4,3 mil benefícios relacionados ao alcoolismo, um aumento significativo em comparação aos 3,6 mil registrados em 2022, representando um crescimento de 19,5%. Em 2021, esse número foi de 3,3 mil, e em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, foram contabilizados 3,1 mil benefícios.
Do total de 4,3 mil pagamentos realizados em 2023 devido ao alcoolismo, 78% (3,4 mil) foram destinados ao auxílio-doença, conforme definido pela Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), que trata dos “transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool”.
Os casos relacionados ao vício em jogos são menos numerosos, com 36 benefícios concedidos em 2023. No entanto, essa cifra continua a aumentar, partindo de oito casos em 2020, dez em 2021 e 11 em 2022. Todos os pagamentos realizados pelo INSS foram direcionados ao auxílio-doença. Essas informações foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação.
O transtorno conhecido como “jogo patológico” ocorre quando há “episódios repetidos e frequentes de jogo que dominam a vida do sujeito, em detrimento dos valores e dos compromissos sociais, profissionais, materiais e familiares”, de acordo com o Ministério da Saúde.
Vale ressaltar que as apostas esportivas foram recentemente regulamentadas no país, anteriormente operando através de sites no exterior sem o pagamento de impostos. O governo federal agora destinará 1% do valor arrecadado para a saúde.
Metrópoles.