Brasil está forte, Lula está forte e vamos chegar muito fortes também, diz Cadu Xavier

Postado em 11 de novembro de 2025

O secretário estadual de Fazenda e pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Cadu Xavier, afirmou que o grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará “muito forte” à disputa eleitoral de 2026. Um dos fatores que aumentará a competitividade do grupo, segundo ele, é o crescimento de Lula – que será impulsionado, por sua vez, pela melhora dos índices econômicos.

“Nós vamos estar no segundo turno. Quem vai estar contra a gente eu não sei. Mas nós temos ao nosso lado o nosso grande aliado, que é o presidente Lula, o maior líder desse país. Ele animado, forte e vigoroso. O governo vem apresentando números muito importantes na economia. Vai ser a menor inflação de quatro anos da história do Brasil. O Brasil está com pleno emprego e a gente vai chegar muito forte. Posso te garantir que vamos estar no segundo turno”, enfatizou, em entrevista à Rádio Cidade nesta segunda-feira 10.

Cadu Xavier confirmou que o MDB vai indicar o vice em sua chapa e disse que conversas estão em andamento para formar uma ampla aliança para a disputa eleitoral do próximo ano. “O nosso grupo político tem como característica a amplitude das alianças. A gente quer formar o maior grupo possível. Claro que o nosso principal aliado nesse contexto é o partido do vice-governador Walter Alves, o MDB, que é um dos maiores partidos do Estado”, declarou o petista.

O secretário de Fazenda ressaltou que a transição de gestão também já está ocorrendo. Em abril, Fátima Bezerra vai renunciar para ficar apta para a disputa do Senado e Walter Alves assumirá a gestão até 31 de dezembro de 2026. “A transição está se dando de forma muito harmoniosa. Já tem nomes do primeiro escaldão indicados pelo vice-governador”, enfatizou.

Cadu relatou que vem conciliando as funções administrativas com a agenda política desde que teve seu nome lançado, em fevereiro, como pré-candidato à sucessão estadual. Ele afirmou que tem percorrido os 167 municípios do Rio Grande do Norte para fortalecer sua imagem e divulgar as ações do governo. “A recepção tem sido muito boa”, disse, acrescentando que, ao longo das viagens, a população tem passado a reconhecê-lo como “Cadu de Fátima, Cadu de Lula”.

Ao tratar da formação da chapa majoritária de 2026, Cadu elogiou lideranças que considera fundamentais. Disse ter “o maior respeito” por Garibaldi Alves Filho, a quem definiu como “um dos maiores governadores da história do RN”, e classificou Milena Galvão, vice-prefeita de Currais Novos e irmã do presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, como “um excelente nome”. Defendeu a unidade do grupo político de Fátima e Lula, afirmando que a meta é chegar à eleição com uma aliança consolidada.

Na avaliação de Cadu, o próximo pleito será marcado por forte polarização. Para ele, de um lado estará o campo progressista e, do outro, “aqueles que militam contra a democracia”.

Situação fiscal do Estado
Ao ser questionado sobre o aumento da dívida pública estadual, que alcança R$ 6,3 bilhões — crescimento de R$ 1,8 bilhão em relação a 2019 —, Cadu afirmou que o principal fator desse endividamento está na contabilização dos precatórios. Segundo ele, cerca de 80% da dívida, o equivalente a R$ 4,9 bilhões, decorre de ações judiciais movidas por servidores públicos nas últimas duas décadas.

“Os precatórios saíram de R$ 400 milhões para R$ 4,9 bilhões. São dívidas de precatórios que foram acumuladas por descumprimentos com servidores ao longo dos últimos vinte ano. Então, não dá para trazer essa conta para o colo do governo da professora Fátima”, explicou.

O secretário destacou que a dívida explodiu na gestão atual porque o governo promoveu uma mudança estrutural na contabilidade pública. “Antes, o Rio Grande do Norte era o último estado em demonstrações contábeis. Hoje é o quarto. O que dá para trazer para o colo do governo da professora Fátima é a veracidade dos dados contábeis que a gente tem hoje, que não existia no Estado.”, disse. Para ele, a transparência alcançada nas contas é um avanço, ainda que o Estado continue enfrentando sérios problemas de liquidez. “O endividamento não é o problema. O problema é o dinheiro em caixa”, declarou.

Gasto com pessoal e previdência
Cadu Xavier ressaltou que, entre os principais desafios do próximo governador, está dar sequência ao trabalho de recuperação fiscal do Estado. Ele registrou que o Estado segue com o maior nível do Brasil de gasto com pessoal em relação à receita.

“Sou servidor público com muito orgulho, mas o Rio Grande do Norte tem o maior comprometimento de gasto com o pessoal do País. Isso são dados públicos, a gente não tem como fugir. E é importante dizer que o estado do Rio Grande do Norte está acima do limite prudencial há mais de vinte anos”, declarou.

Além do gasto com pessoal, ele cita a despesa com a Previdência, que também está proporcionalmente entre as maiores do Brasil. “Nós temos mais servidores aposentados e pensionistas do que servidores ativos”, pontuou.

“Eu diria que os maiores desafios que o próximo gestor do RN vai ter que enfrentar e lidar são esse déficit previdenciário, esse déficit de servidores também e o alto comprometimento de gasto com o pessoal”, declarou.

13º salário será pago em duas etapas, confirma secretário
O secretário de Fazenda confirmou também que o Governo do Estado vai pagar o 13º salário de 2025 em duas etapas. De acordo com ele, uma parte do valor será depositada para os servidores em dezembro e o restante ficará para os primeiros dias de janeiro de 2026 – como tem ocorrido desde o início da gestão da governadora Fátima Bezerra.

Por lei, o 13º salário precisa ser pago na íntegra até o dia 20 de dezembro (com uma antecipação de 50% no fim de novembro). No entanto, nos últimos anos, devido a dificuldades financeiras, o governo estadual tem pagado integralmente em dezembro apenas para servidores que ganham os salários mais baixos (normalmente, na faixa de R$ 4 mil). Para aqueles que recebem acima desse valor, normalmente o governo deposita uma parte do valor em dezembro e deixa o restante para janeiro.

“Desde que a governadora assumiu, não houve mais atraso de salário. A gente paga o salário dentro do mês e, no final do ano, a gente sempre paga o 13º para os servidores. O que eu posso garantir para você, servidor, servidora, aposentado, pensionista, é que você vai receber o seu 13º salário. Como a gente vem pagando? A gente vem pagando uma parte em dezembro e finalizando no início de janeiro. Isso vem acontecendo ao longo dos últimos anos. Todos os anos a gente pagou assim. A gente vai pagar assim também em 2025”, afirmou Cadu.

O secretário, porém, disse que não há datas definidas para o pagamento. “Como vai ser, a data precisa, quando vai receber, a gente ainda não tem as datas. Estamos trabalhando para anunciar o mais breve possível”, declarou Cadu.

Cadu Xavier rebateu as críticas sobre o não pagamento do 13º salário dentro do prazo estipulado por lei. “Vai ter 13º salário. A gente vê na mídia por aí fazerem alarde… A gente vem pagando sempre assim, e sempre tem sido grandes finais de ano. E 2025 vai ser mais um grande final de ano aqui no Rio Grande do Norte”, falou.

O titular da Fazenda também destacou o impacto que o 13º salário dos servidores público tem na economia do Estado. “Além de ser uma notícia importantíssima para o servidor, a garantia do pagamento do 13º é muito importante também para a economia do Estado. A gente tem uma economia infelizmente muito dependente dos recursos da folha de pagamento do Estado. Então, a gente dar a segurança aos servidores é também a garantia de um final de ano com a economia pujante aqui no Estado”, declarou Cadu.

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