O pré-candidato a governador Cadu Xavier (PT) afirmou nesta sexta-feira 23 que sua candidatura ao Governo do Estado é “irreversível”. De acordo com ele, o PT “nunca esteve tão unido em torno de um nome”.

O atual secretário estadual de Fazenda minimizou o baixo desempenho tido até agora em intenções de votos e disse que vê uma chance de crescimento do seu nome por causa da baixa rejeição atestada em pesquisas.

“O que eu ouço dos parlamentares, dos militantes do PT, principalmente, é que o partido nunca esteve tão unido em torno de um nome como está agora em torno do meu nome. E isso é o que me dá força, motivação e confiança para seguir nesse caminho”, afirmou Cadu, em entrevista à rádio Mix.

Nome escolhido pela governadora Fátima Bezerra (PT) para sucedê-la, Cadu Xavier falou também sobre o que chamou de processo de tentativa de desconstrução da sua candidatura. Ele afirmou que esse movimento já era esperado e se reflete, segundo ele, em análises de pesquisas que mensuram seu potencial para baixo.

“Esse é o jogo da política, faz parte do processo. Eu tenho muita tranquilidade para lidar com isso. O meu nome não era esperado pela oposição ao governo. Eu trago características de ser um cara técnico. Tenho uma atuação política nos seis anos do governo da professora Fátima, mas passei seis anos sendo elogiado, inclusive pela própria oposição, por blogueiros, por jornalistas da oposição. E agora eles estão tendo uma dificuldade muito grande nesse processo de tentar me desconstruir”, enfatizou o secretário.

“Mas faz parte do jogo. A gente tem que olhar com naturalidade. Nosso trabalho é seguir de cabeça erguida, fazendo o trabalho que nós estamos fazendo. A gente tem consciência e convicção de que estamos no caminho certo”, acrescentou.

Rejeição
O pré-candidato disse que, apesar de ter uma performance baixa em termos de intenção de votos, tem baixa rejeição, o que pode favorecer sua candidatura mais à frente. “A parte boa desse desafio é que as pessoas não me olham com rejeição. A minha rejeição, e até nas pesquisas que a gente tem feito, é menor do que a rejeição do PT. (Minha candidatura) é uma página em branco do ponto de vista eleitoral para ser preenchida, e a gente está preenchendo cada dia mais”, declarou.

Alianças

Cadu falou que a preferência de indicação do seu companheiro de chapa é do MDB, partido do atual vice-governador Walter Alves. “Existe uma tendência de qual seria esse partido a indicar o vice, que é o MDB. O MDB é um partido que está ao nosso lado. O vice-governador é do MDB”, acrescentou.

O pré-candidato também defendeu que o PSD, da senadora Zenaide Maia, se mantenha aliado do PT no plano estadual. Cadu Xavier disse acreditar em uma dobradinha entre Fátima e Zenaide na disputa para o Senado. O secretário de Fazenda falou que o atrito entre os partidos ocorrido em São Gonçalo do Amarante, em 2024, está superado. No município, Jaime Calado (PSD), atual prefeito e marido de Zenaide Maia, enfrentou Eraldo Paiva (PT).

“O ex-secretário Jaime Calado, prefeito de São Gonçalo do Amarante, é um grande amigo que eu tenho. A gente foi companheiro de governo por todo o primeiro mandato. Houve essa disputa lá em São Gonçalo que eu acho que já está superada. A nossa expectativa é que eles estejam também ao nosso lado”, declarou Cadu.

Por outro lado, Cadu deixou claro que sua candidatura é irreversível e que uma eventual aliança entre PT e PSD consistiria no apoio ao seu nome.

“O que a gente espera é que o PSD venha compor com a gente nesse contexto: a minha candidatura ao governo e a senadora Zenaide venha a somar nessa chapa. A minha candidatura, segundo o Partido dos Trabalhadores, e eu estou colocando aqui de forma bem clara, ela é irreversível. Então, o contexto é de uma aliança com eles vindo para o nosso lado. A senadora Zenaide sendo candidata ao Senado junto com a governadora Fátima”, encerrou.

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