Câncer de bexiga: julho traz campanha de conscientização

Postado em 4 de julho de 2025

Julho é o mês de conscientização para o câncer de bexiga. Dados preliminares do ano de 2024 sobre a doença apontam 5.028 mortes pela doença no Brasil, sendo 3.354 homens e 1.674 mulheres. No Rio Grande do Norte, foram registrados 61 óbitos no último ano, 171 nos últimos três anos. Entre 2021 e 2024, mais de 15 mil pessoas faleceram em decorrência da doença no país, segundo dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade do Ministério da Saúde.

O câncer de bexiga atinge mais homens do que mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse é o sétimo câncer mais incidente entre os homens no Brasil, o que representa mais de 3% dos cânceres no sexo masculino. A maior incidência em homens se deve principalmente por dois motivos: maior exposição a fatores de risco, como o tabagismo, e exposição ocupacional a produtos químicos em algumas profissões. Além disso, fatores hormonais e diferenças biológicas entre os sexos também podem influenciar.

Dados do Inca apontam uma estimativa de que em 2025 deverão ser registrados 11.370 novos casos de câncer de bexiga, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. Isso corresponde a um risco estimado de 7,45 casos novos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres.

O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga. Dados do Inca apontam que o hábito pode triplicar o risco desse tipo de câncer. Mas entre outras causas estão a exposição a substâncias químicas; alguns medicamentos e suplementos dietéticos; idade avançada; e histórico familiar. Entre os principais sintomas estão o sangue na urina, principalmente em pacientes acima de 50 anos; maior frequência urinária; ardência ao urinar; urgência para urinar; e jato urinário fraco.

Especialistas ressaltam que, em estágio inicial, a doença geralmente é silenciosa por isso é importante consultar um médico para exames de rotina. A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, de imagem, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Identificado o tumor, o tratamento varia conforme o estágio da doença e pode consistir em cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

Embora nem sempre seja possível prevenir o câncer de bexiga, algumas atitudes podem contribuir para a redução do risco. Parar de fumar e evitar exposição ao cigarro, já que o tabagismo se caracteriza como principal fator de risco, manter uma rotina e dieta saudáveis e equilibradas, evitar exposição a produtos químicos tóxicos e manter ingestão de boa quantidade de água auxiliam na prevenção à doença.

Tribuna do Norte