Caso Zaira: três promotores de Justiça atuam no Júri e além do réu, 22 pessoas serão ouvidas

Começa nesta segunda-feira (02), em Natal, o julgamento do policial militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estuprar e matar a universitária Zaira Dantas Silveira Cruz, de 22 anos, em março de 2019, no município de Caicó. O caso, de grande comoção no Rio Grande do Norte, está sendo julgado por um júri popular, com previsão de durar até a próxima sexta-feira (6).
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) designou três promotores de Justiça para atuar na sessão do júri. No entanto, a instituição informou que os promotores não concederão entrevistas à imprensa durante o andamento do julgamento. A advogada Kalina Leila Medeiros, que defende os interesses da família de Zaira Cruz, vai auxiliar o MPRN.
Por questões de segurança, logística e sensibilidade do caso, apenas seis pessoas foram autorizadas pela unidade judicial a acompanhar presencialmente a sessão: a mãe, o pai e a irmã de Zaira, além de uma psicóloga do Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Letal e Intencional do MPRN; do lado do réu, apenas a mãe e um acompanhante estão autorizados.
O julgamento prevê a oitiva de 22 pessoas, incluindo testemunhas de acusação e defesa, além do próprio réu. O processo é volumoso, contendo mais de 7 mil laudas, o que evidencia a complexidade da investigação e da tramitação judicial do caso.
Inicialmente, o processo tramitou na 3ª Vara de Caicó.
Zaira Cruz foi encontrada morta dentro do carro de Pedro Inácio, na cidade de Caicó no dia 2 de março de 2019. A denúncia do Ministério Público sustenta que ela foi vítima de estupro e feminicídio.
Sidney Silva