CPMI do INSS: Abraão Lincoln é solto após pagar fiança

Postado em 4 de novembro de 2025

O presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, foi detido durante sessão da CPMI do INSS e liberado horas depois, na madrugada desta terça-feira (4), mediante pagamento de fiança. A ordem de prisão foi decretada pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), sob acusação de falso testemunho.

A sessão da CPMI, que começou ainda na segunda-feira (3), discutia supostas fraudes em entidades que descontam mensalidades diretamente de benefícios previdenciários. Ao encerrar os trabalhos, Viana declarou que determinou a prisão em flagrante de Abraão Lincoln “pelo crime impróprio de falso testemunho”, previsto na Lei nº 1.579/52, que regulamenta comissões parlamentares de inquérito.

Acusações de falso testemunho

Segundo parlamentares, o sindicalista teria mentido sobre sua relação com Gabriel Negreiros, tesoureiro da CBPA e padrinho de um dos netos de Abraão. Deputados exibiram uma foto do batizado da criança e citaram ainda depósitos que somariam R$ 5 milhões em uma conta ligada a Negreiros.

O deputado Duarte Jr. (PSB-MA) rebateu a versão do depoente, que inicialmente negou conhecer o tesoureiro para além de laços profissionais. “Ele ser padrinho do seu neto é relação institucional?”, ironizou o parlamentar.

Pressionado, Abraão Lincoln recuou e disse ter se confundido na resposta ao relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL): “Quero pedir perdão, porque, na minha ignorância, não disse, mas ele é meu compadre”, afirmou, sem convencer a comissão.

O relator apontou ainda outros quatro momentos em que o presidente da confederação teria mentido durante o depoimento.

Tribuna do Norte

CPI do Crime Organizado será instalada na terça-feira no Senado

Postado em 4 de novembro de 2025

A Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o crime organizado será instalada na manhã terça-feira (4), conforme proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que também foi assinada pelo senador Styvenson Valetim (PSDB).

A CPI elege às 11h o presidente, o vice e o relator e terá 120 dias para investigar especialmente o crescimento das facções e milícias.

Segundo Alessandro Vieira, o avanço do crime organizado ocorre em razão do “abandono do poder público”: “Essa tragédia tem solução. Não é pauta eleitoreira, é urgência nacional”, disse o senador em suas redes sociais.

Onze senadores integrarão a CPI, dos quais 10 já foram indicados pelas lideranças partidárias. A CPI terá R$ 30 mil para desembolsar em suas investigações.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), através do aludido Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, cuja fonte são os boletins de ocorrência produzidos pelas Polícias Civis, houve 47,3 mil mortes violentas intencionais no ano de 2022, possuindo o país uma de taxa de mortalidade de 23,3 a cada 100 mil habitantes.

Por sua vez, os Indicadores de Percepção Social (SIPS) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), ainda que os dados careçam de atualização (a pesquisa remonta a 2012), apontam que o medo de ser assassinado acomete 62,4% dos brasileiros, percentual esse que aumenta nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, chegando a 72,9% e 70,4%, respectivamente.

Segundo o requerimento de criação da CPI há 72 facções criminosas no Brasil, conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais). Esse movimento de criação das quadrilhas nas comunidades brasileiras vem da migração dos cidadãos do campo para as cidades nas décadas de 70 a 80, em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Com o êxodo rural bastante acelerado, especialmente para São Paulo e Rio de Janeiro, somado à baixa oportunidade de empregos, baixos salários, aumento de moradias irregulares nas favelas e a acentuação da desigualdade social da população local, criou-se o cenário adequado para o surgimento de mazelas sociais que propiciaram o desenvolvimento da criminalidade, em especial furtos, roubos e tráfico de drogas.

As consequências econômicas desse cenário para o país são assustadoras, diz o requerimento assinado por 31 senadores. Estima-se um ônus de R$ 453,5 bilhões a empresas em 2022, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Os custos diretos e indiretos da criminalidade institucionalizada e da violência giram em torno de 1,8% e 4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Operação contra o CV que deixou mais de 120 mortos no Rio ensejou decisão de Alcolumbre de dar início aos trabalhos da CPI.

Tribuna do Norte

MOTO FURTADA EM PARELHAS É RECUPERADA PELA POLÍCIA MILITAR NA COMUNIDADE RAJADA, EM ACARI

Postado em 4 de novembro de 2025

Na manhã desta segunda-feira (03), policiais da 2ª Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM) recuperaram uma motocicleta com queixa de furto durante uma ação na comunidade Rajada, zona rural de Acari/RN.

De acordo com informações repassadas pela guarnição, a equipe recebeu uma denúncia informando que havia uma moto abandonada nas proximidades do Posto Azevedo. De imediato, os militares se deslocaram até o local e constataram que o veículo, uma Honda Biz, possuía registro de furto na cidade de Parelhas.

A motocicleta foi conduzida até a sede da 2ª Companhia do 13º BPM, onde foram adotados os procedimentos cabíveis e comunicada a autoridade policial competente.

O principal suspeito de envolvimento no crime, segundo a PM, possui um histórico extenso de furtos qualificados por abuso de confiança e é investigado em outros procedimentos anteriores na região.

O Major Garcia, comandante da 2ª Companhia do 13º BPM, informou que as ações de fiscalização e patrulhamento serão intensificadas durante a semana, dentro da Operação Terra das Cordilheiras, reforçando o compromisso da Polícia Militar com a segurança da população.

“A recuperação desse veículo é mais um resultado do trabalho integrado e do comprometimento da nossa equipe. A operação vai continuar para garantir que criminosos não encontrem refúgio na nossa região”, destacou o Major Garcia.

A motocicleta será devolvida ao proprietário após a conclusão dos trâmites legais.

Projeto de isenção do IR entra em semana decisiva

Postado em 4 de novembro de 2025

Oprojeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) entra em uma semana decisiva no Senado, com tendência de gerar uma rara convergência entre governistas e oposicionistas na votação. Se aprovado, o texto seguirá para sanção presidencial e representará uma vitória política para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), especialmente pelo apelo popular em ano eleitoral.

A proposta isenta do IR quem recebe até R$ 5 mil mensais, cria uma faixa de desconto para salários entre R$ 5 mil e R$ 7.350 e estabelece uma tributação adicional para rendas anuais acima de R$ 600 mil.

O relator do tema no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), deve apresentar o seu parecer nesta terça-feira (4), quando também deverá ser votado e aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O colegiado agendou para as 10 horas o início da reunião.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que é um desejo pessoal levar o texto a plenário até quarta-feira, 5. O cronograma foi definido em reunião entre Renan e Alcolumbre.

Senadores afirmam ainda não ter tido acesso ao parecer de Renan, que disse trabalhar com cinco cenários possíveis – do desmembramento de pontos específicos à aprovação integral do texto já aprovado pela Câmara.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Renan tende a manter a essência do texto dos deputados, aprovado por unanimidade, com possíveis ajustes de redação. Para ele, isso garantirá que o projeto siga diretamente à sanção, sem necessidade de nova análise pela Câmara.

Mesmo parlamentares da oposição defendem uma votação rápida e sem alterações. “Deveríamos ter votado isso no dia seguinte ao que chegou da Câmara. Para mim, não tem de ter modificação nenhuma”, afirmou à reportagem o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), que é do mesmo partido do relator do projeto na Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Renan, contudo, tem criticado dispositivos como o que beneficia os cartórios, ao excluir repasses obrigatórios sobre emolumentos da base de cálculo da tributação mínima do IR – trecho incluído de última hora pelos deputados e considerado por Renan inconstitucional.

Outro ponto que pode sofrer alterações é o trecho que permite que dividendos acima de R$ 50 mil apurados até dezembro deste ano fiquem isentos da tributação, ainda que sejam distribuídos nos anos seguintes (até 2028).

“Você tem problema na remessa de lucro, tem exclusões também. Você tem problemas nos dividendos aprovados até 31 dezembro de 2025 que podem ser recebidos até 31 dezembro de 2028. Você tem muitos problemas”, disse Renan na semana passada.

Sob reserva, senadores de outros partidos oposicionistas também dizem apoiar o projeto, por não verem como justificar a seus eleitores um eventual voto contrário. Demonstram, no entanto, preocupação com as compensações fiscais necessárias para cobrir a renúncia decorrente da isenção. O principal contrapeso previsto é uma alíquota adicional de até 10% sobre rendas superiores a R$ 600 mil anuais, incluindo dividendos.

Renan tem se mostrado cético quanto à afirmação do Ministério da Fazenda de que o projeto é neutro do ponto de vista fiscal e cobrou da pasta novos cálculos. A consultoria do Senado estima, em um cenário conservador, que a proposta apresentará perdas de R$ 12,3 bilhões em três anos, como mostrou o Estadão.

Outro ponto que pode sofrer mudanças é a compensação de arrecadação para Estados e municípios.

A Constituição determina que o Imposto de Renda pago por servidores municipais e estaduais pertence às prefeituras e aos governos, respectivamente. Na prática, a medida funciona como uma espécie de desoneração da folha de pagamentos, porque torna mais barata a folha para esses entes.

Por exemplo: se um servidor recebe R$ 5 mil brutos, a prefeitura faz o pagamento já descontando o IR devido, cerca de R$ 479 (exemplo hipotético) – ou seja, na prática, ela gasta menos. Com a isenção até R$ 5 mil, as prefeituras e os governos estaduais terão de desembolsar efetivamente esse dinheiro, para compensar a isenção do IR.

A Frente Nacional dos Prefeitos estima perdas de R$ 4,8 bilhões com essa medida, segundo o secretário-executivo da entidade, Gilberto Perre. A proposta aprovada na Câmara prevê uma compensação via Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e dos Estados (FPE), que receberão novos aportes. Ainda assim, a FPE entende que haverá perdas.

“A neutralidade na arrecadação dos entes subnacionais não está assegurada com o texto aprovado na Câmara. A FNP entende que as compensações são insuficientes e pouco claras. Como o critério do fundo de participação dos municípios é populacional, as perdas podem ir em uma direção, e as compensações, em outra”, afirmou Perre.

Tribuna do Norte

Moraes mantém prisão de Braga Netto

Postado em 4 de novembro de 2025

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira 3 manter a prisão do general Braga Netto.Moraes mantém prisão de Braga Netto – Agora RNMoraes mantém prisão de Braga Netto – Agora RN

General da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o militar está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na decisão, Moraes destacou que o general foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão na ação penal da trama golpista e ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“O término do julgamento do mérito da presente ação penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal”, afirmou o ministro.

Durante as investigações, a Polícia Federal identificou que o general, réu por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.

agora rn

Anvisa proíbe uso de substâncias químicas presentes em produtos de unhas em gel

Postado em 4 de novembro de 2025

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na quarta-feira (29), uma resolução que proíbe o uso de duas substâncias químicas em produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes: o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA). A medida tem como objetivo proteger a saúde da população contra riscos de câncer e problemas reprodutivos.

Esses compostos costumam ser utilizados em produtos voltados para a fixação de unhas artificiais e esmaltes em gel, que precisam ser expostos à luz ultravioleta (UV) ou LED. Estudos internacionais apontaram que o DMPT é classificado como potencialmente cancerígeno para humanos, enquanto o TPO foi identificado como tóxico para a reprodução, podendo afetar a fertilidade.

Com a decisão, o Brasil passa a adotar padrões semelhantes aos da União Europeia, que também baniu recentemente o uso dessas substâncias. Segundo a Anvisa, a medida busca evitar que produtos considerados inseguros em outros países continuem sendo comercializados no país.

A resolução estabelece prazos distintos para a adequação do mercado. A fabricação, importação e concessão de novos registros ou notificações de produtos que contenham as substâncias estão proibidas de forma imediata. Já empresas e estabelecimentos terão 90 dias para interromper a comercialização e o uso de produtos que já estejam disponíveis. Após esse prazo, todos os registros e notificações serão cancelados pela Anvisa, e os produtos deverão ser recolhidos das prateleiras.

98fm

Operação seguiu diretrizes constitucionais, diz Castro ao STF

Postado em 4 de novembro de 2025

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), apresentou os esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira (3), e afirmou que a megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão seguiu princípios constitucionais.

No documento, Castro contextualiza a origem e a complexidade da facção Comando Vermelho, justifica o uso proporcional de força devido à intensa resistência armada e detalha os resultados da operação. A ação realizada no último dia 28 deixou 121 mortos.

Segundo o relatório, 99 pessoas foram presas e houve a apreensão de armamentos pesados e duas toneladas de maconha. O governo também afirma que a operação observou rigorosamente as diretrizes constitucionais e as determinações da chamada ADPF das Favelas, incluindo o uso de câmeras corporais e o acompanhamento do Ministério Público.

O governo alega que as disputas territoriais entre o Comando Vermelho e facções rivais causaram uma corrida armamentista pesada e que o “movimento de resistência prisional consolidou uma ideologia de confronto ao Estado”.

O objetivo central da operação era capturar o líder do CV, Edgar de Andrade, mais conhecido como Doca. “A análise de inteligência evidenciou estrutura hierarquizada e funcional, com divisão de tarefas em diferentes escalões do tráfico”, diz.

O governo ainda justifica que, durante as ações policiais, os criminosos “enfrentaram abertamente as forças do Estado, utilizando armas de uso restrito e de emprego coletivo, como fuzis”.

Segundo o governo, foi estimado que cerca de 500 criminosos estariam na região e que muitos deles estavam camuflados e portavam armas de alto calibre. “Apenas as armas confiscadas têm valor superior a R$ 12 (doze) milhões”, diz.

O governo ainda diz que a operação contou com aproximadamente 2.500 agentes de segurança. No documento, Castro ainda diz que foi instaurado um inquérito para apurar possível fraude em relação à perícia dos corpos.

“A atuação estatal, diante de organizações criminosas de perfil narcoterrorista, constituiu exercício legítimo do poder-dever de proteção da sociedade, concretizando o princípio da legalidade e reafirmando o compromisso das forças de segurança pública com a legalidade, a transparência e a proteção dos direitos humanos, em estrita observância ao Estado Democrático de Direito e à defesa da vida”, conclui Castro no documento.

98fm

Suspeito de envolvimento na morte do prefeito de João Dias é apontado por novo crime de extorsão

Postado em 4 de novembro de 2025

Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato do prefeito de João Dias foi novamente apontado em outro crime, desta vez por associação criminosa. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o homem foi preso no Paraguai em 22 de agosto deste ano, junto a outros três investigados.

As investigações indicam que o suspeito continuava coordenando o grupo criminoso, determinando a prática de extorsões com o objetivo de arrecadar dinheiro para custear suas próprias despesas e mantendo as atividades da organização.

Além dele, outros dois homens tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pelo mesmo crime. A Polícia Civil informou que ambos foram detidos — um em São Paulo e outro em Patu, no interior potiguar. Eles são apontados como executores diretos das ordens do líder, sendo responsáveis por cobranças, ameaças e pelo repasse dos valores obtidos de forma ilícita.

Após os procedimentos legais, os presos permaneceram à disposição do Poder Judiciário e do Ministério Público.

A operação foi coordenada pela 7ª Delegacia Regional de Patu, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da 8ª Delegacia Regional de Alexandria, que atuaram na localização e captura dos suspeitos.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, no dia 22 de agosto deste ano, três suspeitos pelo assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo, ocorrido em agosto de 2024.

As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, durante uma operação internacional que contou com o apoio da Polícia Federal, da Divisão de Homicídios de Foz do Iguaçu (PR) e da Polícia Nacional do Paraguai.

Entre os detidos estão Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita à época do crime; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, apontado como intermediário na contratação dos executores. Os três estavam foragidos desde agosto do ano passado.

De acordo com a polícia, Damária e Leidiane teriam motivação política para ordenar o assassinato do prefeito, enquanto Weverton Claudino teria atuado no planejamento e na logística do crime.

Marcelo Oliveira, de 38 anos, era candidato à reeleição quando foi morto a tiros dentro de sua residência, em João Dias, município do interior potiguar com cerca de dois mil habitantes. O prefeito foi atingido por 11 disparos e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante o atentado, o pai do gestor, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, também foi morto.

A Polícia Civil acredita que 14 pessoas participaram do crime. Cinco delas já haviam sido presas anteriormente, entre elas um pastor de 27 anos e um homem de 49, apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

98fm

Secretários de Fátima e Paulinho Freire se preparam para deixar cargos e disputar eleição

Postado em 4 de novembro de 2025

A contagem regressiva para as eleições de 2026 já começou a movimentar o cenário político potiguar. A menos de um ano do pleito, o que se vê são as peças de um tabuleiro em rearranjo — e o epicentro dessas movimentações está dentro das próprias máquinas públicas. Secretários estaduais e municipais se preparam para deixar os cargos até o início de abril, prazo final para desincompatibilização, e mergulhar na disputa por mandatos.

O fenômeno, embora recorrente, ganha contornos estratégicos neste ciclo eleitoral. De um lado, o governo da governadora Fátima Bezerra (PT), que já se reorganiza diante da iminente saída do gabinete no Centro Administrativo para concorrer ao Senado. De outro, a Prefeitura de Natal, sob comando do prefeito Paulinho Freire (União Brasil), que já projeta uma ampla reforma do secretariado, com auxiliares próximos ensaiando voos eleitorais.

A expectativa é de uma “dança das cadeiras” no primeiro trimestre de 2026, com impacto direto na condução administrativa e na configuração das alianças políticas estaduais.

Segundo a legislação eleitoral, secretários e gestores públicos que pretendem disputar as eleições de 2026 devem deixar os cargos até 5 de abril, seis meses antes do primeiro turno, marcado para 4 de outubro de 2026.

No governo estadual, o planejamento de sucessão à cadeira de Fátima Bezerra se desenha dentro do próprio secretariado. O nome mais forte é o do atual secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier (PT), que confirmou ao jornal sua intenção de disputar o Governo do Estado. “Nossa missão é defender o legado da governadora Fátima e apontar um futuro de ainda mais desenvolvimento no processo eleitoral de 2026”, afirmou o secretário, que está à frente da pasta desde o início da primeira gestão da petista.

Servidor de carreira e ex-presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda (Comsefaz), Carlos Eduardo simboliza a aposta do PT em um perfil técnico, com trânsito político moderado.

Ao lado dele, a governadora deve perder outros nomes de peso: Marina Marinho, titular do Turismo e ex-prefeita de Jandaíra, que também confirmou que deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. “Meu nome está à disposição do partido e do grupo da governadora Fátima. Quero representar o Mato Grande, uma região há décadas sem voz na Assembleia”, disse a gestora, que também defende mais representatividade feminina na política potiguar.

A lista inclui ainda Alan Silveira, que está à frente da pasta de Desenvolvimento Econômico e ex-prefeito de Apodi, que deve concorrer também à Assembleia pelo partido aliado, além de nomes com histórico eleitoral como Pedro Lopes (Administração) e Alexandre Motta (Saúde).

O cientista político Alan Lacerda, professor titular do Instituto de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), avalia que essa multiplicidade de candidaturas dentro da estrutura do governo pode ser vista como um sinal de capilaridade da base, mas também de potencial tensão. “É natural que partidos aliados lancem seus nomes, mas há sempre o risco de dispersão de votos e disputa interna por espaço. No caso do RN, a aliança PT-MDB tem sido estável, mas a campanha de 2026 vai testar esses limites”, afirma.

Portas giratórias da política

Para Lacerda, o movimento de secretários que se lançam candidatos é um fenômeno já consolidado na política brasileira e que não costuma comprometer a gestão pública. “A desincompatibilização é normal e recorrente. Não há evidência de que isso afete a continuidade das políticas, até porque faz parte do padrão de ‘porta giratória’ da política nacional — onde um gestor pode sair do Executivo, disputar um mandato e, mais tarde, retornar à máquina pública”, explica.

Ele acrescenta que o modelo brasileiro de transição entre cargos favorece o Executivo e poderia ser revisto. “Em alguns países, um parlamentar que assume cargo no governo precisa renunciar ao mandato. Aqui, não. Essa discussão existe, mas a classe política não tem interesse em avançar nela”, avalia.

Prefeitura repete o movimento

Na Prefeitura de Natal, o desenho é semelhante. A secretária de Assistência Social, Nina Souza (Semtas) — vereadora licenciada e esposa do prefeito Paulinho Freire (União Brasil) — deve deixar o cargo para disputar uma vaga na Câmara Federal.

Embora evite falar publicamente sobre a pré-candidatura, Nina confirmou em agosto uma aliança com o presidente da Câmara Municipal, Eriko Jácome, formando a chamada “casadinha”: ela para deputada federal, ele para deputado estadual.

O acordo é visto como um movimento de preservação e fortalecimento do grupo político do prefeito Paulinho Freire, que encerra o mandato em 2026 e busca manter representação em Brasília.

“No caso de Nina, o movimento é claramente de substituição da vaga do marido. O União Brasil deve tentar repetir o desempenho de 2022, quando elegeu dois deputados federais”, analisa o cientista político Alan Lacerda.

Além de Nina, outros nomes com trajetória eleitoral também devem deixar o secretariado municipal, como Brenno Queiroga (Semad) e Felipe Alves (Semsur), o que deve forçar o prefeito a promover uma minirreforma administrativa.

Efeitos políticos e administrativos

O uso de cargos públicos como vitrine eleitoral é uma estratégia conhecida — e eficaz. Estar à frente de uma secretaria, especialmente em áreas visíveis como saúde, assistência social ou turismo, amplia a exposição de um pré-candidato e facilita a construção de bases.

O risco, porém, é administrativo: as trocas em bloco tendem a criar períodos de instabilidade e descontinuidade de políticas públicas. “É o preço da politização da gestão”, avalia Lacerda.

No caso do Rio Grande do Norte, a coincidência de movimentos em esferas estadual e municipal — ambos com secretários de perfil eleitoral — reforça o tom de transição que já domina o ambiente político potiguar.

Cenário de incertezas

Com a governadora Fátima Bezerra mirando o Senado e o PT lançando seu principal gestor para a sucessão, o pleito de 2026 tende a polarizar novamente o campo progressista e a direita potiguar, hoje dividida entre Republicanos, União Brasil e PL.

“A eleição de 2026 será mais competitiva do que a de 2022. O PT deve manter força, mas o União Brasil e o MDB ainda têm espaço para crescer. Já o PL, que elegeu quatro federais em 2022, dificilmente repetirá o desempenho”, projeta Lacerda.

O que está em jogo, portanto, vai além da disputa de nomes: é a tentativa de reorganizar os blocos de poder no Estado, em um momento de reposicionamento nacional dos partidos e redefinição de lideranças locais.

Até lá, cada exoneração e cada anúncio de candidatura serão peças estratégicas nesse xadrez que já começou a se mover — um jogo em que os bastidores da gestão pública e as articulações eleitorais se confundem, como há muito não se via no Rio Grande do Norte.

Marline Negreiros – NOVO NOTICIAS

Redação do Enem: veja dicas para tirar nota 1.000 na prova deste ano

Postado em 4 de novembro de 2025

Considerada uma das etapas mais temidas do Enem, a redação exige que o candidato produza um texto dissertativo argumentativo em até 30 linhas, sobre um tema de relevância social, cultural, científica ou política. O desafio não é pequeno: além de defender uma tese com clareza e coesão, o estudante precisa mobilizar repertório sociocultural, construir bons argumentos e ainda propor uma intervenção para o problema apresentado, sempre em conformidade com os direitos humanos.

Na prática, isso significa que não basta “escrever bem”. A redação avalia a capacidade de organizar ideias, relacionar informações e usar a norma culta de forma consistente, tudo dentro de um tempo limitado. É justamente por isso que a preparação faz tanta diferença: treino, estratégia e familiaridade com a estrutura do texto são fatores decisivos para alcançar uma nota alta.

Em 2025, a estudante Anna Beatriz Rebouças Veríssimo, de 21 anos, alcançou a nota 1000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve a primeira colocação geral para o curso de Medicina na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Ela integrou o seleto grupo de apenas 12 estudantes em todo o país que atingiram a pontuação máxima na redação na última edição do exame.

Ela revelou não esperar a nota 1000 na redação do Enem, atribuindo o feito à sua autenticidade ao evitar modelos de texto prontos e à uma intensa rotina de preparação. Detalhando sua metodologia, Anna Beatriz confessou que nem sempre conseguia produzir uma redação por semana, mas destacou os simulados como uma ferramenta indispensável para desenvolver estratégia de prova e, principalmente, para aprender a gerenciar o tempo. Ao final, a estudante aconselhou futuros candidatos a investirem na leitura constante de livros e revistas para ampliar o repertório e se manterem atualizados, além de buscarem a melhoria contínua de seus textos.

Clara Lococo Fernandes, de 18 anos, conquistou 940 pontos na redação do Enem 2024, que trouxe como tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Durante o último ano do Ensino Médio, ela estruturou uma rotina de estudos bastante rigorosa, intercalando aulas de redação na escola com treinos em casa. “Eu escrevia duas redações por semana: uma sem consulta, simulando o dia da prova, e outra consultando repertórios e redações de nota máxima. Esse equilíbrio me ajudou a ganhar confiança e melhorar a qualidade dos meus textos”, conta.

Clara acredita que a estratégia de estudar repertórios socioculturais aplicáveis a diferentes temas foi decisiva para o resultado. “Treinar repertórios chave economiza tempo e diminui a dificuldade de escrever na hora da prova. Além disso, seguir um modelo específico de organização, com frases introdutórias, conectivos e uma proposta de intervenção bem estruturada, dá segurança e clareza ao texto”, explica. Para ela, mais do que inspiração, a redação exige método e disciplina.

No dia do exame, a aluna optou por escrever a redação logo no início, reservando cerca de 1h10 — tempo que já havia treinado nas semanas anteriores. A estratégia funcionou, mas exigiu atenção no desfecho.

Clara reconhece que gostar de escrever pode facilitar o processo, mas não considera isso determinante para o desempenho. “Eu gosto de escrever, mas não é algo que faço como hobby. O que realmente fez diferença foi entender o formato da redação do Enem, treinar bastante e aprender a relacionar meus conhecimentos com a proposta”, aponta.

Aos 18 anos, Letícia Garcia de Toledo alcançou 940 pontos na redação na edição do Enem do ano passado. Sua preparação foi relativamente curta, mas intensa: durante seis meses, ela treinava uma redação por semana, sempre com temas de anos anteriores, além de contar com aulas particulares de redação. “Também montei um repertório de argumentos por área temática, o que me ajudava a adaptar as ideias para quase qualquer proposta”, explica.

A estudante reforça que a prática constante e o conhecimento das regras da prova foram determinantes para o bom desempenho. “Conhecer bem os critérios de correção do Enem é importante, porque você entende o que a prova valoriza e evita deslizes bobos”, afirma. Embora nunca tivesse gostado muito de escrever, Letícia decidiu encarar o desafio. “Acho que gostar de escrever ajuda, mas não é o suficiente. Na minha opinião, o que realmente conta é entender o gênero, treinar bastante e se acostumar ao formato.”

NOVO NOTICIAS

Caern dá continuidade à limpeza de reservatórios a partir desta terça (4) em Caicó e Currais Novos

Postado em 4 de novembro de 2025

A Caern vai realizar na próxima semana a limpeza programada de cinco reservatórios na região Seridó, sendo dois em Caicó e três na cidade de Currais Novos. Para realizar a ação, que contribui com a qualidade da água distribuída, será necessário suspender o abastecimento de água das 7h às 19h, de acordo com o seguinte cronograma:

Na terça (4) e quarta (5) serão higienizados os reservatórios da Estação de Tratamento de Água de Caicó, que vai afetar o abastecimento de toda a cidade, com a interrupção do abastecimento de água a partir das 7h da manhã da terça até às 19h da quarta. A normalização se dará até dia 10 de novembro para os imóveis afetados.

A parada do sistema de Caicó também afetará a cidade de São Fernando, porque será necessário suspender o sistema adutor Manoel Torres, com a normalização em até quatro dias após religado o sistema na quarta-feira (5) à noite.

Na quinta (6) e sexta – feiras (7) é a vez da cidade de Currais Novos, com a interrupção do abastecimento de água a partir das 7h da manhã até às 19h. Toda a cidade será afetada na quinta e, na sexta-feira (7), apenas as áreas de LL e setores Lares de Santana.

Após finalizado o serviço, o sistema é religado e a normalização para todos os imóveis se dará gradualmente até 10 de novembro.

Projeto Raízes Vivas promove oficina de cordel inclusivo e palestra sobre autocuidado no encerramento do Outubro Rosa.

Postado em 4 de novembro de 2025

O Projeto Raízes Vivas, uma iniciativa da “APADEVI – Associação das Pessoas com Deficiências Visuais, realizou duas importantes ações nesta sexta-feira (31/10/25), com o apoio do Fundo Municipal do Idoso e patrocínio do Instituto Neoenergia Cosern”. As atividades celebraram a cultura popular, a inclusão e o cuidado com a saúde emocional, reunindo participantes em momentos de aprendizado e troca.

Às 14hs, no “Sindicato dos Professores do Rio Grande do Norte”, aconteceu a “Oficina de Construção de um Cordel Inclusivo”. A atividade envolveu pessoas com deficiência visual, educadores e membros da comunidade, que exploraram a arte do cordel como forma de expressão acessível e valorização das raízes culturais nordestinas. A oficina proporcionou momentos de criatividade e integração, reforçando o compromisso do projeto com a inclusão e o protagonismo das pessoas com deficiência.

Encerrando o dia, à noite, o projeto promoveu o “encerramento das ações do Outubro Rosa” com a palestra “Cuidar de quem Cuida”, ministrada pela psicóloga “Maria do Céu Pontes”. O encontro abordou a importância do autocuidado físico e emocional, especialmente para quem exerce papéis de cuidado, como familiares, profissionais da saúde e educadores. O evento emocionou os participantes e reforçou a importância de olhar com atenção para quem dedica seu tempo e energia ao cuidado do outro.

As duas ações fazem parte das atividades do “Projeto Raízes Vivas”, que tem como objetivo fortalecer o vínculo comunitário, promover a inclusão social e valorizar a cultura local, com foco nas pessoas idosas e com deficiência visual.

Mauro Cid passa por audiência no STF e retira tornozeleira eletrônica

Postado em 4 de novembro de 2025

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, passou uma audiência nesta segunda-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF) e retirou a tornozeleira eletrônica.

Durante a audiência, Cid recebeu as orientações que deverá seguir durante o cumprimento da pena de dois anos de prisão em regime aberto pela condenação na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. O procedimento foi conduzido por Flavia Martins de Carvalho, juíza auxiliar do ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, Moraes determinou o início do cumprimento da condenação. Por ter assinado acordo de delação premiada durante as investigações, Cid não ficará preso.

O militar está proibido de sair de Brasília e deverá cumprir recolhimento domiciliar entre as 20h e as 6h. O recolhimento deverá integral nos finais de semana, ou seja, ele não poderá sair de casa.

Cid também está proibido de portar armas, utilizar as redes sociais e se comunicar com investigados nos processos sobre a trama golpista.

Por ter delatado os fatos que presenciou durante o período em que trabalhou com Bolsonaro, Mauro Cid passará usufruir dos benefícios da delação, deixará de usar tornozeleira eletrônica e poderá ter escolta de agentes da Polícia Federal para fazer a sua segurança e de familiares. Os bens dele também vão ser desbloqueados.

No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais cinco réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os recursos de Bolsonaro e demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do dia 7 de novembro.

André Richter – Repórter da Agência Brasil

Anvisa determina recolhimento de marca de café especial por irregularidades

Postado em 4 de novembro de 2025

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de todos os cafés da marca Vibe Coffee, do Espírito Santo. A medida foi anunciada na segunda-feira (3), após o produto passar por uma inspeção sanitária.

Segundo a agência, a Vibe Coffee não tem licença sanitária, bem como regularização dos produtos. A empresa também apresentou falhas graves de boas práticas de fabricação, como a ausência de rastreabilidade, a ausência de procedimentos operacionais padrão e condições inadequadas de higienização.

Em comunicado, a Vibe Coffee defendeu que não possui qualquer auto de infração, notificação ou processo administrativo junto ao órgão. Disse, ainda, que foi a própria empresa quem solicitou uma inspeção da Vigilância Sanitária do Espírito Santo, “com o objetivo de obter orientações técnicas para a emissão do alvará sanitário”.

“Portanto, não se tratou de denúncia, mas de uma iniciativa voluntária da própria Vibe Coffee. Durante a inspeção, foram identificadas algumas irregularidades estruturais e ausência de determinados Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). De imediato, a empresa suspendeu suas atividades para realizar as obras e adequações necessárias”, disse.

A expectativa da empresa é que as ações sejam concluídas até sexta-feira (7). Após as correções, as evidências serão encaminhadas à Vigilância Sanitária Estadual para reavaliação e liberação do retorno das operações. “A Vibe Coffee é uma empresa familiar, cuja produção atual é inferior a 200 kg de café por mês, reforçando seu caráter artesanal e de pequeno porte”, reforçou.

sbt

STF marca início de julgamento da denúncia contra Eduardo Bolsonaro para 14 de novembro

Postado em 4 de novembro de 2025

Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou nesta segunda-feira (3) datas do julgamento que vai analisar denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)de 14 de novembro, às 11h, a 25/11, às 23h59, no plenário virtual, em que ministros votam de forma remota.

Colegiado vai decidir, nesse período estipulado, se recebe ou não denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o parlamentar, acusado de coação no processo da tentativa de golpe de EstadoCaso acusação seja aceita, o STF abre uma ação penal e Eduardo vira réu. Julgamento de mérito, com condenação ou absolvição, ocorre em outro momento.

Participam do julgamento ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A Primeira Turma está desfalcada de um integrante desde Luiz Fux pedir transferência para a Segunda, o que não impede atividades do colegiado.

Eduardo Bolsonaro mora nos Estados Unidos desde o começo do ano e tem articulado, segundo a PGR, sanções contra autoridades brasileiras, com objetivo de atrapalhar julgamento da tentativa golpista. Tarifaço de 50% imposto pelos EUA a exportações nacionais também teria sido resultado da atuação dele e do blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo junto ao governo norte-americano.

Figueiredo foi denunciado pela PGR, mas caso dele segue em separado e será analisado depois. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Outros membros do governo passado também receberam condenação da Primeira Turma do STF, incluindo ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.

Na semana passada, a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa do deputado, pediu rejeição da denúncia.

sbt