Nesta segunda-feira, 09 de dezembro, a Secretaria Municipal de Educação e Esportes (SEMEE) conduz a eleição para diretores e vice-diretores das escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Currais Novos. A iniciativa cumpre a Lei nº 3.408/2019, promovendo a Gestão Democrática e incentivando a participação ativa da comunidade escolar.
A votação ocorre das 7h às 17h nas instituições com dois turnos e das 7h às 21h em unidades com turno noturno. Aproximadamente 2.500 estudantes estão aptos a votar, incluindo alunos a partir do 5º ano do Ensino Fundamental ou com idade igual ou superior a 10 anos, além dos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Pais, mães ou responsáveis pelos estudantes também têm direito a um voto por instituição.
Os professores efetivos, temporários e com horas suplementares, assim como os funcionários da escola em exercício há pelo menos um semestre, também compõem o corpo de eleitores. O processo será acompanhado por fiscais, com a quantidade definida pelo número de estudantes da unidade escolar: até 200 alunos (2 fiscais), de 201 a 400 alunos (3 fiscais), e acima de 401 alunos (4 fiscais).
Entre as regras, destaca-se que um responsável pode votar apenas uma vez por instituição, independentemente do número de filhos matriculados. Além disso, eleitores que acumulam funções não podem votar mais de uma vez na mesma unidade escolar.
Com transparência e organização, o pleito reflete o compromisso da SEMEE com uma gestão educacional democrática e participativa.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu um passo significativo ao aprovar um projeto de lei que visa obrigar os bancos a devolverem o dinheiro de vítimas de golpes, incluindo transações realizadas via Pix. Esta iniciativa é vista por especialistas como uma medida que trará mais segurança aos consumidores. Luciana Faria, advogada especialista em Direito do Consumidor, destaca que o projeto proporcionará maior proteção, uma vez que, atualmente, as vítimas de golpes não recebem o suporte adequado das instituições bancárias. A proposta busca alterar o Código de Defesa do Consumidor de 1990, exigindo que os bancos não apenas devolvam o dinheiro, mas também localizem os recursos transferidos indevidamente.
O projeto de lei estabelece que tanto os bancos quanto as autoridades competentes devem agir rapidamente para identificar as instituições financeiras e contas envolvidas, permitindo o bloqueio temporário dos recursos. No entanto, Luiz Augusto Durso, especialista em crimes cibernéticos, aponta que a proposta não é completa, pois não impede a criação de contas falsas e o uso de “laranjas”. Ele ressalta que, embora seja impossível garantir uma internet totalmente segura, o projeto pode ajudar a reduzir crimes digitais, exigindo uma análise mais rigorosa das transferências pelos bancos.
Ambos os especialistas entrevistados enfatizam a importância de registrar um boletim de ocorrência em caso de golpe, o que auxilia a polícia a mapear e quantificar os crimes. Este procedimento é crucial para que as autoridades possam tomar medidas mais eficazes no combate a fraudes financeiras. Além disso, o projeto agora segue para a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) para novas deliberações, onde será analisado com mais profundidade.
O plenário do Senado analisa na terça-feira (10) o projeto de lei que regulamenta a inteligência artificial no Brasil. Na semana passada, o texto foi aprovado pela Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial e ainda teve a urgência referendada pela Casa. Se o plenário aprovar a proposta, ela segue para análise da Câmara dos Deputados, que só deve iniciar as discussões em torno do tema em 2025.
Relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), o texto pretender criar um marco regulatório para as IAs. O projeto foi proposto em maio de 2023 pela presidência do Senado a partir de um parecer elaborado por uma comissão de juristas. Na semana passada, a falta de consenso entre os parlamentares impediu o avanço imediato do texto.
A proposição passou por ajustes para atender às críticas de diversos setores, incluindo a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e grandes plataformas digitais, como Google e Meta, anteriormente resistentes à proposta.
Entre as alterações, entraram “hipóteses de exceção” à legislação, excluindo a aplicação de determinados usos de IA por pessoas físicas sem fins lucrativos, além de atividades externas ao teste e desenvolvimento.
O foco das normas teve direcionamento para tecnologias de “alto risco”, prevendo diferenciações para startups e micro e pequenas empresas.
O texto também incluiu como fundamentos a proteção de direitos autorais, propriedade intelectual e sigilo comercial, além de promover a liberdade de expressão vinculada à responsabilidade no uso da tecnologia.
“Estamos equilibrando o dilema de Collingridge: regular cedo demais pode sufocar a inovação, mas regular tarde demais pode causar prejuízos irreparáveis”, afirmou Eduardo Gomes.
O parlamentar se refere ao acadêmico David Collingridge, da Unidade de Política Tecnológica da Universidade de Aston, no Reino Unido. Ele formulou um dilema metodológico, ainda em 1980, dizendo que os impactos do desenvolvimento tecnológico não podem ser facilmente previstos, ao mesmo tempo em que o controle dessas tecnologias é problemático depois que elas se tornaram enraizadas.
Segundo o senador, a nova redação busca alinhar inovação tecnológica com proteção de direitos fundamentais, promovendo segurança e liberdade em igual medida.
O projeto, de autoria de Pacheco, é visto como estratégico para posicionar o Brasil no cenário global de regulação da IA. Caso o marco seja aprovado nos plenários das duas Casas, o país se unirá a outras nações que já avançaram em legislações específicas para IA, promovendo inovação responsável e homologação aos desafios contemporâneos.
Outros trechos da proposta O parecer prevê condutas proibidas para as plataformas responsáveis por IA, por exemplo, técnicas subliminares para induzir o comportamento do usuário ou de grupos de maneira que cause danos à saúde, segurança ou outros direitos fundamentais próprios ou de terceiros.
Além disso, a proposta proíbe, entre outros pontos:
A exploração de vulnerabilidades dos usuários; Que o governo faça uma avaliação do cidadão, por meio de seu comportamento social e personalidade, na hora de oferecer serviços e políticas públicas; Um sistema que produza ou dissemine material de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes; Uma tecnologia que considere ficha criminal e traços de personalidade para supor e prever risco de cometimento de crime ou reincidência; O uso da IA como armas autônomas, que selecionam alvos e atacam sem a intervenção humana. Conteúdo jornalístico e faturamento O projeto garante os direitos autorais de veículos jornalísticos, escritores e artistas. Conforme o parecer, empresas como Google e Microsoft precisam de autorização do autor para usar as informações no momento de gerar respostas.
As empresas que desenvolvem e aplicam IA, segundo o parecer, teriam de pagar uma remuneração aos autores para poder ter as produções disponíveis em seus bancos de dados.
Gomes manteve no projeto a aplicação de multa de até R$ 50 milhões, ou 2% do faturamento, nos casos de pessoa jurídica, para cada violação cometida pelas empresas tecnológicas.
Sistema de fiscalização O projeto sugere a criação de um “sistema de fiscalização híbrido”, o qual valorize e reconheça “as nossas agências e nossos órgãos reguladores setoriais”.
O Banco Central ficará responsável por “regular e fomentar a IA no sistema financeiro”. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) cuidarão da área de saúde.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ficaria com o setor de telecomunicações. A proposta cria ainda o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial, que deve estabelecer um ecossistema regulatório coordenado por uma autoridade competente a ser designada pelo Poder Executivo.
Esse sistema atuaria como um comitê com representantes de agências reguladoras, órgãos estatais de regulação setorial, órgãos e entidades de regulação de IA e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
Se houver o uso irregular da IA, o responsável sofreria punições, que vão desde uma advertência, multa de até R$ 50 milhões por infração até a suspensão/proibição do “desenvolvimento, fornecimento ou operação do sistema de IA”.
Sistema de Governança de Inteligência Artificial O texto traz a Consolidação do Sistema de Governança de Inteligência Artificial para estabelecer uma coordenação do ambiente regulatório por uma autoridade central, permitindo a atuação especializada com poderes de fiscalização das agências reguladoras setoriais.
Além disso, estabelece:
Previsão da criação de um painel de especialistas de IA, a exemplo do que está propondo a ONU (Organização das Nações Unidas) e seguindo exemplo adotado na União Europeia; Proibição total de armas letais autônomas; Proteção de direitos autorais para trazer parâmetros justos aos criadores de conteúdo, incluindo notícias; Flexibilização do uso de reconhecimento facial para interesses de segurança pública e justiça criminal; Previsão de políticas de fomento para o desenvolvimento da IA no Brasil.
Com a tomada de Damasco pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e a queda do presidente Bashar al-Assad, o futuro da Síria está em um ponto de inflexão. Diversos especialistas analisam o cenário que se desenha para o país e os desafios a serem enfrentados nos próximos anos. E avaliam que o país está em um ponto de transição que pode determinar seu rumo nas próximas décadas.
A fragmentação das forças militares e a necessidade de criar um governo de unidade nacional são alguns dos principais obstáculos. Há o alerta claro para o risco de conflitos internos entre as diferentes facções que atuam no país.
A influência externa também será crucial no futuro da Síria, com destaque para os países vizinhos e das grandes potências. A promessa veio já neste domingo. Estados árabes prometem trabalhar para garantir que a queda de Assad não desencadeie uma nova onda de agitação contra os governantes da região e um ressurgimento de grupos extremistas ou movimentos.
“Há muitos traumas na região. Boas notícias transformam-se em más notícias muito rapidamente”, disse Majed al-Ansari, conselheiro sênior do primeiro-ministro do Catar. “Não queremos que o que aconteceu em outras nações após a Primavera Árabe aconteça na Síria. Gostaríamos muito de ver uma transição para um Estado viável que dê apoio ao povo.”
A Turquia, a Rússia e os Estados Unidos terão um papel determinante na forma como essa transição será conduzida. Joze Pelayo, diretor associado da organização Atlantic Council, acredita que a transição na Síria oferece uma oportunidade para os Estados Unidos recuperarem influência em Damasco e ajudarem na realização de eleições livres e justas.
“O apoio dos EUA pode ser bem-vindo por um futuro governo sírio, especialmente considerando a animosidade contra o Irã e a Rússia”, acredita Pelayo.
É a opinião também de Thomas S. Warrick, ex-subsecretário assistente de política antiterrorismo no Departamento de Segurança Interna dos EUA. Segundo ele, agora é possível imaginar uma Síria mais estável, sem depender de Irã e Rússia, recebendo de volta seus refugiados e tente viver em paz com Israel.
“Mas isso não acontecerá espontaneamente, sem ajuda e apoio externos. O planejamento pós-guerra para a Síria precisa entrar em alta velocidade”, acredita Warrick.
Mais promessas de ajuda A Turquia reforça o time das nações que prometem ajuda. Hakan Fidan, ministro das Relações Exteriores do país, declarou estar pronto para garantir a unidade, integridade e segurança da Síria. “Nosso país está disposto a ajudar na recuperação da Síria e na garantia de sua estabilidade”, afirmou Fidan.
Toda a ajuda será fundamental, principalmente para recuperação econômica. O setor, devastado por anos de guerra, precisará de um plano robusto de reconstrução. Sem isso, a população continuará a sofrer com a falta de recursos básicos.
Cenários possíveis Confira alguns cenários que aparecem para a Síria a partir de agora:
Transição de poder: a oposição síria, apesar de fragmentada, tem a oportunidade de estabelecer um governo de transição que possa levar o país a eleições livres e justas. Isso permitirá que o povo sírio determine seu próprio futuro. Relações internacionais: a nova Síria pode buscar normalizar relações com Israel e reorganizar a dinâmica regional. Isso poderia incluir a cooperação com países como os Estados Unidos, Catar e Turquia para estabilizar a região. Desafios internos: a oposição enfrenta a tarefa de unir várias facções e lidar com questões existenciais sobre as relações com seus vizinhos. A Turquia, por exemplo, já expressou disposição em ajudar a garantir a unidade e segurança da Síria. Possíveis cenários: existem vários cenários possíveis para o futuro da Síria, incluindo a criação de uma República Democrática Síria, uma República Islâmica da Síria, ou até mesmo a divisão do país. Cada um desses cenários traz seus próprios desafios e implicações para a estabilidade regional. Estabilidade regional: a mudança de poder na Síria pode ter impactos significativos na estabilidade da região, com potências como o Irã e a Rússia tentando manter sua influência enquanto novos atores emergem.
Um jovem de 14 anos morreu afogado no Açude do Distrito da Cruz, na zona rural de Currais Novos. O caso foi registrado na tarde deste sábado (7) e a ocorrência foi atendida pelo Corpo de Bombeiros.
A vítima foi identificada como Raul Canaris Silva Carvalho, de apenas 14 anos. Segundo informações, a vítima estava em uma confraternização próximo ao local, quando tudo ocorreu.
Testemunhas relataram que a vítima ficou presa em uma rede de pesca, ainda tentou se soltar, mas acabou submergindo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 15h45, tentou reanimar o adolescente com o apoio do SAMU por 40 minutos, mas não obteve êxito.
Toda a solidariedade à família de Raul após essa triste fatalidade. Currais Novos está de luto pela perda de um conterrâneo tão jovem. Nossos sinceros sentimentos!
Na tarde deste sábado, 7 de dezembro, foi registrada uma ocorrência de possível afogamento no Açude do Povoado Cruz, em Currais Novos. As primeiras informações dão conta que o Corpo de Bombeiros está no local realizando buscas.
De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) do 13º Batalhão, o corpo da possível vítima, um adolescente, ainda não foi localizado, mas equipes especializadas seguem empenhadas nas buscas.
A situação está sendo tratada como um caso de afogamento enquanto as autoridades investigam e realizam os procedimentos necessários.
Uma ação criminosa de grandes proporções foi registrada no inicio da manhã deste sábado (07), por volta das 4h30min, na cidade de Cruzeta. Quatro homens armados invadiram a residência de um empresário, localizada no centro da cidade. Os criminosos realizaram um assalto à residência, subtraindo diversos bens, e sequestraram o empresário, conhecido por atuar no ramo de queijo e verduras.
Após o crime, os bandidos fugiram levando a vítima em sua caminhonete Hilux de cor prata, em direção a destino incerto. A situação gerou grande mobilização das forças de segurança da região, que iniciaram buscas na tentativa de localizar a vítima e capturar os envolvidos.
O desfecho pouco tempo depois, quando a vítima e o veículo foram encontrados abandonados na saída para Acari. Relatos apontam que os criminosos entraram em uma estrada por trás de um motel e realizaram a troca de veículo, utilizando um carro de cor cinza para continuar a fuga. Informações preliminares indicam que outros indivíduos davam suporte à quadrilha.
O empresário foi resgatado ileso, mas em estado de choque, e recebeu atendimento das autoridades policiais. A Polícia de Cruzeta investiga o caso, enquanto equipes seguem em diligências para identificar e capturar os responsáveis por este crime audacioso.
A população é orientada a repassar qualquer informação que possa ajudar na elucidação do caso através dos canais oficiais de denúncia.
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta sexta-feira (6) para rejeitar o recurso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro pretende afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito do golpe.
Prevalece no julgamento virtual o voto do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, que foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
Moraes está impedido de votar por ser alvo do pedido de afastamento. Faltam os votos de quatro ministros. A votação ficará aberta até sexta-feira (13).
A defesa do ex-presidente recorreu ao plenário da Corte para derrubar a decisão individual de Barroso, que, em fevereiro deste ano, negou pedido feito pela defesa do ex-presidente para que Moraes seja impedido de atuar no processo.
Após a decisão, os advogados recorreram ao plenário para reafirmar que Alexandre de Moraes figura como vítima nas investigações. Segundo a defesa de Bolsonaro, pelas regras do Código de Processo Penal (CPP), o juiz não pode atuar no processo em que ele próprio for parte diretamente interessada. .
De acordo com o entendimento de Barroso, Alexandre de Moraes não configura como vítima nas investigações do golpe.
“A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”, justificou o presidente.
No mês passado, Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa de golpe. De acordo com as investigações, Bolsonaro tinha conhecimento do plano para matar Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Um homem de 58 anos foi à 53ª Delegacia de Polícia de Pau dos Ferros para registrar um Boletim de Ocorrência e acabou preso. A prisão ocorreu porque, durante o atendimento, ao fornecer os dados para início do procedimento, os policiais identificaram que havia um mandado de prisão do ano de 1996 contra ele, da Justiça de São Paulo, pelo crime de homicídio. Imediatamente, o suspeito foi preso.
O mandado de prisão preventiva foi expedido há 28 anos pelo Tribunal do Júri da Barra Funda, na Comarca de São Paulo. O suspeito compareceu à delegacia para registrar um BO da perda da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para retirar uma 2ª via.
De acordo com as investigações, o homem estava foragido desde que teria fugido do estado de São Paulo após o cometimento do crime. Após a captura, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Após três pregões seguidos de queda, o dólar não apenas voltou a subir no mercado doméstico nesta sexta-feira, 6, como renovou novo pico histórico nominal no fechamento. Além de ajustes de prêmios de risco associados à incerteza fiscal, diante de receios crescentes de desidratação do pacote de contenção de gastos do governo no Congresso, a queda do real está ligada à valorização global da moeda americana e ao tombo das commodities em especial do petróleo e do minério de ferro.
Dados do relatório de emprego (payroll) nos EUA em novembro vieram mistos, com geração de vagas acima do previsto, mas aumento da taxa de desemprego. Já os números preliminares da confiança do consumidor americano subiram para nível superior às expectativas na passagem de novembro para dezembro. Embora tenham aumentado hoje as apostas de que o Federal Reserve vai promover nova redução da taxa básica americana em 25 pontos-base neste mês, há receio de que haja menos espaço para afrouxamento monetário ao longo de 2025.
Com máxima a R$ 6,0925 à tarde, em sintonia com o exterior, o dólar à vista fechou em alta de 1,02%, a R$ 6,0708, maior valor nominal de fechamento da história do real, após os R$ 6,0680 no último dia 2. A moeda encerrou a primeira semana de negócios em dezembro com valorização de 1,16%, após ter subido 3,81% em novembro. No ano, o dólar tem ganhos de 25,54% em relação ao real.
Lá fora, o índice DXY, termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, voltou a superar os 106,100 pontos, com máxima aos 106,121 pontos à tarde, sobretudo em razão de ganhos frente ao euro. Parte dos analistas aposta em enfraquecimento ainda maior da moeda europeia, dado o dinamismo da economia americana e a perspectiva de cortes maiores de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Entre divisas emergentes e de exportadores de commodities, as maiores perdas foram do real e do dólar australiano e neozelandês.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, pondera que, apesar dos fatores globais desfavoráveis, o real sofreu mais que pares hoje com a busca de posições mais defensivas à medida que se aproxima a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, 11. Ele chama a atenção para a possibilidade de o relatório Focus, que sai na segunda-feira, 9, trazer revisão significativa para cima do IPCA de 2025.
“Parte do mercado já espera 100 pontos-base de alta da Selic na semana que vem. Vejo já um movimento de investidores tentando se proteger do risco de o comitê entregar menos do que precisa para estancar a desancoragem das expectativas em momento de aumento da incerteza fiscal”, afirma Borsoi, acrescentando que parecem crescer as chances de desidratação do pacote de corte de gastos, “que já não era ideal”, durante a tramitação das medidas no Congresso.
Deputados ouvidos pelo Estadão, em especial do PT, admitiram resistência a aprovar regras que endurecem o acesso de idosos e pessoas com deficiência de baixa renda ao Benefício de Prestação Continuada. Alterações no BPC constam tanto no projeto de lei complementar (PLP) que revê programas sociais quanto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que traz as medidas fiscais. O governo espera economizar R$ 2 bilhões por ano com a revisão no BPC e R$ 12 bilhões ao longo de seis anos.
“Os desdobramentos do pacote de corte de despesas continuam influenciando os mercados, com impacto possivelmente menor que o estimado pelo governo. A resistência a pontos específicos, como os ajustes do BPC, indica uma possível desidratação do projeto inicial, contribuindo para a piora dos ativos domésticos”, afirma a economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, ressaltando que o real termina a semana com desempenho pior em comparação com o seus pares.
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Jardim do Seridó protocolou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na 23ª Zona Eleitoral, denunciando suposta fraude à cota de gênero pelo partido Republicanos nas eleições municipais de 2024. A investigação aponta que a candidatura de Maria da Guia Dantas de Oliveira, conhecida como “Daguia Arara”, seria fictícia, apenas para cumprir a exigência de 30% de candidaturas femininas. Entre os indícios apresentados estão votação inexpressiva, ausência de atos efetivos de campanha e prestação de contas padronizada.
A ação solicita a cassação de todos os candidatos vinculados à chapa, além da declaração de inelegibilidade dos responsáveis. Caso seja aceita pela Justiça Eleitoral a ação cassaria os mandatos de três vereadores eleitos: Emerson da Saúde, Jarbas de Dito e Juliana Sabino. O processo ainda inseriu como réus outros 6 candidatos a vereador que não conseguiram se eleger.
Fontes da coligação denunciada sustentam ao Blog do Marcos Dantas que, embora tenha tido poucos votos, a candidata Daguia Arara participou de todos os atos da campanha, onde fez discursos em comícios, participou de entrevistas e programas de rádio, distribuiu material de campanha, prestou contas eleitorais e pediu votos aos eleitores. Há quatro anos, denúncia semelhante foi feita em outra cidade e o denunciante perdeu a representação e agora responde a um processo por denunciação caluniosa.
A grande dupla do café da manhã do brasileiro, o café com pão, deve ficar mais cara neste início de 2025. O café segue em uma escalada de preços há vários meses, enquanto o pão, que apesar das flutuações do dólar não teve alta de preços recente, deve ficar mais caro nos primeiros meses do ano devido a repasses de elevação de custos como energia elétrica e reajustes salariais dos trabalhadores da panificação.
De acordo com a cesta básica de Fortaleza apurada e divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço do café subiu 5,3% em outubro deste ano – a segunda maior elevação mensal da cesta entre os itens, perdendo apenas para a carne, que subiu 9,9%.
Nos outros meses, ainda segundo o Dieese, o produto também pesou nos gastos com alimentação do fortalezense. Em um semestre, o preço do café subiu 30,5%. Na série de 12 meses, o preço subiu quase 50%.
A inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também mostra a elevação no preço do café. Em outubro, a inflação do café moído em Fortaleza foi de 4,4%. Em 12 meses, a variação é de 34,1%.
O técnico do Dieese, Arianderso Melo, explica que o salto no preço do café não é algo observado somente em Fortaleza, mas em todas as cidades pesquisadas pelo órgão para a elaboração da cesta básica.
“A queda na produção do grão em países com boa participação no mercado internacional fez com que seu preço se elevasse no exterior, o que levou as exportações brasileiras de café a um recorde histórico. Esse evento causou uma forte queda na disponibilidade interna do café, o que fez com que seu preço aumentasse no Brasil”, pontua Melo.
De acordo com o técnico do Dieese, essa queda na produção mundial está ligada a questões climáticas nos países asiáticos. Hoje, o Brasil é o maior produtor de café do mundo, com quase 40% da produção mundial. Em seguida, aparece o Vietnã, com quase 20%, Colômbia e Indonésia.
Arianderso Melo ressalta que, nos próximos meses, a tendência é que o preço permaneça elevado, podendo aumentar ainda mais caso haja uma queda na produção da safra de 2025.
O cerimonial da posse do prefeito Lucas Galvão e da vice-prefeita Milena Galvão, em Currais Novos, já está definido. A solenidade acontecerá no dia 1º de janeiro de 2025, com início às 17h na Câmara Municipal, onde os vereadores serão empossados e a nova presidência da casa legislativa será eleita.
Após a cerimônia na Câmara, o cortejo seguirá com a Banda de Currais Novos, Maestro Santa Rosa, até a Prefeitura. Em frente ao prédio, haverá uma bênção ecumênica inédita, com a participação de um padre e, pela primeira vez, de um pastor.
O ato também marcará a transição oficial de gestão, com o atual prefeito Odon Júnior entregando as chaves do município a Lucas Galvão. Na ocasião, Lucas e Milena discursarão, e os secretários municipais serão empossados, encerrando a programação de forma breve e marcante.
Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e promulgada em janeiro de 2024 proíbe o uso de celulares nas salas de aulas das escolas públicas e privadas do estado. Porém, 11 meses após entrar em vigor, o texto não foi regulamentado e não mudou a prática nas escolas potiguares. A notícia é do G1RN.
A lei permite a utilização dos smartphones nas escolas, “desde que para fins pedagógicos, sob orientação e supervisão do profissional de ensino”.
Vera Moura é professora em duas escolas públicas na região metropolitana de Natal – uma em Macaíba e outra em São Gonçalo do Amarante. De acordo com ela, o uso de telefone celular pelos anos é uma realidade cada vez mais frequente no ambiente escolar.
“Para fonte de pesquisa é de suma importância. Então, assim, nada contra o uso, desde que tenha essa finalidade, e nada em excesso”, diz a profissional.
O tema foi um dos pontos discutidos nesta quinta-feira (5) no Seminário Crescendo Juntos, realizado em Natal pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com palestras voltadas para 1.500 educadores.
Uma das apresentações mais aguardadas, no encerramento do evento, foi a do professor, mestre em educação e doutor em comunicação Nelson Pretto, do Departamento de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) – justamente a que tratou sobre os celulares: “As tecnologias digitais devem estar na escola?”, questionava o título da palestra.
“Nosso problema não é o celular. Nosso problema são os aplicativos que estão dentro dele”, disse o professor.
“E aí nós precisamos ter coragem, estou falando do Legislativo e Executivo, de regular essas plataformas, de regular essas empresas, e deixe que as escolas sabem o que vão fazer com os celulares, com os computadores, com os vídeos que vão produzir. Esse é que é o grande desafio. Como nós não estamos conseguindo regular essas plataformas, isso está em debate agora no STF, se resolve proibir o professor de usar o celular”, considera.
Para Nelson Pretto, é possível discutir se os celulares são um problema ou a solução em sala de aula.
“O celular é um computador poderoso, muito mais potente do que os computadores que estão dentro da escola. Então nós temos que saber separar o que é o problema, e o problema são esses aplicativos que são construídos com intencionalidade, eles são construídos para nos enganchar, para nos viciar. Então temos que enfrentar o vício, e não se enfrenta vício com proibição. Ou seja, ele tem que entrar na escola para ser objeto de estudo e de trabalho para que as escolas, para que os professores e os alunos sejam produtores de conhecimento e de cultura e não consumidores de informações”, considera.
Em âmbito nacional, um projeto de lei tramita na Câmara Federal com texto que proíbe o uso de celular e outros aparelhos eletrônicos portáteis por alunos da educação básica em escolas, inclusive nos intervalos entre as aulas.
“A utilização do celular deve estar condicionada ao um apoio pedagógico, algo realmente voltado para o dia-a-dia, para que não tenha essa dispersão tão grande em sala de aula”, considera Joária Vieira, presidente da Undime/RN.
Policiais civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) deflagraram a “Operação Tártaro”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em roubos a bancos. A ação, realizada em uma granja no município de Pureza, resultou na morte de dois investigados, associados a crimes como assaltos e explosões de cofres de empresas de valores.
Após o grupo autointitulado “Cangaço” divulgar suas ações nas redes sociais e cometer diversos crimes, incluindo o roubo de um carro-forte em um supermercado na Zona Sul de Natal, no dia 05 de agosto de 2024, e um assalto a uma lanchonete na última segunda-feira (02), no bairro Lagoa Nova, as investigações foram intensificadas. A Polícia Civil localizou o esconderijo dos suspeitos e, ao chegar ao local, foi recebida a tiros. Em resposta, dois criminosos foram alvejados e, apesar de serem socorridos, não resistiram.
Entre os mortos estava José Ari Dantas da Silva, natural da Bahia, apontado como um dos assaltantes de bancos mais perigosos e experientes do país. O outro suspeito, José Carlos Renato Santos da Silva, pernambucano, tinha antecedentes por roubo qualificado.
Durante a operação, foram apreendidos 17 explosivos, equipamentos para explosão e corte de cofres bancários, uma pistola, dois veículos roubados (um deles utilizado no roubo à lanchonete), placas adulteradas e outros materiais que indicavam o planejamento de uma grande ação criminosa contra uma instituição financeira.
A investigação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Receita Federal, Departamento de Inteligência Policial (DIP), Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Natal (DEFUR/Natal), Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV/Natal) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/Mossoró).
O nome “Tártaro” foi inspirado na mitologia grega, simbolizando o caos e a desordem provocados pela organização criminosa na Grande Natal.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reforça seu compromisso com a segurança pública e incentiva a população a colaborar com informações, por meio do Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo absoluto.