O atacante Vinicius Júnior foi eleito o 6º melhor jogador do mundo, conforme anunciado nesta segunda-feira, 30, durante a cerimônia do Bola de Ouro. O atleta também foi agraciado com o Prêmio Sócrates, em reconhecimento pelo trabalho social do Instituto Vini Jr. e sua luta contra o racismo.
A instituição foi fundada em julho de 2021, com a missão de oferecer ensino através de tecnologia, com uma linguagem centrada no esporte. O objetivo, segundo destacou a revista France Football, organizadora da premiação, é reduzir o abismo digital no sistema público de ensino brasileiro.
O Instituto Vini Jr. disputava o prêmio com a Fundação Alex Morgan, da jogadora Alex Morgan, dos Estados Unidos; a Academia Oshoala, da jogadora nigeriana Asisat Oshoala; a Fundação Antonio Rüdiger, do zagueiro do Real Madrid; e a Força-Tarefa ‘Child Food Poverty’, do atacante Marcos Rashford, do Manchester United.
Apesar de cair nas quartas de final da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, no Mundial do Catar, o atacante foi o principal destaque do Real Madrid na última temporada. Com Vini Jr., a equipe chegou às semifinais da UEFA Champions League, e foi eliminado pelo Manchester City – campeão daquele torneio.
Único brasileiro O atacante do Real Madrid, foi o único brasileiro a figurar na lista da France Football dos 30 indicados ao prêmio Bola de Ouro 2023. Na edição passada, o jogador de 23 anos ficou com a oitava posição, e teve a companhia de outros dois compatriotas, os volantes Casemiro e Fabinho.
Neymar ficou de fora da lista e repete 2019 e 2022. O brasileiro, hoje no Al-Hilal, foi indicado nove vezes e terminou com o 3º lugar em 2015 e em 2017. Rodrygo, companheiro de Vini Jr no Real Madrid, também não aparece entre os candidatos
O mesmo vale para outros nomes que costumam figurar na Seleção Brasileira, como os volantes Casemiro (Manchester United), Fabinho (Al-Ittihad), o goleiro Alisson (Liverpool) e o zagueiro Thiago Silva (Chelsea).
A Bola de Ouro está de volta às mãos de Lionel Messi. Em cerimônia realizada em Paris nesta segunda-feira, o craque argentino recebeu o tradicional prêmio de melhor jogador do mundo pela oitava vez na carreira.
Ele desbancou Haaland, Mbappé e De Bruyne, que completaram o top 4 da eleição promovida pela revista France Football, e recebeu o troféu das mãos de David Beckham, dono do Inter Miami, seu atual clube. Vini Jr, único brasileiro concorrente, ficou na sexta posição.
– Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos aqueles que votaram, que me fizeram vencedor deste prêmio, e claro, a todos os meus companheiros, jogadores de seleção. Isso dependeu da seleção argentina, o trabalho de toda uma equipe. Lautaro, Julián, Dibu. Um presente para todo nosso grupo argentino. Feito histórico o que conseguimos – disse Messi.
Messi, que ficou fora da lista de indicados na edição anterior, é o primeiro jogador de um time de fora da Europa a aparecer no lugar mais alto. A Bola de Ouro, porém, conta a temporada 2022/23, período em que defendeu, além da seleção argentina, o Paris Saint-Germain. Veja o que credenciou o jogador de 36 anos:
38 gols e 25 assistências em 54 jogos (média de 1,16 participação por jogo) Campeão da Copa do Mundo pela Argentina Eleito melhor jogador da Copa do Mundo, com sete gols e três assistências Campeão da Supercopa da França e do Campeonato Francês pelo PSG Líder em assistências no Campeonato Francês (16)
Messi é disparado o maior vencedor do prêmio dado pela France Football ao melhor do mundo, agora com três a mais em relação a Cristiano Ronaldo, que tem cinco. Cruijff, Platini e Van Basten vêm em seguida no ranking, com três cada. Em 2015, a revista fez uma revisão histórica e colocou Pelé com sete conquistas simbólicas.
“Haaland, Kylian, vocês tiveram um ano incrível, jogaram muito bem no nível individual e coletivo. Haaland, espetacular o que você conseguiu. Sem dúvida nos próximos anos esse prêmio será de vocês”, reiterou o craque argentino. – Estou vendo muitos jovens aqui, é uma maravilha e uma honra. Pela classe de jogadores que estou vendo esta noite, sei que o futebol vai continuar crescendo. Os jogadores vão se renovando, mas o nível permanece.
– Gostaria de mencionar aqueles que sempre me apoiaram desde o início, na minha carreira e nesse momento da Copa com a Argentina. Era o título que me faltava. Apoio de muitas pessoas, de outras nacionalidades, querendo que a Argentina fosse campeã. Queria dividir esse troféu com a minha família, amigos, filhos que estão sempre comigo. Minha esposa, que esteve comigo nos bons e nos maus momentos – concluiu, antes de também citar Diego Maradona, que faria aniversário nesta segunda-feira.
1º: Lionel Messi (2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019, 2021 e 2023) : 8 2º: Cristiano Ronaldo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017): 5 3º: Johan Cruijff (1971, 1973 e 1974), Michel Platini (1983, 1984 e 1985) e Marco van Basten (1988, 1989 e 1992): 3 6º: Alfredo Di Stéfano (1957 e 1959), Franz Beckenbauer (1972 e 1976), Kevin Keegan (1978 e 1979), Karl-Heinz Rummenigge (1980 e 1981) e Ronaldo (1997 e 2002): 2 11º: Stanley Mathhews (1956), Raymond Kopa (1958), Luis Suárez (1960), Omar Sivori (1961), Josef Masopust (1962), Lev Yashin (1963), Denis Law (1964), Eusébio (1965), Bobby Charlton (1966), Flórián Albert (1967), George Best (1968), Gianni Rivera (1969), Gerd Müller (1970), Oleg Blokhin (1975), Allan Simonsen (1977), Paolo Rossi (1982), Igor Belanov (1986), Ruud Gullit (1987), Lothar Matthäus (1990), Jean-Pierre Papin (1991), Roberto Baggio (1993), Hristo Stoichkov (1994), George Weah (1995), Mathias Sammer (1996), Zinedine Zidane (1998), Rivaldo (1999), Luís Figo (2000), Michael Owen (2001), Pavel Nedved (2003), Andriy Shevchenko (2004), Ronaldinho Gaúcho (2005), Fabio Cannavaro (2006), Kaká (2007) e Luka Modric (2018): 1
O histórico de Messi O craque tem agora 11 prêmios ao todo: oito Bolas de Ouro, quatro delas unificadas com a Fifa, e outros três de Melhor Jogador do Mundo dados pela entidade máxima do futebol. 2006: 21º na Bola de Ouro (France Football) e não indicado na Fifa 2007: 3º na Bola de Ouro (France Football) e 2º na Fifa 2008: 2º na Bola de Ouro (France Football) e 2º na Fifa 2009: Bola de Ouro (France Football) e Melhor do Mundo (Fifa) 2010: Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2011: Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2012: Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2013: 2º na Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2013: 2º na Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2015: Bola de Ouro (France Football + Fifa) 2016: 2º na Bola de Ouro (France Football) e 2º no The Best (Fifa) 2017: 2º na Bola de Ouro (France Football) e 2º no The Best (Fifa) 2018: 5º na Bola de Ouro (France Football) e 5º no The Best (Fifa) 2019: Bola de Ouro (France Football) e The Best (Fifa) 2020: Não houve Bola de Ouro (France Football) | 2º no The Best (Fifa) 2021: Bola de Ouro (France Football) e 2º no The Best (Fifa) 2022: Não indicado na Bola de Ouro (France Football) e Melhor do mundo no The Best (Fifa)* 2023: Bola de Ouro (France Football) e indicado ao The Best
Como funciona a votação Diferentemente do que acontece no Fifa The Best, onde treinadores e capitães de seleções opinam, na Bola de Ouro são computados votos de jornalistas de diferentes países. A France Football fez uma lista de 30 finalistas e enviou para que cada eleitor montasse o seu top 5. As pontuações foram dadas de acordo com a posição.
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,65% para 4,63% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (30), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,9%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.
Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.
A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.
Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas.
As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,89%.
Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.
A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.
Dia 28 de Novembro, às 18 horas, na Câmara De Vereadores de Currais Novos, o I SEMINÁRIO ELEITORAL com palestras do Publicitário TERTULIANO PINHEIRO, ” Marketing Político e Advogado FELIPE CORTEZ, “Direito Eleitoral-Eleições 2024.
As inscrições, inteiramente gratuitas, serão realizadas através do 99944-6606.
O evento tem como objetivo qualificar os pré-candidatos a Vereador, Prefeito e Vice- Prefeitos para o pleito de 2024 e conta com apoio da Câmara de Vereadores de Currais Novos, Revista SERIDÓ e Programa PAUTA RN.
Depois de visitar o Vale do Assu, a caravana do TRT em Movimento, projeto criado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região para promover a aproximação do TRT-RN com a sociedade, chega nesta semana à cidade de Currais Novos, na região do Seridó. O presidente do TRT-RN, desembargador Eridson João Fernandes Medeiros, aproveita a realização da correição ordinária na Vara do Trabalho da cidade para manter uma série de contatos institucionais com autoridades do município. Durante os dias de TRT em Movimento, a equipe do tribunal vai participar de visitas a autoridades e instituições, reuniões com trabalhadores e empresários, para tratar de temas de interesse econômico e social.
AGENDA O presidente do TRT-RN visitará a prefeitura de Currais Novos na manhã terça-feira e se reunirá com o prefeito Odon Junior, às 10h e, em seguida, visita a Câmara de Vereadores, às 11h. No período da tarde, Eridson Medeiros se reunirá com advogados e dirigentes da OAB, na Vara do Trabalho de Currais Novos, às 15h e com o juiz Hermann de Araújo Hackradt e os servidores da Vara. Na quarta-feira, o presidente e corregedor do TRT-RN encerrará os trabalhos de correição com a leitura oficial da ata, em solenidade marcada para às 9:30h. A Vara do Trabalho de Currais Novos funciona na rua Zuza Othon, 1012 – Valfredo Galvão (após o IFRN) e tem jurisdição sobre os municípios de Acari, Bodó, Campo Redondo, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Coronel Ezequiel, Currais Novos, Florânia, Jaçanã, Japi, Lagoa Nova, Lajes Pintadas, Santa Cruz, São Bento do Trairí, São Vicente, Sítio Novo, Tangará e Tenente Laurentino Cruz.
No próximo dia 31 de outubro, a Sidy’s TV estará promovendo o Telesidys, um evento especial que esse ano tem como objetivo apoiar a causa animal. Durante três horas, das 12h às 15h, o programa será transmitido pela Sidy’s TV e Internet, oferecendo uma oportunidade única para ajudar a ONG Amigos do Chiquinho.
O Telesidys deste ano surgiu a partir de um pedido feito pelos representantes do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais de Currais Novos. Sensibilizada por essa causa nobre, a equipe gestora da Sidy’s TV e Internet prontamente se engajou para tornar esse evento uma realidade.
A ONG Amigos do Chiquinho desempenha um papel fundamental na proteção e cuidado dos animais. Seu trabalho incansável visa resgatar animais em situação de risco e proporcionar o tratamento médico adequado para esses seres indefesos.
Durante a transmissão do Telesidys, você poderá se emocionar com histórias inspiradoras de animais resgatados e ouvir depoimentos comoventes de voluntários. Além disso, o programa trará informações essenciais sobre a importância da adoção responsável e a conscientização sobre os direitos dos animais. É uma oportunidade única para despertar a empatia em relação aos nossos amigos de quatro patas.
Participar do Telesidys é mais do que assistir a um programa de TV. É uma chance de fazer a diferença na vida dos animais. Ao apoiar essa iniciativa, você estará contribuindo para o bem-estar e a proteção dos animais, fortalecendo a conscientização sobre a importância de respeitar e valorizar todas as formas de vida.
Você também pode fazer doações para a ONG Amigos do Chiquinho. Para isso, você pode utilizar as seguintes opções:
Banco do Brasil: agência 0361-1 | conta corrente 29.981-2
PIX (CNPJ): 21.203.452/0001-40
Para assistir e se envolver com o programa, basta sintonizar no Canal 4 da Sidy’s TV. Não perca essa oportunidade de se conectar com a causa animal e fazer parte desse evento significativo.
Em uma noite repleta de rock ‘n roll e de muita diversão, durante o Halloween da XP Tabuleiria, em Currais Novos, a organização do Currais Rock fez a divulgação da programação completa do evento deste ano, que vai contar com um total de doze shows divididos em dois palcos. A festa a fantasia que foi palco do anúncio estava repleta de gente fantasiada e todos comemoraram bastante as novidades sobre o festival desse ano.
“É com uma alegria imensa que entregamos essa programação completa para vocês, pensamos em fazer um retorno em grande estilo do evento desse ano e com muito esforço e dedicação vamos entregar isso a vocês”, afirmou Fahad Mohammed, da Aljarboua Produções, a organizadora do evento.
A programação completa ficou assim:
Palco Principal: Mobydick Rittornellos Sertão Sangrento Motor de Opala New Fight Zé Ninguém Sete de Espadas
Pocket-shows: Wescley Gama Rilliam Costa Hery e Rodrigo Felipe Carlos Noite Casual
O Currais Rock 2023 acontecerá no dia 23 de Dezembro, em Currais Novos, e é uma realização da Aljarboua Produções.
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que sua gestão vai incluir o direito ao aborto na Constituição. Através das redes sociais, o líder francês sinalizou neste domingo, 29, que o projeto de lei será apresentado a partir da próxima semana no Conselho do Estado, o máximo tribunal administrativo do país. “Em 2024, a liberdade das mulheres de fazer um aborto será irreversível”, escreveu, em sua conta no “X”, o antigo Twitter. A promessa já havia sido feita por Macron em 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. De acordo com a Constituição francesa, as revisões exigem pelo menos três quintos dos membros de ambas as Câmaras. Na França, o aborto é descriminalizado desde 1975. Uma pesquisa de novembro de 2022 mostra que 86% dos franceses são a favor da inclusão do direito ao aborto na Constituição. Segundo dados do governo, 234 mil abortos foram realizados no ano passado.
Deu Brasa! Neste domingo (29), a equipe do Brasil disputou a grande final do Basquete Feminino diante da Colômbia, nos Jogos Pan-Americanos de 2023. Apesar de muitos erros, faltas, limitações e uma partida de menor qualidade, as mulheres brasileiras fizeram o mínimo possível para levar o bicampeonato seguido, vencendo por 50 a 40 em Santiago e faturando o ouro.
Nas primeiras duas etapas, a Seleção Brasileira se destacou melhor diante das colombianas. Com um certo equilíbrio entre ataque e defesa, a equipe soube construir sua vantagem diante das adversárias, principalmente no primeiro tempo (21 a 15). O segundo quarto foi o mais ‘apertado’, mas tecnicamente ruim, com um placar de 9 a 8 para o Brasil.
O terceiro tempo ficou marcado por uma limitação muito grande, e o ataque brasileiro se apagou bastante em quadra. Mesmo com a Colômbia também limitada, de lance em lance buscaram ter uma reação. O marcador do período em 6 a 6 evidenciou como a partida ficou mais nervosa. No último quarto, as brasileiras reagiram um pouco melhor ofensivamente para levar a conquista.
Foi a quinta ouro brasileiro no Basquetebol Feminino, que também já havia conquistado em 1967, 1971, 1991 e 2019. O maior destaque foi Erika de Souza, que marcou 13 pontos. Leila Zabini (10pts) vem logo atrás.
HERMANAS FICAM COM O BRONZE
No duelo pelo terceiro lugar do Basquete Feminino, Argentina e Cuba protagonizaram o duelo pelo Bronze. Apó serem eliminadas para as brasileiras, as ‘hermanas’ levaram a melhor diante das atletas da ilha caribenha. A albiceleste foi dominante nas quadras e venceu por 75 a 66. As argentinas souberam se impor e aproveitaram, principalmente, nos lances livres, onde conquistaram 22 dos 28 pontos de chance (79% de conversão).
O grande destaque ficou com Camila Suárez, que fez 27 pontos, sendo sete cestas de dois pontos, e duas de três pontos. Além disso, sua atuação ficou marcada com cinco rebotes e quatro assistências. Anisleidy Galindo foi o destaque das cubanas, também com 27 pontos marcados (10 cestas de 2pts e uma de 3pts).
Foi a primeira medalha do país vizinho no Basquete das mulheres no Pan. A melhor campanha na história havia sido a quinta colocação, alcançada em cinco vezes das seis oportunidades no esporte.
A seleção brasileira feminina de handebol conquistou, neste domingo, a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Vitória por 30 a 18 contra a Argentina. Este é o sétimo título consecutivo do torneio. Destaque para Fran e Adriana, artilheiras da partida com sete gols marcados cada uma. Com o resultado, a seleção garantiu vaga nas Olimpíadas de Paris 2024.
Esta será a sétima participação brasileira na história das olimpíadas. Desde 2000, a seleção esteve presente em todas a edições dos Jogos. Em 2012 e 2016, as meninas tiveram sua melhor participação na história, quando chegaram nas quartas de final. O principal capítulo das brasileiras na modalidade foi em 2013, ano do título mundial contra a Sérvia.
O Brasil fecha sua campanha com 100% de aproveitamento. A seleção passou com três vitórias na fase de grupos. Estreou superando o Paraguai por 27 a 15. Na sequência venceu o Uruguai por 28 a 9 e Cuba por 49 a 11. Nas semifinais, elas bateram o Chile por 30 a 10.
Nesta segunda-feira começa a jornada da seleção masculina de handebol por uma vaga nas Olimpíadas de Paris 2024 – só o campeão se garante. Os brasileiros estrearão contra o México, a partir das 17h30min. Também fazem parte do grupo República Dominicana e Chile.
O jogo O primeiro tempo começou bastante equilibrado, com o Brasil precisando se superar quando esteve com duas atletas a menos em quadra. A Argentina resistiu até o 4 a 4. Porém, quando Larissa fez o quinto da seleção e Gabi fechou o gol, só deu Brasil.
As brasileiras terminaram o primeiro tempo com vitória parcial de 16 a 7. Destaque para Adriana, que teve 100% de aproveitamento nos 30 minutos inicias. Ela fez quatro gols e foi a artilheira na parcial. Fran, Larissa e Bruna fizeram outros três pontos cada uma.
Na volta dos vestiários, o Brasil apenas sacramentou o resultado. Depois que Karsten, estrela da seleção argentina, foi expulsa com seis minutos de segundo tempo, as “hermanas” perderam qualquer poder de reação.
O papa Francisco pediu, neste domingo (29), um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação imediata de todos os reféns. A declaração do líder da Igreja Católica foi feita durante a celebração do Angelus.
“Que ninguém abandone a possibilidade de parar as armas: cesse o fogo. Parem! A guerra é sempre uma derrota, sempre”, disse papa Francisco.
O pontífice destacou a necessidade da entrada de ajuda na região afetada pelo conflito iniciado em 7 de outubro, que já deixou mais de oito mil mortos.
“Continuamos a rezar pela Ucrânia e também pela grave situação na Palestina e em Israel e pelas outras regiões em guerra. Em Gaza, em particular, deixem espaços para garantir a ajuda humanitária e que os reféns sejam libertados imediatamente”, declarou.
“Penso naqueles que são vítimas das atrocidades da guerra, no sofrimento dos migrantes, na dor oculta daqueles que se encontram sozinhos e em condições de pobreza e naqueles que são esmagados pelos fardos da vida. Quantas vezes, por trás de belas palavras e promessas persuasivas, se favorecem formas de exploração ou nada se faz para evitá-las”, acrescentou o religioso.
Declaração do papa é feita no momento em que ocorre a escalada no conflito no Oriente Médio. Segundo as forças israelenses, nas últimas 24 horas, 450 alvos ligados ao Hamas em toda a Faixa de Faza foram atingidos.
Pelo menos 43 pessoas morreram depois que o furacão Otis atingiu o estado de Guerrero, no sul do México, como uma tempestade devastadora de categoria 5 na semana passada, disse o governador da região no domingo (29).
As vítimas falecidas incluem 33 homens e 10 mulheres, informou a governadora Evelyn Salgado Pineda em uma postagem no Facebook.
Pouco depois da meia-noite de quarta-feira (25), a tempestade recorde trouxe ventos sustentados de 265 km/h para a costa perto de Acapulco, deixando o popular destino turístico do sul do México em ruínas.
O comunicado de Pineda afirma que 340 pessoas foram resgatadas pelas autoridades mexicanas. O furacão atingiu 220.035 casas, e 80% dos hotéis da região foram danificados, conforme a avaliação preliminar dos danos do governo mexicano.
O setor da saúde relatou inundações no piso térreo de um hospital, e equipamentos eletromecânicos e o fornecimento de gases medicinais foram afetados em outra unidade médica, disseram as autoridades em comunicado no sábado (28).
Quedas de árvores e deslizamentos de terra provocados por Otis resultaram no fechamento de várias estradas. O Sistema de Alerta Sísmico do México (SASMEX) teve 27 sensores danificados na região do Oceano Pacífico.
O Aeroporto Internacional de Acapulco também sofreu danos, mas as operações foram retomadas, disseram autoridades.
Uma subestimação da ameaça nas primeiras previsões deixou os residentes e autoridades do sul do México com tempo mínimo para se prepararem para a gravidade de Otis.
Em apenas 12 horas, o fenômeno se intensificou rapidamente de uma tempestade tropical para a tempestade mais forte já registrada na área, informou a CNN anteriormente.
A devastação de Otis deixou estruturas, incluindo alguns arranha-céus, em ruínas com blocos de concreto expostos, pedaços de madeira espalhados e telhados inexistentes, mostraram imagens e vídeos.
A tempestade e a chuva inundaram estradas com vários metros de águas turvas. A tempestade cortou a energia em mais de meio milhão de residências e empresas em todo o estado de Guerrero, de acordo com a Comissão Federal de Eletricidade do México, que restaurou a eletricidade para 58% das pessoas afetadas em Acapulco até domingo, segundo o governador.
“Foram dias intensos de trabalho permanente, sem descanso e com o único objetivo de recuperar a nossa Acapulco. Estamos avançando na distribuição eficiente da ajuda humanitária, prestando apoios relevantes e avançando na restauração dos serviços”, disse Salgado Pineda.
Cerca de 10.000 militares foram destacados para a área de Acapulco para ajudar nos esforços, disseram as autoridades.
O governo do estado de Guerrero disse que coordenou a transferência de 200 turistas para a Cidade do México.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em um comunicado na sexta-feira (27) que está “profundamente entristecido pela perda de vidas e pela devastação” causada pelo furacão Otis.
“Ordenei à minha administração que trabalhasse em estreita colaboração com os nossos parceiros do governo do México para oferecer o nosso total apoio”, disse Biden no comunicado.
“Também estamos trabalhando para garantir a segurança dos cidadãos americanos dentro e ao redor de Acapulco.”
À medida que o mundo envelhece, a África cresce com a juventude. Até 2050, 1 em cada 4 pessoas do planeta será africana, uma mudança expressiva que já começa a ser registrada.
Uma mudança surpreendente está em curso no continente, onde a população deve quase dobrar para 2,5 bilhões nos próximos 25 anos —uma era que não apenas transformará muitos países africanos, mas também remodelará sua relação com o resto do mundo.
As taxas de natalidade estão caindo em países mais ricos, criando preocupação sobre como cuidar e pagar por suas sociedades envelhecidas. Mas o “boom” de bebês na África continua, alimentando a população mais jovem e de crescimento mais rápido do mundo.
Em 1950, os africanos representavam 8% da população mundial. Um século depois, representarão um quarto da humanidade e pelo menos um terço de todos os jovens entre 15 e 24 anos, de acordo com as previsões da ONU.
A idade média no continente africano é de 19 anos. Na Índia, o país mais populoso do mundo, é de 28 anos. Na China e nos Estados Unidos, é de 38 anos.
As implicações dessa “youthquake”, como alguns a chamam, são imensas, mas incertas, além de variarem muito em toda a África, um continente de inúmeras culturas e cerca de 54 países que abrange uma área maior que China, Europa, Índia e EUA juntos. Mas seus primeiros sinais já estão presentes.
Isso ressoa na agitação das cidades em expansão no continente. Pulsa nos estádios lotados de Londres ou Nova York, onde músicos africanos estão conquistando o mundo da música pop.
E a influência política da África também está crescendo. Seus líderes são cortejados em cúpulas chamadas por potências estrangeiras que cobiçam suas enormes reservas de minerais necessários para fabricar carros elétricos e painéis solares.
Com uma crescente escolha de aliados ansiosos, incluindo Rússia, China, EUA e Turquia, líderes africanos estão rejeitando a imagem de vítima e exigindo uma voz maior. Em setembro, a União Africana se juntou ao G20, o principal fórum de cooperação econômica internacional.
Em muitos países, as baixas taxas de natalidade estão criando populações mais velhas e menores. O desafio da África é gerenciar o crescimento desenfreado. Na próxima década, a região terá a maior força de trabalho do mundo, ultrapassando China e Índia. Até a década de 2040, ela representará 2 em cada 5 crianças nascidas no planeta.
Os especialistas dizem que essa maré iminente leva a África à frente das preocupações mais urgentes desta era, como emergência climática, transição energética e migração. Mas também expôs as vulnerabilidades gritantes do continente.
PERIGO E POTENCIAL O “boom” populacional da África é, em parte, resultado de um progresso notável. Em média, os africanos comem melhor e vivem mais do que nunca. A mortalidade infantil foi reduzida pela metade desde 2000.
Mas, enquanto alguns países africanos estão prontos para aproveitar a onda demográfica, outros correm o risco de serem inundados por ela.
Por exemplo, a Nigéria, a nação mais populosa da África. Quase dois terços de seus 213 milhões de habitantes vivem com menos de US$ 2 por dia; a violência de grupos extremistas é comum; e a expectativa de vida é de apenas 53 anos, nove anos abaixo da média africana.
No entanto, a Nigéria adiciona mais 5 milhões de pessoas a cada ano e até 2050 espera ultrapassar os EUA como o terceiro país mais populoso do mundo.
Os jovens africanos estão mais bem educados e mais conectados do que nunca: 44% se formaram no ensino médio em 2020, em comparação com 27% em 2000, e cerca de 570 milhões de pessoas usam a internet. Mas encontrar um bom emprego, ou qualquer emprego, é outra questão.
Até 1 milhão de africanos entram no mercado de trabalho todos os meses, mas menos de 1 em cada 4 conseguem um emprego formal, diz o Banco Mundial. O desemprego na África do Sul, a nação mais industrializada do continente, chega a 35%.
A FRUSTRAÇÃO ALIMENTA A DESESPERANÇA Em países como Somália, Moçambique e Mali, jovens privados de oportunidades pegam em armas para lutar em grupos fundamentalistas islâmicos ou por dinheiro. No Gabão e no Níger, jovens cansados da política falha lotam ruas e estádios para gritar slogans em favor de golpes militares.
No alto mar, barcos de contrabandistas fazem viagens perigosas para a Europa e o Oriente Médio, levando jovens africanos desesperados e seus sonhos de um futuro melhor. Pelo menos 28 mil morreram no mar Mediterrâneo desde 2014, segundo a ONU.
A crise climática também é uma preocupação urgente. Inundações, secas e tempestades têm devastado países africanos. E o temor das mudanças climáticas está moldando planos para o futuro e alimentando preocupações sobre seu impacto.
POTÊNCIA CULTURAL Artistas africanos pareciam estar em todos os tapetes vermelhos este ano —no Grammy Awards, que adicionou uma nova categoria para Melhor Música Africana; no Met Gala, onde a cantora nigeriana Tems apareceu com franjas de penas de avestruz; e no Festival de Cinema de Cannes, onde uma jovem diretora franco-senegalesa, Ramata-Toulaye Sy, foi uma estrela em ascensão.
A moda africana teve seus próprios desfiles em Paris e Milão. Em Veneza, a África é o foco da Bienal de Arquitetura deste ano. No ano passado, um arquiteto de Burkina Faso ganhou o prestigioso Prêmio Pritzker. Em 2021, Abdulrazak Gurnah, nascido na Tanzânia, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura.
“A África não é apenas um lugar”, disse ele em uma entrevista. “É complicada e complexa; diferenciada, contrastante.”
Por muito tempo vista no Ocidente como um interesse de nicho —ou, pior, exotismo— a cultura africana se tornou o “soft power” do continente e, cada vez mais, uma fonte de dinheiro. O mercado de música que mais cresce no mundo está na África Subsaariana. Até 2030, as indústrias cinematográfica e musical da África poderiam valer US$ 20 bilhões e criar 20 milhões de empregos.
CRISE DE EMPREGOS Não faz muito tempo, a tecnologia era a grande ideia para permitir que a África saísse da pobreza. Startups surgiram em países como Nigéria, África do Sul e Marrocos. Microsoft e Google estabeleceram grandes centros no Quênia. Otimistas falavam de uma “África em ascensão”.
Mas, embora a tecnologia tenha trazido bilhões em investimentos, ela falhou em um ponto crucial: criar empregos. O desemprego crônico, um problema antigo, agora é uma grande crise.
A população em idade de trabalho do continente —pessoas entre 15 e 65 anos— chegará a 1 bilhão na próxima década. O que esses 1 bilhão de trabalhadores farão?
É um problema para o mundo, diz Aubrey Hruby, investidora e autora de “The Next Africa”. “Depois das mudanças climáticas, a crise de empregos na África será um desafio definidor de nossa era”.
Em outros lugares, a resposta foi a industrialização. Nas décadas de 1970 e 1980, quando China, Coreia do Sul e Japão eram os motores do crescimento populacional, suas fábricas estavam cheias de jovens produzindo roupas, carros e TVs. Isso os tornou ricos e tirou centenas de milhões da pobreza.
A África está mal posicionada para repetir esse feito. A maior parte do continente falhou em se industrializar e está perdendo terreno nessa área: a participação da África na manufatura global é menor hoje do que era em 1980.
A infraestrutura é um obstáculo. Cerca de 600 milhões de africanos, ou 4 em cada 10, não têm eletricidade. Grandes estradas e ferrovias muitas vezes levam às costas, um legado do colonialismo extrativista, que inibe o comércio entre os países.
E o “boom” de bebês continua, sufocando o crescimento econômico. No geral, o continente não consegue acompanhar o crescimento de sua população.
Ajustada ao tamanho da população, a economia da África cresceu 1% ao ano desde 1990, de acordo com a empresa global de consultoria McKinsey & Co. No mesmo período, a economia da Índia cresceu 5% ao ano, e a da China cresceu 9%.
Apesar de representar 18% da população global, a África responde por apenas 3% de todo o comércio.
Para legiões de jovens africanos desempregados e frustrados, isso deixa apenas uma opção: sair. Todos os anos, dezenas de milhares de médicos, enfermeiros, acadêmicos e outros migrantes qualificados fogem do continente.
E os países que eles deixam para trás dependem deles para sobreviver. Em 2021, migrantes africanos enviaram para casa US$ 96 bilhões em remessas, três vezes mais do que a soma de toda a ajuda externa, de acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento. “A diáspora africana se tornou a maior financiadora da África”, diz Akinwumi Adesina, chefe do banco.
ELEITORES JOVENS, LÍDERES ANTIGOS Um continente jovem é governado por homens idosos. O líder africano médio tem 63 anos; o mais velho, Paul Biya, líder de Camarões, tem 90 anos. A democracia atingiu seu ponto mais baixo em décadas: metade de todos os africanos vive em países considerados “não livres” pela Freedom House.
Cinco chefes de estado africanos, incluindo Biya, estão no poder há mais de três décadas; quase todos estão preparando seus filhos como sucessores. Mesmo assim, potências estrangeiras estão se apressando em apoiá-los.
O presidente Paul Kagame de Ruanda, no poder desde 1994, recebe mais de US$ 1 bilhão em ajuda ocidental anualmente e estabeleceu seu pequeno país como um centro esportivo e de conferências internacionais —mesmo sendo acusado de matar ou sequestrar seus críticos, ou de supostamente vencer eleições por uma margem de 99%.
Enquanto EUA, China e Rússia disputam posições, uma série de potências médias também está se aproximando. Cerca de 400 novas embaixadas foram abertas em países africanos desde 2012, de acordo com a Universidade de Denver; Turquia, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Índia lideram a lista.
No entanto, há um grupo-chave que os líderes africanos falharam em conquistar: os jovens alienados de suas próprias nações. “Nossas elites nos tratam como idiotas”, diz Nourdine Aouadé, advogado e jovem líder político, em seu escritório na capital do Níger, Niamey, após uma tomada militar em agosto.
Como muitos jovens nigerinos, Awade, 32, apoiou a ação. “Golpes são apenas a consequência da injustiça social”, diz ele.
A maioria dos jovens africanos admira e deseja a democracia, como mostram inúmeras pesquisas. Mas o desencanto com as promessas vazias dos políticos está dando origem a uma nova era de protestos e ativismo político.
MILITANTES SE ESPALHANDO Enquanto alguns fogem, outros pegam em armas.
No Sahel, a região semiárida que faz fronteira com o Saara e atravessa o continente africano, dezenas de milhares de adolescentes se juntaram a grupos militantes ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Eles causam estragos por onde passam —milhares de civis mortos, 5 milhões de pessoas forçadas a deixar suas casas e desestabilização política que levou a uma série de golpes militares.
Mas o principal impulsionador dessa insurgência não é uma ideologia extremista ou crença religiosa, de acordo com um estudo da ONU com mil ex-combatentes de oito países. Em vez disso, os pesquisadores descobriram que a maior razão para se juntar a um grupo militante era o desejo de ter um emprego.
O Sahel lidera o mundo de duas maneiras. É o centro global da violência extremista, respondendo por 43% de todas as mortes desse tipo em 2022, de acordo com o Índice Global de Terrorismo. E tem as maiores taxas de natalidade —em média, sete filhos por mulher no Níger e no norte da Nigéria, seis no Mali e no Chade e cinco no Sudão e em Burkina Fasso.
Altas taxas de natalidade por si só não causam insurgências. Mas elas são um grande acelerador quando combinadas com estados fracos e pobreza extrema. Um planeta em aquecimento também é um fator importante, apagando meios de subsistência e levando as pessoas ao desespero.
Esses fatores são a razão pela qual muitos veem o Sahel como a manifestação mais preocupante da “youthquake” da África.
Uma chave para enfrentar esse problema está nas adolescentes, como Asiya Saidu. Assim como muitas em Zaria, uma cidade de maioria muçulmana no norte da Nigéria, Saidu esperava se casar aos 14 anos e ter seu primeiro filho logo depois.
Em vez disso, matriculou-se no Centro de Educação para Meninas, um programa financiado pelos EUA que ajudou até 70 mil meninas a permanecerem na escola e, no final, ter famílias menores.
Educar as meninas tem um efeito incomumente grande no tamanho da família na África, porque atrasa a idade do casamento e ajuda as jovens a espaçar o nascimento de seus filhos. Saidu, agora com 17 anos, recentemente se candidatou a uma escola de enfermagem.
“Eu quero me casar”, disse ela. “Mas primeiro quero ser independente e aprender a me sustentar.”
Pode ser que a África passe por transformações difíceis de ver agora.
A turbulência crescente deste ano —novas crises, novas guerras e novas quedas econômicas— daria uma pausa aos maiores otimistas. No entanto, também há motivos para ter esperança.
“Digo aos meus amigos na Inglaterra que chegará o momento em que eles vão estender um tapete vermelho para aqueles caras que agora estão chegando de barco”, diz Mo Ibrahim, um magnata das telecomunicações e filantropo nascido no Sudão.
Quase dois meses após o ingresso de PP e Republicanos no primeiro escalão do governo, o apoio do centrão aos projetos do presidente Lula (PT) segue condicionado à obtenção de mais espaço, vide a coincidência da troca no comando da Caixa e a aprovação do projeto da taxação das offshores na última quarta-feira (25).
De um lado, o centrão cobra cargos e usa a pauta de Fernando Haddad (Fazenda) para pressionar o Planalto. De outro, Lula adota uma estratégia de negociações arrastadas e a conta-gotas.
Auxiliares do presidente na articulação política dizem que essa tática tem sido adotada porque o governo ainda não conta com uma base parlamentar fiel. Mesmo que Lula imponha o próprio ritmo (muitas vezes, mais lento) às nomeações para atender ao centrão, o cenário, traçado ainda no início do mandato, é de negociações votação a votação.
Por isso, o petista não cedeu às pressões e entregou tudo o que o Congresso pediu em um único pacote mesmo nos momentos mais tensos para Lula, como na votação da MP (medida provisória) que reestruturou o governo, em maio, quando o presidente foi emparedado e quase sofreu uma derrota histórica.
O mesmo jogo deve ser visto nas próximas votações relevantes no Congresso, já que a fatura do centrão ainda segue aberta.
O grupo, liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobra a liberação de indicações políticas nas vice-presidências da Caixa, além da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que havia sido extinta por Lula e foi recriada por decisão dos parlamentares.
Há ainda o pedido por mais emendas parlamentares em 2024, ano eleitoral, e articulação por medidas que tiram o poder de Lula na gestão desses recursos que são distribuídos de acordo com interesse de deputados e senadores.
A lista de prioridades do governo, por outro lado, inclui projetos de Haddad para elevar a arrecadação e conseguir ajustar as contas públicas.
O próximo capítulo das negociações políticas já se aproxima O ministro da Fazenda quer acelerar a votação de um projeto sobre empresas que receberam benefícios no ICMS e, para isso, deve se reunir com Lira e líderes da Câmara na próxima semana. São R$ 35 bilhões em jogo para os cofres do governo no próximo ano.
O Congresso sabe do peso desse projeto para os planos de Haddad e da pressa que o governo tem o que abre uma avenida para barganhar cargos e emendas com o Planalto.
Líderes partidários comentam, nos bastidores, que sem essa medida, ou se ela for muito desidratada, o ministro será forçado a rever a meta de zerar o rombo das contas públicas no próximo ano. Integrantes do governo com interlocução política admitem que não há uma carta na manga capaz de alcançar os R$ 35 bilhões cobiçados pelo governo.
Interlocutores do petista dizem que, apesar da instabilidade da base, a pauta do governo avançou Foram aprovadas nesse ano as propostas de recriação dos programas sociais, a reconfiguração dos ministérios, o novo arcabouço fiscal, o projeto do Carf (Conselho Administrativo de recursos Fiscais), a tributação das offshores e a Reforma Tributária essa última ainda em tramitação no Senado.
Lula foi eleito no ano passado por pequena margem de votos e com a esquerda conquistando apenas pouco mais de 100 das 513 cadeiras da Câmara. Com isso, o petista negociou primeiro o apoio de partidos de centro e centro-direita, distribuindo nove ministérios a PSD, MDB e União Brasil.
A adesão dessas siglas, porém, não foi suficiente para dar uma maioria folgada ao Palácio do Planalto, até porque há dissidências.
O presidente então passou a negociar o ingresso do centrão, que foi o sustentáculo legislativo do governo Jair Bolsonaro (PL) e é formado por PP, Republicanos e PL esse último, oposição, mas com uma dissidência pró-Lula.
Na votação da taxação das offshores, PSD, MDB, União Brasil, PP e Republicanos deram 198 votos a favor do governo, do total de 323 que endossaram o projeto. Nesses partidos, houve 36 votos contrários, em geral de parlamentares vinculados ao bolsonarismo ou abertamente oposicionistas.
No PL de Bolsonaro, foram 73 votos contra o governo e 12 a favor. A relação dos deputados (especialmente os desses seis partidos) com Lira foi o principal fator que garantiu a Lula o avanço de medidas econômicas, temas que agradam ao líder do centrão e cuja aprovação também o fortalece.
Um dia após a aprovação da MP da Esplanada, Lira deu o rumo das negociações. Ele disse, no início de junho, que fez alertas a Lula da insatisfação dos parlamentares e defendeu que o petista desse espaço em seu ministério para mais partidos para aumentar sua base de apoio no Congresso Nacional.
As trocas foram feitas de forma fatiada, o que, na opinião de aliados do presidente, é uma forma também de afastar a imagem de um governo enfraquecido e que cede facilmente às pressões dos parlamentares.
Desde a declaração de junho, Celso Sabino, da União Brasil, assumiu o Ministério do Turismo e, mais recentemente, André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) foram para as pastas de Esporte e de Portos e Aeroportos, respectivamente.
Na última quarta-feira, Lula decidiu demitir a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. E Lira emplacou o aliado Carlos Antônio Vieira Fernandes no comando do banco, que é considerado politicamente do mesmo valor que um ministério.
Em entrevista a jornalistas na sexta-feira (27), Lula disse que não negocia com o centrão, mas com partidos políticos, e reconheceu que fez acordos com PP e Republicanos.
“É direito deles, que gostariam de ter espaço com governo, indicar uma pessoa que esteve na Caixa, já foi da Caixa, já teve no governo da Dilma, já foi do Ministério das Cidades, uma pessoa que tem currículo para isso. E eles [partidos] juntos têm mais de cem votos, eu precisava desses votos para continuar o governo”, disse.
O espaço conquistado pelo centrão no governo petista nesses primeiros dez meses ainda não foi suficiente para consolidar uma base sólida, apesar de o governo ter estreitado laços com Lira e com cardeais do Senado, como o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Além de mais cargos, parlamentares reclamam da demora na autorização dos repasses de emendas.
Congressistas do alto e do baixo clero costumam apontar que, por causa da pulverização dos grupos políticos nos partidos, uma cadeira de ministro não tem o mesmo poder de atrair deputados e senadores para a base do governo como em anos anteriores.
Cada vez mais independente, o centrão tem diferentes núcleos. Isso exige uma articulação política diversificada, que contemple trocas ministeriais, negociações no varejo de cargos regionais (inclusive com o PL de Bolsonaro) e liberação de recursos para obras e projetos em redutos de parlamentar. A lista, portanto, cresceu.
AS NEGOCIAÇÕES LULA-CENTRÃO EM 5 PONTOS 1 – MP da Esplanada
Quando? Fim de maio
O que foi negociado? Promessa de acelerar repasse de emendas e inicio do debate sobre mudanças nos ministérios. União Brasil indica Celso Sabino para Ministério do Turismo
2 – Projeto do Carf
Quando? Julho
O que foi negociado? Mais de R$ 7,5 bilhões são liberados em emendas na semana. É aberto diálogo da reforma ministerial para entrada do PP e Republicanos no governo
3 – Reforma Tributária
Quando? Julho
O que foi negociado? Emendas extras, controladas por Lira, entre R$ 3,5 milhões a R$ 7 milhões para cada deputado
4 – Novo arcabouço fiscal
Quando? Agosto
O que foi negociado? Consolida a nomeação de André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) para as pastas de Esporte e de Portos e Aeroportos, respectivamente
5 – Projeto de taxação de offshore e de super-ricos
Quando? Outubro
O que foi negociado? Entrega da presidência da Caixa para o centrão
Jair Bolsonaro tem dois feitos expressivos em sua carreira política. Em 2018, ele venceu a corrida presidencial por um partido nanico, com gastos franciscanos na comparação com os demais candidatos e com poucos segundos na propaganda eleitoral, implodindo o paradigma vigente até então. Em 2022, no entanto, tornou-se o primeiro presidente da República a fracassar na busca da reeleição, apesar de usar e abusar da máquina pública na campanha. Após deixar o cargo, o capitão foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e viu sua situação jurídica se complicar em múltiplos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), nos quais, segundo alguns de seus aliados, corre o risco até de ter a prisão decretada. Enquanto o ex-presidente enfrenta dificuldades pessoais, setores que o apoiaram e ganharam musculatura durante o seu mandato mantêm protagonismo no governo Lula, mostrando força no Congresso e influenciando ações do Executivo e do Judiciário. O conservadorismo está cada vez mais consolidado como força política e, pragmático, evita o radicalismo — e até o antigo patrono — para defender seus interesses.
Os novos termos da relação entre Bolsonaro e grupos que antes eram chamados genericamente de bolsonaristas são evidentes na Praça dos Três Poderes. Na terça-feira passada, os deputados Luciano Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), apoiadores do ex-presidente e integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), uma das mais poderosas da Câmara, convidaram Bolsonaro para o lançamento de uma campanha contra a invasão de terras. Adversário declarado do MST, o capitão participou do evento, realizado em espaço cedido pela própria FPA. A Frente, no entanto, teve o cuidado de realizar horas antes — sem a presença do ex-presidente — a reunião sobre os vetos do presidente Lula ao projeto aprovado pelo Congresso que restitui o chamado marco temporal. A FPA quer derrubar os vetos presidenciais, o que pode ocorrer na base do voto ou por uma solução negociada com o governo. A segunda opção é considerada o melhor caminho e requer diálogo com a gestão petista, algo que o coordenador dos ruralistas, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), tem priorizado, mesmo tendo apoiado a campanha à reeleição de Bolsonaro.
A premissa do deputado é a seguinte: os temas de interesse do agronegócio têm de ser debatidos no mérito, sem que sejam contaminados pelas paixões e preferências políticas. A FPA tem uma extensa pauta de negociação, por exemplo, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerado o nome natural do PT para concorrer à Presidência da República na improvável hipótese de Lula desistir da reeleição. A opção pela moderação e o diálogo é facilitada pela força dos ruralistas, que reúnem 303 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores. Em tese, com ou sem a ajuda de Bolsonaro (ou de Lula), eles têm força para prevalecer nas votações do Congresso. Até por isso, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), já adiantou que tentará uma solução negociada com a FPA sobre os vetos ao marco temporal. Há o temor de que eventual ruído na relação com o grupo contamine a tramitação de propostas de interesse do Planalto.
Desde o início de seu terceiro mandato, a prioridade de Lula é aprovar projetos da área econômica. O presidente tem feito o que pode para evitar atritos com os conservadores. Sob ordens dele, articuladores políticos do governo disseram a parlamentares que os vetos ao projeto do marco temporal só foram realizados porque o Supremo decidiu que a regra é inconstitucional. Lula também desautorizou ministros e auxiliares a envolver o governo em debates sobre a descriminalização das drogas e o aborto, temas que estão sob julgamento do STF e enfrentam resistência da bancada evangélica, que conta com mais de 200 deputados. Outro destaque na lista dos conservadores, os evangélicos também têm demonstrado força. Para não comprar briga com o grupo, Lula ordenou à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que dissociasse o governo de uma resolução do Conselho Nacional de Saúde, aprovada em julho, que defendia a legalização do aborto e da maconha no Brasil. O Judiciário também se rendeu à força do grupo.
Apesar de ser simpático à ampliação das hipóteses de aborto legal, o novo presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, assumiu com a cúpula do Congresso o compromisso de não retomar o julgamento desse assunto durante o seu mandato à frente do tribunal. Assim como o Planalto, o STF sofre pressão dos conservadores. Ao pautar projetos que tentam alterar o funcionamento da Corte e limitar a ação de seus integrantes, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, pode até conseguir aperfeiçoar o funcionamento do tribunal, mas, na prática, ele — mesmo que indiretamente — reforça a pressão para que julgamentos e direitos consolidados sejam revistos. É o caso do casamento de pessoas do mesmo sexo. Há mais de uma década, o Supremo chancelou a união homoafetiva, que agora é contestada pelos conservadores em um projeto de lei aprovado recentemente por uma comissão da Câmara.
Quando despachava no Planalto, Bolsonaro tinha como base parlamentar o Centrão, ao qual se aliou com base na troca de ministérios e verbas orçamentárias, e as bancadas BBBs — bala, boi e bíblia, uma expressão pejorativa criada pela esquerda para se referir a armamentistas, ruralistas e evangélicos. O capitão fez e faz questão de manter uma relação de parceria com esses segmentos — o problema é o tom exagerado. Seu filho Zero Três, o deputado Eduardo Bolsonaro, é o porta-voz do radicalismo desvairado na família. Na semana passada, ele defendeu a liberação de armas para os argentinos numa entrevista no país vizinho. Foi cortado do ar. No clã Bolsonaro, há convicção de que o ex-presidente deu poder a setores que antes ou não se posicionavam ou se posicionavam de forma tímida. A alegação é de que ele impulsionou os conservadores. Não importa se a tese é correta. O fato é que os conservadores ganharam musculatura. A força do grupo decorre de uma combinação de fatores. É um erro, porém, considerar que o conservadorismo está restrito à direita.
Uma pesquisa feita pelo instituto Quaest no início do ano mostra que os eleitores que votaram em Lula e Bolsonaro não estão abissalmente separados em temas como legalização do aborto e pensam muito parecido quando o assunto é legalização dos jogos ou pagamento de impostos. Os políticos perceberam que não é prudente ignorar esses indicativos. Nas últimas eleições, apesar da apertada vitória de Lula, o Congresso acabou dominado por políticos de centro-direita, que fizeram campanha em muitos casos defendendo valores como a família tradicional e o direito à vida. Essa pauta tem um forte apelo sobre o eleitorado. Desde Dilma Rousseff, os presidenciáveis petistas fogem dela quando estão em busca de votos. O conservadorismo também é catalisador de engajamento nas estratégicas redes sociais. Uma decisão econômica de Lula, por exemplo, não causa tanto rebuliço e reações no universo digital quanto o debate de temas como aborto e drogas.
O conservadorismo também encontra eco nas camadas mais pobres da população, especialmente entre evangélicos, um nicho em que o PT enfrenta forte resistência. É por isso que, no poder, Lula prefere não comprar brigas diretas com esse grupo político. É por isso também que o conservadorismo prescinde do bolsonarismo, tem prevalecido em debates importantes e se prepara para disputar a Presidência em 2026. Vários nomes são cotados para representar o grupo. Eles sonham desde já não com um novo Bolsonaro, mas com alguém que não carregue o radicalismo e, principalmente, a rejeição do capitão — espectros que dificultam negociações políticas e afastam os eleitores de centro.