A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou, em suas redes sociais, que as crises de soluço do marido, Jair Bolsonaro (PL), “deram trégua” e que o ex-presidente está “bem”.
“Meu amor está bem, graças a Deus! O soluço deu uma trégua. Muito obrigada pelas orações!”, publicou a ex-primeira-dama.
O ex-presidente apresentou um quadro de “crises de soluço” na segunda-feira (29), segundo o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). A família avaliou a ida ao hospital, mas o médico de Bolsonaro afirmou que não seria necessário.
A Justiça do Rio Grande do Norte proferiu a segunda sentença relacionada ao mutirão de cirurgias de catarata realizado pelo Município de Parelhas em setembro de 2024. Desta vez, a decisão da Vara Única da Comarca de Parelhas condenou o município a pagar R$ 400 mil em indenizações à paciente Maria Ernesto Alves, que perdeu um dos olhos após complicações pós-operatórias.
Segundo a ação, a autora desenvolveu endoftalmite logo após o procedimento e, mesmo sem exames complementares na rede pública, precisou de atendimento particular e cirurgia de urgência no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal, que resultou na retirada do globo ocular.
Na sentença, o juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior reconheceu a responsabilidade objetiva do Município, com base no artigo 37, §6º da Constituição Federal e no artigo 43 do Código Civil, que determinam que entes públicos respondam pelos danos causados por seus agentes ou serviços prestados sob sua responsabilidade. O magistrado destacou que o município foi negligente na fiscalização do mutirão, que não se tratou de um caso isolado, mas de falhas que atingiram diversas pessoas.
Para o juiz, ficou comprovado o nexo de causalidade entre a omissão do Município e o dano sofrido pela vítima, ressaltando ainda os graves efeitos psicológicos e estéticos decorrentes da perda do globo ocular. A indenização foi fixada em R$ 200 mil por danos morais e R$ 200 mil por danos estéticos. A sentença ainda está sujeita a reexame pelo Tribunal de Justiça do RN.
A novidade lançada pela parceria da Prefeitura com o Programa Nota Potiguar, do Governo do Estado, para o Carnaxelita 2025 – o Lounge da Prefeitura de Currais Novos – anuncia os detalhes para retirada dos ingressos que darão acesso ao espaço.
A iniciativa, que faz parte da programação do Carnaxelita, oferece um espaço na área da Praça Cristo Rei destinado ao público não pagante, com distribuição de pulseiras gratuitas.
Serão distribuídas duas mil pulseiras e as atrações confirmadas são as cantoras Elaine, que irá se apresentar na sexta-feira (3 de outubro), e Cintia Souza no sábado (4 de outubro).
Cada pessoa terá direito a retirar duas pulseiras por noite, não pode haver venda, sob hipótese alguma. Os pontos de entrega são: Rádio Currais Novos (90,9) e Rádio Ouro Branco (99,5), das 8h às 18h; e Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, das 7h às 13h.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve nesta segunda-feira no condomínio onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, em Brasília, no primeiro encontro entre os dois desde a condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão por participação na trama golpista. Após reunião, Tarcísio disse que a proposta de redução de penas de envolvidos no 8 de janeiro e na trama golpsita, costurada por líderes partidários no Congresso, não “satisfaz” Bolsonaro.
Questionado, Tarcísio disse que o tema específico da “anistia” não foi tratado no encontro, mas deixou claro o recado político.
“Não conversamos sobre isso (a anistia). Minha posição é de defesa da anistia, acredito na paz dialogada e já foi usada em outros momentos. Podemos citar a anistia de 1979, da recepção no texto constitucional, do artigo quinto que trata sobre anistia e indulto. (A redução de penas) não satisfaz o presidente.”, declarou.
A mensagem é a mesma que aliados do ex-presidente têm repetido: qualquer tentativa de acordo por uma “anistia parcial” ou um projeto de dosimetria ocorre à revelia da família Bolsonaro, que insiste na narrativa de perseguição judicial.
O almoço, acompanhado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo vereador de Balneário Camboriú Jair Renan, foi apresentado como um gesto de amizade e solidariedade, mas acabou ganhando contornos políticos: críticas ao Supremo Tribunal Federa e reafirmação da aliança da direita para 2026.
“Sou candidato à reeleição em 2026, em São Paulo. Vim visitar um amigo, que foi importante na minha trajetória. O (ex-)presidente está passando por um momento difícil. É muito triste. A gente conversando e ele soluçando o tempo todo — disse, relatando as dificuldades de Bolsonaro, que ainda sofre as consequências de cirurgias e do atentado a faca de 2018.”.
Entre parte dos aliados, há o entendimento de que o governador tem se recolhido propositalmente. O intuito seria passar um tempo fora dos holofotes como pré-candidato e, mais para frente, retomar o projeto.
Flávio, por sua vez, buscou amarrar a mensagem de unidade no campo da direita.
“Independentemente de como as coisas vão transcorrer daqui para frente, eu, Tarcísio e os partidos de centro-direita estaremos juntos em 2026 para recolocar o Brasil nos trilhos a partir de 2027. O presidente sempre poderá contar conosco, no momento bom ou no momento ruim.”, afirmou.
Flávio disse ainda esperar que a presidência de Edson Fachin no STF — o ministro toma posse nesta segunda — possa mudar os rumos da Corte.
“Passada a condenação do presidente Bolsonaro, o Supremo deve abandonar o ativismo e os excessos. O ministro Fachin assume agora a presidência da Corte e espero que tenha a sabedoria de conduzir o tribunal com a autocontenção que sempre pedimos, mas nunca vimos acontecer. Bolsonaro está preso sem sequer ter sido denunciado e, mesmo com o prazo já vencido, não houve resposta sobre suas medidas cautelares.”, afirmou o senador.
O gesto de Tarcísio ocorre em meio à expectativa de aliados sobre como ele vai se posicionar sobre o bloqueio à anistia ampla no Congresso. Há duas semanas, ele vinha costurando a aprovação da urgência do projeto, mas não tem se envolvido nas discussões sobre o mérito. O relator, Paulinho da Força, tem se queixado que o governador não estaria o atendendo.
Sobre o projeto de Paulinho, Flávio afirmou que é preciso aguardar o texto para se posicionar. O senador também condicionou a ecolha do herdeiro do espólio do pai ao final da discussão sobre anistia: “Tarcísio é um dos principais ativos que a centro-direita tem. Tem feito um grande trabalho em São Paulo. Somente após esse processo legislativo da anistia e esse desenrolar final (iremos tratar sobre 2026). Não tem por que antecipar nome de nada.”.
Turistas de bugues. Com dunas imensas e sua lagoa de água doce, Genipabu é um dos principais passeios do Litoral do Rio Grande do Norte. É nas dunas localizadas ao redor dessa lagoa que é comum a prática do esquibunda, ondes os interessados descem em cima de pranchas de madeiras até cair na nela. Uma curiosidade sobre as dunas é que ele são móveis, devido a intensa ação do vento, que as deslocam constantemente de local. Natal (RN). Foto: Ricardo Rollo *** Local Caption *** * prazo indeterminado
O turismo do Rio Grande do Norte registrou avanço de 7,6% no acumulado de 2025, com faturamento de R$ 131 milhões em julho, mês tradicionalmente impulsionado pelas férias escolares. O resultado de julho também é 25% maior que o de junho, quando o faturamento do setor foi de R$ 104.214 milhões. O desempenho confirma a consolidação do Estado como destino competitivo no cenário nacional, mas também reforça a necessidade de ampliar investimentos e infraestrutura para sustentar o ritmo de crescimento, conforme avaliação de entidades do setor.
No panorama nacional, o setor movimentou R$ 127,7 bilhões entre janeiro e julho, alta de 6,5% em relação a 2024 e o maior faturamento para o período desde 2012, segundo levantamento da Fecomércio-SP com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente em julho, a receita do turismo, sem contar o transporte aéreo, alcançou R$ 14,3 bilhões, um crescimento de 2,4% frente ao mesmo mês do ano anterior.
Para Raoni Fernandes, diretor-presidente da Empresa Potiguar de Promoção Turística do RN (Emprotur), os números relativos ao RN são um reflexo direto da consolidação do estado como destino desejado. “Mais que isso, significa dizer que temos atraído cada vez mais um público com características de deixar mais recursos no destino, ficar mais noites e diversificar a experiência. As ações de promoção realizadas pela Emprotur, em parceria com o trade turístico e com o governo do Estado, têm sido determinantes”, afirma Raoni, acrescentando que as campanhas digitais segmentadas, feiras internacionais e acordos com companhias aéreas vêm ampliando a visibilidade do RN.
Os dados nacionais revelam um cenário de recuperação e crescimento. Segmentos como transporte aéreo, alojamento e rodoviário puxaram os resultados positivos em nível nacional. Somente em alimentação, o faturamento do turismo em julho alcançou R$ 3 bilhões, um aumento de 6% comparado ao mesmo mês de 2024. O setor de de transporte aéreo de passageiros foi o que puxou o desempenho positivo, com R$ 5,3 bilhões, uma alta de 9,7% considerando julho do ano passado, e de 10,4% no acumulado do ano. O levantamento não apresenta esses números detalhados por Estado.
“O turismo de lazer continua sendo o grande motor da economia do setor no RN. Sol e mar seguem como âncoras, mas cada vez mais temos diversificado com segmentos como ecoturismo, esportes e experiências culturais. Ao mesmo tempo, o turismo corporativo e de eventos vem ganhando espaço: Natal recebeu importantes congressos e encontros em 2025, e isso mostra um potencial em crescimento”, conta Raoni.
O diretor-presidente da Emprotur avalia que o retorno tem sido expressivo, mantendo o Rio Grande do Norte entre os destinos mais buscados pelo eixo Sul-Sudeste e ampliando presença no Centro-Oeste. No mercado internacional, a Emprotur destaca que a Argentina e o Chile seguem como principais emissores, com avanços também em outros países da América do Sul. Em se tratando do mercado a médio prazo, Raoni afirma que há esforços para retomar o contato com emissores europeus.
Grace Gosson, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Rio Grande do Norte (SHRBS-RN), diz que o setor confirma a retomada, mas ainda em ritmo aquém do potencial do estado. “O turismo no Rio Grande do Norte tem crescido significativamente ao longo do último ano. Os dados confirmam esse aumento, refletido no desempenho de hotéis, restaurantes, bares e estabelecimentos similares. No entanto, esse crescimento poderia ser ainda mais expressivo, especialmente considerando a expansão do turismo no Brasil no período pós-pandemia”, disse a presidente do SHRBS-RN.
Em comparação a julho de 2024, o crescimento do Rio Grande do Norte é mais tímido, de 1,9%, abaixo da média brasileira de 2,4%. Estados como Rio Grande do Sul (24,6%), Mato Grosso do Sul (12,9%) e Amazonas (10,9%) se destacaram positivamente, enquanto Tocantins (-5,7%), Sergipe (-5,0%) e Minas Gerais (-7,3%) apresentaram queda.
“O crescimento de 1,9% no faturamento em relação a julho de 2024 reflete-se no aumento do número de clientes nos estabelecimentos e na melhoria da ocupação hoteleira, embora ainda seja tímido. É fundamental reduzir a sazonalidade do setor, mantendo uma ocupação média elevada por meio da realização de eventos e do incentivo ao turismo corporativo, religioso, esportivo, entre outros. O RN precisa investir nos alicerces que sustentam um turismo sustentável, como uma boa infraestrutura e um trabalho contínuo de divulgação do destino turístico”, avalia Grace.
Em valores de faturamento, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram com R$ 4 bi, R$ 1,5 bi e R$ 1,4 bi, respectivamente. Os menores números ocorreram em estados da região Norte, como Amapá (R$ 10,3 mi), Acre (R$ 10,3 mi), Roraima (R$ 10,7 mi) e Rondônia (R$ 24,9 mi).
A Venezuela tem um decreto de exceção pronto para ser acionado caso ocorra um ataque dos Estados Unidos, anunciou a vice-presidente, Delcy Rodríguez, nesta segunda-feira 29. Segundo ela, o presidente Nicolás Maduro já assinou a medida, que concede poderes especiais e será submetida à aprovação do Parlamento e da Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça caso haja “agressão” por parte dos EUA.
“O que o governo dos Estados Unidos e o senhor da guerra Marco Rubio [secretário de Estado americano] estão fazendo contra a Venezuela hoje é uma ameaça proibida pela Carta das Nações Unidas”, disse Rodríguez em evento em Caracas com o corpo diplomático. “E se eles ousarem atacar nossa pátria, será emitido o decreto de comoção externa (equivalente ao estado de exceção”, completou.
A vice-presidente afirmou que o decreto permitirá que Maduro “atue em questões de defesa e segurança e defenda a Venezuela” caso os Estados Unidos ataquem. Uma fonte do governo, no entanto, disse à AFP que o presidente ainda não assinou oficialmente o documento:
A vice-presidente apresentou o documento para mostrar que tudo está pronto e que o presidente pode decretar isso a qualquer momento, afirmou a fonte, sob condição de anonimato.
O decreto emergencial, previsto na lei de estado de emergência da Venezuela, pode restringir temporariamente direitos constitucionais, autorizar mobilizações militares, estabelecer despesas fora da lei orçamentária e determinar toque de recolher. Indivíduos também podem ser solicitados a fornecer bens para uso de emergência.
“Existe uma Venezuela unida na defesa do nosso país, preparada para a defesa da Venezuela. Jamais entregaremos nossa pátria”, disse Rodríguez.
Segundo Alí Daniels, advogado e codiretor da ONG Acesso à Justiça, a medida seria “inédita” na história da Venezuela e poderia suspender ou restringir direitos humanos, com exceção dos garantidos pela Constituição, como devido processo legal, direito à informação e liberdade de pensamento.
Uma vez assinado, o decreto entra em vigor imediatamente, tem validade de 90 dias e pode ser prorrogado por mais 90. Recentemente, a Assembleia Nacional aprovou, por unanimidade e em primeira discussão, a Lei de Aprovação do Tratado de Associação Estratégica e Cooperação com a Rússia, ampliando a cooperação política e econômica com o governo de Vladimir Putin.
A tensão militar entre EUA e Venezuela aumentou após Donald Trump enviar navios de guerra e tropas para o Caribe. Nas últimas semanas, os Estados Unidos destruíram ao menos três barcos venezuelanos e provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas, alegando combate a narcotraficantes. A Casa Branca nega planos para derrubar Maduro.
Em resposta, o governo venezuelano colocou as Forças Armadas em estado de alerta, convocou cidadãos para milícias voluntárias e realizou exercícios de treinamento militar e simulações de combate.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou um pedido do Congresso e determinou nesta segunda-feira 29 que o número de deputados federais por estado será mantido nas eleições de 2026. Uma eventual mudança ocorrerá somente a partir de 2030.
A determinação de Fux será submetida aos demais ministros do STF, em uma sessão extraordinária do plenário virtual.
Com a decisão, o Rio Grande do Norte seguirá com 8 deputados federais e 24 deputados estaduais para a próxima legislatura.
Em 2023, o STF determinou que o Congresso deveria redefinir, de acordo com a população atual, o número de deputados a que cada estado tem direito. O prazo para os parlamentares realizarem a alteração era de dois anos, até junho de 2025.
Entretanto, ao invés de recalcular a divisão, a Câmara dos Deputados optou por aumentar o número de deputados, de 513 para 531. O objetivo foi de que nenhum estado perdesse parlamentares. A medida foi aprovada em seguida pelo Senado. Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o aumento. Como o prazo dado ao Congresso venceu, caberia agora ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir a redistribuição.
Ao STF, no entanto, o presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), alegou que o veto de Lula ainda não foi analisado, e que, portanto, “o processo legislativo permanece em curso”. Por isso, defendeu que a eventual derrubada do veto de Lula ou uma redefinição feita pelo TSE fossem aplicados somente para as eleições de 2030.
Fux, que é o relator da ação, concordou com os argumentos. “O processo legislativo sobre a matéria ainda não se encerrou, tendo em vista que o veto integral aposto pelo Presidente da República ainda não foi objeto de deliberação pelo Poder Legislativo”, escreveu o ministro.
O relator ainda considerou que, “à luz da segurança jurídica, impõe-se que haja, desde logo, clareza quanto ao número de assentos legislativos da Câmara dos Deputados destinados a cada Estado e ao Distrito Federal nas eleições de 2026”.
A Câmara dos Deputados é composta de forma proporcional pelos representantes de cada estado e do Distrito Federal. Cada unidade da federação tem no mínimo oito e no máximo 70 deputados, a depender da sua população. Entretanto, alguns estados reclamam que o número não foi atualizado de acordo com as variações recentes no número de habitantes.
A representação atual de cada unidade foi definida em 1993, e passou a valer na eleição do ano seguinte. Desde então, no entanto, a evolução populacional observadas nos censos seguintes (de 2000, 2010 e 2022) foi ignorada.
Eventual aumento no número de deputados federais impacta também as assembleias legislativas, que normalmente têm o triplo de representantes da bancada federal do respectivo estado.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prendeu por falso testemunho o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes. A detenção ocorreu na madrugada desta terça-feira (30), enquanto o empresário prestava depoimento ao colegiado.
A Conafer é investigada por estar entre as entidades com maior volume de descontos nos pagamentos mensais de aposentados e pensionistas do INSS. A comissão justificou a convocação de Lopes citando o crescimento “vertiginoso” da arrecadação da entidade, que saltou de R$ 6,6 milhões para mais de R$ 40 milhões, coincidindo com o período de intensificação dos descontos indevidos nos benefícios previdenciários.
Aos parlamentares, o presidente da Conafer disse desconhecer as informações apresentadas, incluindo de movimentações milionárias na conta da empresa, e negou as acusações de fraude. Em outros momentos, entrou em contradição em relação a falas anteriores.
Para o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), Lopes mentiu ao colegiado, mesmo após ter se comprometido a falar a verdade. Ele acusou o presidente da Conafer de ocultar informações e de tentar convencer os parlamentares de que a operação realizada pela empresa era regular.
“Ele mentiu deliberadamente à CPMI desde o início. Foi perguntado sobre os depósitos bancários na própria conta, na conta de terceiros. Foi colocado diante de um organograma que mostrava que ele desviava o dinheiro a empresas familiares, de pessoas ligadas a ele. E [ele] tentou de todas as maneiras nos convencer de que se tratava de uma operação legal. E não é. Nós sabemos que isso é lavagem de dinheiro e dinheiro dos aposentados”, disse Viana.
Segundo o parlamentar, Lopes cometeu o crime de falso testemunho pelo menos quatro vezes ao longo do depoimento. A prisão do empresário foi feita em flagrante, e o relator Alfredo Gaspar (União-AL) encaminhou um pedido de prisão preventiva para o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito.
“Nós entendemos [o pedido de prisão preventiva] como urgente. O relator apontou que há perigo de fuga e que testemunhas sejam ameaçadas novamente, porque já temos denúncias de ameaças. E há o grande perigo de que esse dinheiro desapareça, de que esse patrimônio não seja retornado aos cofres públicos para pagar esse rombo que ele deixou na previdência brasileira junto de outras quadrilhas”, disse Viana.
Outras prisões Essa é a segunda prisão em flagrante dada pela CPMI. Na última semana, o colegiado determinou a prisão por falso testemunho de Rubens Oliveira Costa, associado de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”. Os parlamentares alegaram que o empresário mentiu durante o depoimento, contando a mesma história com fatos diferentes, e ocultou documentos do colegiado.
De acordo com as investigações, Costa seria um operador a serviço de Antunes. Ele trabalhava em diversas empresas investigadas, sendo apontado como o responsável por sacar o dinheiro desviado de aposentados e pensionistas e entregá-lo para os chefes do esquema.
Fraude financeira Em abril, a Polícia Federal expôs um esquema de descontos indevidos por parte de entidades nos pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS. As fraudes aconteceram entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões.
A revelação resultou no afastamento de cinco servidores públicos suspeitos de participarem no esquema, bem como na demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Outro que deixou o cargo foi o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pressionado pela oposição.
Em meio ao cenário, parlamentares abriram uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o caso e responsabilizar aqueles que participaram do esquema. As investigações apontam Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, como uma das peças-chave do crime. Ele foi preso em 12 de setembro, suspeito de facilitar os descontos indevidos nos pagamentos dos beneficiários.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciaram nesta segunda-feira (29) um acordo para encerrar a guerra em Gaza, que já dura dois anos.
“Eu desafio os palestinos a assumir a responsabilidade por seu destino, porque é isso que estamos dando a eles. Estamos dando a eles a responsabilidade por seu destino. Condenem e proíbam totalmente o terrorismo e sigam o caminho para um futuro mais promissor”, disse Trump durante coletiva.
As negociações estavam paralisadas desde o início de setembro, após um ataque aéreo israelense contra integrantes do Hamas em Doha, no Catar. Durante uma ligação mediada por Trump, Netanyahu pediu desculpas ao primeiro-ministro catariano, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, pelo episódio.
Em coletiva de imprensa, Trump declarou que Netanyahu reafirmou sua oposição à criação de um Estado Palestino. O republicano afirmou que apoiará a destruição do Hamas caso o grupo rejeite o plano. Netanyahu acrescentou que, se o Hamas não aceitar, Israel “terminará seu trabalho”.
“Se o Hamas rejeitar o seu plano, senhor Presidente, ou se o aceitar e depois basicamente fizer de tudo para contrariá-lo, então Israel terminará o trabalho sozinho. Isso pode ser feito do jeito fácil ou do jeito difícil”, afirmou Netanyahu.
O acordo de paz prevê o fim imediato das operações militares e a devolução de todos os reféns, vivos e mortos, em até 72 horas após a aceitação israelense. Em contrapartida, Israel libertará 250 palestinos condenados à prisão perpétua e outros 1.700 detidos após 7 de outubro de 2023.
A proposta também prevê anistia para militantes do Hamas que depuserem armas, entrada imediata de ajuda humanitária, reabilitação de infraestrutura e hospitais, além da criação de um “Conselho da Paz”, presidido por Trump e supervisionado por líderes internacionais, incluindo o ex-premiê britânico Tony Blair.
Entre os pontos centrais estão a desmilitarização completa da Faixa de Gaza, a criação de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e a reconstrução da região com investimentos internacionais. O Hamas e outras facções ficariam proibidos de desempenhar qualquer papel no futuro governo local.
Em entrevista à Al Jazeera Mubasher TV, logo após a coletiva de Trump e Netanyahu, o representante do Hamas, Mahmoud Mardawi, alegou que o grupo ainda não recebeu o plano de paz para Gaza.
Confira acordo divulgado pela Casa Branca
Gaza será uma zona livre de terrorismo e desradicalizada, que não represente ameaça a seus vizinhos.
Gaza será reconstruída em benefício do povo de Gaza, que já sofreu mais do que o suficiente.
Se ambos os lados concordarem com esta proposta, a guerra terminará imediatamente. As forças israelenses se retirarão até a linha acordada para preparar a libertação de reféns. Durante esse período, todas as operações militares, incluindo bombardeios aéreos e de artilharia, serão suspensas, e as linhas de batalha permanecerão congeladas até que as condições para a retirada escalonada completa sejam atendidas.
Dentro de 72 horas após a aceitação pública de Israel deste acordo, todos os reféns, vivos e mortos, serão devolvidos
Uma vez que todos os reféns sejam libertados, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, mais 1.700 palestinos detidos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças detidas nesse contexto. Para cada refém israelense cujos restos mortais forem devolvidos, Israel libertará os restos mortais de 15 palestinos falecidos.
Assim que todos os reféns forem devolvidos, membros do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e a desmobilização de suas armas receberão anistia. Membros do Hamas que desejarem deixar Gaza terão passagem segura para países receptores.
Após a aceitação deste acordo, toda a ajuda será imediatamente enviada para a Faixa de Gaza. No mínimo, as quantidades de ajuda serão consistentes com o que foi incluído no acordo de 19 de janeiro de 2025, abrangendo ajuda humanitária, incluindo reabilitação de infraestrutura (água, energia elétrica, esgoto), reabilitação de hospitais e padarias e fornecimento de equipamentos necessários para remover escombros e abrir estradas.
A entrada e a distribuição de ajuda em Gaza ocorrerão sem interferência das duas partes, através das Nações Unidas e suas agências, e do Crescente Vermelho, além de outras instituições internacionais não associadas a nenhuma das partes. A abertura da passagem de Rafah em ambas as direções estará sujeita ao mesmo mecanismo implementado sob o acordo de 19 de janeiro de 2025.
Gaza será governada sob a administração de transição temporária de um comitê tecnocrático e apolítico palestino, responsável pela gestão cotidiana dos serviços públicos e municípios para o povo de Gaza. Esse comitê será formado por palestinos qualificados e especialistas internacionais, com supervisão de um novo órgão internacional de transição, o “Conselho da Paz”, que será presidido pelo Presidente Donald J. Trump, junto com outros líderes e ex-chefes de Estado, incluindo o ex-primeiro-ministro Tony Blair. Esse órgão definirá o marco de financiamento para a reconstrução de Gaza até que a Autoridade Palestina complete seu programa de reformas, conforme previsto em várias propostas, incluindo o plano de paz do Presidente Trump de 2020 e a proposta saudita-francesa, e possa reassumir com segurança o controle de Gaza. O órgão usará padrões internacionais para criar governança moderna e eficiente, capaz de servir ao povo de Gaza e atrair investimentos.
Um plano de desenvolvimento econômico liderado por Trump será criado para reconstruir e revitalizar Gaza, reunindo especialistas que já ajudaram no crescimento de cidades modernas no Oriente Médio. Muitas propostas de investimento e ideias de desenvolvimento serão consideradas, com foco em atrair e facilitar investimentos que criem empregos, oportunidades e esperança para o futuro de Gaza.
Uma zona econômica especial será estabelecida com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas com países participantes.
Ninguém será forçado a deixar Gaza, e aqueles que desejarem sair serão livres para fazê-lo, assim como livres para retornar. O objetivo será encorajar as pessoas a permanecer e lhes oferecer a oportunidade de construir uma Gaza melhor.
O Hamas e outras facções concordam em não ter nenhum papel na governança de Gaza, direta ou indiretamente, sob qualquer forma. Toda a infraestrutura militar, terrorista e ofensiva, incluindo túneis e fábricas de armas, será destruída e não será reconstruída. Haverá um processo de desmilitarização de Gaza sob supervisão de monitores independentes, que incluirá o descarte permanente de armas por meio de um programa acordado de desmobilização e recompra internacionalmente financiado. Isso será acompanhado por um programa de reintegração, verificado por monitores independentes. A nova Gaza estará totalmente comprometida em construir uma economia próspera e em coexistência pacífica com seus vizinhos.
Parceiros regionais fornecerão uma garantia para assegurar que o Hamas e outras facções cumpram suas obrigações e que a nova Gaza não represente ameaça para seus vizinhos ou para seu próprio povo.
Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma governança temporária estável e sustentável em Gaza.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (29) que será candidato à reeleição em São Paulo em 2026, afastando a possibilidade de disputar a Presidência da República.
Tarcísio deu a declaração a jornalistas após visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, pela primeira vez desde a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. O encontro, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contou ainda com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do vereador Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
O governador disse que esteve com Bolsonaro para prestar solidariedade em um momento difícil.
“Sou candidato à reeleição em São Paulo. Vim visitar um amigo, uma pessoa importante na minha trajetória. Os amigos precisam estar juntos nos momentos bons e também nos momentos ruins”, afirmou Tarcísio.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, condicionou qualquer definição sobre o candidato presidencial da direita em 2026 ao desfecho do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Ele rejeitou o texto em discussão na Câmara, que prevê apenas redução de penas, e insistiu em um perdão amplo, incluindo o pai.
“Essa história já foi longe demais, então você não pode falar em redução de penas de dois crimes, quando tem pessoas que estão presas por organização criminosa armada, gente que nunca usou arma de fogo, depredação de patrimônio público, pessoas que nem estavam em Brasília, é uma grande injustiça.”, disse o senador.
Tarcísio também defendeu a anistia como um “caminho de pacificação”, mas disse que o tema não foi tratado na visita. O governador declarou ainda que Bolsonaro enfrenta problemas de saúde, com soluços frequentes, consequência das cirurgias após o atentado de 2018.
A visita durou cerca de três horas, no condomínio do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília.
O gesto político ocorre no momento em que Tarcísio reduz a exposição como presidenciável, após a resistência da família Bolsonaro em abrir mão do protagonismo para 2026. No Congresso, a aposta do bolsonarismo ainda é por uma anistia total, embora líderes admitam que o tema perdeu espaço para a proposta de redução de penas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu vetar, nesta segunda-feira (29), dois pontos do projeto aprovado pelo Congresso que alterava a Lei da Ficha Limpa. A decisão será publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (30).
A proposta foi aprovada no início de setembro e, na prática, reduziria o tempo de punição para políticos cassados. Isso valeria para parlamentares (deputados, senadores, vereadores), governadores, prefeitos e seus vices.
O texto previa flexibilizar os prazos de inelegibilidade de políticos condenados, permitindo que a contagem começasse a partir da condenação em órgão colegiado e não depois do fim do mandato para o qual o político foi eleito e deveria cumprir.
A decisão de Lula atendeu a recomendações técnicas da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça, que avaliaram os dispositivos como inconstitucionais e prejudiciais ao combate à corrupção. Os pareceres destacaram que a mudança fragilizaria conquistas da lei aprovada em 2010, considerada um marco no fortalecimento da ética na política.
O texto aprovado pelos parlamentares unificava os prazos de inelegibilidade em oito anos, estabelecendo limite máximo de 12 anos em casos de múltiplas condenações.
Apesar da flexibilização, crimes mais graves como lavagem de dinheiro, corrupção, delitos hediondos e cometidos por organizações criminosas, manteriam a inelegibilidade desde a condenação até oito anos após o cumprimento da pena.
O veto agora será analisado pelo Congresso Nacional, que poderá mantê-lo ou derrubá-lo em sessão conjunta de deputados e senadores.
A decisão reacende o debate sobre os limites da Lei da Ficha Limpa e expõe mais uma frente de disputa entre o Palácio do Planalto e o Legislativo.
O secretário da Fazenda e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, Cadu Xavier (PT), afirmou que a senadora Zenaide Maia (PSD) escolheu se afastar da base governista para andar no lado “dos atos antidemocráticos”. Atualmente, a parlamentar é a principal aliada do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), apontado como o principal nome para disputar o governo potiguar em 2026.
“Ela tem dado sinais muito contundentes de que vai caminhar de quem está do outro lado. Quando a senadora Zenaide escolhe estar desse lado, ela está abrindo mão de estar do nosso lado. Ela escolhe sair do lado do presidente Lula, sair do lado da governadora Fátima, para ir para o outro lado, o lado dos atos antidemocráticos”, disse, ao reforçar que o lado petista defende princípios democráticos.
Apesar de atuar como uma liderança do governo Lula no Senado, Zenaide se distanciou do grupo político da governadora Fátima Bezerra (PT). Questionado sobre a dualidade no posicionamento dela, Cadu ressaltou, durante a entrevista concedida para a Rádio Rural no sábado (27), que sua fala se dá pela ausência de articulação entre ela e seu grupo à nível estadual.
“A atuação política dela é aqui. A atuação dela é aqui. E aqui ela não tem caminhado do nosso lado”, reforçou.
Zenaide escolhe se afastar de Fátima para andar no lado dos atos antidemocráticos, diz Cadu Xavier
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Polícia Militar de Currais Novos mais uma vez deu a resposta rápida prendendo na tarde desta segunda-feira o suspeito de arrombar uma loja de joias durante a madrugada. A ação rápida da PM resultou na prisão do acusado, Até o fim da tarde, por volta das 16h54, policiais ainda realizavam diligências na tentativa de recuperar o material levado.
Na tarde desta segunda-feira (29), a vice-prefeita de Currais Novos, Milena Galvão, se encontrou com o vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves, momentos antes do embarque de ambos para Brasília. Na ocasião, Milena destacou pautas importantes de interesse para Currais Novos.
Walter Alves, que é presidente estadual do MDB, assumirá o Governo do RN em abril de 2026. Após sete anos sob o comando do PT, o Rio Grande do Norte passará a ser governado pelo MDB. O último governador do MDB no RN foi Garibaldi Alves.
O deputado estadual Francisco do PT apresentou, nesta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, um projeto de lei que reconhece o Festival de Cinema Curta Caicó como Patrimônio Cultural, Imaterial e Turístico do Rio Grande do Norte.
Criado em 2018, o Curta Caicó já se consolidou como um dos mais importantes eventos de audiovisual do Nordeste, promovendo mostras de filmes, oficinas de formação em cinema e debates com realizadores do setor. O festival também tem expandido sua atuação para outros municípios do Seridó, levando oficinas para escolas públicas de outras cidades.
Além disso, o evento abriga o LAB RN – Laboratório para Jovens Roteiristas, iniciativa que oferece mentoria e oportunidade de produção audiovisual para novos realizadores, com foco em mestres e mestras da cultura popular do Seridó.
Francisco do PT destacou a relevância do festival para a valorização da identidade cultural potiguar:
“O Curta Caicó, que agora está na sua 8ª edição, é uma expressão da riqueza cultural do nosso povo, fomenta a produção audiovisual, fortalece a economia criativa e projeta o Seridó e o Rio Grande do Norte no cenário nacional. Torná-lo Patrimônio Cultural, Imaterial e Turístico é reconhecer sua importância e assegurar condições para sua continuidade e crescimento”, afirmou.
Se aprovado, o projeto de lei garante ao festival o reconhecimento oficial como parte integrante do patrimônio cultural do RN, reforçando o papel do Curta Caicó como espaço de formação, resistência e difusão cultural.