Fernando Tonet é o novo técnico do Potyguar

O Potyguar anunciou seu treinador para a temporada 2024. Será o gaúcho Fernando Tonet, ex-técnico de Globo, Santa Cruz e Alecrim. A informação foi publicada pelo clube em seu perfil nas redes sociais.

O profissional tem 53 anos e possui Licença A CBF para atuar como treinador. Além de conhecimento no futebol potiguar, Tonet tem boas passagens no futebol piauiense, onde trabalhou no 4 de Julho, Parnahyba e Piauí.

No RN, foi vice campeão de turno em 2016 com o Alecrim e conseguiu a vaga para série D com o Santa Cruz em 2018.

anthonymedeiros

Postado em 16 de outubro de 2023

VEREADORA RAYSSA ARTICULA COM O DEPUTADO MINEIRO MAIS DE 400 MIL PARA A SAÚDE MUNICIPAL

Em agosto, durante sua passagem por Brasilia, a vereadora Rayssa esteve na câmara dos deputados visitando o deputado Fernando Mineiro. Entre suas articulações conseguiu a garantia do deputado viabilizar junto ao Ministério da Saúde a liberação do recurso extra de 420 mil reais para financiar e custear as equipes multidisciplinares em Saúde do nosso município. Recentemente o prefeito Odon também visitou o deputado e reforçou o pleito.

Essa semana o Ministério da Saúde publicou portaria habilitando o município a receber o recurso em breve, que servirá para custear os profissionais dessa ação importantíssima.

Postado em 14 de outubro de 2023

Haddad vê momento “crítico” e defende “multilateralismo do século 21”

Em discurso durante a reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países que compõem o G20, nesta sexta-feira (13/10), em Marrakech (Marrocos), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil defende o “multilateralismo do século 21” para resolver questões políticas e econômicas que afligem o mundo neste momento.

Segundo Haddad, a economia global vive “um momento crítico” e o G20 talvez seja “o único fórum global com capacidade para promover o multilateralismo”. Em 2024, o Brasil será o anfitrião da cúpula do G20, depois de ter assumido a presidência do grupo neste ano.

O G20 é o bloco formado pelas 19 maiores e mais importantes economias do mundo e a União Europeia.

“Em vez do triunfo da globalização e de uma ordem mundial liberal centrada no livre comércio, em instituições internacionais baseadas em regras e na promessa de prosperidade para todos, o que vemos hoje é uma crescente fragmentação geoeconômica e um multilateralismo ineficaz, para não falar de uma nova crise da dívida no Sul Global e uma catástrofe ambiental iminente”, afirmou Haddad.

“Precisamos urgentemente melhorar as nossas instituições financeiras internacionais, fazer com que os mais ricos paguem sua justa cota de impostos, tratar do problema da dívida em um número crescente de países da África, Ásia e América Latina, e, de maneira eficiente, mobilizar recursos públicos e privados para uma economia global mais verde e sustentável”, prosseguiu o ministro da Fazenda em seu discurso.

“O G-20 é talvez o único fórum global com capacidade para promover o multilateralismo do século 21 que o Brasil e muitos outros países estão propondo. Isso não se deve apenas à grande parcela do PIB e da população mundial que os países do G20 representam. Mais importante, o G-20 reúne países muito diferentes, do Norte Global e do Sul Global, do Ocidente e do Oriente. Isso é fundamental porque as soluções globais de que necessitamos só emergirão a partir de um diálogo ampliado, envolvendo distintas vozes.”

Em seu discurso, Haddad afirma que é necessário que a comunidade internacional recupere a confiança “em soluções multilaterais” e aprenda “a ver o mundo pela perspectiva do outro”.

“O Brasil tem tradição de facilitar o diálogo e o consenso entre diferentes grupos de países. Teremos grande prazer em trabalhar mais uma vez para ajudar a construir o consenso tão necessário sobre as questões contemporâneas prementes”, concluiu Haddad.

“Casa em ordem”
Fernando Haddad afirmou, ainda, que o Brasil colocou a “casa em ordem” neste primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o avanço da agenda econômica no Congresso.

“Em 2023, colocamos a nossa casa em ordem depois de alguns anos turbulentos. Estabelecemos um novo arcabouço fiscal, estamos fazendo uma grande reforma tributária, avançamos em reformas estruturais, reduzimos o desmatamento, renovamos e expandimos programas sociais reconhecidos internacionalmente, como o Bolsa Família, e acabamos de lançar um ambicioso plano de transformação ecológica”, disse Haddad.

“Agora, o Brasil está pronto para se voltar aos desafios globais e promover um diálogo construtivo e produtivo em direção ao multilateralismo do século 21.”

O ministro da Fazenda está no Marrocos para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo o Ministério da Fazenda, a viagem do ministro se estenderá até sábado (14/10).

A reunião anual do FMI conta com a participação de ministros da Economia e presidentes de bancos centrais de 189 países.

Metropoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Bilionário perde quase R$ 4,5 milhões em golpe com criptomoedas

O bilionário norte-americano Mark Cuban confirmou ter sido vítima de um golpe de phishing. Ele perdeu US$ 870 mil (R$ 4,51 milhões) em NFTs e criptomoedas após baixar um software fraudulento. Entenda o caso e veja como se proteger.

O que aconteceu
Empresário diz que você pode baixar carteira falsa. Cuban mantinha seus ativos na carteira digital MetaMask, a principal do mercado. Por engano, acabou fazendo o download de uma versão falsa da carteira e permitiu que cibercriminosos acessassem seus dados.

Perdeu quase toda a sua carteira de criptomoedas. Ele falou ao site DL News que perdeu US$ 8.700 em 10 criptomoedas diferentes. Foram capturados por criminosos cerca de US$ 555 mil nas criptomoedas ethereum e (ETH) e USDCoin (USDC). A USDC é uma moeda digital lastreada em uma moeda fiduciária —neste caso, o dólar.

Phishing é prática comum. A palavra vem de ‘fishing’, pesca em inglês. Basicamente, este tipo de golpe consiste no roubo de dados pessoais e sigilosos por criminosos. Isso pode ser feito ao clicar em links maliciosos enviados via SMS, e-mail ou ao baixar algum software.

Empresário e investidor ainda tem uma grande fortuna. Conhecido por ser um dos “tubarões” no programa Shark Tank, ele tem US$ 5,2 bilhões segundo a Forbes. Sua fortuna vem da fundação e venda de empresas digitais, e ele é dono da equipe de basquete Dallas Mavericks.

Como se proteger do phishing?
Verifique a fonte. O investidor precisa ter certeza de fazer o download de fontes confiáveis, como sites oficiais ou lojas de aplicativos legítimos, disse o CEO da plataforma token.com, William Ou. É importante evitar clicar em links suspeitos ou baixar carteiras de criptomoedas de fontes não verificadas. “Mark Cuban comentou ter baixado provavelmente uma versão maliciosa da Metamask, e isso só pode ter ocorrido baixando do site não oficial”, diz.

Veja comentários de outros usuários. Avaliações e experiências de outros consumidores podem ajudar a identificar eventuais problemas e relatos de golpes. É importante fazer isso antes de escolher uma carteira.

UOL

Postado em 14 de outubro de 2023

Crianças são um terço das vítimas da guerra em Gaza, declaradas palestinas

Uma das regiões mais densamente povoadas do planeta —são 6.000 habitantes por milhas quadradas, enquanto no Brasil, para comparação, 23— e com um alto percentual de crianças —menores de 14 anos são 40% da população—, a Faixa de Gaza é uma bomba-relógio para impactos de um conflito armado na infância.
Ao longo de 16 anos, de janeiro de 2008 a setembro passado (pouco antes, portanto, de eclodir a atual guerra no Oriente Médio ), o conflito entre palestinos e israelenses matou mais de 5.300 pessoas neste pedaço estreito de terra na costa com o Mediterrâneo , segundo dados da ONU . Mais de 1.200, ou 23%, eram crianças.

Na atual guerra entre Tel Aviv e o Hamas , uma facção terrorista que controla Gaza, as cifras percentuais são ainda mais expressivas. Em menos de uma semana, morreram ao menos 1.900 pessoas na região, sendo 614 deles (33%) crianças, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado divulgado na tarde desta sexta-feira (13).

“Quando existe conflito em um país, as crianças são sempre as que pagam o preço mais pesado”, diz Ricardo Pires, porta-voz da Unicef , do Fundo das Nações Unidas para a Infância, em Nova York.

“Quando as casas começam a ser destruídas, elas veem o trauma de uma guerra que nem um adulto teria condições de lidar. Isso para uma criança define o desenvolvimento dela por décadas.”

Gaza, assim, não é exceção —todo conflito armado crava consequências na infância. Mas o território adjacente a Israel e fronteiriço com o Egito contém os agravantes de sua pirâmide etária jovem e de sua infraestrutura deficiente.

A região só tem metade de sua demanda elétrica atendida e, frente ao bloqueio terrestre, aéreo e marítimo decretado por Tel Aviv, viu desaparecer uma pouca eletricidade existente —o que abastece, por exemplo, hospitais com unidades de tratamento intensivo.

Segundo levantamento pelo Unicef, desde 2008 foram identificados, em diferentes momentos, 816 mil crianças que necessitaram de atendimento secundário para saúde mental devido a fatores relacionados ao conflito regional.

“Os hospitais em Gaza estão lotados, não têm mais capacidade de responder à demanda. A situação é caótica e catastrófica, e essa matança de crianças precisa parar”, diz o porta-voz. “Crianças israelenses mantidas reféns [pelo Hamas] também devem ser imediatamente reunidas com seus familiares. A compaixão e o direito internacional devem prevalecer.”

Do lado israelense, o conflito prolongado com os palestinos também vitimou os mais jovens. Tel Aviv não divulgou o número de crianças entre suas vítimas. Mas, segundo o mesmo levantamento da ONU, de 2008 até antes do início desta guerra morreram 25 crianças em Israel como consequência direta das hostilidades.

Tel Aviv também afirma que há crianças mortas nas primeiras comunidades agrícolas atacadas pelo Hamas desde o último sábado (7). Fotos divulgadas pelo governo mostram bebês degolados e carbonizados .

Antigo porto comercial e marítimo, a Faixa de Gaza foi densamente povoada a partir de 1948, ano de formação do Estado de Israel, quando milhares de aldeões árabes, expulsos das áreas que ocupavam, foram para a região costeira. Desde então, estão também os campos de refugiados palestinos —são pelo menos oito em toda Gaza, que reúnem no total cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A região que hoje soma 2,2 milhões de pessoas tem ainda uma alta taxa de fecundidade: 3,3 nascidos vivos por mulher. A média global é de 2,3.

“Cada vez mais crianças estão pagando um preço muito caro”, afirma Pires, do Unicef. Traçando um paralelo com a Guerra da Ucrânia , ele lembra que o caso no Oriente Médio é muito mais complexo: a nação do Leste Europeu viu as fronteiras de vários países vizinhos, como a Polônia, abrindo-se para seus refugiados, muitos deles menores de idade . Gaza, não. E a negociação sobre a abertura de um corredor humanitário para retirada de cidadãos parece bloqueada.

No caso ucraniano, onde a guerra passou de dois anos e meio, pelo menos 1.741 crianças morreram , segundo dados do próprio Unicef. Outros 4,1 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária dentro do país.

Neste conflito, a infância também esteve no centro do debate em março passado, quando o TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin , por solicitado ser o responsável pela deportação de crianças ucranianas de áreas ocupadas por Moscou no país vizinho .

Ricardo Pires lembra que também são as crianças mais atingidas em conflitos por toda a África, um continente majoritariamente jovem e aqueles países, em especial na porção Subsaariana, têm altas taxas de fecundidade. No Sudão, hoje em guerra civil , por exemplo, metade da população tem menos de 18 anos.

Folha de SP

Postado em 14 de outubro de 2023

Netanyahu sobre ataques à Faixa de Gaza: “É apenas o começo”

Nesta sexta-feira (13/10), em um discurso na televisão, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu destruir o grupo radical islâmico Hamas, autor dos mais graves atentados terroristas da história de Israel.

“Este é apenas o começo”, disse, referindo-se aos bombardeios de forças israelenses na Faixa de Gaza após o ataque perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro.

“Terminaremos essa guerra mais fortes do que nunca. Destruiremos o Hamas e venceremos, mas isso levará tempo”, acrescentou.

O chefe de governo de Israel afirmou que o país conta com amplo apoio internacional para a operação em Gaza, de onde partiram os ataques em solo israelense.

O Hamas é considerado uma organização terrorista por países como Israel, Estados Unidos, Japão e todos os países-membros da União Europeia (UE).

Metrópoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Aviões da FAB vindos de Israel já repatriaram 494 brasileiros

O governo federal tem enviado aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar os brasileiros que estão em áreas de conflito em Israel, após o ataque do grupo islâmico Hamas, no último sábado (7/10). Até esta sexta-feira (13/10), 494 brasileiros retornaram do solo israelense por meio da Operação Voltando em Paz.

Voltaram para o território brasileiro três aeronaves da FAB: dois KC-30 e um KC-390 Millennium. Também retornaram para o Brasil oito pets, sendo três cachorros e cinco gatos.

Outras três aeronaves devem repatriar os brasileiros que estão na área de conflito. Um avião KC-30 decolou de Tel Aviv, capital de Israel, e deve chegar ao Brasil na madrugada deste sábado (14/10).

O governo federal também estuda formas de realizar a repatriação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza. A Presidência da República disponibilizou uma aeronave VC-2 para trazer quem está na região. O avião encontra-se em um aeroporto de Roma, na Itália, onde aguarda autorização das autoridades do Egito para concluir a operação.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, pelo menos 22 brasileiros que estão na Faixa de Gaza manifestaram interesse em retornar ao Brasil. O governo pretende resgatar eles por meio de um corredor humanitário entre a região e o Egito.

Metrópoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Mauro Vieira: brasileiros em Gaza sairão neste sábado pelo Egito

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse, nesta sexta-feira (13/10), que os brasileiros na Faixa de Gaza poderão deixar a região pelo Egito neste sábado (14/10). A proposta do governo do Brasil é levar de ônibus os repatriados até um “aeroporto muito próximo da fronteira”.

Depois, os brasileiros deverão embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ainda em território egípcio — hoje, essa aeronave está em Roma, na Itália, à espera de autorização para seguir até o Egito. “É a única forma de sair”, comentou o ministro sobre o novo planejamento.

Diferentemente de outros voos feitos pela FAB nesta semana, desde a escalada da violência no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, esse foi impactado pela ordem das forças israelenses para todos os civis evacuarem a Faixa de Gaza.

Eles tinham 24 horas, que acabaram no início desta noite. A determinação indica uma possível invasão das tropas israelenses por terra.

“Desânimo” com tempo de saída

Mauro Vieira declarou “desânimo” com o tempo dado pelas forças israelenses para a evacuação de civis na Faixa de Gaza e as repercussões dessa saída. O pronunciamento ocorreu nesta sexta-feira (13/10), após a sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito armado entre Israel e o grupo Hamas.

“Recebemos com desânimo a notícia de que as forças israelenses pediram que todos os civis — mais de 1 milhão — no norte de Gaza deixassem o local em 24 horas. Conforme declarado pelas Nações Unidas, isso pode levar a níveis de miséria sem precedentes para civis inocentes”, afirmou Vieira.

O ministro também se posicionou a favor de um corredor humanitário no local para a remoção de mais civis e entrada de suprimentos. “O objetivo imediato é claro e imediato: evitar mais derramamento de sangue e perda de vidas, e tentar garantir o acesso humanitário urgente e livre às áreas afetadas”.

O mesmo pedido havia sido feito na quinta-feira (12/10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao falar no telefone com o presidente de Israel, Issac Herzog.

A reunião do Conselho de Segurança, nesta sexta-feira, se encerrou sem consenso para um texto final sobre os civis em Israel e na Faixa de Gaza. Mauro Vieira comandou a agenda, já que o Brasil ocupa a atual Presidência do grupo.

O encontro de hoje foi o segundo desde a retomada dos conflitos entre Israel e o Hamas. O primeiro também acabou sem resolução para a guerra.

Mortos, feridos e reféns

A guerra já ultrapassou a marca de 3 mil mortos, com óbitos registrados em Israel, Palestina e Cisjordânia. Há ainda cerca de 10 mil feridos, sendo 6 mil devido a bombardeios israelenses em retaliação ao ataque do Hamas.

Além disso, as forças de Israel notificaram a existência de ao menos 120 reféns nas mãos do grupo extremista. Os capturados estariam na Faixa de Gaza.

Metrópoles

Postado em 14 de outubro de 2023

Mundo árabe pede cessar-fogo e abertura de corredor humanitário em Gaza

O mundo árabe, representado por todos os seus embaixadores, pediu um cessar-fogo imediato e a abertura de um corredor humanitário em Gaza, reunido do lado de fora do Conselho de Segurança da ONU, nesta sexta-feira

“Para aqueles que pensam que há um único árabe, um único diplomata que não está ao lado da Palestina neste momento, vejam nossa unidade, vejam nossa força”, disse Riyad Mansour, embaixador palestino nas Nações Unidas.

A Arábia Saudita acrescentou um item a mais: o retorno a um processo de paz que resulte na criação de um estado Palestino, com a capital em Jerusalém. No mesmo comunicado fixando sua posição, o reino saudita também se opôs ao deslocamento da população “gazita” (como a chama a bíblia) do norte para o sul de Gaza.

Os sauditas nada comentaram sobre as negociações com os EUA para a normalização de relações com Israel, que vários analistas viram como uma das causas da invasão do Hamas no sábado passado. Novos encontros só deverão ocorrer quando a guerra acabar.

BAND

Postado em 14 de outubro de 2023

Anna Lembke, de ‘Nação Dopamina’: “A internet é uma droga”

A psiquiatra americana Anna Lembke , de 55 anos, é uma das mais respeitadas especialistas em dependência química da atualidade. Professora da Universidade Stanford e chefe de uma clínica da instituição voltada para o estudo do tema, ela se tornou popular ao falar de vícios e transtornos de saúde mental de forma simples, acessível e esclarecedora. Seu livro Nação Dopamina (Editora Vestígio) é best-seller mundial e, por aqui, se destaca entre os títulos mais vendidos de não ficção. Já a Nação Tarja Preta chegou ao país recentemente como um alerta sobre o crescimento nas prescrições de opioides e psicotrópicos. Nesta entrevista a VEJA, Lembke fala sobre os perigos das chamadas “drogas digitais” (com as redes sociais à frente), os receios quanto à liberalização da maconha e dos psicodélicos — e as implicações sociais de viver em um mundo que estimula a busca por prazeres artificiais.

Em Nação Dopamina , a senhora aborda os vícios de maneira abrangente. Qual a ideia fundamental que norteia sua análise? Que qualquer pessoa pode desenvolver um vício. Na era moderna, é fácil perceber esse problema, porque sabemos muito bem que os celulares, a internet e as mídias digitais são drogas potentes. Elas ativam os mesmos circuitos que as drogas mais tradicionais, como o álcool. Isso significa que liberamos dopamina — nosso neurotransmissor de prazer — no sistema de recompensa do cérebro. Quanto mais dopamina liberada, mais viciante é a experiência.

Por que ainda há um enorme estigma sobre o vício? As sociedades estigmatizam certas condutas para evitar que as pessoas se envolvam em discussões comportamentais. Quanto à adição, o estigma se tornou tão extremo que culpamos e marginalizamos um segmento cada vez maior da sociedade, quando deveríamos trazer isso ao mundo que criamos, onde quase tudo pode se tornar uma droga. Tudo é mais acessível, mais abundante. Em vez de ver a dependência como um problema de força de vontade ou caráter, devemos pensar como uma enfermidade que resulta da incompatibilidade entre nosso maquinário neurológico ancestral e o mundo de hoje. É um problema de saúde pública.

Quem são as pessoas mais vulneráveis ​​às drogas digitais? A maioria de nós consegue perceber que estamos em um vórtice e se autocorrigir, mas de 10% a 15% da população acabará com dependências específicas a essas tecnologias, e necessitará de intervenção profissional. Ainda não temos certeza de quais são os fatores de risco preexistentes, mas é possível que sejam alguns dos mesmos que se aplicam às drogas tradicionais, como ter um pai ou avô biológicos que lidam com o vício. Outros fatores são a pobreza e o desemprego.

“Não vejo como algo irracional conceituar um smartphone como semelhante a um maço de cigarros, em termos de potencial viciante. Todas as escolas primárias deveriam abolir os celulares”

Nosso apego às redes sociais pode estar ligado ao aumento de doenças mentais? Nos últimos vinte anos, vimos um número crescente de pessoas lutando contra a ansiedade, a depressão e, especialmente nas Américas, um aumento nas taxas de suicídio. É claro que os problemas de saúde mental são multifatoriais. Eu nunca diria que é tudo culpa dos meios digitais, mas é uma hipótese razoável que essas tecnologias contribuam para o cenário. Porque vimos, clinicamente, que, quando as pessoas se afastam das redes por um período de tempo, seu humor e os sintomas de ansiedade tendem a melhorar. Há ainda outros riscos à saúde mental em razão do uso exacerbado das redes: em comparação a uma minoria de pessoas, hostilidade, bullying, humilhação, cancelamento, e os algoritmos de inteligência artificial projetados para nos levar a confrontos e conteúdos mais extremos.

Quais são as consequências a longo prazo desse tipo de dependência? Já estamos vendendo as consequências, com taxas recordes de jovens com depressão, ansiedade, automutilação, desatenção, sensação de perda de significado e propósito, e até transtornos de personalidade. A boa notícia é que muitos estão percebendo que o tempo que passam no mundo virtual está, na verdade, piorando suas vidas, e estão gradualmente se desconectando.

A senhora recomenda um “jejum de dopamina”. Como isso funciona? Quando fazemos ou fazemos algo que nosso cérebro se identifica como importante para a sobrevivência, ele libera muita dopamina de uma só vez, a sensação é boa. Com a repetição constante, o cérebro tenta acomodar o aumento causando a produção e transmissão da dopamina, o que resulta num déficit específico. Então, ficamos inquietos com o desejo de usar uma droga, para evitar que nos sintamos miseráveis ​​— em suma, volte a níveis de altura de dopamina. É esse mecanismo que impulsiona aquele desejo de assistir a mais um vídeo no TikTok, por exemplo. A ideia do jejum, uma espécie de desintoxicação, é dar ao cérebro tempo suficiente (cerca de três a quatro semanas) sem altas recompensas para que ele retorne ao nível de dopamina ideal. Isso não cura o vício, mas ao menos mitiga o ciclo e permite a autoanálise de nosso comportamento.

Há algo que os governos possam fazer contra a dependência? Muita coisa. Nos Estados Unidos, o governo já interveio: não permitimos que crianças apostem em cassinos, ou que comprem cigarros e bebida alcoólica, nem que as pessoas fiquem embriagadas e dirijam. Não vejo como algo irracional conceituar um smartphone como semelhante a um maço de cigarros, em termos de potencial viciante. Todas as escolas primárias deveriam proibir os celulares, para garantir que as crianças se concentrassem em aprender. Tem de ser uma política de cima para baixo, vinda dos governos locais e federais, que se aplica igualmente a todos. A China determinou que os jovens não tenham acesso a videogames por mais de três horas semanais, e somente às sextas e nos fins de semana.

Seu segundo livro publicado no Brasil, Nação Tarja Preta , foi escrito em resposta à epidemia de opioides nos Estados Unidos. Como está a questão hoje? Ainda não temos uma situação sob controle. A prescrição de opiáceos diminuiu cerca de 50% desde 2012, mas muitas gerações já tinham tornado dependentes. Muitas pessoas passaram a recorrer a substâncias como heroína e fentanil, que é cinquenta a 100 vezes mais potente que a morfina. E muito mais letal: uma “dose terapêutica” já é muito próxima da dose mortal. Por isso, há taxas crescentes de mortes por overdose relacionadas a opioides, mesmo enquanto corrigimos nossos erros.

Está em curso no Brasil um julgamento sobre a descriminalização da maconha. Qual sua percepção sobre o tema? O principal é que não há evidências confiáveis ​​de que a Cannabis funciona para tratar transtornos de saúde mental, como costuma ser divulgado. Há bons atrativos de que funcionam, sim, para dor, espasmos e alguns efeitos colaterais da quimioterapia. Mas são estudos de curto prazo. É importante considerar as limitações dos dados. Além disso, quando se legaliza qualquer droga, nos tornamos mais acessíveis. Mais pessoas irão utilizá-la, e haverá mais danos. Tem sido assim em diversos países. Muitos apontam Portugal como exemplo de sucesso, mas eles já tinham diretrizes para direcionar as pessoas aos centros de tratamento de dependência, e é por isso que funciona por lá. Não se pode fazer a descriminalização sem ferramentas para corrigir os que serão prejudicados pelo aumento do acesso.

E quanto ao uso terapêutico e medicinal de psicodélicos como a psilocibina, em pauta nos Estados Unidos? Os dados também são extremamente preliminares. Não são evidências legítimas de segurança e são muito limitadas quanto à eficácia ou ao benefício. Ensaios clínicos marcados por impasses metodológicos estão subnotificando os danos — e eles são enormes e imprevisíveis, indo da psicose ao suicídio. Ou seja, é potencialmente perigoso e pode não funcionar melhor do que os medicamentos já conhecidos. A discussão que vemos em torno dos psicodélicos faz lembrar as propagandas enganosas que as empresas farmacêuticas perpetraram no passado, levando à epidemia de opiáceos ao alardear que são eficazes e seguros, desde que prescritos por um médico. Muitas pessoas envolvidas nessas pesquisas fazem parte da indústria que produz essas substâncias, interessadas em ganhar bilhões de dólares com isso.

“É triste trabalhar a matéria que nos ajudam a não comer demais? Bem, estamos nesse ponto da história. O Ozempic evidencia como é difícil ser um humano na modernidade”

Os índices de prescrição de psicotrópicos são mais elevados para grupos mais vulneráveis ​​da sociedade. O que isso revela? Sugiro que estamos tentando remediar problemas sociais graves em vez de resolvê-los, e que mulheres, crianças e pessoas que vivem na pobreza sejam as vítimas disso. E fiquei fascinado com estudos que examinaram os resíduos de esgoto em determinados locais, indicando que nos bairros mais pobres, no mundo todo, há taxas mais altas de pessoas que consomem drogas psiquiátricas. Outros dados mostram, por outro lado, que nos países onde as pessoas têm mais acesso a tratamentos de saúde mental, e onde são prescritos mais remédios tarja preta, as taxas de depressão, ansiedade e psicose estão aumentando. É paradoxal — e assustador.

O Ozempic, medicamento para tratar diabetes tipo 2, tem sido usado como droga para emagrecimento. Como analisa isso à luz de seus estudos? Vivemos em um mundo com abastecimento alimentar superabundante, adulterado com adição de gorduras, açúcares, sais e saborizadores. É um ambiente que conspira para engordar todos nós. O Ozempic e similares ilustram que não se trata de um problema de caráter ou força de vontade individual, mas sim de uma discrepância entre nosso organismo, preparado para a escassez, e o mundo em que agora vivemos. Penso que, em algum nível, todos nós temos transtornos alimentares por causa disso. É triste que alguns recorram a matéria que nos ajudam a não comer demais? Bem, é nesse ponto que estamos na história da humanidade. O Ozempic evidencia como é difícil ser um humano na modernidade.

Seus livros mostram que a sociedade atual evita a dor e o tédio a qualquer custo. Como chegamos a isso? À medida que fizemos do mundo um lugar mais abundante, controlado e confortável, também adaptamos nossa narrativa coletiva e definimos que a dor e a insatisfação são patologias. É uma noção moderna. Até cerca de 150 ou 200 anos atrás, a dor era parte do cotidiano. Também se expandiu a interpretação dos conceitos freudianos sobre o inconsciente e como eventos da infância importantes para a psicologia adulta. Agora, vejo pacientes que até exageraram ou inventaram traumas acidentais por que estão infelizes. Não de forma consciente ou intencional, mas é o que acontece. Vivemos em tempos estranhos.

VEJA

Postado em 14 de outubro de 2023

Vaticano se oferece para mediar conflito entre Israel e Hamas

O Vaticano se ofereceu para mediar o conflito entre Israel e o Hamas. De acordo com o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, é preciso chegar à uma solução para permitir “que palestinos e israelenses vivam lado a lado, em paz e segurança”. Nesta semana, o papa Francisco já havia pedido o fim da guerra e a libertação “imediata” dos reféns.
“A Santa Sé está pronta para qualquer mediação necessária, como sempre. Parece-me que a maior justiça possível na Terra Santa é a criação de dois Estados, que permitiria que palestinos e israelenses vivessem lado a lado, em paz e segurança, atendendo às aspirações da maioria deles”, apontou Parolin.

Segundo ele, a solução é prevista pela comunidade internacional. “Ultimamente tem parecido para alguns, de ambos os lados, não [parece a] mais viável. Para outros, ela nunca foi. A Santa Sé está convencida do contrário e continua a apoiá-la”, disse o cardeal.

Ataques desumanos, diz Vaticano
Em conversa com a mídia do Vaticano, Pietro Parolin afirmou que o ataque realizado pelo Hamas no último sábado (8/10), contra israelenses, foi desumano.

“A Santa Sé expressa sua total e firme condenação. Além disso, estamos preocupados com os homens, mulheres, crianças e idosos que estão sendo mantidos como reféns em Gaza. Expressamos nossa proximidade com as famílias afetadas, a grande maioria das quais é judia, e oramos por elas, por aqueles que ainda estão em choque e pelos feridos”, declarou.

“É necessário recuperar o senso de razão, abandonar a lógica cega do ódio e rejeitar a violência como solução. O atacado tem o direito de se defender, mas a autodefesa também deve respeitar o parâmetro da proporcionalidade”, continuou.

Parolin disse não saber qual é o espaço para o diálogo entre Israel e a milícia do Hamas. “Mas se houver, e esperemos que haja, ele deve ser buscado imediatamente e sem demora. Isso é para evitar mais derramamento de sangue, como está acontecendo em Gaza, onde há muitas vítimas civis inocentes como resultado dos ataques do exército israelense”, disse o cardeal.

Preocupação com reféns
Parolin reforçou que o centro do problema, criado pelo ataque do Hamas, é a libertação dos reféns e a proteção das vidas inocentes em Gaza.

“Eles estão no centro das preocupações de todos nós, do Papa e de toda a comunidade internacional. Enquanto isso, a Santa Sé procura conversar com as organizações cujos canais já estão abertos. Qualquer mediação para pôr fim ao conflito deve, no entanto, levar em conta uma série de elementos que tornam a questão muito complexa e articulada, como a questão dos assentamentos israelenses, a segurança e a questão da cidade de Jerusalém”, completou.

Metrópoles

Postado em 13 de outubro de 2023

Itamaraty confirma morte de brasileira em conflito em Israel

O Itamaraty confirmou nesta sexta-feira (13) a terceira morte de brasileiros dos atentados em Israel.

A vítima é Karla Stelzer Mendes, de 42 anos.

O governo lamentou a morte e repudiou todos os atos de violência contra a população civil.

Nesta sexta-feira, chegou ao Brasil o terceiro avião com repatriados de Israel.

A aeronave com 69 passageiros e uma criança de colo pousou em Recife por volta das seis da manhã. Cinco pessoas embarcaram na cidade.

As 64 restantes seguem para Guarulhos, em São Paulo, com previsão de pouso ao meio-dia e quinze.

Também nesta sexta, o quarto avião para resgatar brasileiros decolou de Roma, na Itália, com destino a Tel Aviv.

Já o quinto avião pousou em Roma, e uma sexta aeronave, cedida pela Presidência da República, chegou minutos depois à cidade.

O avião aguarda autorização do Egito para resgatar 20 brasileiros que estão na Faixa de Gaza.

Ao todo, 494 pessoas foram repatriadas desde o início do conflito.

E os confrontos entre Israel e Hamas, é o principal tema da segunda reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York. O Brasil preside o encontro, nesta manhã, que é conduzido pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Na pauta, a situação humanitária na Faixa de Gaza, ameaças à segurança e à paz mundial e desdobramentos do conflito no Oriente Médio.

EBC

Postado em 13 de outubro de 2023

Duas pessoas morrem após policiais do RN reagirem a assalto na praia de Cabo Branco, em João Pessoa

Um tiroteio deixou duas pessoas mortas na noite desta quinta-feira (12) na orla da praia de Cabo Branco, em João Pessoa. De acordo com a Polícia Militar, dois assaltantes abordaram um grupo de pessoas que se divertia em um quiosque no local. Percebendo a ação dos bandidos, dois policiais militares do Rio Grande do Norte reagiram ao assalto, o que provocou uma intensa troca de tiros.

Um dos bandidos ainda não identificado e uma mulher, que tentava fugir da confusão, foram atingidos pelos tiros e morreram ainda no local. Outras duas pessoas ficaram feridas e levados para o Hospital de Trauma de João Pessoa.

As armas dos policiais foram recolhidas e serão apresentadas à Polícia Civil, juntamente com os policiais, para que eles sejam ouvidos. Um inquérito será aberto para investigar o caso.

Blog do BG PB

Postado em 13 de outubro de 2023