Oceanos quebraram recorde de temperatura todos os dias em um ano, indica levantamento

Postado em 10 de maio de 2024

Turbinados pelas alterações climáticas, os oceanos do mundo superaram os recordes de temperatura todos os dias durante 12 meses, revela uma análise feita pela BBC.

Quase 50 dias superaram as temperaturas máximas registradas para a mesma época de anos anteriores, segundo dados de satélites.

Os gases que aquecem o planeta são os principais culpados pelo fenômeno, mas o evento climático natural El Niño também ajudou a aquecer ainda mais os oceanos.

O superaquecimento dos oceanos atinge duramente a vida marinha e provoca uma nova onda de branqueamento de corais.

O Copernicus também confirmou que o mês passado foi o abril mais quente já registrado em termos de temperaturas do ar. Esses recordes também foram batidos nos 11 meses anteriores.

Durante muitas décadas, os oceanos do mundo foram vistos como a “válvula de escape” da Terra em termos de alterações climáticas.

Eles não só retêm cerca de um quarto do dióxido de carbono produzido pelos humanos, como também absorvem cerca de 90% do excesso de calor.

Porém, durante o ano passado, os oceanos apresentaram as evidências mais preocupantes de que enfrentam dificuldades para lidar com a situação — a superfície do mar sente particularmente.

A partir de março de 2023, a temperatura média da superfície dos oceanos começou a subir cada vez mais acima da média de longo prazo, e atingiu um novo recorde máximo em agosto do ano passado.

Os meses subsequentes não representaram trégua alguma: a superfície do mar atingiu um novo máximo diário médio 21,09 ºC em fevereiro e março de 2024, de acordo com dados do Copernicus.

Como é possível ver no gráfico abaixo, não apenas todos os dias desde 4 de maio de 2023 estão acima dos recordes anteriores de temperatura — mas em alguns dias a margem em relação aos registros passados foi enorme.

Em cerca de 47 dias nesse período, o recorde de temperatura foi superado em pelo menos 0,3°C, segundo a análise da BBC a partir de dados do Copernicus.

Nunca antes, na era dos satélites, foi observada uma diferença tão grande.

Os dias com maior recorde foram 23 de agosto de 2023, 3 de janeiro de 2024 e 5 de janeiro de 2024, quando o recorde anterior foi batido em cerca de 0,34ºC.

“O fato de todo esse calor ir para o oceano e gerar um aquecimento com uma rapidez maior do que pensávamos é motivo de grande preocupação”, afirma Mike Meredith, do grupo de pesquisa British Antarctic Survey.

“Esses são sinais reais de que as alterações no ambiente movem-se para áreas onde realmente não queremos que elas estejam. Se continuarmos nessa direção, as consequências serão graves”, alertou ele.

Enorme impacto na vida marinha
O aquecimento dos oceanos provocado pelo homem tem impactos consideráveis na vida marinha global — e pode até alterar o ciclo sazonal das temperaturas do mar, de acordo com um estudo recente.

Talvez a consequência mais significativa do calor recente tenha sido o branqueamento em massa dos corais em todo o mundo.

Essas estruturas, que são os principais viveiros oceânicos, ficam brancas e morrem porque as águas ficam muito quentes. Elas são um elemento crítico do ecossistema oceânico, onde vivem cerca de um quarto de todas as espécies marinhas.

Mares excepcionalmente quentes também podem afetar diretamente uma das criaturas oceânicas mais queridas do continente mais frio: o pinguim-imperador.

“Há exemplos de colapso do gelo marinho antes dos filhotes imperadores terem emplumado adequadamente, com episódios de afogamento em massa”, diz Meredith.

“O pinguim-imperador é uma espécie ameaçada devido às alterações climáticas, e o gelo marinho e as temperaturas do oceano estão fortemente implicados nesse processo”, complementa ele.

No Reino Unido, o aumento da temperatura do mar faz com que uma série de criaturas desapareçam completamente das zonas costeiras. É o caso de algumas espécies de cracas, por exemplo.

“O problema das alterações climáticas é que elas acontecem muito rápido para que a evolução as acompanhe”, explica a bióloga marinha Nova Mieszkowska, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.

Na costa do País de Gales, uma equipe da Universidade de Aberystwyth utiliza a mesma tecnologia da polícia para rastrear mudanças na população marinha.

Ao coletar vestígios de DNA em amostras de água, os cientistas descobriram que algumas espécies invasoras estão prosperando, incluindo uma criatura chamada ascídia, que parece ter vindo do Japão e cresce como um tapete no fundo do mar.

“Eles impedem o crescimento de organismos nativos”, resume o professor Iain Barber, chefe de Ciências da Vida na Universidade de Aberystwyth.

“As ascídias se dão tão bem no nosso ambiente que podem potencialmente ocupar grandes áreas do fundo do mar.”

As espécies invasivas parecem responder com mais intensidade ao aquecimento global e ao aumento da temperatura da água, observa o professor Barber.

O El Niño
Um fator importante que tornou o último ano ainda mais impactante para os mares de todo o mundo foi o fenômeno climático El Niño, que se soma às emissões de gases que aquecem o planeta.

O El Niño faz com que águas mais quentes cheguem à superfície do Oceano Pacífico.

Como resultado, há uma tendência de elevação da média global de temperatura.

O El Niño entrou em ação em junho de 2023 — após um período prolongado de condições mais frias de La Niña — e atingiu um pico em dezembro, embora desde então tenha perdido força.

Mas outras bacias oceânicas que normalmente não são afetadas pelo El Niño também experimentaram ondas de calor marinhas acima da média — o que deixa cientistas intrigados sobre o que realmente está acontecendo.

“O Oceano Atlântico está mais quente do que o habitual e este não é um padrão que normalmente associamos ao El Niño — portanto, é algo de alguma forma diferente”, avalia Carlo Buontempo, diretor do Copernicus.

Esse calor ainda persiste em muitas bacias oceânicas, incluindo a região tropical do Atlântico.

Os mares mais quentes fornecem energia extra às tempestades tropicais, o que poderia ajudar a alimentar uma temporada de furacões potencialmente danosa.

“Ainda existe uma grande área de água mais quente do que o normal no Atlântico tropical e esta é a principal região de desenvolvimento de ciclones tropicais”, explica Buontempo.

“Estamos quase um mês adiantados na temperatura da superfície do mar no Atlântico em relação ao ciclo anual. Portanto, esta é uma área que precisa ser vigiada”, antevê ele.

Além dos impactos imediatos, os investigadores alertam que haverá consequências a longo prazo às quais a sociedade terá de se adaptar.

É provável, por exemplo, que o derretimento das camadas de gelo e o aquecimento das profundezas dos oceanos continuem a alimentar a subida do nível do mar nos próximos séculos.

“Quando falamos de alterações climáticas, tendemos a reduzi-las às mudanças na superfície porque vivemos lá”, diz Angélique Melet, investigadora da ong Mercator Ocean International.

“No entanto, as profundezas do oceano são um dos aspectos [do aquecimento global] que nos comprometem com séculos e milénios de alterações [climáticas].”

Mas Melet sublinha que isso não é motivo para desistir da redução das emissões.

“A depender das nossas ações, podemos reduzir a velocidade desse aquecimento e diminuir a amplitude geral desse aumento de calor e da subida do nível do mar”, conclui ele.

Gráficos de Erwan Rivault, Muskeen Liddar e Mark Poynting

A terapia genética inovadora que fez menina nascida surda escutar pela primeira vez

Postado em 10 de maio de 2024

Uma menina britânica que nasceu surda agora consegue ouvir sem qualquer auxílio, após ser submetida a um tratamento inovador de terapia genética.

Opal Sandy recebeu o tratamento pouco antes de seu primeiro aniversário. Seis meses depois, ela consegue ouvir sons tão suaves quanto um sussurro — e está começando a falar, dizendo palavras como “mamãe” e “papai”.

Aplicada como uma infusão no ouvido, a terapia substitui o DNA defeituoso que causa seu tipo de surdez hereditária.

Opal participa de um ensaio clínico que recruta pacientes no Reino Unido, nos EUA e na Espanha. O tratamento é desenvolvido pela empresa de biotecnologia Regeneron.

Médicos de outros países, incluindo a China, também estão explorando tratamentos semelhantes para a mutação no gene da otoferlina (OTOF), com a qual Opal nasceu.

Seus pais, Jo e James, de Oxfordshire, no sudeste da Inglaterra, dizem que os resultados foram impressionantes.

Ao mesmo tempo, permitir que Opal fosse a primeira a testar este tratamento foi uma decisão extremamente difícil, eles relatam.

“Foi muito assustador, mas acho que tivemos uma oportunidade única”, afirma Jo.

A irmã de Opal, Nora, de cinco anos, tem o mesmo tipo de surdez e lida bem com um implante coclear.

Em vez de tornar o som mais alto, como um aparelho auditivo, ele dá a “sensação” de escutar.

O implante estimula diretamente o nervo auditivo que se comunica com o cérebro, contornando as células ciliadas, sensíveis ao som e danificadas, em uma parte do ouvido interno conhecida como cóclea.

Já a terapia genética utiliza um vírus modificado e inofensivo para entregar uma cópia funcional do gene OTOF a estas células.

Opal foi submetida à terapia no ouvido direito, sob anestesia geral, e um implante coclear foi colocado em seu ouvido esquerdo.

Apenas algumas semanas depois, ela conseguia ouvir sons altos, como palmas, no ouvido direito.

E depois de seis meses, seus médicos, do Hospital Addenbrooke, em Cambridge, confirmaram que seu ouvido tinha uma audição praticamente normal para sons suaves — incluindo sussurros baixinhos.

“É maravilhoso vê-la responder ao som”, diz o cirurgião auditivo Manohar Bance, o pesquisador-chefe do ensaio clínico, à BBC News.

“É um momento de muita alegria.”

Os especialistas esperam que a terapia também funcione para outros tipos de perda auditiva profunda.

Mais da metade dos casos de perda auditiva em crianças tem causa genética.

A expectativa de Bance é que o ensaio clínico possa levar ao uso da terapia genética para tipos mais comuns de perda auditiva.

“O que espero é que possamos começar a usar a terapia genética em crianças pequenas… Em que, de fato, recuperemos a audição e elas não precisem ter implantes cocleares e outras tecnologias que necessitem ser substituídas”, afirma.

A perda auditiva causada por uma variação no gene OTOF não é comumente detectada até que as crianças tenham dois ou três anos de idade, quando é provável haver um atraso na fala.

Os testes genéticos para famílias que apresentam risco estão disponíveis no NHS (sistema de saúde público do Reino Unido). A BBC News Brasil está averiguando se o tratamento está disponível no sistema brasileiro também.

“Quanto mais cedo pudermos restaurar a audição, melhor para todas as crianças, porque o cérebro começa a reduzir sua plasticidade [adaptabilidade] após três anos de idade mais ou menos”, diz Bance.

A experiência de Opal está sendo apresentada, junto a outros dados científicos do ensaio clínico, na Sociedade Americana de Terapia Genética e Celular (ASGCT, na sigla em inglês), em Baltimore, nos EUA.

Martin McLean, da Sociedade Nacional de Crianças Surdas do Reino Unido, afirma que mais opções seriam bem-vindas.

“Com o apoio certo desde o início, a surdez nunca deverá ser uma barreira à felicidade ou à realização”, diz ele.

“Como uma instituição beneficente, apoiamos as famílias a fazerem escolhas informadas sobre tecnologias médicas, para que possam dar aos seus filhos surdos o melhor começo de vida possível.”

  • Reportagem adicional de Nicki Stiastny e James Anderson

Governo Federal defende paralisação do Campeonato Brasileiro

Postado em 10 de maio de 2024

O governo, por meio do ministro do esporte André Fufuca, pediu à Confederação Brasileira de Futebol a interrupção do Campeonato Brasileiro devido às enchentes no Rio Grande do Sul.

Em entrevista à ESPN Brasil, Fufuca destacou a urgência diante da calamidade pública e das sérias repercussões das enchentes para a população gaúcha.

Clubes como Internacional, Grêmio e Juventude já formalizaram solicitações à CBF para a suspensão do campeonato, e há possibilidade de recorrer à Justiça Desportiva caso necessário.

96FM

Papa Francisco anuncia doação de mais de R$500 mil para o Rio Grande do Sul

Postado em 10 de maio de 2024

O papa Francisco decidiu doar cerca de 100 mil euros (aproximadamente 556 mil reais) para ajudar as vítimas das enchentes que já mataram pelo menos 107 pessoas no Rio Grande do Sul, disse nesta quinta-feira o arcebispo de Porto Alegre e presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.

“Fomos informados através da Nunciatura Apostólica de que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados”, disse o arcebispo, segundo a Vatican News, a agência de notícias da Santa Sé.

“Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível”, acrescentou.

No domingo, em fala a uma multidão na Praça de São Pedro, Francisco prometeu rezar pela população do Rio Grande do Sul, Estado atingido pela pior tragédia climática de sua história, que afetou quase 1,5 milhão de pessoas em 428 de seus 497 municípios e deixou centenas de milhares de desabrigados.

O arcebispo disse ainda que a região sul do Estado, próximo à fronteira com o Uruguai, começa a enfrentar as consequências do desastre com a chegada das águas que inundaram outras regiões gaúchas.

Terra

Governo autoriza restauração de mais 300 quilômetros de rodovias estaduais

Postado em 9 de maio de 2024

A governadora Fátima Bezerra (PT) assinou nesta quinta-feira (09) a ordem de serviço para restauração de mais um lote de rodovias estaduais, totalizando 301,5 quilômetros nas regiões Seridó e Central e investimento de R$ 132 milhões.

São dez trechos, entre eles, 53 quilômetros da RN-288, de Acari a Caicó, passando por Cruzeta e São José do Seridó.

Também estão neste lote, dois trechos da RN-118, que integram as rotas alternativas em função da interdição da BR-304, entre Lajes e Caiçara do Rio do Vento. São eles: Ipanguaçu-Alto do Rodrigues (rota pela BR-406), e o que vai do entroncamento da BR-304, em Itajá, até São Rafael (Rota pela BR-226).

O lote 2 contempla ainda 38 quilômetros da RN-086, entre Parelhas e Equador. Nesse trecho, o governo do Estado investiu cerca de R$ 1,6 milhão para reforço da estrutura e alargamento da ponte sobre o Rio Caldeirão. Construída há mais de 90 anos, a ponte recebeu reforço estrutural, além de ganhar nova faixa para permitir a passagem simultânea de dois veículos.

“Este lote é o maior em extensão e fica numa região importante para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte. Quero dizer que já estamos preparando a ordem de serviço para as estradas do Lote 3 que ficam no Agreste e na região litorânea. Outra boa notícia é que amanhã (10) estaremos lançando o edital da Estrada da Produção, para o trecho São Tomé/Cerro Corá. Nos já fizemos Lagoa Nova/Cerro Corá e agora vamos fazer esse novo trecho”, disse a governadora. São 13,5 quilômetros de implantação de rodovia em trecho de terra batida, e recapeamento de outros 9,9 quilômetros, que estão em situação precária.

A obra conta com recursos oriundos de emenda parlamentar da bancada do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional. Além de interligar o Agreste ao Seridó, fomentando o turismo e o acesso ao Seridó Geoparque Mundial da Unesco, a RN-203 vai facilitar o escoamento da safra agrícola.

Esta foi a segunda ordem de serviço para recuperação de estradas. A primeira, totalizando 210 quilômetros, nos distritos de Mossoró e Pau dos Ferros, foi assinada na semana passada. O terceiro lote tem 242,9 quilômetros. O governo do RN está investindo R$ 428 milhões no programa de restauração de rodovias estaduais.

Saulo Vale

Nível do Guaíba cai 10 cm em 24 horas

Postado em 9 de maio de 2024

O nível da água do lago Guaíba, no Rio Grande do Sul, caiu 10 centímetros nas 24 horas entre a manhã de quarta (8) e de quinta-feira (9). Às 6h desta quinta, segundo informações da ANA (Agência Nacional de Águas), a altura estava em 5,04 metros.

Esse é o menor nível desde o último sábado (4) mas, ao mesmo tempo, segue acima do limite. Ruas e avenidas da capital gaúcha continuam alagadas na manhã desta quinta.

No sábado, o lago chegou a 5,30 metros, segundo informações do Ceic (Centro Integrado de Coordenação de Serviços). O lado é considerado inundado quando atinge 3 metros de altura. Há um alerta que é emitido quando o nível da água está em 2,5 metros.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O nível da água do lago Guaíba, no Rio Grande do Sul, caiu 10 centímetros nas 24 horas entre a manhã de quarta (8) e de quinta-feira (9). Às 6h desta quinta, segundo informações da ANA (Agência Nacional de Águas), a altura estava em 5,04 metros.

Esse é o menor nível desde o último sábado (4) mas, ao mesmo tempo, segue acima do limite. Ruas e avenidas da capital gaúcha continuam alagadas na manhã desta quinta.

No sábado, o lago chegou a 5,30 metros, segundo informações do Ceic (Centro Integrado de Coordenação de Serviços). O lado é considerado inundado quando atinge 3 metros de altura. Há um alerta que é emitido quando o nível da água está em 2,5 metros.

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Na quarta, enquanto o nível do Guaíba já estava caindo, o da lagoa dos Patos estava aumentando. A região desta lagoa, que comporta as cidades de Rio Grande e Pelotas, tem previsão de chuva para os próximos dias.

O Rio Grande do Sul chegou nesta quarta (8) à marca de 100 pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o estado.

A data foi marcada também pelo temor de novas tempestades nos próximos dias e de uma onda de frio, prevista para começar já nesta quinta (9). Em meio ao caos causado pelas inundações, o desabastecimento segue cada vez mais presente na rotina dos moradores das áreas afetadas, com relatos de falta de comida e de água se multiplicando tanto no interior quanto na região de Porto Alegre.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Anvisa suspende lotes de detergente Ypê por risco de contaminação biológica

Postado em 9 de maio de 2024

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a comercialização, distribuição e uso de alguns lotes de todas as versões do detergente Ypê, da empresa Química Amparo, pela razão do “risco potencial de contaminação microbiológica”. Em nota, a empresa disse que não o lote não apresenta risco à saúde ou à segurança, mas que pode ter alterações sem cheiro.

O que aconteceu
Medida foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) de terça-feira (7). A resolução foi assinada por Marcus Aurélio Miranda de Araújo, gerente-geral de inspeção e fiscalização sanitária da Anvisa. A Resolução está em vigor desde terça após a publicação da medida no DOU.

A empresa comunicou o recebimento voluntário de todas as versões do produto à agência reguladora. A resolução aponta que foi identificado um “desvio” no resultado da análise de monitoramento da produção, o que pode provocar um “risco potencial de contaminação microbiológica”.

O UOL procurou a Anvisa para saber quais ações o consumidor pode tomar, caso tenha alguma unidade dos detergentes suspensos. Ainda não houve retorno.

O que disse a empresa
Em nota, a companhia disse que alguns lotes podem apresentar mudança sem cheiro, mas que não há risco à segurança ou à saúde. Veja a nota completa abaixo:

“A Química Amparo informa que os lotes de louças de lava, objeto de ação voluntária de recolhimento informada pela Anvisa, foram rastreados pelo controle de qualidade da empresa, que iniciou o recolhimento dos itens há mais de um mês, conforme plano previamente enviado à agência reguladora.

Após uma análise rigorosa das disposições internas, em alguns lotes específicos, existe a possibilidade de descaracterização do seu odor tradicional, sem risco à saúde ou à segurança do consumidor, porém, em alguns casos específicos ao olfato.

Importante ressaltar que não há exclusão de negociação do produto e sim o bloqueio e recolhimento exclusivamente dos lotes específicos indicados na ação voluntária proposta pela própria empresa.

Além disso, a empresa reforça que a segurança, a qualidade de seus produtos e a atenção aos clientes e consumidores são prioridades desde sua fundação, há mais de 70 anos.

Confira a lista dos lotes atingidos pela suspensão
Versão Ypê Clear Care. Lotes atingidos: 172051, 179054, 184054, 185054, 186054, 228054, 233011, 234011, 235011, 236011, 242054, 253011, 255011, 267051, 1, 270051, 278011, 279011, 280011, 281011, 282011, 283011, 302051, 303051 , 304051, 314011, 315011, 316011 e 318011.

Versão Ypê Coco. Lotes atingidos: 029016, 030016, 036016, 038016, 057016, 058016, 148051, 149051, 151051, 212044, 213051, 215051, 216051, 217051, 1, 219051, 220051, 221051, 228054, 232051, 233051, 236051, 238051, 243044 , 248051, 249051, 256051, 257051, 258051, 272051, 273051, 274051, 275051, 276051, 277051, 284051, 286051, 288051, 289051, 290051, 291051, 298051, 299051, 300051, 301051, 317016, 331051, 333051, 33405 , 031016, 188031, 225081, 226081, 227081, 239081, 270031, 281031, 282031, 283031, 295031, 323016, 324016, 327031, 328031, 329031 e 330031.

Versão Ypê Capim Limão. Lotes atingidos: 225031, 226031, 242081, 314031, 323081, 325081, 060016, 173081, 174081, 175081, 176081, 177081, 178081, 223011, 1, 239051, 240051, 242051, 271081, 272081, 273081, 299011, 300011, 302011 , 303011, 326051, 327051, 336016, 337016, 338016, 346016 e 347016.

Versão Ypê Limão. Lotes atingidos: 031016, 040016, 041016, 042016, 043016, 127011, 129011, 130011, 134081, 135081, 136081, 137081, 138081, 148011, 1, 150011, 218011, 219011, 310011, 311011, 319016, 332016, 339016, 347016 , 053016, 054016, 141031, 221081, 222081, 223081, 227081, 228081, 229081, 279081, 280081, 288031, 315031 e 325016.

Versão Ypê Maçã. Lotes atingidos: 010016, 011016, 012016, 026016, 028016, 029016, 054016, 131011, 132011, 134011, 142011, 173011, 174011, 187011, 1, 189011, 193011, 194011, 195011, 200051, 213011, 220011, 221011, 228011 , 229011, 230011, 241011, 242011, 248081, 249081, 256011, 257011, 262011, 263011, 264011, 265011, 266011, 278061, 279061, 280061, 281061, 282061, 283051, 292011, 293011, 295011, 311011, 312011, 313011 , 313061, 327011, 327016, 328011, 328016, 329011, 330011, 357016, 046016, 047016, 185081, 186081, 191081, 192081, 204101, 223081, 224081, 232081, 234081, 268031, 269031, 309031 e 310031.

Versão Ypê Neutro. Lotes atingidos:019056, 020056, 037056, 038056, 039056, 054056, 055056, 173001, 174001, 186064, 188001, 211001, 212001, 225001, 226001, 8001, 228064, 237001, 239001, 272056, 320001, 321001, 322001, 324056, 325001, 325056, 326001, 326056, 327001, 331056, 336056, 338056, 356056, 236001, 016016, 017016, 024016, 025016, 026016, 038016, 9016, 040016, 172081, 172151, 173151, 174151, 175151, 176151, 177151, 178151, 188151, 207151, 208151, 209151, 210151, 211081, 212081, 225011, 226011, 227011, 228151, 229151, 230151, 232151, 233151, 4051, 234151, 235051.,235151, 236151, 239011, 241151, 279151, 282151, 283151 , 317151, 318016, 318151, 321011, 322011, 325151, 326151, 327151, 328151, 333016, 342016, 346016, 349016, 048016, 049016, 050016, 051016, 176031, 177031, 207031, 208031, 227031, 229031, 236031, 237031 , 238031, 282081, 316031, 317031, 318031, 319031, 323031, 325031, 326016, 327031, 353016, 355016, 052016, 171031, 173031, 174031, 209031, 230031, 232031, 233031, 234031, 235031, 239031 e 327016.

uol

Nutricionista Revela 3 Frutas Que Ajudam A Ganhar Massa Muscular

Postado em 9 de maio de 2024

Muitas pessoas acreditam que o difícil não é atingir o shape impecável, mas manter o seu corpo nessa condição. Estado físico em que envolve uma série de renúncias, por exemplo: alimentação saudável, hidratação correta e o cumprimento de uma rotina de treinos. Nesse sentido, a nutricionista Renata Branco indicou um trio de frutas para reforçar os músculos em entrevista exclusiva para o Sport Life.
Conheça o trio de frutas para reforçar os músculos
Melancia
“Rica em vitaminas e minerais A, C e B6, zinco, ferro, cálcio, potássio e magnésio. No pós-treino, a melancia ajuda na completa hidratação, como um isotônico natural devido a sua alta concentração de água e eletrólitos. Também é rica em óxido nítrico, o que melhora a recuperação ao aumentar a circulação de oxigênio para sangue e músculos. Além disso, ela tem um aminoácido chamado citrulina, que ajuda na formação dos músculos e diminuição da fadiga”, disse Renata.

Banana
É uma fruta popular e querida entre a maioria dos praticantes de exercícios físicos, principalmente pela quantidade de carboidratos, que garante energia e aumenta o desempenho nos treinos. Opções não faltam para várias formas de adaptações dessa fruta nas suas refeições.

“É uma excelente opção no pré-treino ou pós-treino. A banana também é fonte de potássio, que perdemos no suor é essencial para regular a contração muscular e prevenir cãibras”, complementou Branco.

Abacate
“Há menor quantidade de carboidratos, é rico em gorduras saudáveis, ajuda na saciedade e importante para função intestinal. A fruta é rica em fibras, potássio, sódio, magnésio, vitamina A, C, E, K 1, fitoesteróis e glutationa, que é um poderoso antioxidante. Além da vitamina E, que aumenta a ação anti-inflamatória das gorduras, o abacate também é abundante em potássio, o que regula a atividade muscular”, concluiu a nutricionista Renata Branco.

SportLife

Calor recorde faz nível do litoral brasileiro subir acima da média global, aponta relatório internacional

Postado em 9 de maio de 2024

Em 2023, o nível dos oceanos subiu em todo o planeta, mas o litoral brasileiro foi um dos lugares que registrou uma das maiores elevações. O registro de calor foi o principal motivo. Os oceanos são avançados por expansão térmica — porque a água quente se dilata. E os mares do mundo nunca foram transmitidos tão quentes, com impactos sobre o clima, os rios e as cidades.
A elevação do mar na costa brasileira é um dos destaques do relatório “O Estado do Clima na América Latina e no Caribe em 2023”, da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), apresentado nesta quarta-feira. Mais do que apenas um retrato do ano que passou, o estudo analisa a suscetibilidade da região às mudanças climáticas. O ano, dizem os cientistas, foi marcado por calor excepcional e anomalias não explicáveis ​​por personagens conhecidos, como o El Niño.

A taxa de elevação do nível dos oceanos mais do que dobrou desde a década de 1990. Ela aumentou a cada ano desde 1993 e 2023 teve uma maior elevação, registrada a média global de 3,42 mm/ano. Porém, na costa atlântica da América do Sul ela chegou a 3,96 mm. Parece um pouco, mas é suficiente para afetar a vida das pessoas nas áreas costeiras.

A elevação do mar tem diversas consequências. Ela erode o litoral, contamina o lençol freático com água salgada, mina as fundações de construções, causa afundamentos de terreno, agrava inundações provocadas por tempestades, faz ressacas se tornadas maiores e avançam mais longe terra adentro.

— Quando se fala em elevação do nível do mar, as pessoas costumam imaginar um cenário de filme-catástrofe, com ondas gigantescas e cidades alagadas de uma só vez. Não é o que ocorre. Essa é uma tragédia lenta, o mar vai ano a ano tomando a terra. E não apenas na superfície, mas no subsolo, com intrusão marinha — explica o climatologista José Marengo, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas e Desastres Naturais (Cemaden), um dos líderes da elaboração do trabalho, que reuniu mais de 70 especialistas, quatro agências das Nações Unidas e 30 serviços meteorológicos nacionais.

Marengo diz que não surpreende num ano tão quente quanto 2023 que os oceanos avançaram por expansão térmica. O aumento do nível maior na América do Sul reflete o aquecimento do Atlântico, explica ele.

— Todo o Atlântico está muito quente. Isso se manifesta no clima, com chuvas intensas e ondas de calor, mas também no nível do mar — frisa.

Um dos lugares onde o avanço do mar se torna mais evidente é na Amazônia. Lá ocorre uma batalha de titãs, entre o Atlântico e o Amazonas, o rio mais volumoso da Terra. Gigante no continente, o Amazonas é um ano não frente ao oceano, cujas águas salgadas a cada ano vão mais longe.

— São milhões de litros de água, um volume gigante do oceano enviado à terra — diz Marengo.

No litoral do Amapá, na foz do Rio Amazonas, a erosão devido ao avanço do mar é visível. A derrota do poderoso Amazonas, que tem suas águas doces invadidas pelo sal, se nota no açaí. Palmeiras e outras plantas das margens morrem devido à contaminação pela água salgada do mar.

— O mar avança bem mais do que se pode ver na superfície. É um processo lento, sem subsolo. Mas devemos pensar também, por exemplo, na água de poços litorâneos, que vai se tornar salobra, ou no fundamento gradual de construções — alerta o climatologista.

Na superfície, o impacto mais visível é nas ressacas, que podem chegar a áreas antes não atingidas. Em diferentes graus, é um processo global. Países como Estados Unidos, China e Holanda, todas têm cidades afetadas. No Brasil, Marengo destaca Rio de Janeiro e Santos como cidades que sofrem os impactos da elevação do nível do mar.

O estudo destaca ainda as chuvas extremas. Chamou a atenção dos especialistas em especial a chuva do carnaval de 2023 no litoral de São Paulo, a mais intensa da já registrada no Brasil. Entre 18 e 19 de fevereiro, foram despejados 683 mm de chuva em apenas 15 horas, em São Sebastião, matando 65 pessoas e danos e alagamentos.

— Esse evento não teve precedente e até agora não foi superado em intensidade, em volume acumulado em tão pouco tempo. Foi um público atípico, que ainda está sendo treinado, e reuniu as condições possíveis no mesmo local — enfatize.

A seca acompanhada por calor extremo na Amazônia foi outro destaque e começou antes do período de influência do El Niño, que agravou a situação. Os símbolos da seca foram o Rio Negro maiores e a mortandade de botos-cor-de-rosa.

Em 28 de setembro, as águas do Lago Tefé chegaram a 39,1 graus Celsius. Especialistas dizem que mais de 150 botos morreram devido ao calor. Os animais foram literalmente cozidos vivos em setembro e outubro.

A falta de chuva combinada ao calor (que aumenta a evaporação) reduz significativamente o nível dos rios da Bacia Amazônica. Em 26 de outubro, o Negro, um dos maiores rios do mundo, chegou ao menor nível (12,70 metros, em Manaus) desde o início da profundidade, há 122 anos.

— Relatórios como esse oferecem dados e orientações sobre vulnerabilidades na saúde, na agricultura, na prevenção de desastres — diz Marengo.

O calendário avançadou, mas as condições climáticas seguem extremos em 2024.

— O clima é muito assustador. A princípio, teremos uma La Niña, que está evoluindo muito depressiva. Mas como ela se comportará, não sabemos. O Atlântico segue quente e já deveria ter esfriado. Talvez ele esteja mesmo se tornando mais quente. Há muita incerteza — frisa o climatologista.

O ano de 2024 começou com ondas de calor e tragédias climáticas, principalmente no Sul do Brasil, e será decisivo para o clima. A bola está com os oceanos, enfatiza Regina Rodrigues, professora de oceanografia e clima da Universidade Federal de Santa Catarina e coordenadora do grupo que estuda o Atlântico e suas ondas de calor da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O clima da América do Sul é fortemente influenciado pelas condições oceânicas, destaca o pesquisador do Laboratório de Estudos do Oceano e da Atmosfera do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (LOA/Inpe), Luciano Pezzi.

— O Atlântico chama muito a atenção. Alguma coisa está acontecendo e é alarmante. O Atlântico está mais quente, o ar no continente também e o gelo antártico está em retração, tudo ao mesmo tempo. Isso tem impacto no clima, na pesca, na agricultura — frisa Pezzi.

A estranheza do Atlântico fica evidente quando se compara os El Niños, caracterizados pela elevação da temperatura da água no Pacífico Equatorial, cujas águas ficam muito mais quentes do que as demais mares. Pezzi diz que no poderoso El Niño de 1997 a temperatura do Atlântico estava normal, toda a anomalia, como o esperado, estava no Pacífico.

Mas no El Niño de 2023, o Atlântico já estava muito quente e segue assim até agora.

— Os mares são grandes reguladores climáticos. Parece que estamos entrando num regime de saturação das éguas. Há muita incerteza, mas o El Niño por si só não explica muitos dos extremos recentes. O Centro-Oeste e o Sudeste têm muito calor — diz Pezzi.

O oceano tão quente não absorverá todo o excesso de energia decorrente das emissões humanas e irá para a atmosfera e gerará mais calor. É um ciclo vicioso. Hoje se estima que os oceanos absorvam 87% do excesso de calor. Mas os cientistas suspeitam que, saturados, as éguas estão emitindo mais do que absorvem calorias.

— A percepção que temos é que o sistema climático está em transição para algo mais definitivo — sublinha Rodrigues.

O GLOBO

Governo não paga emendas e pauta na ALRN é travada

Postado em 9 de maio de 2024

A bancada de oposição surpreendeu o governo ao obstruir a votação de projetos do seu interesse, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, como forma de pressão para o Executivo iniciar pagamento de parte das emendas impositivas até o fim do primeiro semestre.

O deputado estadual José Dias (PSDB) anunciou a obstrução da pauta do governo, depois de o deputado estadual Francisco do PT ter defendido aprovação do projeto de lei 137/2024 para instituir a Política de Educação em Tempo Integral na rede estadual de ensino, porque “a matéria tramitou em todas as comissões e não recebeu nenhuma emenda”.

“Não vamos votar projetos do governo antes de resolver o problema das emendas”, avisou José Dias, que no decorrer da discussão pediu verificação de quorum (presenças de deputados em plenário), com a finalidade de confirmar a obstrução da pauta de votação, na sessão ordinária da quarta-feira (08).

O líder do governo, deputado Francisco do PT, reconheceu a legitimidade da decisão tomada pela posição – “é um direito de qualquer bancada, nós do governo já fizemos oposição, é regimental”, mas reforçou que esse projeto de lei tem um prazo até 10 de maio, “para que o Rio Grande do Norte se não receber recursos complementares do Fundeb, possa dizer à população porque o Estado foi prejudicado”.

Dias disse, ainda, que a obstrução da pauta é uma maneira “de demonstrar que a Casa é independente e tem responsabilidade com as emendas, se cumprirmos com a nossa palavra, o governo o peso do valor dessa Casa”.

Para o deputado tucano, não estava em debate o mérito do projeto, mas “o não cumprimento das obrigações do governo e só tem o caminho legal, regimental e constitucional e não traumático, mostrarmos que não somos culpados pelas emendas não serem liberadas”.

Segundo Dias, a obstrução da pauta governista “é uma vitória da Casa, que não se curvou ao comando do governo, mostramos que na realidade somos capazes e responsáveis pelas emendas”, que mesmo assim “não são liberadas até agora, porque estamos alimentando o “canto de sereia’, porque o que o governo não cumpre o que está escrito e registrado em cartório”

Também acompanharam José Dias os deputados estaduais Luiz Eduardo (Solidariedade) e Tomba Farias (PSDB), bem como o deputado estadual Adjuto Dias (PMDB), que questionou: “Fica muito claro a estratégia de que questões de interesse do governo, colocar responsabilidade na oposição, matérias que o governo tem interesse que seja aprovada às pressas”.

O deputado estadual Nelter Queiroz somou-se à obstrução da pauta e criticou o fato do Executivo ter enviado à votação na Casa, um projeto fracionado, a respeito de que questões que ainda estão sendo negociadas com a categoria dos professes, razão pela qual defendeu a retirada de pauta do PL 137/2024, que chegou em abril na Casa, para que o governo envie um projeto mais completo: “O governo tem essa estratégia, vamos votar e depois manda, e não manda, mas voto a favor na hora oportuna, depois que chegar o restante do projeto”.

Tribuna do Norte

Oito em cada dez professores já pensaram em desistir da carreira

Postado em 9 de maio de 2024

Oito em cada dez professores da educação básica já pensaram em desistir da carreira. Entre os motivos estão o baixo retorno financeiro, a falta de reconhecimento profissional, a carga horária excessiva e a falta de interesse dos alunos. Os dados são da pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Semesp.

A pesquisa foi realizada entre 18 e 31 de março de 2024, com 444 docentes das redes pública e privada, do ensino infantil ao médio, de todas as regiões do país. Os dados mostram que 79,4% dos professores entrevistados já pensaram em desistir da carreira de docente. Em relação ao futuro profissional, 67,6% se sentem inseguros, desanimados e frustrados.

Entre os principais desafios citados pelos professores estão: falta de valorização e estímulo da carreira (74,8%), falta de disciplina e interesse dos alunos (62,8%), falta de apoio e reconhecimento da sociedade (61,3%) e falta de envolvimento e participação das famílias dos alunos (59%).

Segundo os dados da pesquisa, mais da metade dos respondentes (52,3%) diz já ter passado por algum tipo de violência enquanto desempenhava sua atividade como professor. As violências mais relatadas são agressão verbal (46,2%), intimidação (23,1%) e assédio moral (17,1%). São citados também racismo e injúria racial, violência de gênero e até mesmo ameaças de agressão e de morte. A violência é praticada principalmente por alunos (44,3%), alunos e responsáveis (23%) e funcionários da escola (16,1%).

Apesar disso, a pesquisa mostra que a maioria (53,6%) dos professores da educação básica está satisfeita ou muito satisfeita com a carreira. Os professores apontam como motivos para continuar nas salas de aula, principalmente, o interesse em ensinar e compartilhar conhecimento (59,7%), a satisfação de ver o progresso dos alunos (35,4%) e a própria vocação (30,9%).

“Apesar de todos os problemas é o que eu gosto de fazer e tenho maior capacidade”, diz um dos professores entrevistados, cujo nome não foi revelado. “A paixão pelo processo de ensinar e aprender, contribuindo para a evolução das pessoas”, aponta outro, que também não foi identificado.

Para Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, esses dados são importantes porque mostram o que motiva os professores. “Ele fala da sua vocação. Fala do interesse em ensinar, da satisfação de ver o progresso do aluno. São fatores que estão interligados. Tanto a vocação como o interesse em compartilhar o conhecimento e a satisfação de ver o progresso do aluno. Esse é um dado muito importante em termos do perfil daquele que escolhe ser professor”, destaca

Licenciaturas
A pesquisa Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil faz parte da 14ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, que reúne dados oficiais e coletados pelo Instituto Semesp para traçar o cenário atual do setor educacional no país. Esta edição tem como foco principal Cursos de Licenciaturas: Cenários e Perspectivas.

De acordo com a publicação, o Brasil tem 9,44 milhões de estudantes matriculados no ensino superior. A maioria deles está em instituições privadas (78%). Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), até 2024, o país deveria ter 33% dos jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior. Até 2022, essa taxa era 18,9%.

Atualmente, 17% dos alunos do ensino superior cursam alguma licenciatura, o que equivale 1,67 milhões de universitários. Pedagogia aparece como 17° curso com mais estudantes nos cursos presenciais diurnos e como o primeiro curso com mais estudantes em ensino a distância (EAD).

Apesar do grande número de estudantes, os dados mostram que as desistências nesses cursos são altas. Cerca de 60% dos estudantes de licenciaturas na rede privada e 40% dos estudantes da rede pública desistem da formação. Entre os mais jovens, apenas 6,6% dos entrevistados pelo Instituto Semesp têm interesse em cursar cursos da área de educação.

“Nós pensamos que é necessário repensar também o modelo de oferta dos cursos de licenciatura, com essa campanha que estamos fazendo para atrair os jovens para os cursos de licenciatura. Os currículos têm que ter mais prática e mais capacitação para esse uso de tecnologia, a necessidade de financiamento das mensalidades, porque a maioria dos que vão para o curso de licenciatura é de uma classe social mais baixa e, por isso, a necessidade de uma bolsa permanência para o aluno não evadir e não precisar trabalhar”, defende Lúcia Teixeira.

Formação a distância
Recentemente, as altas taxas de matrícula em cursos a distância e a preocupação com a qualidade da formação dos estudantes, especialmente dos futuros professores, levaram o Ministério da Educação (MEC) a buscar uma revisão do marco regulatório da modalidade.

Para o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, a formação presencial pode não ser a única solução. Ele defende uma revisão da avaliação dos cursos. Ainda que seja na modalidade a distância, ele ressalta que os cursos de formação de professores preveem uma carga horária presencial, em estágios, por exemplo.

“Eu acho que o que precisa é melhorar a avaliação dessa presencialidade. Se eu tenho obrigatoriedade de estágios e esses estágios não são cumpridos ou são muito ruins, aí eu tenho um problema. Se é ruim e eu só aumento a carga [horária presencial], eu só vou aumentar a ruindade. Então, eu acho que, primeiro, antes de discutir mais carga presencial ou menos carga presencial, não estou falando que a gente defende ou não defende, mas eu acho que é preciso melhorar esse monitoramento do presencial”, diz.

A pesquisa feita com os docentes pelo Instituto Semesp mostra que 50,1% dos respondentes discordam parcial ou totalmente da afirmação de que o ensino a distância não é adequado. Além disso, para 55,7% dos entrevistados, os cursos de licenciatura devem ser ofertados apenas na modalidade presencial.

EBC

Venda de arroz começa a ser limitada em supermercados do país

Postado em 9 de maio de 2024

Usuários das redes sociais começaram a publicar fotos de anúncios de supermercados que estão limitando a compra de arroz em suas unidades.

Essa restrição tem como objetivo evitar a falta do produto nas prateleiras, principalmente em meio às enchentes que têm ocorrido no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

Uma das redes de supermercados mais populares do estado de Minas Gerais, o Supermercados BH, informou à Folha de S. Paulo, que implementou medidas preventivas para garantir um suprimento contínuo de arroz. Nas unidades da rede, os clientes estão limitados a comprar no máximo cinco pacotes de arroz. A rede afirma que não haverá falta do produto em suas lojas.

A rede Mart Minas, também em Belo Horizonte, adotou uma medida semelhante, permitindo aos clientes comprar no máximo cinco fardos de arroz, o equivalente a 30 pacotes. O objetivo é garantir que o fornecimento seja distribuído de forma equitativa, permitindo que todos os clientes tenham acesso ao arroz necessário para atender às suas demandas.

Venda de arroz limitada em outros estados

Usuários do Twitter também compartilharam fotos de supermercados em outros estados, como Ceará e Espírito Santo, adotando essa mesma medida. No entanto, não há relatos de grandes redes orientando suas unidades a restringir a compra de arroz.

O que diz o ministro da Agricultura

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que a compra será realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), diretamente do mercado externo.

O ministro acredita que a maior parte desse arroz será proveniente dos países membros do Mercosul, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, devido aos menores custos e à proximidade geográfica.

O Antagonista.

Senado aprova SPVAT, o novo seguro obrigatório para veículos e motos

Postado em 9 de maio de 2024

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  • A recriação do DPVAT foi aprovada por 41 votos a 28. O seguro obrigatório para cobrir indenizações a vítimas de acidentes de trânsito, que antes se chamava DPVAT, agora será SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). O texto prevê que a taxa será paga uma vez ao ano obrigatoriamente por todos os donos de carros e motos. O projeto ainda não define o valor e os dados em que será feito o primeiro pagamento, mas o senador Jaques Wagner, que é líder do governo na Casa, disse que a equipe econômica estima que fique entre R$ 50 e R$ 60 e comece a valer a partir de 2025. O DPVAT foi extinto por Bolsonaro no final de 2019 e deixou de ser cobrado em 2020.
  • Copom reduz ritmo de queda e taxa de juros vai para 10,50%. O corte anunciado pelo Banco Central foi de 0,25% e em ritmo menor do que os últimos. A taxa começou a recuar em agosto de 2023, quando a Selic estava em 13,75%, e este foi o sétimo corte seguido. Mas o BC vinha fazendo cortes de 0,5 ponto percentual, e desta vez cortou menos. Depois da reunião de março, o Comitê de Política Monetária já tinha sinalizado que poderia diminuir o valor de queda dos juros dependendo do cenário da economia do país. Entenda .
  • Chuva já afetou quase 1,5 milhão de pessoas em 85% do RS. De acordo com a Defesa Civil, 1.476.170 pessoas foram atingidas de alguma forma, ao menos 163.786 ficaram desalojadas e 67.428 estão em abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 425 sofreram alguma consequência dos temporais, 85% do total. Na tarde de ontem, o trabalho de resgate das vítimas teve que ser suspenso em Porto Alegre por conta da previsão de mais chuvas. Um ciclone extratropical poderá provocar rajadas de vento de até 100 km/h em diversas regiões do território gaúcho hoje e amanhã.
  • O Real Madri vai à final da Champions com virada e polêmica. O clube espanhol venceu o Bayern de Munique por 2 a 1, no Santiago Bernabéu, em Madri, pelo jogo de volta da semifinal da Liga dos Campeões. O Real estava perdendo o jogo, chegou ao empate apenas aos 43 minutos do segundo tempo, e virou aos 46. Mas o jogo foi marcado por polêmicas , o time espanhol teve um gol anulado em campo e validado pelo VAR, e no fim do jogo o Bayern teve um impedimento marcado erroneamente, e o lance poderia ter empatado o jogo. A decisão será no dia 1º de junho contra o Borussia Dortmund, que chegou à final depois de vencer o PSG.
  • Câmara aprova projeto que cria regras para transporte de animais. A lei foi motivada pelo caso do Joca, um cachorro golden retriever que morreu enquanto era transportado pela Gol de São Paulo para o Mato Grosso. A empresa errou o destino e invejou o cachorro para Fortaleza, no Ceará, e quando o transporte de volta para São Paulo chegou morto. Entre outras regulamentações, o texto obriga as companhias aéreas a oferecerem serviço de rastreamento de cães e gatos. O projeto foi aprovado em votação simbólica e segue agora para o Senado.
  • Promotor pede que motorista do Porsche pague R$ 5 mi à família da vítima. Além da indenização por danos morais, o MP de São Paulo quer que Fernando Sastre de Andrade Filho pague uma pensão no valor de três anos mínimos (R$ 4.200) à família do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, morto no acidente provocado por ele quando dirigia o carro em alta velocidade em São Paulo, em 31 de março. O empresário é acusado de homicídio doloso e lesão corporal gravíssima, foi preso na segunda e está no Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, mas deve ser transferido para Tremembé, no interior do estado.
  • O Desmatamento na Amazônia cai para menor patamar desde 2018. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgou que, de agosto de 2022 a julho de 2023, houve uma redução de 21,8% no desmatamento em comparação com o período anterior. O levantamento é feito por ciclos de medição, sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte, e mostrou também um aumento de 9,2% do desmatamento no Pantanal em comparação com o período anterior.

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