Elon Musk anunciou que a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, adotará um “pequeno sistema de pagamento mensal” como estratégia para combater a proliferação de bots. A declaração foi feita durante uma conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (18/9). Musk afirmou que o novo sistema de pagamento será mais acessível que o atual Twitter Blue, que custa US$ 8 por mês.
Combate aos bots
“Queremos que seja apenas uma pequena quantia de dinheiro”, disse Musk. “É uma discussão mais longa, mas, na minha visão, essa é a única defesa contra grandes exércitos de bots, porque à medida que a IA se torna muito, muito boa, ela realmente consegue passar nesses tipos de testes CAPTCHA melhor do que os humanos”.
O empresário já havia expressado preocupações sobre a batalha da plataforma contra bots e também considerou tornar a rede social totalmente paga pouco depois de adquiri-la no ano passado.
Espaço para o extremismo
As mudanças ocorrem em um momento em que a empresa enfrenta uma queda significativa na receita publicitária. Em julho, Musk escreveu que a empresa teve uma queda de quase 50% na receita publicitária, além de uma alta carga de dívida. Netanyahu, por sua vez, cobrou de Musk o combate ao neonazismo na plataforma, afirmando que “isso não o impede de condenar o antissemitismo em todos os fóruns possíveis”.
Musk defendeu o extremismo criminoso na plataforma em nome da liberdade de expressão. “Se você não tem isso, então não é liberdade de expressão”, afirmou.
Depois de quatro meses de desencontros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na próxima quarta-feira à tarde, em Nova York. De acordo com auxiliares do brasileiro, Zelensky aceitou o convite para uma conversa, no hotel em que Lula está hospedado.
A notícia de que Lula e Zelensky conseguiram se encontrar antecipado pela GLOBO na última sexta-feira. O último contato entre os dois ocorreu em março deste ano.
Em maio, os dois presidentes quase se reuniram durante a cúpula do G7, no Japão. A versão do governo brasileiro é que foram oferecidos mais de dois horários para Zelensky, que, assim como Lula, participou de parte do evento como convidado. Porém, o ucraniano não apareceu.
Já as autoridades ucranianas argumentaram que o Brasil demorou a responder ao pedido feito por Zelensky para se reunir com Lula. Quando a oferta de horários foi apresentada pelo governo brasileiro, o presidente do país do Leste Europeu já tinha compromissos agendados.
O desencontro perturbava as relações bilaterais. Zelensky deu declarações polêmicas depois disso. Uma delas, no mês passado, foi que Lula repetiu o que diz o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Lula e Zelensky conversaram por telefone, em março deste ano. Sem contato, o mandatário ucraniano chamou o presidente brasileiro para ir para Kiev.
O líder do governo no Senado, senador Jacques Wagner (PT-BA), afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ofereceu dois horários para uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante a Assembleia Geral da ONU. A previsão é que o encontro com Zelensky ocorra após a abertura da Assembleia Geral.
Visões não homologadas Lula chegou a Nova York no sábado à noite e chegará até quinta-feira. Além da Assembleia-Geral da ONU, há uma previsão de um encontro com o presidente americano Joe Biden e outras reuniões.
Lula defendeu a criação de um grupo de países para ajudar a costurar um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, e sinalizou que gostaria de conversar sobre o assunto com o presidente ucraniano. Zelensky diz que uma negociação teria que ter as condições básicas já apresentadas pela Ucrânia.
O presidente ucraniano gostaria que o Brasil adotasse uma posição mais duradoura contra a Rússia. O governo brasileiro condenou uma invasão russa à Ucrânia, mas não concordou com a aplicação de avaliações econômicas aos russos por países como os Estados Unidos e a União Europeia.
O assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, foi a Kiev, em maio, antes da Cúpula do G7. Em abril, Amorim foi a Moscou, onde se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. No mesmo mês, o chanceler russo, Sergey Lavrov, visitou Brasília e afirmou que Brasil e Rússia tinham visões comuns sobre a paz mundial.
O prefeito de Barra do Piraí (RJ), Mário Esteves, foi expulso do partido Solidariedade após sugerir “começar a castrar” as mulheres da cidade para controlar o número de crianças. A decisão foi anunciada neste domingo (17).
Mário era filiado ao Pros. Porém, foi incorporado ao Solidariedade após a fusão entre os dois partidos em 2022.
Em nota, a Direção Estadual do partido disse que a fala de Mário foi “misógina, demonstrando total desrespeito às mulheres”, e que a decisão foi unânime. Afirmou ainda que o Solidariedade “não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer preconceito”.
A fala polêmica de Mário Esteves foi gravada na quinta-feira (14), durante a inauguração de uma estrada. O vídeo foi publicado nas redes sociais na sexta-feira (15) e causou revolta na população.
“O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara”, diz Mário Esteves
O prefeito falou ainda que deveria haver uma lei que limitasse a dois a quantidade de filhos por mulher na cidade.
“É no máximo dois. Tem que fazer uma lei lá na Câmara. Haja creche para ser construída ao longo dos próximos anos. Tem que ter um projeto federal, estadual e municipal, porque precisa sim desse controle. É muita responsabilidade colocar filho no mundo”, discursou ele.
Por meio de nota divulgada no sábado (16), Mário Esteves disse que foi “um momento de descontração na inauguração de uma importante via de escoamento de produção e de desenvolvimento na cidade” e que “qualquer ilação com esse assunto mostra desconhecimento político”.
O prefeito explicou ainda que houve um “equívoco na troca do termo técnico – ‘laqueadura’ – por ‘castrar” e que não teve “intenção de ofender quaisquer parcelas da população, muito menos mulheres”.
A assessoria do prefeito disse que ele não irá comentar sobre a decisão do partido.
OAB Mulher do RJ se manifesta A Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Mulher do Rio de Janeiro criticou a fala do prefeito de Barra do Piraí.
A presidente do grupo, Flávia Ribeiro, considerou que Mário “sugeriu, de forma desrespeitosa, afrontosa e debochada que as mulheres barrenses fossem ‘castradas’ e que uma lei fosse apresentada na Câmara Municipal limitando o número de filhos por mulheres”.
Flávia condenou as palavras de Mário Esteves que, segundo ela, “refletem misoginia, desrespeito e discriminação de gênero”. A presidente da OAB Mulher reforçou o compromisso do grupo de combater atos preconceituosos e discriminatórios.
Notas na íntegra Solidariedade “A Direção Estadual do partido Solidariedade Rio de Janeiro decidiu, por unanimidade, expulsar o prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, por sua fala misógina, demostrando total desrespeito às mulheres.
O Solidariedade não tolera discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito”.
OAB Mulher Rio “A OAB Mulher do Rio de Janeiro vem por meio desta nota expressar seu veemente repúdio às recentes declarações do prefeito de Barra do Piraí, Mário Reis Esteves, que sugeriu de forma desrespeitosa, afrontosa e debochada que as mulheres barrenses fossem “castradas” e que uma lei fosse apresentada na Câmara Municipal limitando o número de filhos por mulheres.
Em consonância com nossos princípios de igualdade de gênero, respeito e promoção dos direitos das mulheres, anuímos integralmente à manifestação da Subseção de Barra do Piraí em condenação às palavras e atitudes que refletem misoginia, desrespeito e discriminação de gênero.
Nossa Comissão OAB Mulher reitera o compromisso contínuo de combater atos preconceituosos e discriminatórios, bem como de trabalhar incansavelmente pela construção de uma sociedade mais igualitária e justa para todas e todos.
Estamos unidos na busca por um ambiente onde todas as mulheres sejam respeitadas e tenham seus direitos preservados, endossamos a posição Subseção de Barra do Piraí e nos solidarizamos com seus esforços em prol dessa causa.
Flávia Pinto Ribeiro Presidente da Comissão OAB Mulher do Rio de Janeiro”
O Japão atingiu um novo marco demográfico ao registrar, pela primeira vez, 10% da população com idade superior a 80 anos, e voltou a bater o recorde de centenários , segundos dados divulgados pelo governo japonês, com mais de 92 mil pessoas, das quais a maioria são de mulheres. Segundo as estimativas, 29,1% dos japoneses agora têm mais de 65 anos, o que representa 36,23 milhões de pessoas. Nesta segunda-feira é comemorado o feriado nacional do ‘Dia do Respeito aos Idosos’.
“O Japão tem a maior taxa de idosos do mundo” afirmou o Ministério do Interior, superando nações como Itália (24,5%) e Finlândia (23,6%) nesse quesito. O Instituto de Investigação sobre a População e a Segurança Social do Japão estimou que, em 2040, as pessoas com mais de 65 anos representavam 34,8% da população japonesa. Este é o 53º aumento anual consecutivo e confirma o rápido envelhecimento do país, que já tem 73,74 centenários por cada 100 mil habitantes.
Os dados revelam ainda que, dos 124 milhões de habitantes do Japão, aproximadamente 20 milhões têm mais de 75 anos, correspondendo a 16,1% da população total, e 12,59 milhões têm mais de 80 anos, totalizando 10,1% da população.
A pessoa mais idosa do Japão é uma mulher, Fusa Tatsumi, de 116 anos, que vive na província de Osaca, no oeste do país.
O processo de envelhecimento da pele é natural e faz parte do ciclo da vida. No entanto, alguns fatores como uma rotina de exposição ao sol sem proteção e a má alimentação podem fazer com que as rugas e flacidez se apliquem mais cedo.
De acordo com o médico Saurabh Sethi, especialista em Gastroenterologia, com formação pela Universidade de Harvard e pela Universidade de Stanford, existem alguns alimentos que devem ser evitados, pois possuem uma contribuição maior para o aprimoramento do envelhecimento da pele. São eles:
Refrigerantes Conhecidos por serem ricos em açúcares, os refrigerantes também recebem adoçantes artificiais. O excesso de açúcar no organismo causa o processo de glicação , responsável por danificar o colágeno e a elastina presentes na pele. Isso resulta na formação de rugas precocemente, como afirma o profissional em um vídeo postado no TikTok.
Barras de chocolate Esses comprimidos contêm um cacau altamente processado, que perdeu a maioria de seus componentes benéficos à saúde, como os flavonoides (antioxidantes naturais). Como se não bastasse, contém gordura hidrogenada, farinha de baixa qualidade (quando há biscoito no meio) e açúcares. A combinação desses ingredientes acelera, e muito, o aspecto envelhecido na pele.
Macarrão instantâneo Querido por muitos devido à rapidez do seu preparo, o miojo é formado por níveis elevados de sódio e diversos aditivos artificiais. Algumas das consequências do seu consumo são a desidratação e o inchaço, o que pode dar uma aparência mais cansada à pele.
Batatas fritas As batatas fritas industrializadas contêm produtos associados à glicação, assim como os refrigerantes, processo que facilita a formação precoce de vinhos, dobras ou sulcos na pele. Segundo o médico, alimentos que são fritos no geral apresentam uma grande quantidade de gorduras trans e óleos não saudáveis.
Por conta disso, eles causam a inflamação e consequentemente, o envelhecimento da pele. Além disso, elas também causam um excesso de formação de radicais livres, que encurtam a vida e envelhecem a pele de forma prematura. Por conta disso, eles causam a inflamação e consequentemente, o envelhecimento da pele.
Carnes processadas A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as carnes processadas, em geral, não são boas para a saúde. Dentre seus componentes, os mais perigosos para a pele em específico são os aditivos associados a inflamações e que podem danificar o colágeno da pele (ou que acentuam rugas e marcas de expressão).
Daniele Hypólito passou por momentos complicados neste ano, por conta de seu estado de saúde. A ex-ginasta passou por cinco internações desde março. Em entrevista para o Estadão, ela relatou todo o sofrimento neste período.
“Quase morri duas vezes”, diz ela ao Estadão, após ficar internada para tratar um quadro de pielonefrite, inflamação renal decorrente de uma infecção urinária. Toda situação, fez com que ela se despedisse da família.
“Meu marido estava com a minha mãe no telefone via vídeo. Eu deixei um recado. Falei: amor, não esquece que eu te amo e fala pra minha família que eu amo muito eles’”, conta Daniele, ainda que não se lembre exatamente do que havia dito. “Não lembro porque minha pressão estava muito baixa. Até tenho algumas lembranças, mas não tinha ação nem reação. Só sentia a movimentação ao meu redor”.
“Quase morri de verdade”, reforça Daniele. Foram dez dias no centro de terapia intensiva até superar a pielonefrite em março. Em abril, surgiu o segundo contratempo: uma pneumonia que a levou de volta ao hospital mais duas vezes e cuja origem só foi descoberta depois após vários exames.
Outro momento de ‘quase morte’ O quarto sobressalto aconteceu em maio, durante a volta de uma viagem a Campinas, para onde Daniela havia ido dar uma palestra. Quando chegou ao Rio, ela foi direto ao hospital para ser internada pela quarta vez.
“Nessa interação, meu médico fez exame de tudo que você possa imaginar para identificar o que causava a pneumonia. Foi aí que descobriram que meu seio da face estava cheio de secreções e nessas secreções haviam bactéria”, relata a ex-ginasta.
Com sinusite crônica e, com a queda da imunidade depois do uso de antibióticos, o quadro se agravou. Ela foi acometida por uma pansinusite, que é a inflamação dos seios paranasais da face. “Foi quando eu morri pela segunda vez”, recorda-se.
“Fui colocada até de ponta de cabeça porque minha pressão caiu de uma forma que foi quase que eu morri de novo”.
Quinta internação Daniele foi submetida a uma cirurgia para remover toda a secreção, pela falta de efeito dos medicamentos. Recebeu alta, mas ainda não estava 100% e então, veio mais uma internação.
“Falei pro médico que não queria ficar internada de novo. Aí identificaram infecção urinária”, conta a ex-atleta.
Daniele havia combinado com seu médico que seria operada em novembro para retirar um cálculo renal, mas a infecção urinária agravou seu quadro e obrigou a antecipação da cirurgia, que foi bem-sucedida.
Recebeu nova alta médica e diz hoje estar totalmente recuperada. “De saúde, estou restabelecida”, afirma.
“Foi o ano mais difícil da minha vida. O atleta está em constante reabilitação. Tenho que estar em constante movimentação para conseguir as coisas”, ponderou.
“Quero mostrar esse meu lado palestrante, cerimonialista. Quero apresentar a minha história agora que eu estou voltando a me movimentar”, finalizou.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vetou na última semana um projeto de lei (PL) que buscava ampliar a prevenção, vacinação, conscientização e testagem do HPV (vírus do papiloma humano) por meio das escolas estaduais. Em sua justificativa, ele afirma que a Secretaria da Saúde já tem “políticas públicas vigentes” sobre o assunto, promove “campanhas de esclarecimento sobre doenças infectocontagiosas e sobre a saúde da mulher” e considerou “dispensável” o plano.
O PL 134/2022 era de autoria das deputadas Marina Helou (Rede), Edna Macedo (Republicanos), Delegada Graciela (PL) e Patrícia Gama (PSDB) e aprovado pela Assembleia Legislativa em 8 de agosto. Ele previa ainda a criação de um Calendário Estadual de vacinação do HPV, que teria início anualmente em março e seria executado por agentes de saúde que iriam diretamente às escolas estaduais para imunizar os alunos.
“Com o veto, o Governo perdeu a oportunidade de reforçar uma campanha fundamental para o público-alvo composto por crianças e jovens entre 9 e 14 anos”, disse a deputada Marina Helou. “Uma política estadual inteiramente dedicada à conscientização, imunização, diagnóstico e tratamento do vírus, levando a vacinação para dentro do ambiente escolar, teria o potencial de ajudar a evitar que meninas e mulheres do nosso estado morram por uma doença previnível.”
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A Campanha Nacional de Multivacinação é uma iniciativa lançada em fevereiro pelo Ministério da Saúde, em articulação com poderes estaduais e municipais, para atualizar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes de até 15 anos. Segundo o governo federal, um dos objetivos da ação é retomar “a confiança da população brasileira nas vacinas” e a “cultura de vacinação do País”.
Em São Paulo, a Campanha Nacional de Multivacinação começa no próximo dia 30 e segue até 14 de outubro e abrange todas as vacinas previstas no calendário nacional, incluindo contra a covid-19, influenza e HPV. Para participar, pais e responsáveis de crianças e adolescentes com até 15 anos precisam apenas levar a carteirinha de vacinação até um dos postos de saúde cadastrados.
A vacina contra o HPV é segura e está disponível gratuitamente no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos, em esquema de duas doses; e para mulheres e homens transplantados, pacientes oncológicos, portadores de HIV, de 9 a 45 anos, em esquema de três doses.
Caso você tenha alguma dúvida sobre qualquer imunizante, o governo estadual disponibiliza gratuitamente o serviço Vacina100Dúvida. Acesse aqui.
Duas escolas brasileiras estão entre as finalistas do World’s Best School Prizes – em português, Prêmio Melhores Escolas do Mundo: a Escola Municipal Professor Edson Pisani, de Belo Horizonte, e a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Joaquim Bastos Gonçalves, de Carnaubal (CE). Cada uma delas poderá ganhar US$ 50 mil, o equivalente a aproximadamente R$ 250 mil.
O prêmio, criado em 2022, tem cinco categorias e, em cada uma, três escolas foram selecionadas como finalistas. Os vencedores de cada categoria serão escolhidos por uma academia de juízes especializados e serão anunciados em novembro. As categorias são ação ambiental; inovação; superação de adversidades; colaboração comunitária, na qual concorre a escola Professor Edson Pisani; e, apoiando vidas saudáveis, que tem como concorrente a escola Joaquim Bastos Gonçalves. Cada uma receberá US$ 50 mil.
A Escola Municipal Professor Edson Pisani está localizada no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, uma das maiores e mais antigas favelas do Brasil. A unidade, atenta às necessidades da comunidade, realiza uma série de ações para melhorar a qualidade de vida da população. Entre elas, estão atividades voltadas para coleta de lixo e saneamento básico e também para a mobilidade. Com o envolvimento da comunidade e parcerias, foi criada a linha de ônibus que liga a favela ao metrô, gerando mais acesso à saúde, educação e emprego, garantindo o direito de ir e vir da população favelada.
“As pessoas que moram aqui têm que lutar muito para ter inclusão e aí eu acho que já entra a importância da nossa escola aqui dentro dessa favela”, diz a diretora Eleusa Fiuza, em vídeo feito para a premiação. “Não somos uma escola separada dessa comunidade, a gente é inserida no espaço, é uma escola que extrapola seus muros”, acrescenta.
Já a Escola Joaquim Bastos Gonçalves desenvolve ações para a promoção da saúde mental dos estudantes, sobretudo após a pandemia. Na própria escola, cerca de 6% da população estudantil foram diagnosticados com problemas emocionais graves, incluindo automutilação. O projeto Adote um aluno identifica os estudantes vulneráveis, oferece assistência de um psicólogo profissional, ajuda os estudantes a trabalharem mais eficazmente as competências socioemocionais nas salas de aula e educa a comunidade escolar sobre a importância da saúde mental.
“A escola tem uma responsabilidade não apenas com educação, mas com a formação cidadã, com a parte social do aluno, com as emoções. Nossa escola formou praticamente toda a população de Carnaubal, que é uma cidade jovem”, diz o diretor da escola, Helton Souza Brito, no vídeo da premiação.
Prêmio O World’s Best School Prizes foi criado pela T4 Education e apoiado pela Fundação Lemann para compartilhar boas práticas que estão transformando a vida dos estudantes e fazendo diferença nas comunidades onde as escolas estão inseridas. Nesta edição, 108 países participaram do prêmio.
“No momento em que o mundo procura enfrentar uma crise educacional cada vez mais profunda, essas escolas brasileiras excepcionais iluminam o caminho para um futuro melhor. Chegou a hora de os governos de todo o mundo ouvirem as suas vozes e aprenderem com a sua experiência”, diz o fundador da T4 Education e do World’s Best School Prizes, Vikas Pota. “As instituições brasileiras dão o exemplo por meio das vidas que transformam. Escolas de todo o mundo poderão olhar para essas conquistas como um modelo do que pode ser alcançado”, complementa o CEO da Fundação Lemann, Deniz Mizne.
Neste ano, o T4 Education lançou o Prêmio Escolha da Comunidade, que é aberto às 15 escolas que constituem os três primeiros finalistas dos cinco prêmios Melhores Escolas do Mundo. O vencedor será escolhido por votação pública, que começa nesta terça-feira (12).
A Secretaria de Assistência Social do RN esclareceu que o Restaurante Popular de Parelhas não fechará suas portas. O que aconteceu é uma transição entre empresas responsáveis pelo funcionamento do local.
Confira a nota:
Avisamos aos usuários do Restaurante Popular do município de Parelhas, que o fornecimento das refeições está em pleno funcionamento e continuarão sendo ofertadas à população Parelhense.
O aviso de encerramento das atividades é restrito à empresa NUTRITI que não será mais a responsável pelo fornecimento das refeições na unidade de Parelhas. A partir do dia 29/09/2023 a unidade será de responsabilidade da empresa PAISAGEM que continuará fornecendo as 360 (trezentos e sessenta) refeições diariamente.
Um estudo recém-divulgado por pesquisares da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA), aponta que houve uma mudança no cenário de mortes ligadas ao uso de drogas no país. Só em 2023, mais de 100 mil pessoas morreram de overdose e, do total, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.
Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil. Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.
No entanto, a onda da epidemia é crescente e se espalha pelas comunidades dos Estados Unidos.
Fácil acesso ao fentanil O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.
Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos.
O estudo examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil. “O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.
Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.
Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.
Drogas combinadas Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.
Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.
Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso. Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.
Um problema que atravessa classes sociais A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, nos EUA. Contudo, o estudo em questão revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.
Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática. Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.
Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.
Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.
Nesta segunda-feira, 18 , a família do dentista Rafael Puglisi divulgou a declaração de óbito do profissional revelando a causa da morte inesperada dele.
Segundo a família, Puglisi, famoso pela lista de celebridades que atendia em seu consutório, morreu enquanto praticava natação.
“Hoje pela manhã, Rafa foi fazer sua natação matinal, como de costume, estava em casa se preparando para entrar na sua piscina e mergulhar de ponta, como faz todos os dias! Porém hoje, Deus quis que esse mergulho fosse diferente e Rafa acabou batendo a cabeça!”, diz a legenda da postagem feita no Instagram do próprio Rafael.
A família ainda disse que médicos tentaram reanimá-lo, mas infelizmente ele chegou sem vida no hospital. Na certidão de óbito divulgada, a causa da morte consta como “traumatismo cranioencefálico”.
“Pedimos respeito a todos pelo Luto da família e pela história do nosso querido Rafa e mais conhecido como Dr. Rafael Puglisi! Continue sorrindo no céu, sabemos que você esta cuidando de todos nós como sempre cuidou em vida! Ganhamos um anjo em nossas vidas e o céu ganhou mais uma estrela!”, continuou a publicação.
Puglisi tem mais de 4 milhões de seguidores no Instagram e ficou conhecido por ser o dentista de diversas celebridades, como Whindersson Nunes, Hugo Gloss, Giovanna Ewbank, Jade Picon, Juliette e até Neymar.
A nova fase do Desenrola Brasil, programa de renegociação de débitos lançado pelo governo, terá início nas próximas semanas. Desta etapa, poderão participar pessoas com renda de até 2 salários mínimos, ou que sejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com dívidas até R$ 5 mil.
Para participar, os interessados devem obrigatoriamente se inscrever no gov.br. Sem esse cadastro, não é possível acessar o sistema para realizar a renegociação.
A conta gov.br é gratuita e permite comprovar a identidade do cidadão. No caso do Desenrola, os devedores terão de habilitar contas de nível Prata ou Ouro.
Passo a passo Veja o passo a passo para fazer a conta no gov.br
acessar o portal www.gov.br selecionar “Entrar com gov.br” digitar o CPF e clicar em “Continuar” – nessa etapa é possível criar ou alterar a conta preencher formulário com dados pessoais. Alcançar o nível Prata pode ser feito de três maneiras. Através da:
validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da foto junto à Carteira de Habilitação (CNH) validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado. As instituições financeiras credenciadas são: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi e Mercantil do Brasil, ou validação dos dados com usuário e senha do Sistema de Gestão de Acesso (SIGEPE), caso seja um servidor público federal. O nível Ouro é obtido por meio da:
validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da sua foto nas bases da Justiça Eleitoral, ou pela validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil.
Próximas etapas do Desenrola No último dia 12, terminou o prazo para bancos, varejistas, companhias de água, saneamento e energia, entre outros, aderirem ao programa Desenrola e informarem as dívidas que desejam renegociar. De acordo com o Ministério da Fazenda, 924 empresas se inscreveram no Desenrola.
Agora, as dívidas inscritas pelas empresas serão filtradas para checar se são débitos que podem ser incluídos no Desenrola.
No final da próxima semana, segundo o Ministério da Fazenda, se iniciará a fase de leilões. Aqui as empresas vão informar quanto de desconto estão dispostas a conceder para cada consumidor e quem oferecer os maiores descontos terão a garantia do programa.
A abertura da plataforma para a renegociação está prevista para o fim do mês, quando o público que tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos), ou está inscrito no CadÚnico, e tem dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022 poderá escolher a melhor oferta de desconto.
Neste sábado, 16, estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, foram flagrados em ato de importunação sexual durante uma partida de vôlei feminino da Intermed, competição esportiva entre faculdades de medicina.
Em gravações divulgadas nas redes sociais, cerca de 20 homens correm pela quadra com as calças abaixadas. Na ocasião, eles tocaram suas partes íntimas em uma “masturbação coletiva”. Em outro vídeo, eles repetem o ato enquanto assistem ao jogo de vôlei
Os vídeos ganharam repercussão nas redes sociais e internautas estão pedindo posicionamento da Unisa sobre o ocorrido. Personalidades como Felipe Neto e a deputada Marisa do MST (PT) também exigiram uma atitude da faculdade e mostraram a sua indignação.
Segundo Marina, os estudantes foram expulsos dos jogos universitários. “Parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários porque simularam uma masturbação coletiva em dois momentos do campeonato. O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece”, escreveu ela.
Em uma reportagem do site UOL publicada em 2022, foi revelado que a prática é uma “tradição” realizada pelos internos de medicina da Unisa.
O ato se enquadra no artigo 215 do Código Penal como crime de importunação sexual. A pena prevista é de 1 a 5 anos de reclusão. Definido pela Lei n. 13.718/18, o crime de importunação sexual “é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém de forma não consensual, com o objetivo de ‘satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro'”.
A atlética de medicina da Unisa publicou uma nota sobre o ocorrido e disse que as “filmagens não representam os princípios e valores” da atlética. “Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, escreveu.
O Terra NÓS entrou em contato com a Unisa pedindo um posicionamento sobre o ocorrido e o que será feito em relação ao ato de importunação sexual realizado pelos estudantes. A matéria será atualizada caso a instituição responda.
Neste domingo (17), o Flamengo perdeu por 1 a 0 para o São Paulo no jogo de ida da final da Copa do Brasil. E mais uma vez, aliás, o técnico Jorge Sampaoli recebeu duras críticas, além de ser detonado em áudio vazado do repórter Eric Faria, da Globo.
O conteúdo dos áudios, vazados no intervalo do jogo, tem Eric Faria, Luis Roberto, Ricardinho e Roger Flores discutindo sobre a partida. Mas, em um determinado momento, Eric chama Sampaoli de “imbecil” e comenta que o técnico do Rubro-Negro deve ter toque por não repetir escalações. Assim, frente ao São Paulo, o comandante começou com o trio de ataque formado por Bruno Henrique, Pedro e Gabigol.
“Se vocês quiserem lembrar, as duas melhores atuações do Flamengo com esse imbecil… Botafogo e Grêmio”, iniciou.
“Amigos, o lateral-esquerdo foi para a Seleção Brasileira e desde que o Sampaoli chegou, não joga. O Ayrton Lucas, hoje, foi um corpo morto no jogo”, disse o repórter em outro momento do debate.
“É sério… ele tem problemas de ver o jogo, de entender o que tem na mão. É inacreditável isso, cara. Isso aí é problema cognitivo. Só pode ser, gente. Ele poderia fazer a mesma escalação que jogou bem há 15 dias (contra o Botafogo). Ele não consegue repetir. Deve ser algum toque dele. Ele não deve repetir meia, cueca, nada na vida”, continuou Eric Faria.
do Flamengo, Marcos Braz, bancou o argentino no cargo para o segundo jogo da final, que ocorrerá no próximo domingo (24), às 16h, no Morumbi.
Luis Roberto questiona continuidade de Sampaoli no cargo O narrador Luis Roberto, aliás, adotou a mesma linha de raciocínio de Eric Faria. Embora sem ofender o treinador, afirmou que Sampaoli tinha que ser demitido no meio de semana, quando o Flamengo perdeu em Cariacica (ES) para o Athletico-PR, desta vez pelo Brasileirão.
“Quarta-feira o que foi aquilo? Tinha que ter sido demitido quarta-feira”, cravou durante a conversa com os companheiros.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), diz em entrevista à Folha que o governo precisa ter “cuidado” com os excessos que têm aflorados nas investigações da Polícia Federal. Para ele, “tem policiais indo além” do que deveriam.
O deputado ainda criticou o instrumento de delações premiadas de presos, como ocorreu com o tenente-coronel Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). “Emitir juízo de valor sobre a questão de mérito, não vou fazer, não conheço o conteúdo da delação. Agora ponto pacífico é que delação de réu preso é impossível.”
O presidente da Câmara também afirma que, após o governo ceder dois ministérios e estatais ao PP e Republicanos, o seu partido faz parte da base de apoio ao petista na Casa. Segundo o deputado, Lula terá cerca de 350 votos na Câmara, o suficiente para aprovação de PECs (propostas de emenda à Constituição).
Lira admite que a Caixa estará sob seu comando e que o banco terá restrições de políticas , que passarão pelo seu crivo.
Lula nomeou André Fufuca, que foi líder do PP, como ministro do Esporte . Isso significa a entrada do seu partido de vez no governo? Há uma aproximação de partidos de centro que não fez parte da base do governo para essa adesão. É claro que, quando um partido indica um ministro que era líder de um partido na Câmara, a tendência natural é que esse partido passe a ser base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados, como Republicanos, como outros partidos.
Isso significa que todos os 49 votos do PP serão pró-governo? Não, porque nenhum partido dá todos os votos. Mas eu acredito em uma base tranquila.
Quantos votos o governo tem hoje? A gente cristaliza a oposição hoje em torno de 120, 130 votos cristalizados. Então, 350, 340 votos, o governo deve estar numa base resolvida, eu penso. O acordo foi mais amplo, envolve outros partidos, tem parte do PL que quer fazer parte e já vota com o governo.
Qual é a situação da Caixa Econômica? A Caixa faz parte do acordo com os partidos.
Porteira fechada [com as 12 vice-presidências incluídas]? Esse foi o acordo.
Quando as trocas serão efetivadas? Eu tenho uma conversa com o presidente Lula por esses dias. Ainda vou ter que conversar internamente no meu partido. Os nomes serão colocados à disposição do presidente, o que fará a escolha.
Essa parte do acordo é tratada diretamente com o sr.? Todas as coisas têm que ser tratadas com muita transparência e serão tratadas com muita clareza. E vão ter, claro, restrições políticas que não serão criminalizadas por isso. A turma terá responsabilidade. A exoneração é o primeiro convite para quem não anda corretamente. A conversa inicial era que ou na cota do PP ou na minha cota isso fosse indicado, mas isso será bem ampliado para todos os partidos que fizeram parte do acordo.
Mas esses horários vão passar pelo sr.? Penso que sim.
E a Funasa (Fundação Nacional de Saúde)? Funasa faz parte do acordo com os Republicanos.
Como ficou a relação com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) após a declaração de que a Câmara está com muito poder? Depois ele mesmo consertou. Isso está ultrapassado. [A relação] Sempre foi boa e vai continuar boa.
O plano de déficit zero é factível? Se tomarmos as medidas, sim. Existem várias oportunidades de aumentar a caixa do governo sem aumentar impostos. O governo, o Ministério da Economia e o Congresso terão de trabalhar juntos na busca de uma alternativa. Porque a [medida] que não terá não é aumento de imposto.
Para 2024, acredita em alguma mudança no modelo das emendas parlamentares, já que o governo ficou com parte da palavra e isso tem gerado consentimento? Penso que temos que evoluir, seja com emendas de bancada obrigatórias, emendas de comissão obrigatórias ou como indivíduos para que uma política pública siga para o que ela se destina. Eu sempre defendo emenda parlamentar e continuo defendendo, porque ninguém conhece mais o Brasil do que o parlamentar.
No passado, as investigações mostraram que o loteamento político, muitas vezes, era onde aconteciam casos de corrupção. Por que agora pode ser diferente? Você não pode criminalizar a política. A indicação política é perigosa por causa disso. Você indica uma pessoa, mas não convive com uma pessoa 24 horas, 48 horas, 72 horas. O que tiver de errado na administração pública tem que ser corrigido.
O repasse das emendas também é alvo de investigações por supostos desvios. Qualquer recurso tem problema. Ao malfeitor tudo: a CGU (Controladoria-Geral da União), AGU (Advocacia Geral da União), a Polícia Federal, a Polícia Civil. A gente só não pode criminalizar uma emenda parlamentar. É um erro. É ela que diminui as distorções regionais que vivemos.
Um ex-assessor do sr. [Luciano Cavalcante] foi investigado pela PF por conta de supostas fraudes na transferência de emendas para a compra de kit robótico. Isso é uma alegação. Mais um abuso, um excesso. Não tem nada que tenha sido provado com relação a isso, inclusive toda essa operação foi anulada [pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal] e vocês sabem o porquê. Ao final e ao cabo, quando ela tiver o seu estágio, as pessoas que fizeram serão todas responsabilizadas.
Eu não estou aqui julgando ninguém, estou dizendo por mim, que fui massacrado durante dois meses: aliados de Lira, parentes de Lira, assessor de Lira. Então, tudo a seu cabo, essa operação que aconteceu, que trata de um assunto depois que foi totalmente desvirtuado, ela foi anulada pelo STF, por vício de iniciativa, perseguição de alvos, direcionamento de investigação. Não houve sorteio de procurador para atuar no caso. Então, ela é evitada de irregularidades. E, ao final, todos serão responsabilizados.
Ela foi anulada a pedido de sua defesa. Havia preocupação de onde a investigação poderia chegar? Não. Foi porque um delegado não pode pegar uma matéria de jornal falsa ou verdadeira e se dirigir para investigar o presidente da Câmara usando terceiros alvos para isso. Então, com tranquilidade, eu rebati o tempo todo e disse o tempo todo: o meu CPF não. Não tem nada nas minhas contas, não tem nada na minha vida pessoal, não tem nada nas minhas prefeituras que me desabone ao longo da minha vida. Quem defende a emenda como eu defendo não seria louco de estar na posição que estou e fazer qualquer tipo de coisa errada com relação a isso. Quando a gente perde o limite dos excessos, quando a polícia vira política, a gente tem dificuldades no país.
Quando o Sr. fala em se responsabilizar, está falando de pesquisador? Eu já entrei com representação no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), vou entrar com representação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), e tomarei as providências com relação a quem fez as investigações de maneira direcionada.
Há desconfiança e reclamações em relação à atuação do ministro Flávio Dino (Justiça), principalmente em relação à PF? A questão do ministro Flávio Dino, comigo, a relação é muito boa. No Parlamento, ele tem lá suas dificuldades com a oposição, é normal do processo. O que não deve ter é uma polícia política, para nada. Isso é o pior dos mundos. Nem uma polícia com autonomia para fazer o que quiser. Nós não temos isso. A Polícia é o órgão de estado para cumprir as determinações legais.
Mas as críticas à atuação política da PF existem em vários governos. Há uma atuação mais política neste governo? O governo tem que ter esse cuidado. O atual governo, eu tenho dito, tem que ter esse cuidado com alguns excessos que estão aflorando. Eles tinham sido resolvidos e estão florescendo de novo com muita particularidade.
Tem exemplo? Tem vários. Tem o [general Walter] Braga Netto, tem outros aí. A Polícia Federal não trabalha nem como promotora de Justiça, nem como juiz. Ela tem que ir até a investigação. Acabou a investigação, acabou o papel. Ela não pode ir além disso. Tem policiais indo além disso.
O que o Sr. acha de a PF fechar acordo de delação sem o MPF [Ministério Público Federal? Ruim. Tem que ter o aval [do MPF]. De qualquer forma, o Ministério Público é o dono da ação. Se ele não participa, se ele não vê, se ele não discute, na frente, como é que vai andar? Então, acho que quando você começa a extrapolar seus limites, você começa a desvirtuar o sistema institucional brasileiro.
Bolsonaro e aliados foram alvo de investigações. O tenente-coronel Mauro Cid [ex-assessor de Bolsonaro] acabou de fechar uma delação premiada que, especula-se, deve mirar no ex-presidente. Ó Sr. vê excessos de pesquisador nesse caso? Eu sempre condenei, ontem e hoje, delação de réu preso. Todo mundo era contra a delação de réu preso lá atrás. Nós estamos tratando de delação de réu preso hoje de novo, feito pela Polícia Federal. Emitir juízo de valor sobre a questão de mérito, não vou fazer, não conheço o conteúdo da delação. Agora ponto pacífico é que a delação de réu preso é impossível.
Como está a sua relação com o ex-presidente Bolsonaro? Falei com ele na reforma tributária, pedindo o apoio do PL. Não haveria porque aquele posicionamento [contra a reforma].
Ele está morto politicamente? Nem de longe. Não sou eu que vou averiguar e verificar uma pergunta dessa. Ele foi julgado inelegível, politicamente é muito amplo, ele pode funcionar como cabo eleitoral, ele pode apoiar outro candidato, ele pode reverter uma decisão dessa no Supremo. A gente já viu tantas dificuldades. O presidente Lula é um exemplo vivo disso.
Quem vai herdar os votos do Bolsonaro? Não tenho a menor ideia. Não falo sobre conjecturas. Ninguém se colocou para isso ainda.
Mas o Sr. e o PP veem mais provável uma aliança no futuro com Lula ou com a oposição? Você não vai querer resolver 2026 em 2023. Então, ninguém na vida até a morte está morto para nada.
E qual é o seu futuro? Se um ministério for oferecido, o sr. considerar? Não falo sobre conjecturas.
RAIO-X | ARTUR LIRA, 54 Deputado federal por Alagoas, está no quarto mandato. Foi eleito presidente da Câmara em fevereiro de 2021 e reeleito em 2023. Antes, foi vereador em Maceió por duas legislaturas e deputado estadual por três. Filiado ao PP desde 2009, passou antes por PFL, PSDB, PTB e PMN.