Oposição quer plebiscito para diminuir limite de porte de drogas

Senadores da oposição discutem uma estratégia de “ganha-ganha” caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.

Admitindo que a Corte deve aprovar a descriminalização, senadores prometem atuar para diminuir a “quantidade limite” que usuários poderão portar para não serem incriminados.

A ideia é apoiar a ideia de deputados da oposição de pedir um plebiscito sobre o tema e incluir na votação perguntas para diminuir a quantidade de entorpecentes que o usuário poderia portar.

Senadores ouvidos pela coluna avaliam que as 60 gramas como “quantidade limite” para o porte proposta pelo ministro do STF Alexandre de Moraes seriam “exageradas”.

Para esses parlamentares, seria necessário se basear em experiências internacionais. Em países da Europa, por exemplo, a “quantidade-limite” para porte de maconha varia de 20g a 25g, explicam.

A disposição de senadores da oposição seria incluir no plebiscito um valor ainda menor que os de países da Europa. Não há ainda, porém, um consenso sobre o valor a ser proposto.

Metropoles

Postado em 14 de agosto de 2023

Disputa pelo comando da Câmara em 2025 já começou e pode opor Lula e Lira

Há cerca de três meses o presidente Lula e o deputado Arthur Lira (PP-AL), comandante da Câmara, negociam a entrada do Centrão na base governista. As conversas, como costuma ocorrer nesse tipo de transação, giram em torno da distribuição de ministérios, estatais e recursos orçamentários, mas não se restringem ao loteamento de cargas na máquina pública. Em seu terceiro mandato, Lula acha que Lira ganhou poder demais na gestão de Jair Bolsonaroe não aceita delegar ao grupo do parlamentar, como fez o antecessor, o controle de massas de ponta e das verbas herdadas do antigo orçamento secreto. Já Lira não quer perder a influência nem o posto de parlamentar mais poderoso do país e, por isso, reivindica espaços estratégicos na administração federal. Na prática, um está disputando poder com o outro — e nenhum dos dois quer ser visto, perante a classe política, como aquele que mais cedeu nas tratativas em curso. Essa queda de braço, que adiou até agora a adesão do Centrão, também tem outro pano de fundo: a próxima eleição para a presidência da Câmara, em 2025, na qual Lula e Lira — atualmente aliados de dependência — não necessariamente permanecerão do mesmo lado .

Pelas regras atuais, o deputado, que foi reeleito para chefiar a Casa no início do ano com o apoio do presidente e do PT, não pode disputar a sucessão. Seu plano é lançar como candidato o líder da União Brasil, Elmar Nascimento. No posto, Nascimento defendia as demandas de Lira, invertendo os papéis que os dois hoje desempenhavam. Como se sabe, o cargo de presidente da Câmara é poderoso demais, e Lulaacha que, se o governo for bem-sucedido, terá condições de lançar, em 2025, um nome de sua estrita confiança ao posto. O petista também não confia 100% em Lira, a quem se aliou no início do ano por saber que não tinha como derrotá-lo. Além disso, sabe de cor e salteado o que um adversário pode fazer no exercício da função — retardar a tramitação de projetos considerados prioritários, constranger o governo com consideração e determinar a abertura de processo de impeachment contra o presidente da República. É um risco que o petista não quer correr.

Com dois mandatos completos de presidente no currículo, Lula tem a dimensão exata do que significa ter aliados ocupando os cargos mais importantes do Congresso. Por conta disso, as articulações nessa direção seguiram desde a posse. No Senado, se nada mudar, os governistas darão como certa a eleição de Davi Alcolumbre para o lugar de Rodrigo Pacheco. O parlamentar amapaense comandou o Congresso antes de Pacheco, é popular entre os colegas e apoiou Lula nas eleições do ano passado. Para garantir a fidelidade do senador e de um naco de seu partido, o presidente concedeu o privilégio de indicar um ministro em sua cota pessoal (Desenvolvimento Regional), outros dois na cota do seu partido (Comunicações e Turismo), vultosas verbas do orçamento e a garantia de apoio da bancada governista para a disputa de 2025. Meio caminho andado.

Na Câmara, a situação é diferente. Experiente, o presidente não tratará publicamente da sucessão tão cedo, para não encomendar, sem necessidade, uma crise com Lira. A estratégia do petista é jogar parado por enquanto, até porque se beneficiou do fato de já haver outros pretendentes ao cargo, como o deputado Marcos Pereira, mandachuva dos Republicanos e, como Lira, uma eminência do Centrão. Sua prioridade é se acertar com os partidos, reduzir os riscos imediatos de contratempos e, se tudo der certo, pavimentar o caminho para a ascensão de um nome de sua confiança.

Elmar Nascimento é um dos parlamentares mais ligados a Arthur Lira. Além da rejeição política, eles são amigos. Há dez anos seguidos, Elmar comemora o Ano-Novo com a família na casa de Lira, em Alagoas. No Carnaval, é o deputado quem recebe a família Lira em sua casa na Bahia. Eles também viajam juntos, conversam todos os dias e combinam estratégias de ação. No início do governo Lula, Elmar chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração, mesmo depois de ter apoiado Bolsonaro e chamado Lula de corrupto e presidente durante a campanha eleitoral. Quando tudo parecia resolvido, o presidente desistiu da ideia, e hoje não explicou o porquê. A mágoa do “quase ministro” com esse episódio, que não era pequeno, parece ter arrefeito recentemente – tolerância de que alguma coisa mudou. Indagado a respeito, ele desconversa. Sem entrar em detalhes, diz apenas que as “coisas agora estão caminhando”.

VEJA

Postado em 14 de agosto de 2023

Ala conservadora do Congresso tenta barrar volta da educação sexual

Muitas guerras de fundo ideológico vêm travadas no cenário político brasileiro polarizado. A batalha da vez gira em torno da educação sexual nas escolas, assunto que merece um debate elevado, dada sua força para a vida de crianças e adolescentes. Largamente aceitos em nações de orientação, onde são obrigatórias, as aulas que englobam orientação em relação a evitar sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e conhecimento do próprio corpo ingressaram apenas em 1998 no Brasil e, mesmo assim, como uma recomendação do MEC para que fossem incluídos sem currículo de ciências. Uma década depois, tornou-se pré-requisito para o repasse de verbas aos municípios no escopo do programa federal Saúde na Escola — condicionalidade que o governo de Jair Bolsonarotratou de excluir, em 2019, deixando de lado a iniciativa limitada às questões da boa alimentação e do combate ao sedentarismo e à obesidade. Os municípios que não quiseram tocar no tema não o fizeram, e ponto-final.

Agora, o ministério acaba de anunciar que a regra antiga está de volta e, para obter dinheiro do Saúde na Escola, cujo orçamento é superior a 90,3 milhões de reais, será necessário ensinar educação sexual à garotada a partir deste ano — medida que instantaneamente incendiou as redes e pôs ala conservadora do Congresso a tecer costuras para derrubá-la, em mais uma queda de braço ideológica que passa ao largo do que é cientificamente garantida. O que atiça ainda mais as labaredas é que a decisão, tomada pela massa da Saúde, impacta diretamente no bolso dos 99,9% de prefeituras que aderiram ao programa lá atrás.

A reação conservadora envolvendo parlamentares evangélicos, que se aliaram à bancada católica pró-vida para tentar barrar a medida via um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), já apresentado à Câmara. Na linha de frente, estão a deputada Chris Tonietto (PL-RJ), da ala católica, e Marcos Feliciano (PL-SP), um dos mais barulhentos na banda evangélica. “A escola ensina, mas quem educa são os pais. Vão sexualizar as nossas crianças”, dispara Feliciano, repisando um velho argumento sem amparo em prova. Ele vem se empenhando em angariar o apoio também dos Republicanos, partido ligado à igreja Universal — prestes, aliás, a integrar a base do governo. “Muitas famílias não têm condição de orientar seus filhos, por isso precisamos da presença do Estado para garantir essa educação”, rebate a deputada federal Tabata Amaral(PSB-SP).

Neste momento, o ministério prepara material didático de apoio em parceria com entidades internacionais, como Unicef ​​e Unesco. Cada rede de escolas terá liberdade para definir o formato das aulas e a linguagem que adotará para as diferentes faixas etárias. Mesmo com brechas que não impõem aos municípios uma camisa de força, porém, a ação esbarra em um paredão conservador que já se anunciava antes. Nos últimos tempos, várias prefeituras aprovaram leis para impedir que qualquer discussão sobre sexualidade cheguesse às carteiras escolares. Um levantamento da Human Rights Watch identificou 217 iniciativas do gênero. Pelo menos vinte foram aprovados, entre elas as de cidades como Caucaia (CE) e Duque de Caxias (RJ). Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que defendeu legislação semelhante como vereador,

Há quem aposta em enrosco jurídico no horizonte. Para este ano, os recursos estão garantidos, mas em 2024 serão cortados caso as novas condições não sejam atendidas. “Se por uma imposição do governo federal, sem participação das famílias e da comunidade escolar, ficará aberto um cenário para contestações nos tribunais”, acredita Washington de Sá, ex-diretor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente na gestão Bolsonaro, hoje presidente da Rede Internacional Infância Protegida. O freio de mão conservador se baseia em argumentos falaciosos que funcionam como obstáculos a um ensino pleno. Um deles é a ideia de que seria um impulso à sexualização precoce e um acelerador a uma etapa que deveria ocorrer só na vida adulta, de preferência apenas após o casamento.

Estudos internacionais sérios vêm intencionalmente ao contrário — alunos que recebem educação sexual tendem a postergar o início dos relacionamentos, costumam ter menos parceiros ao longo da vida, contraem menos doenças sexualmente transmissíveis e utilizam mais métodos contraceptivos. Para as meninas, percebe-se ainda outro bem-vindo efeito: caem as chances de engravidarem na adolescência. “Muitos pais têm medo de que a educação sexual leve os filhos a uma vida promíscua, quando se trata, isso sim, de uma medida de proteção da infância”, explica Carolina Campos, CEO da ONG Vozes da Educação. O grande desafio, dizem os especialistas, é adequar a linguagem a cada faixa etária. Na Holanda, referência mundial na área, o trabalho começa com turmas do ensino infantil, experiência já replicada em algumas escolas da rede particular no Brasil.

A guerra ideológica adentrou com força o terreno da educação no governo Bolsonaro, que agitava a bandeira de banir “esquerdismos da cartilha”. Sob influência da bancada evangélica e de discípulos do ensaísta e astrólogo Olavo de Carvalho, o MEC alterou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para suprimir vocábulos como “respeito à diversidade”, interferiu no Enem para evitar questões relacionadas ao gênero e ditadura militar e centrou energia na aprovação da proposta de homeschooling , para permitir que a educação transcorra em casa e, assim, escape de uma suposta “doutrinação marxista”. O debate em torno da educação sexual está sendo levado a um ringue semelhante. Que seja guindado de lá para se dar nas bases calorosas que o assunto requer.

VEJA

Postado em 14 de agosto de 2023

Barroso quer dialogar com ‘MST à CNI’ e debater drogas e aborto

Um ano depois do silêncio e do tratamento protocolar que sempre marcaram o estilo da ministra Rosa Weber à frente do Supremo Tribunal Federal, o tribunal se prepara para empossar, em 28 de setembro, um novo presidente, o ministro Luís Roberto Barroso, cuja maneira de se relaciona com diferentes interlocutores, em praticamente tudo, contrasta com sua antecessora. Advogados que têm ações no STF, por exemplo, comentam que Barroso – inclusive pelo fato de continuar dando aulas – farão do diálogo uma das suas marcas no Supremo e que, dessa forma, a Corte poderá construir uma relação de maior proximidade com trabalhador e empresários , ambientalistas e representantes do agronegócio, entre outros setores.

Nomeado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, em 2013, Barroso tem 65 anos, se programada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), fez mestrado na Universidade Yale – uma das escolas mais tradicionais e renomadas do mundo – e é Senior Fellow na Harvard Kennedy School. É viúvo, tem dois filhos e é profundamente espiritualizado. Aos amigos tem confessado sua alegria em assumir a presidência do STF neste momento em que ele considera que existe um clima de tanta afetividade na Corte. Acha, digam colegas próximos, que é preciso desarmar o debate de ideias e pacificar a sociedade brasileira.

ataques

O próprio Barroso se viu envolvido nesse debate acalorado que marca o Brasil em tempos, denúncias ao reagir a um manifestante com um “Perdeu, mané”, em Nova York, e ao falar que “derrotamos o bolsonarismo”, durante o Congresso na UNE, no mês passado. Sempre de movimentos por um impeachment por grupos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ele justificou ter se referido ao “extremismo golpista”.

Ao assumir, como tem dito em suas palestras, deverá dar ênfase à ideia de que é preciso explicar melhor à sociedade o funcionamento da Justiça e o papel do STF, assinalando que é preciso trabalhar de maneira mais ágil e ampliar a interlocução seja com a sociedade civil , com o Congresso 0u com a iniciativa privada. “Quero falar do MST à CNI”, costuma dizer o ministro à interlocutores.

Eleições

Passados ​​o primeiro e os segundos turnos da eleição presidencial, Barroso, em manifestações públicas, assinalou a tranquilidade com que o pleito ocorreu, o que, em sua opinião, foi mais uma demonstração da importância do STF e o Tribunal Superior Eleitoral tiveram se mantido firmes na defesa da urna eletrônica.

A designada aumentou após a tentativa de golpe do 8 de Janeiro, quando os arruaceiros invadiram as sedes dos Três Poderes. Muitos ministros chegaram a comparar esse cenário com a hipótese do que poderia ter esperado nos dias da eleição se houvessem cédulas no papel, como reivindicava Bolsonaro. Nessa perspectiva, muitos acreditam que poderiam ter sofrido tumultos e quebra-quebra em importantes seções eleitorais, de maneira a deixar sob suspeita ou até anular o resultado do pleito.

O ministro Barroso presidiu o TSE entre 2020 e 2022, em meio à pandemia da Covid-19. Assessores do tribunal lembram que ele conduziu um grande esforço para manter a eleição municipal de 2020, sem que o pleito se tornasse um foco de contaminação, como muitos temiam.

Sem tempo para promover licitações, conta esses auxiliares, Barroso chamou empresas que poderiam contribuir com o material necessário – álcool em gel, máscaras, luvas – para diminuir o risco de contágio. Ao final do primeiro turno, ele afirmou: “Tudo na vida pode ser aperfeiçoado ao longo do tempo. Mas, lembramos que, em nenhum país do mundo, no mesmo dia de uma eleição, você pode divulgar o resultado na mesma noite. Isso continua sendo extraordinário em uma das maiores democracias do mundo”, destacou.

Drogas

Integrantes e ex-integrantes da Corte acreditam que Barroso dará continuidade ao trabalho de seus antecessores e, em especial, a temas que lhe são caros, como a descriminalização do aborto e mudanças na política de combate às drogas. Suas opiniões sobre esses temas estão em seu livro Sem Data Venia, de 2020. O ministro também deve buscar solução para o calote nos precatórios (dívidas judiciais que o governo é obrigado a pagar).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Postado em 14 de agosto de 2023

Na Argentina, Javier Milei surpreende e tem maior votação na eleições primárias

O ultradireitista Javier Milei é o grande vencedor das PASO, as Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, que são um termômetro para a disputa presidencial da Argentina. O economista que surgiu com uma terceira força política virou o jogo e saiu como protagonista da votação do domingo, 13.

Com 97,42% dos votos apurados, Javier Milei tem 30,04% dos votos. À frente da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio (28,27%) e da coalizão da esquerda que governa o país Unión por la Pátria (27,27%).

As prévias definem as chapas que vão concorrer na eleição presidencial de outubro. Milei concorre sozinho dentro da sua coalizão, mas tanto o governismo como a oposição tem mais de um candidato. Além de liderar o voto por chapas, Milei foi o candidato mais votado, com 7 milhões de votos.

Em segundo, com 5 milhões de votos, está Sérgio Massa, o todo-poderoso ministro da Economia da Argentina, apoiado pelo presidente do país, Alberto Fernández, e pela vice, Cristina Kirchner.

Apesar do segundo lugar de Massa, a coalizão governista ficou em terceiro lugar no voto por chapas, no pior resultado do peronismo em 12 anos de eleições primárias. Desde que o pleito foi implementado, em 2011, as alianças peronistas sempre acumularam as maiores porcentagens de votos.

Patricia Bullrich, candidata da centro-direita e esperança dos conservadores tradicionais argentinos para derrotar a esquerda, foi a terceira candidata mais votada, com 4 milhões de votos. Na disputa pela vaga interna do Juntos por el Cambio, a candidata linha-dura garante uma vaga no primeiro turno de outubro, registrando 17% contra 10,7% de Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires.

A votação expressiva de Milei foi antecipada pelas próprias campanhas enquanto a apuração avançava e pegou a Argentina de surpresa. Nas horas de tensão até que os primeiros resultados fossem anunciados, o governo chegou a prever que o candidato da extrema direita poderia ter até 30% dos votos, disse uma fonte da Casa Rosada à emissora local Todo Notícias.

Os resultados apontam que Javier Milei deixou para trás a direita mais moderada da Argentina representada pelo movimento Juntos por el Cambio, que era apontado pelas pesquisas como favorito. Na disputa interna da coalizão, Patricia Bullrich venceu o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e será a candidata nas eleições de outubro.

Um desconhecido na política argentina até conquistar uma cadeira como deputado em 2021, o libertário Javier Milei ganhou impulso na corrida presidencial no início deste ano. Quando saiu de pontuações ínfimas nas pesquisas de intenção de votos para próximo do primeiro lugar

O presidente da coalizão Liberdade Avança capturou uma atenção considerável do eleitorado argentino quando se colocou como “diferente de tudo que está aí”. Com seu lema de ser “contra a casta política”, Milei enfatiza que não faz parte nem da política peronista nem da oposição macrista.

O discurso agradou quem está cansado da enorme crise econômica que passa o país e não foi resolvida no últimos governos de Alberto Fernández e seu antecessor Mauricio Macri.

À insatisfação popular se somou as brigas internas dentro das coalizões de governo e oposição pelas candidaturas presidenciais. A chapa peronista União pela Pátria (antiga Frente de Todos) travou batalhas até os últimos dias para definir um candidato. Enquanto a oposição do Juntos pela Mudança decidiu sair com dois nomes de peso para a disputa, mas não sem antes protagonizar trocas de acusações entre eles e disputas até mesmo pela prefeitura de Buenos Aires.

Além da definir os rachas partidários quando eles existem, as primárias são um termômetro da política argentina. Em 2019, o peronista Alberto Fernández saiu das prévias com 15 pontos de vantagem sobre o então presidente Mauricio Macri. Naquele ano, Fernández confirmou o favoritismo e venceu a eleição junto com Cristina Kirchner, vice-presidente.

Por isso, os resultados das primárias dessa vez são uma má notícia para os peronistas. No governo, a esquerda teve a imagem abalada pela grave crise econômica que atinge o país onde a inflação anual é de 115%. Com as compras no mercado cada dia mais caros e os salários corroídos, cresce o inconformismo entre os argentinos.

Esse sentimento permitiu a ascensão do ultradireitista Javier Milei. O libertário era desconhecido na política argentina até 2021, quando foi eleito deputado.

Com ideias radicais, como acabar com o Banco Central e dolarizar a economia, o economista ganhou atenção dos eleitores e despontava como uma terceira força da política argentina. Recentemente, as pesquisas apontaram que o ultradireitista estaria perdendo força. O que não se concretizou nas primárias.

Votação tumultuada em Buenos Aires

A demora na definição dos resultados é explicada, em partes, pela confusão em Buenos Aires. A cidade adotou um sistema híbrido: a votação nacional dos presidenciáveis seguiu a tradição do voto de papel enquanto a urna eletrônica foi adotada em paralelo para a eleição local. Esse último foi marcado por problemas.

O mau funcionamento das urnas causou longas filas e atrasos. Assim como muitos argentinos, a pré-candidata à presidência Patricia Bullrich teve dificuldades. Ela contou a jornalistas que a urna mostrava candidatos diferentes dos escolhidos e precisou ser substituída. Só assim, a candidata conseguiu votar depois de sete tentativas e 12 minutos.

Alguns pontos de votação em Buenos Aires prorrogaram o horário de funcionamento para atender todas as pessoas. Apesar dos problemas, a participação foi de 69%, acima do registrado na prévia das eleições legislativas de 2021.

GZH

Postado em 14 de agosto de 2023

Duas empresas do Seridó já estão produzindo para a Shein

A Shein, gigante do varejo global, já está produzindo no Rio Grande do Norte, numa parceria com a Coteminas. A estratégia adotada pela gigante chinesa é começar pela produção do mostruário que será levado para o mundo todo, em vez de começar com grande número de fornecedores locais, sem a certeza de ter chegado ao mesmo padrão internacional, produzido na China.

Foram selecionadas quatro empresas locais nesta fase preparatória: Beneficiadora Santo André (Macaiba), Cabugi Confecções (Lajes), Zaja Confecções (Cerro Corá) e Acauã Confecções (Acari), que estão trabalhando no mostruário.

Só quando estiver no mesmo padrão internacional da Shein, vai passar para a etapa seguinte, fabricando para atender ao cliente e chegar ao consumidor final, com a parceria da Coteminas e a qualidade aprovada por auditores de todo o mundo.

Da Coluna de Cassiano Arruda (Roda Viva)

Postado em 14 de agosto de 2023

Provocada sobre joias, Michelle Bolsonaro reage e maquiador joga copo com gelo em mulher

Obtido pelo blog, um vídeo mostra Michelle Bolsonaro reagindo a uma mulher em um restaurante em Brasília, que pergunta sobre o paradeiro de joias sauditas – nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal deflagrou operação sobre a suposta tentativa de vender ilegalmente as joias dadas ao governo por delegações estrangeiras (leia mais abaixo).

No vídeo, gravado nesta sexta-feira, a ex-primeira-dama estava acompanhada de seu maquiador e amigo Agustin Fernandez – é ele que, primeiro, xinga a mulher que filma a cena com palavras como “vagabunda”

Em seguida, Michelle se dirige à mesa da mulher que a questiona sobre as joias e responde, em tom irritado: “você é tão mal-informada que sabe onde estão as joias”. Nesse momento, é possível ouvir um barulho – o maquiador jogou um copo de gelo na mulher que os filmava.

Em nota, a assessoria da ex-primeira-dama afirma que Michelle “apenas respondeu aos insultos dizendo que aquelas pessoas eram mal-informadas e retirou-se do local”.

O blog também procurou a assessoria de Agustin Fernandez e aguarda posicionamento. A mulher que gravou a cena pediu anonimato, com medo de represálias.

Operação da PF
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou operação sobre a suposta tentativa, capitaneada por militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras.

A operação foi batizada “Lucas 12:2”, em alusão ao versículo da Bíblia que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Leia nota da assessoria de Michelle Bolsonaro:

NOTA DE REPÚDIO

Na tarde de hoje (11), durante um almoço com amigas, D. Michelle atendia a pedidos para tirar fotos com um casal, quando foi importunada com provocações e insultos injustos oriundos de duas desconhecidas.

Essas mulheres, de maneira premeditada, iniciaram uma filmagem enquanto provocavam e insinuavam acusações de crime contra Michelle disfarçando-as de perguntas, numa clara tentativa de preparar uma cilada midiática para a ex-Primeira-Dama, a qual apenas respondeu aos insultos dizendo que aquelas pessoas eram mal-informadas e retirou-se do local.

Repudiamos esse tipo de ação contra quem quer que seja e, principalmente, quando se verifica a premeditação da prática do mal com a finalidade desonesta de obter, no mínimo, ganhos midiáticos em detrimento da honra e da paz das pessoas.

Assessoria de Imprensa

G1

Postado em 12 de agosto de 2023

Ficção científica? Bactérias “treinadas” poderão caçar câncer no corpo, mostra novo experimento

No futuro, bactérias poderão ser “treinadas” para diagnosticar cânceres em locais de difícil acesso. É o que espera um time internacional de cientistas da Austrália e dos Estados Unidos, que programam microrganismos para serem capazes de identificar células cancerígenas no corpo de forma simples e rápida.

Conduzido por pesquisadores da Universidade de Adelaide e da Universidade da Califórnia de San Diego, o primeiro experimento com a técnica teve resultados positivos, levando a um acerto na detecção do câncer em 100% dos casos avaliados. O trabalho foi publicado na prestigiosa revista científica Science.

Para desenvolver a técnica, os responsáveis utilizaram uma bactéria chamada Acinetobacter baylyi (A. baylyi), conhecida pela habilidade natural de coletar amostras do ambiente e integrá-las ao seu DNA.

Por meio de engenharia genética, eles programaram esse microrganismo para detectar o gene KRAS mutado, uma molécula liberada por grande parte dos casos de câncer colorretal, assim como por outros como pulmão e pâncreas.

Eles deram instruções para, quando isso acontecesse, as bactérias ativarem um mecanismo interno de resistência a um determinado antibiótico. Com isso, após administrá-las a camundongos, os cientistas coletaram amostras do microrganismo nas fezes e as analisaram em um local com o medicamento.

“Foi incrível quando vi no microscópio a bactéria que havia captado o DNA do tumor. Os camundongos com tumores desenvolveram colônias bacterianas verdes que adquiriram a capacidade de crescer em placas de antibióticos”, explica Josephine Wright, pesquisadora da Universidade de Adelaide que participou do estudo, em comunicado.

De forma resumida, as bactérias “treinadas” adquiriram uma resistência se encontrassem os genes que sinalizam o câncer. Isso permitiu aos pesquisadores confirmarem a presença do tumor após analisar a resposta dos microrganismos aos antibióticos.

O estudo foi pequeno, mas a taxa de acerto foi 100%: as bactérias sinalizaram de forma correta todos os camundongos que de fato tinham um modelo de câncer colorretal. A técnica recebeu o nome de “CATCH”, verbo em inglês que pode ser traduzido para “pegar” ou “capturar”.

“O CATCH tem o potencial de detectar o câncer colorretal precocemente com o objetivo de evitar que mais pessoas morram deste e de outros tipos de câncer”, afirma a também professora da universidade australiana que participou do trabalho, Susan Woods.

O experimento, porém, foi ainda no estágio chamado de pesquisa pré-clínica, com animais em laboratório. Agora, é preciso avançar para entrar na etapa dos testes clínicos, que envolvem humanos e avaliam a segurança e a eficácia da técnica. Embora distante, a expectativa é alta.

“Quando começamos este projeto há quatro anos, não tínhamos certeza se usar bactérias como um sensor para o DNA de mamíferos era sequer possível. A detecção de cânceres gastrointestinais e lesões pré-cancerosas é uma oportunidade clínica atraente para aplicar esta invenção”, diz Jeff Hasty, professor da Escola de Ciências Biológicas da UC San Diego, e um dos autores do estudo.

Além disso, ainda que esteja longe do dia a dia, o CATCH simboliza uma nova forma de detecção de doenças que pode, no futuro, ir muito além do câncer. É o que diz Dan Worthley, da Universidade de Adelaide, que também liderou o experimento.

“No futuro, detectaremos e preveniremos muitas doenças, incluindo câncer de intestino, com células, não com drogas”, afirma.

Folha PE

Postado em 12 de agosto de 2023

O que se sabe sobre o novo PAC

O governo federal lançou nesta sexta-feira (11/08) a terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto é uma reestruturação de iniciativa similar lançada em 2007, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Novo PAC prevê a retomada de obras públicas paralisadas e a aceleração das que estão em andamento, com investimentos públicos federais de R$ 240 bilhões para os próximos quatro anos em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos. Outras áreas como defesa, educação, ciência e tecnologia também devem estar incluídas no novo programa, que tem entre seus principais focos, obras de infraestrutura que promovam a sustentabilidade.

O novo PAC contará, além dos recursos provenientes do orçamento da União, com dinheiro de estatais, financiamento dos bancos públicos e do setor privado, através de concessões e parcerias público-privadas, podendo ampliar o total investido em até R$ 1 trilhão em quatro anos, incluindo investimentos da Petrobras.

Arcabouço fiscal
O governo estima investir R$ 60 bilhões do Orçamento anual com o programa, triplicando o investimento público federal em infraestrutura nos próximos anos.

Entretanto a gestão depende da aprovação do novo arcabouço fiscal, que tem impacto direto no montante do gasto federal. Não existe previsão de quando a votação ocorrerá. Em julho, o texto-base do marco fiscal sofreu modificações no Senado, o que faz com que ele tenha de passar por nova avaliação na Câmara.

“É claro que a gente torce para que isso aconteça. Mas triplicar o valor que a gente dispõe atualmente não será tão fácil assim”, avalia Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em entrevista publicada pela Agência Brasil.

A primeira etapa do PAC será composta por empreendimentos propostos pelos ministérios e pelos governadores. Uma segunda etapa iniciará em setembro, com uma seleção pública para estados e municípios.

Os principais objetivos do novo PAC são incrementar os investimentos, garantir a infraestrutura econômica, social e urbana, melhorar a competitividade e gerar emprego de qualidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que o PAC será uma nova política de desenvolvimento de investimento em obras de infraestrutura e desenvolvimento industrial: “Vai ser um grande programa de investimento e, combinado com a política de inclusão que já colocamos em prática, acho que vamos voltar a surpreender os analistas econômicos do FMI [Fundo Monetário Internacional], que vão se enganar todas as vezes que nivelaram por baixo as perspectivas de crescimento econômico do Brasil”, disse Lula, em conversa com correspondentes estrangeiros.

Erros antigos
A primeira versão do PAC foi anunciada pelo presidente em janeiro de 2007, com o objetivo de superar os gargalos de infraestrutura do país. Primeiramente, o programa previu investimentos de R$ 503,9 bilhões em ações de infraestrutura nas áreas de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos, entre 2007 e 2010.

Uma segunda etapa do programa, o PAC 2, foi anunciada em 2011 pela então presidenta Dilma Rousseff, com investimentos previstos em R$ 708 bilhões em ações de infraestrutura social e urbana. A iniciativa foi interrompida pelos governos de Michel Temer (MDB) e de Jair Bolsonaro (PL).

Um dos principais desafios do novo PAC será evitar os mesmos erros das edições anteriores, que resultaram em descontinuidade e paralisação de obras.

“As experiências do passado têm que ser levadas em conta agora. Por exemplo, na assinatura de convênios com prefeituras, a gente espera que as regras estejam bem definidas, que haja uma projeção para frente, quais serão as contrapartidas dos municípios. Há uma grande preocupação de aproveitar o que deu certo e o que deu errado no passado para não repetir o erro, a expectativa toda é essa”, diz o representante da CBIC.

O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que, no final de 2022, o país tinha mais de 8,6 mil obras paralisadas, o que representa cerca de 38,5% dos contratos pagos com recursos da União. Segundo o TCU, o mau planejamento dos empreendimentos e´ o principal fator de paralisação das obras.

Sustentabilidade
Além de incluir investimentos em áreas como transporte, infraestrutura e saneamento básico, o PAC terá como novidade o incentivo a projetos de geração de energia limpa.

O programa prevê uma transição ecológica, com incentivos ao uso de combustíveis de baixa emissão de carbono, o uso de materiais sustentáveis no setor de construção civil, incentivo para a gestão de resíduos e logística sustentável.

A CBIC também aposta que o novo PAC deverá ter um viés social mais forte que os dois anteriores, especialmente porque a escolha dos projetos contou com a participação de governadores e prefeitos. “Acho que boa parte deles é relacionada à mobilidade urbana, que é muito deficiente ainda no país, mas deverá ter muita coisa em infraestrutura social”, diz Jorge.

BAND

Postado em 12 de agosto de 2023

Mega-Sena pode pagar segundo maior prêmio do ano neste sábado (12)

Sem ganhador nos últimos cinco sorteios, a Mega-Sena deve pagar R$ 115 milhões para quem acertar as seis dezenas neste sábado (12). Este é o segundo maior prêmio pago em 2023, atrás apenas dos R$ 152,8 milhões, pagos no sorteio de 8 de fevereiro.

A bolada, na ocasião, foi paga para duas apostas de Piracicaba e São Paulo. Caso algum apostador acerte as seis dezenas deste sorteio, vai levar para casa o maior prêmio do ano. Para se ter uma ideia do valor, na poupança da Caixa, os R$ 115 milhões renderiam aproximadamente R$ 759 mil na poupança, isenta no pagamento do Imposto de Renda.

A aposta simples para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser feita até às 19h (de Brasília) do dia do sorteio em uma casa lotérica ou pela internet, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa.

A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 5) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 35), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.

BAND

Postado em 12 de agosto de 2023

PF pede ao STF quebra de sigilos fiscal e bancário de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informaram à CNN autoridades ligadas à investigação.

A avaliação é de que já há situações — ainda não reveladas — que envolvem mais fortemente o ex-presidente no caso das joias. Fontes informaram à CNN também não haver pressa em ouvir os investigados e que já haveria muita prova contra eles.

Operação contra entorno de Bolsonaro
A PF cumpriu nesta sexta-feira (11) mandados de busca e apreensão contra o general Mauro César Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Também foram alvos da operação o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef, o tenente do Exército Osmar Crivelatti, além do próprio Mauro Cid.

A decisão que embasou a operação desta sexta-feira para apurar desvios de objetos da União é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ele afirmou que, de acordo com dados analisados pela Polícia Federal, há a “possibilidade” de que o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República tenha “sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro (PL)”.

Além disso, a investigação indica que o material deveria ser vendido e o dinheiro, repassado em espécie para o ex-presidente.

Tentativa de venda
Segundo a investigação da PF, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid levou para os Estados Unidos presentes recebidos pelo Estado brasileiro com a intenção de vendê-los.

Ele teria transportado os objetos no mesmo avião presidencial em que Jair Bolsonaro viajou para Orlando, em 30 de dezembro do ano passado, na véspera do fim de seu mandato.

Segundo a operação da PF, a suspeita é de que a conta do pai do ex-ajudante teria sido usada para recebimento de valores relativos a vendas de presentes de alto valor recebidos por agentes públicos brasileiros de autoridades árabes.

A investigação “identificou que esse modus operandi foi utilizado para retirar do país pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos pelo ex-Presidente da República em viagens internacionais, na condição de chefe de Estado”, aponta o relatório.

Em nota, os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”.

CNN

Postado em 12 de agosto de 2023

Prefeito de Natal Álvaro Dias, diz que Carlson Gomes, pode ser seu candidato a prefeito em Natal

Curraisnovense Carlson Gomes pode ser candidato a prefeito de Natal

No início da semana, em entrevista à rádio 96 FM de Natal, o prefeito da capital, Álvaro Dias (Republicanos), citou entre os possíveis nomes de seu grupo o nome do advogado curraisnovense Carlson Gomes (União).

Álvaro destacou que em razão do excelente trabalho de Carlson à frente da Secretaria de Infraestrutura da capital o credencia como um dos nomes do grupo do prefeito que pode vir a disputar as eleições como candidato à prefeito da capital.



Postado em 11 de agosto de 2023

Bolsonaro usou estrutura do governo para desviar joias, diz Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirma que investigações apontam a suspeita de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras.

As afirmações no ministro se baseiam em relatório da Polícia Federal e serviram de base para a decisão que autorizou operação deflagrada nesta sexta-feira (11/8), que cumpriu mandados de busca e apreensão relacionados ao ex-presidente no caso das joias enviadas por autoridades sauditas.

Entre os alvos estão o general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, e Osmar Crivelatti, tenente do Exército e que também atuou na ajudância de ordens da Presidência.

Moraes afirma que os dados analisados pela PF indicam a possibilidade de o órgão responsável pela análise e definição do destino de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao presidente da República, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência, “ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro”.

A PF ainda aponta, diz Moraes, “indícios de que alguns presentes recebidos por Jair Messias Bolsonaro em razão do cargo teriam sido desviados sem sequer terem sido submetidos à avaliação do GADH/GPPR [o gabinete de documentação]”.

O ministro diz na decisão que as diligências realizadas indicam que Bolsonaro e sua equipe usaram o avião presidencial em 30 de dezembro de 2022 para evadir do país bens de alto valor, que foram desviados para os Estados Unidos e, na sequência, encaminhados para lojas especializadas em venda e leilão de objetos nas cidades americanas de Miami, Nova York e Willow Grove.

“Os recursos, então, seriam encaminhados em espécie para Jair Messias Bolsonaro, evitando, de forma deliberada, não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal, possivelmente.

para evitar o rastreamento pelas autoridades competentes, conforme informado pela Polícia Federal”, diz o ministro.

“A investigação identificou, portanto, até o momento, que esse modus operandi foi utilizado para retirar do país pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos pelo ex-presidente da República em viagens

internacionais.”

O nome da operação da PF desta sexta é uma alusão ao versículo 12:2, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido “. Em nota, a PF afirmou que a ação tem o “objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro”.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial das milícias digitais, em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do governo brasileiro para “desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, afirmou a polícia.

De acordo com a apuração, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, sem utilização do sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.

Procurado, o advogado de Mauro Cid, Bernardo Fenelon, disse em nota que ainda não teve acesso aos autos da investigação que ocasionou as buscas e apreensões. “Por esse motivo não temos como fazer qualquer comentário, afirmou.

Estado de Minas

Postado em 11 de agosto de 2023

França tem nova epidemia de Covid com subvariante da ômicron

A França enfrentou uma nova epidemia de Covid-19 em meio às temperaturas elevadas do verão no hemisfério norte.

As internacionais em alta são provocadas por uma subvariante da ômicron, a cepa EG.5.1 , denominada Éris, que se propaga nos países do oeste da Europa, nos Estados Unidos e na Ásia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que está monitorando este novo subtipo do coronavírus, que provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores musculares e cansaço.

À medida que a Éris se espalhou entre franceses e turistas, as visitas aos prontos-socorros aumentaram em várias regiões do país. Médicos e cientistas dizem não ficar surpresos com este retorno da Covid-19 , pois a temporada de verão é marcada por festas de rua, shows, casamentos, entre outras atividades que reúnem um número expressivo de pessoas.

Já se sabe que as aglomerações são aceitas à transmissão dos vírus. No caso da Covid-19, neste momento, o contágio é facilitado pela queda da imunidade global fornecida pelas vacinas, que diminuem com o tempo, e uso menos frequente de máscaras de proteção facial.

Os primeiros exemplos da nova epidemia de Covid-19 foram vividos depois das Festas de Bayonne, no País Basco francês (sudoeste). A tradicional celebração de vários dias atraiu 1,3 milhão de pessoas no início de agosto.

Durante o evento, farmacêuticos e pacientes médicos da região registraram um aumento da procura de pacientes com sintomas gripais. Muita gente se surpreendeu com um resultado positivo para Covid-19.

Na quarta-feira (9), a doença voltou à lista dos dez diagnósticos mais frequentes da rede SOS Médicos, de acordo com a agência nacional de Saúde Pública (Santé Publique France).

Há suspeitas de que essa nova subvariante da ômicron seja mais contagiosa do que suas antecessoras . No boletim de monitoramento publicado ontem pelas autoridades, as visitas ao pronto-socorro por suspeita de Covid-19 estavam em alta de 56% entre crianças com menos de dois anos de idade e de 34% entre adultos.

As regiões do país com o maior número de casos positivos são o País do Loire (+210%), seguido pela Normandia (+71%).

Em entrevista ao jornal Le Parisien , o epidemiologista Mircea Sofonea, da Universidade de Montpellier (sul), afirma que a França registra uma retomada incontestável da epidemia.

Ele é atribuído ao quadro à combinação de três fatores: o declínio imunológico, uma evolução viral relacionada com as novas infecções e as aglomerações de verão . Os hospitais não estão sobrecarregados, segundo o médico, mas é preciso ficar vigilante e adotar os gestos de prevenção para evitar um agravamento da situação no outono.

Folha de SP

Postado em 11 de agosto de 2023