Homem é condenado a 10 anos de prisão por homicídio em Currais Novos

Postado em 19 de setembro de 2025

Na manhã desta quinta-feira, 18 de setembro de 2025, o Fórum Desembargador Tomaz Salustino sediou um júri popular que resultou na condenação de José Carlos Ferreira Junior, 61 anos, acusado de homicídio contra Lucas de Araújo Macedo, 28 anos.

O crime aconteceu no dia 26 de dezembro de 2024, às margens do açude Dourado, em Currais Novos. A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça e morreu ainda no local. Após o ocorrido, o acusado fugiu, mas posteriormente se apresentou em uma delegacia de Natal, onde recebeu voz de prisão e foi encaminhado ao sistema prisional.

Ao final do julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu o réu culpado por homicídio qualificado e privilegiado, A sentença, julgou PROCEDENTE em parte a pretensão punitiva estatal para CONDENAR o réu JOSÉ CARLOS FERREIRA JUNIOR nas penas do artigo 121, §§ 1º e 2°, inciso IV do Código Penal, a uma pena final de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.

REPORTER SERIDÓ

Furto de cabos cresce no RN, impacta meio milhão de pessoas e pressiona custos da energia

Postado em 19 de setembro de 2025

O furto de cabos de energia elétrica tem se consolidado como um dos principais desafios para o sistema elétrico do Rio Grande do Norte. Dados da Neoenergia Cosern apontam que, de janeiro a julho deste ano, foram registradas 926 ocorrências, um aumento de 3% em relação ao mesmo período de 2024.

Os crimes já afetaram cerca de 178,2 mil clientes diretamente em 2025, e quando considerados os impactos indiretos, mais de meio milhão de pessoas no estado sentiram os efeitos das interrupções de fornecimento. A situação motiva reforço nas ações da empresa e maior rigor da legislação nacional.

As cidades da Costa Branca concentram os maiores registros de casos. Mossoró contabilizou 21 ocorrências, com 784 clientes atingidos. Em Areia Branca, foram 15 casos, que resultaram em 10.143 consumidores sem energia. Já em Ipanguaçu, 12 ocorrências afetaram 27 clientes, enquanto Guamaré e Macau tiveram nove registros cada, impactando 7.014 e 1.756 pessoas, respectivamente.

Além de provocar interrupções, os furtos acarretam gastos elevados para a distribuidora. Segundo Rafael Biondi, supervisor da Neoenergia Cosern, o problema é mais amplo do que os números sugerem. “Os prejuízos financeiros são altíssimos. Para você ter uma ideia, só no ano de 2024 a distribuidora desembolsou mais de 24 milhões de reais para fazer recomposição de rede devido ao furto. Então são impactos muito importantes, que acabam sendo repassados para o cliente na forma de fatura. Uma vez que a rede precisa ser recomposta, a distribuidora precisa investir esse dinheiro, e todo esse investimento é repassado para o consumidor na forma de pagamento de fatura”, afirmou.

O endurecimento da legislação federal foi um dos marcos recentes na tentativa de frear os crimes. Em julho, foi sancionada a Lei 15.181, que aumenta a pena de prisão para até 15 anos em casos de furto ou roubo de cabos de energia, telefonia, dados e transportes ferroviário e metroviário. Pela normativa anterior, o prazo máximo para casos de roubo era de 10 anos. A legislação ainda estende a punição a empresas contratadas pelo poder público que utilizem fios ou cabos furtados em serviços de telecomunicação.

Na visão da Neoenergia Cosern, o avanço da legislação pode contribuir para inibir os furtos. “A gente observa que a justiça tem sido mais dura com os casos de furto de condutores, principalmente quando esses furtos impactam clientes importantes. Nossa expectativa é que, daqui para frente, com a atuação do Governo do Estado e da segurança pública, haja redução do volume da criminalidade no furto de condutores”, declarou.

Para além do endurecimento legal, a Neoenergia Cosern tem buscado alternativas tecnológicas. Desde maio, a empresa iniciou a marcação química de cabos em regiões com maior incidência de furtos, como Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Porto do Mangue, Macau e Guamaré. A medida consiste na aplicação de uma tinta inteligente que contém micropartículas de nanotecnologia integradas ao cobre, capazes de permanecer no material mesmo após corte, trituração ou derretimento. A identificação do metal permite rastrear a origem e fortalece as investigações contra a prática criminosa.

Biondi ressalta que o método tem potencial de ampliar a atuação conjunta com a polícia. “Estamos aplicando um produto nos condutores de cobre para que, caso esse condutor seja furtado, seja possível identificar que ele pertence à Neoenergia Cosern. Esse cabo pode ser cortado, pode ser derretido, mas esse produto químico, que é aplicado no condutor, permite que haja uma assinatura que mostra que ele é nosso, da Neoenergia Cosern. Isso também vai possibilitar chegar até as pessoas que estão furtando o cabo e vincular esse furto às ocorrências na rede da distribuidora”, explica.

Em paralelo, operações policiais têm resultado em prisões ligadas a esquemas de furto de fios na Costa Branca potiguar. No fim de agosto, a Polícia Civil prendeu, no Piauí, um homem apontado como líder de uma rede criminosa responsável por subtrações de cabos na região de Areia Branca. A ação, batizada de Operação Sem Divisa, reforçou a cooperação no combate a esse tipo de crime.

Diante disso, o supervisor da Cosern reforça a necessidade da participação popular no enfrentamento aos furtos. “Se alguém tiver conhecimento de algo, se na sua região estiver acontecendo alguma coisa do tipo, se faltar energia e houver desconfiança de que tem relação com furto, liga para a gente através do 116. Faz a denúncia também junto à Secretaria de Segurança, para que possamos apurar, enviar nossas equipes e trabalhar para restabelecer a energia o mais rápido possível e conter essa onda de crimes que impacta tanto a sociedade”, disse.

As denúncias podem ser realizadas também através da Polícia Civil, de forma anônima, através do Disque Denúncia 181.

TRIBUNA DO NORTE

Produção de camarão cresce 27,8% no RN em 2024

Postado em 19 de setembro de 2025

O Rio Grande do Norte produziu 31,6 milhões de kg de camarão em 2024, um aumento de 27,83% ante a quantidade produzida no ano anterior. Apesar do crescimento em volume, o valor total pago pelo produto não acompanhou a produção, e apresentou uma alta nominal de apenas 2,61% na mesma comparação. No total, os produtores potiguares faturaram R$ 701,39 milhões com o produto em 2024.

O camarão é um dos produtos do setor da aquicultura investigados na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, o preço médio pago pelo quilo foi de R$ 22,18, abaixo dos R$ 27,63 médios registrados pelo IBGE no ano anterior. A queda no valor do produto fez com que o aumento da produção não se refletisse no mesmo ritmo no faturamento. Apesar do baixo crescimento, o camarão ainda é o principal produto da aquicultura norterio-grandense, e respondeu por 78,93% do valor de produção acumulado no setor no último ano.

No cenário nacional, a carcinicultura apresentou desempenho diferente do registrado no RN. A produção brasileira alcançou um novo recorde em 2024, atingindo a marca de 146,8 mil toneladas, com um crescimento de 15,17% em relação ao ano anterior. O valor de produção também registrou aumento nominal de 16,34%, totalizando R$ 3,1 bilhões.

RN respondeu por 21% da produção nacional

Do total da produção nacional de camarão, 99,7% foram provenientes da Região Nordeste em 2024, principalmente do Ceará (57,1%) e do RN (21,5%). Ambos os estados registraram aumentos de produção no último ano que, somados, resultam em cerca de 18 milhões de quilos. Com isso, o RN manteve-se como o segundo maior produtor de camarão do Brasil, atrás apenas do vizinho cearense, que produziu 83,7 milhões de quilos no ano passado.

No RN, o município de Pendências, localizado na região Oeste, está no terceiro lugar nacional e responde por 6,5% da produção brasileira de camarão. Em 2024, foram 9,6 milhões de quilos produzidos no município, um aumento de 45,71% frente à produção registrada no ano anterior. Sozinho, Pendências foi responsável por 30,4% da produção de camarão no RN.

O segundo lugar no ranking de produção do RN permaneceu com a cidade de Arêz, que produziu 3,5 milhões de quilos no último ano, um aumento de 20,69% em relação a 2023. A cidade de Canguaretama produziu 3,2 milhões de quilos de camarão em 2024, o que representa um crescimento de 14,29% em volume produzido.

Aquicultura fatura R$ 888 milhões em 2024

Em 2024, o setor da aquicultura potiguar acumulou R$ 888,66 milhões em valor de produção, uma variação nominal positiva de 2,15% em relação ao somado no ano anterior. Desse total, 95,88% foram provenientes da carcinicultura, sendo 78,93% da produção de camarão e 16,95% da produção de larvas e pós-larvas de camarão.

A tilápia manteve-se como o terceiro produto com maior participação no valor de produção da aquicultura potiguar, com 3,36%, número 1,16 ponto percentual menor que o valor de produção do ano anterior (4,52%). No total, foram produzidos 2,297 milhões de quilogramas do peixe em 2024, que renderam R$ 29,87 milhões em faturamento. Nísia Floresta permaneceu na liderança na produção de tilápia no RN, sendo responsável por 34,81% do total produzido no estado.

O levantamento do IBGE também registrou um crescimento de 25% na malacocultura (produção de ostras, vieiras e mexilhões) do RN, chegando a 125 mil quilos no ano passado, que renderam R$ 2,5 milhões aos produtores.

Produção de mel bate recorde no RN

O RN também registrou, em 2024, a maior produção de mel de abelha da sua história: 1.190.489 quilos. O volume supera a marca de 1 milhão de quilos, atingida apenas em 2008 e 2009, e consolida o Estado como o 11º maior produtor do País, segundo os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2024, do IBGE.

O resultado representa um crescimento de 30,9% em relação a 2023 — o quarto maior aumento do Brasil, atrás apenas de Amazonas (95,7%), Mato Grosso (35,1%) e Pernambuco (34,7%). No total, a produção nacional foi de 67,3 mil toneladas, também recorde, 4,7% acima do ano anterior.

Entre os municípios potiguares, Apodi se mantém como líder absoluto, com 250 mil quilos de mel, seguido por Macaíba (100 mil kg), Serra do Mel (50 mil kg), São Miguel (42 mil kg) e Caraúbas (39 mil kg).

O valor de produção do mel potiguar chegou a R$ 21,4 milhões, um salto de 59,4% sobre 2023.

RANKING

Os 5 municípios com maior produção de camarão no RN em 2024

  1. Pendências – 9.608.000 kg
  2. Arês – 3.500.000 kg
  3. Canguaretama – 3.200.000 kg
  4. Senador Georgino Avelino – 2.800.000 kg
  5. Guamaré – 2.299.122 kg

TRIBUNA DO NORTE

União Brasil dá 24 horas para filiados deixarem cargos no Governo Lula após reportagem ligar Rueda ao PCC

Postado em 19 de setembro de 2025

A Executiva Nacional do União Brasil aprovou nesta quinta-feira 18 uma resolução que exige a saída imediata de seus filiados do Governo Lula. O desembarque, aprovado no dia 2, estava previsto originalmente para o final do mês.

Membros do partido como o ministro do Turismo, Celso Sabino, agora terão 24 horas para pedir demissão, ou correrão o risco de serem expulsos por “infidelidade partidária”. Segundo o partido, a aprovação da resolução se deu por unanimidade.

Em nota publicada nas redes sociais, o União Brasil afirma que a antecipação da saída foi motivada por reportagem publicada pelos portais ICL e pelo UOL com acusações feitas por um piloto de que o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, é dono de aviões operados pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda nega a acusação.

A direção do partido vê influência do Governo Lula na reportagem, uma vez que um de seus autores, o jornalista Leandro Demori, tem também um programa na TV Brasil.

“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no Governo Federal – movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias partidárias”, afirma o partido, em nota.

O União Brasil diz expressamente que o fato – chamado pelo partido de “coincidência”, assim entre aspas – “reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”.

AGORA RN

MPF propõe acordos a salinas do RN para desocupar áreas de preservação e compensar danos ambientais

Postado em 19 de setembro de 2025

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou propostas de acordo em ações judiciais sobre possíveis danos ambientais causados por seis salinas localizadas no litoral norte do Rio Grande do Norte, na região da Costa Branca.

Os termos incluem a desocupação de áreas de preservação permanente (APPs) e medidas de compensação ambiental.

As propostas, elaboradas pelo procurador da República Higor Rezende Pessoa, serão analisadas pelas empresas e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN). Caso aceitas, terão de ser aprovadas pela Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (4CCR) do MPF antes da homologação judicial.

Segundo o procurador, a indústria salineira no estado tem “raízes históricas profundas, sendo um pilar fundamental da economia no estado, bem como no Brasil”. O Rio Grande do Norte responde por cerca de 95% da produção de sal marinho do país, destinado ao consumo alimentar e a setores como indústria química, farmacêutica e de petróleo.

“A relevância econômica e social da indústria salineira é inegável, gerando empregos diretos e indiretos, promovendo o desenvolvimento regional e contribuindo para a balança comercial brasileira”, afirmou. Ele ressaltou, no entanto, que tais fatores não justificam impactos ambientais em ecossistemas como manguezais, apicuns e salgados.

As propostas foram encaminhadas às salinas Soledade, Salinor, Salmar, Henrique Lage, Umari e Camurupim, situadas em municípios como Macau, Mossoró, Porto do Mangue, Guamaré, Areia Branca e Grossos.

Entre os compromissos previstos estão a transferência de pilhas de sal e outras estruturas físicas que ocupem APPs, a recuperação de áreas de apicuns e salgados com reflorestamento e controle de efluentes, além de compensações em casos de danos irreversíveis, como financiamento de projetos ambientais, custeio de unidades de conservação e pagamento por serviços ambientais.

As empresas também deverão iniciar ou retomar procedimentos de obtenção ou renovação de licenças ambientais junto ao Idema. Os prazos variam entre 30 e 120 dias para início das medidas. Caberá ao Idema analisar os projetos, fiscalizar a execução, elaborar relatórios periódicos e comunicar à Justiça descumprimentos, que podem gerar multas diárias ou novas medidas judiciais.

A iniciativa ocorre após inspeção judicial realizada em 9 e 10 de julho em mais de 20 salinas, com a participação do MPF, Justiça Federal, Idema e Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

Durante as visitas, o Idema identificou estruturas como tanques de evaporação e pilhas de sal em APPs, além do escoamento de salmoura para mangues e rios em uma das empresas. Representantes das salinas contestaram parte das conclusões.

Os processos tramitam nas 8ª, 10ª e 11ª Varas da Justiça Federal do Rio Grande do Norte, com base em relatório do Grupo de Trabalho de Salinas (GT-Sal), formado por técnicos do Idema e do Ibama, que apontou danos ambientais e descumprimento de normas legais.

Pelo MPF, participaram da inspeção os procuradores da República Higor Rezende Pessoa e Aécio Tarouco, e pela Justiça Federal os juízes João Batista Martins, Lauro Henrique Lobo e Madja de Sousa.

AGORA RN

Dino abre inquérito contra Bolsonaro e filhos com base em relatório da CPI da Covid

Postado em 19 de setembro de 2025

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (17) a abertura de um inquérito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos Carlos, Eduardo e Flávio, além de diversos aliados políticos. A decisão foi tomada após pedido da Polícia Federal, que citou indícios de crimes apontados no relatório final da CPI da Covid, realizada em 2021.

Dino considerou que há “presença dos requisitos legais necessários para a instauração de Inquérito Policial, a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração”.

Segundo a petição, a investigação parlamentar identificou fraudes em licitações, contratos superfaturados, desvio de recursos públicos e uso de empresas de fachada para serviços fictícios durante a pandemia.

Em quase seis meses de trabalho, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apurou “as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio para os pacientes internados”.

O relatório final listou mais de 20 crimes que teriam ocorrido durante o enfrentamento à pandemia da covid-19 e concluiu que Bolsonaro contribuiu para que o Brasil alcançasse a marca de 700 mil mortos pela doença. O ex-presidente foi acusado de nove crimes:

  • epidemia com resultado morte
  • infração de medida sanitária preventiva
  • charlatanismo
  • incitação ao crime
  • falsificação de documento particular
  • emprego irregular de recursos públicos
  • prevaricação
  • crime de responsabilidade
  • crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos

A partir de agora, a Polícia Federal terá 60 dias para conduzir diligências, colher depoimentos e reunir provas sobre a atuação dos investigados. A Procuradoria-Geral da República também foi notificada.

Quem são os investigados

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus três filhos mais velhos – o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o inquérito inclui aliados, ex-ministros, parlamentares e empresários. Veja a lista completa:

  • Jair Messias Bolsonaro
  • Flávio Nantes Bolsonaro
  • Eduardo Nantes Bolsonaro
  • Carlos Nantes Bolsonaro
  • Ricardo José Magalhães Barros
  • Osmar Gasparini Terra
  • Beatriz Kicis Torrents de Sordi
  • Carla Zambelli Salgado
  • Onyx Dornelles Lorenzoni
  • Carlos Roberto Coelho de Mattos Júnior
  • Allan Lopes dos Santos
  • Hélcio Bruno de Almeida
  • Oswaldo Eustáquio Filho
  • Hélio Angotti Neto
  • Bernardo Pires Kuster
  • Paulo de Oliveira Enéas
  • Richards Dyer Pozzer
  • Leandro Panazzolo Ruschel
  • Carlos Roberto Wizard Martins
  • Luciano Hang
  • Otávio Oscar Fakhoury
  • Filipe Garcia Martins Pereira
  • Tércio Arnaud Tomaz
  • Ernesto Araújo

Procedimento chegou ao STF em 2021

O pedido de abertura de inquérito feito por Dino foi tomado em um procedimento preliminar que chegou ao STF em novembro de 2021, após o fim da CPI. Ele apurava a suspeita de “incitação ao crime”. Jair Bolsonaro e os outros 23 investigados teriam incitado a população a adotar comportamentos inadequados durante a pandemia.

O procedimento passou por três mudanças de relator no Supremo antes de chegar às mãos do ministro Flávio Dino. Inicialmente, em 26 de novembro de 2021, o caso foi distribuído ao ministro Luís Roberto Barroso. Com a posse de Barroso na presidência da Corte, em 28 de setembro de 2023, a relatoria foi automaticamente transferida para a ministra Rosa Weber, já que o regimento interno prevê redistribuição de processos nesses casos.

Dois dias depois, em 30 de setembro, Rosa se aposentou. Flávio Dino tomou posse no STF em 22 de fevereiro de 2024 e herdou os processos de Rosa Weber, passando a relatar o procedimento.

Veja o passo a passo:

  • 25/11/2021 – Petição originada a partir do relatório final da CPI da Covid é recebida no STF.
  • 26/11/2021 – Procedimento é distribuído ao ministro Luís Roberto Barroso. A partir da distribuição, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o material produzido pela CPI (cerca de 10 terabytes) fosse remetido à Polícia Federal (PF) para sistematização e para análise se haveria base para uma acusação formal.
  • 20/04/2022 – Barroso autoriza remessa à Polícia Federal. Essa decisão permite que a PF acesse integralmente o acervo físico e virtual para investigação preliminar.
  • 13/07/2022 – A Polícia Federal solicita mais prazo por dificuldades de acesso e análise do material da CPI; a PGR se manifesta favoravelmente e Barroso concede mais 60 dias.
  • 07/11/2022 – A vice-procuradora-geral Lindôra Araújo encaminha pedido ao STF para arquivar a apuração preliminar contra Jair Bolsonaro, alegando ausência de documentos que comprovem partes do relatório da CPI.
  • 01/12/2022 – PF informa que ainda não conseguiu acesso integral às mídias da CPI e pede mais prazo. Barroso novamente defere a prorrogação por 60 dias e posterga decisão sobre o pedido de arquivamento da PGR até a chegada do relatório final da PF.
  • 04/05/2023 – Barroso autoriza acesso integral ao acervo digital da CPI em despacho, ressaltando a necessidade de preservar cadeia de custódia e contextualizar provas. Também decreta sigilo sobre documentos, petições e atos posteriores à decisão.
  • 28/09/2023 – Roberto Barroso assume a presidência do STF e o relator do caso é substituído, conforme art. 38 do Regimento Interno do STF. O processo é redistribuído para a ministra Rosa Weber.
  • 30/09/2023 – Rosa Weber se aposenta e o processo fica novamente sem relator.
  • 22/02/2024 – Flávio Dino toma posse no STF e herda os processos anteriormente atribuídos a Rosa Weber. A partir dessa data, Dino passa a ser o relator do caso.
  • 02/09/2024 – Dino encaminha à PGR e à PF para que se manifestem e apresentem requerimentos que entenderem cabíveis.
  • 17/09/2025 – Flávio Dino determina abertura de inquérito, atendendo pedido da Polícia Federal.

SBT

Pressão arterial 12 por 8 é reclassificada como pré-hipertensão segundo nova classificação; entenda

Postado em 19 de setembro de 2025

O 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia apresentou, nesta quinta-feira (18), novas diretrizes para o diagnóstico da hipertensão arterial, também chamada de pressão alta. De acordo com as orientações, a chamada pré-hipertensão é caracterizada por valores de pressão arterial (PA) entre 12 por 8 (120-80 mmhg) e 13 por 9 (139-89 mmhg).

Segundo o documento, PA a partir de 14 por 9 é considerada hipertensão, e devem ser recomendadas mudanças no estilo de vida, além do uso de medicamentos.

As novas diretrizes orientam que todos os pacientes com pressão a partir desse nível sejam avaliados quanto ao risco de complicações. Para isso, o médico deve levar em conta fatores como a presença de doenças do coração, dos rins ou outras condições associadas.

Confira as novas diretrizes

  • Pressão arterial não elevada: abaixo de 120 por 70 milímetros de mercúrio (mmHg) – o popular “12 por 7”.
  • Pré-hipertensão: entre 120-80 à 139-89 mmHg milímetros de mercúrio (mmHg) – o popular “12 por 8” a “13 por 9”
  • Hipertensão: maior que 140 por 90 mmHg (acima de 14 por 9).

Tratamento medicamentoso

O uso de remédios pode variar conforme o grau da hipertensão. Em casos de hipertensão estágio 1 com risco moderado ou alto, e também nos estágios 2 e 3, geralmente é necessária a combinação de medicamentos.

Já em idosos, pacientes mais frágeis ou pessoas com hipertensão estágio 1 de baixo risco, o tratamento costuma começar com apenas um medicamento (monoterapia).

Especialistas recomendam também mudanças no estilo de vida em casos desse tipo. Entre as medidas não medicamentosas, estão:

  • não fumar;
  • manter dieta saudável (DASH);
  • manter o IMC entre 18 e 24,9 kg/m²;
  • reduzir a ingestão de sal e aumentar a de potássio;
  • praticar atividade física regular;
  • evitar consumo excessivo de álcool;
  • controlar o estresse.

O objetivo principal é que a pressão arterial fique abaixo de 13 por 8 (130/80 mmHg), reduzindo assim o risco de problemas cardiovasculares. O paciente deve passar por consultas de revisão a cada quatro semanas até que a pressão esteja controlada.

Os especialistas também reforçam a importância do uso do MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial por 24h) ou do MRPA (monitorização residencial da pressão arterial), sempre que possível, para uma avaliação mais precisa.

SBT

Na contramão de relator, bolsonarismo insistirá em anistia ampla

Postado em 19 de setembro de 2025

Parlamentares da bancada bolsonarista afirmam que não irão aceitar a construção de uma proposta que apenas reduza a pena de 27 anos e três meses de prisão aplicada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Muitos não receberam bem o nome do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) na relatoria do texto e avaliam que se ele insistir na “dosimetria” de penas como tem sinalizado, a bancada bolsonarista irá apresentar um texto substitutivo.

O projeto que agrada é o que foi relatado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE), que é considerado pronto para ser votado.

O vice-líder da oposição, deputado Sanderson (PL-RS), tratou do assunto com o Bolsonaro na quinta-feira (18), em uma visita de duas horas ao ex-presidente.

À CNN, o parlamentar disse que Bolsonaro lhe perguntou sobre Paulinho, mas não teceu comentários aprovando ou rejeitando a escolha.

“Ele está na expectativa de que o Congresso aprove uma anistia. É a única saída dele”, afirmou.

Segundo o relato de Sanderson, Bolsonaro está muito debilitado, segue com crises de vômitos e soluços, e abalado com a detecção de um câncer de pele.

“Fiquei surpreso negativamente. Ele está acabado e não aguenta dois anos na cadeia”, afirmou Sanderson.

A bancada bolsonarista tem se irritado com mobilizações da cúpula da Câmara para superar a anistia ampla e irrestrita.

Parlamentares lembram de movimentos contrários à PEC da Blindagem, que teve articulação forte do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Centrão. Afirmam, no entanto, que o acordo foi cumprido e deram os votos para que a proposta passasse.

Uma das apostas da bancada bolsonarista é no que entendem como boa recepção da urgência da anistia nas redes sociais entre camadas da direita. Alguns parlamentares do Centrão pontuaram a bolsonaristas que sentiram um engajamento maior após votarem favoravelmente.

CNN

Vereador G Charles participa de reunião da APADEVI e prestigia nova diretoria eleita

Postado em 19 de setembro de 2025

Na tarde desta quinta-feira, 18 de setembro, o vereador G Charles participou da reunião que marcou a eleição da nova diretoria da APADEVI – Associação das Pessoas com Deficiências Visuais. O encontro foi realizado com a presença de membros da instituição, convidados e lideranças locais.

A nova diretoria eleita, que estará à frente da APADEVI pelo mandato de quatro anos (de 18 de setembro de 2025 a 18 de setembro de 2029), será composta pelos seguintes membros da Chapa 1:

Presidente: Iane Paz

Vice-presidente: Gustavo Gomes

Tesoureira: Maria de Fátima

Primeiro Secretário: Jefferson Ricardo

Segundo Secretário: João Paulo

Conselho Fiscal:

Rizaelly

Sônia

Edileuza Costa

Conselho Comunitário:

Alair

Vlaudey

Daniella

Vera

Fátima Pereira

Durante sua fala, o vereador G Charles parabenizou os novos membros da diretoria, desejando uma gestão produtiva e de grandes conquistas. Ele também fez questão de reconhecer o trabalho do ex-presidente Alair, destacando seu compromisso, dedicação e contribuição significativa ao longo do último mandato.

— “A APADEVI tem um papel fundamental na luta pelos direitos das pessoas com deficiência visual. Parabenizo a nova diretoria e reafirmo meu compromisso como parceiro da instituição, sempre pronto a apoiar suas causas e projetos”, declarou o vereador.

A nova gestão assume com o desafio de dar continuidade às ações inclusivas e de fortalecimento da representatividade das pessoas com deficiência visual no município.

Deputado Francisco foi um dos principais articuladores para aprovação do plano de cargos da educação do Estado

Postado em 19 de setembro de 2025

Líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o deputado Francisco (PT) comemorou a aprovação do Projeto de Lei nº 16/2025, que institui o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos(as) funcionários(as) da Educação.

Francisco foi um dos principais intermediadores entre o Governo do Estado, o SINTE-RN e o parlamento para que o projeto fosse votado e aprovado.

“A aprovação do PCCR representa um marco para os funcionários e funcionárias da Educação, que aguardavam há mais de uma década por um instrumento capaz de assegurar valorização profissional e reconhecimento de suas funções”, disse ele ao destacar também o papel da governadora Fátima por ter tido a sensibilidade de enviar o projeto à Casa.

A nova legislação cria critérios objetivos para ingresso, progressão, mérito e formação, além de corrigir uma lacuna histórica: até então, os servidores administrativos da Educação estavam vinculados à Lei Complementar nº 432/2010, que não contemplava as especificidades da área.

O texto aprovado assegura também a aplicação do Plano a aposentados com direito à paridade e define as categorias contempladas: servidores efetivos da SEEC, auxiliares de serviços gerais, técnicos especializados, técnicos de nível superior e outros cargos vinculados à Secretaria. A adesão será opcional.

*Com informações do SINTE-RN.

Dino determina que PF investigue conduta de Bolsonaro durante pandemia

Postado em 18 de setembro de 2025

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar as conclusões do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia de covid-19. O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos principais alvos do documento. Dino determina que PF investigue conduta de Bolsonaro durante pandemia – Agora RNDino determina que PF investigue conduta de Bolsonaro durante pandemia – Agora RN

Dino entendeu estarem cumpridos os requisitos legais para abrir o inquérito, “a fim de que os fatos tratados nos autos tenham apuração”, escreveu o ministro. Ele deu prazo inicial de 60 dias para as investigações.

“A investigação parlamentar apontou indícios de crimes contra a Administração Pública, notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de ‘fachada’ para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, destacou Dino.

Ocorrida de abril a outubro de 2021, a CPI da Pandemia concluiu que Bolsonaro teve papel preponderante para que o Brasil alcançasse a trágica marca de 700 mil vítimas de covid-19.

O relatório pediu o indiciamento do ex-presidente por nove crimes, entre os quais charlatanismo, prevaricação, infração a medidas sanitárias e epidemia com resultado morte.

A CPI também acusou Bolsonaro de ter cometido crimes de responsabilidade, previstos na Lei de Impeachment, e contra a humanidade, como extermínio e perseguição, conforme descritos no Estatuto de Roma.

Outras 77 pessoas físicas e duas pessoas jurídicas foram indiciadas pela CPI, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), que foi ministro da Saúde durante a pandemia.

Entre escândalos investigados estiveram suspeitas de fraudes na compra de vacinas e na contratação de fornecedores pelo Ministério da Saúde, entre outros casos.

À época, o relatório de 1.288 páginas, incluindo anexos, foi entregue em mãos por integrantes da CPI ao então procurador-geral da República, Augusto Aras.

Algumas apurações preliminares chegaram a ser conduzidas pela PGR, mas o documento nunca resultou em nenhum inquérito no Supremo.

Em pareceres assinados pela vice-procuradora-geral da República à época, Lindôra Araújo, a PGR disse que o documento tinha deficiências, não sendo suficiente para mover inquéritos contra os indiciados pelo relatório.

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Comissão da Câmara de Natal vai ouvir oito testemunhas em processo contra Brisa Bracchi

Postado em 18 de setembro de 2025

A Comissão Especial Processante instaurada na Câmara Municipal de Natal para analisar condutas da vereadora Brisa Bracchi (PT) vai ouvir oito testemunhas. A definição foi confirmada pela presidente da comissão, vereadora Anne Lagartixa (Solidariedade), que deve definir ainda nesta semana o cronograma das oitivas.

Nesta quinta-feira 18, a parlamentar terá reunião com a Procuradoria Legislativa para tratar dos rumos da investigação.

Após a entrega da defesa preliminar da vereadora, o relator da comissão, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), rejeitou as alegações apresentadas e deu parecer pela continuidade do processo.

Além de Anne Lagartixa e Fúlvio Saulo, o vereador Daniel Valença (PT) compõe a comissão, que inicia agora a fase de apuração sobre supostos delitos na destinação de emendas parlamentares.

Segundo Anne Lagartixa, o prazo de 120 dias será respeitado e há intenção de dar andamento rápido ao processo. A parlamentar informou que deve entrar em licença-maternidade no dia 30 de outubro e, caso a conclusão não tenha ocorrido até lá, outro vereador assumirá a presidência da comissão.

“Vamos começar a fazer as reuniões o mais rapidamente possível. Hoje, quero me reunir com a Procuradoria para definir um calendário e dar celeridade, o que é um interesse da própria vereadora Brisa e dos membros da comissão. Vamos fazer tudo de maneira transparente e responsável”, disse a presidente da comissão.

Em comissões especiais processantes, a única sanção prevista é a cassação do mandato. Se o relatório de Fúlvio Saulo indicar irregularidades, o documento será encaminhado ao plenário da Câmara para decisão dos 29 vereadores. Para que Brisa Bracchi perca o mandato, são necessários pelo menos 20 votos favoráveis.

Pedido de cassação
O pedido de cassação foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil). Ele acusa Brisa Bracchi de uso indevido de recursos públicos para financiar um evento realizado em 9 de agosto na Casa Vermelha, o que, segundo ele, configura desvio de finalidade e falta de decoro parlamentar.

O processo prevê recebimento de alegações, análise de provas e depoimentos de testemunhas. Após a fase de instrução, a comissão terá até 120 dias para elaborar o relatório final.

Caso sejam identificadas irregularidades, o caso também poderá ser encaminhado aos órgãos de controle.

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MPRN vai à Justiça para que Governo do RN assine novo convênio com o Hospital Varela Santiago

Postado em 18 de setembro de 2025

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressou com uma ação na Justiça para que o Governo do Estado formalize um novo convênio com o Hospital Infantil Varela Santiago (HIVS). A medida visa assegurar a continuidade dos serviços de saúde pediátrica e o pagamento de parcelas em atraso.

O Hospital Varela Santiago mantém convênio anual com o Governo do Estado há mais de 25 anos. No entanto, até agora, a parceria não foi renovada para 2025. O convênio permite que pacientes sejam atendidos no hospital sem custo, através do SUS.

A ação do MPRN foi protocolada pela 47ª Promotoria de Justiça de Natal na 2ª Vara da Infância e Juventude e ocorre após falta de acordo com a Sesap, apesar de audiências de conciliação realizadas em janeiro e em maio deste ano.

Em nota, o MPRN afirma que “o Hospital Infantil Varela Santiago é uma unidade de referência pediátrica, e a falta de repasses e do convênio compromete diretamente a assistência à população”.

O MPRN pede à Justiça que determine ao secretário de Saúde, Alexandre Motta, que assine o convênio em um prazo de 10 dias. Em caso de descumprimento, o Ministério Público pede o bloqueio judicial de R$ 2,8 milhões na conta única do Estado, valor correspondente ao novo convênio, além da aplicação de uma multa diária de, no mínimo, R$ 10 mil contra a Fazenda Pública Estadual.

Varela Santiago esclarece sobre convênios anteriores
Em nota, o Hospital Infantil Varela Santiago afirma que o convênio de 2023 só teve o pagamento liquidado em julho deste ano. Em 2024, segundo o hospital, não houve convênio em razão da pendência de pagamento do convênio de 2023.

“Em 2025, o processo segue travado — motivo pelo qual o Ministério Público solicitou o bloqueio do valor, a fim de evitar que o hospital permaneça mais um ano sem repasses”, declarou o hospital.

O convênio de 2025 tem valor previsto de R$ 3,4 milhões, a ser pago em 8 parcelas de R$ 424.875,00. “O bloqueio solicitado pelo Ministério Público busca justamente garantir a formalização e execução deste convênio, indispensável para a manutenção da assistência pediátrica prestada pelo hospital às crianças e adolescentes de todo o Rio Grande do Norte”, afirma a unidade.

Secretaria diz que convênio será assinado “em breve”
Em nota, a Sesap disse que a demora para finalizar o novo convênio com o Varela Santiago se deu “em virtude das negociações em torno da proposta e a resolução de pendências a respeito da prestação de contas de três convênios anteriores”.

A Sesap destaca que tem “obrigação legal, exigida pelos órgãos de controle, de realizar a prestação detalhada desses processos, o que causou por fim a demora para a renovação da parceria”.

Segundo a pasta, o novo convênio está com o seu processo “em fase de finalização pela área técnica, para ser encaminhado à assinatura final em breve”.

A Secretaria acrescentou que reconhece a importância da renovação pela “relevância do serviço prestado pelo Hospital Varela Santiago ao público infantil e prioriza a manutenção desta relação.”

agora rn

Operação da PF cumpre mandados no RN e combate crimes de abuso sexual infantil na internet

Postado em 18 de setembro de 2025

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (18), a 18ª fase da Operação Uiraçu, destinada a combater o armazenamento e o compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantil na internet.

Policiais federais cumprem dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal e São Gonçalo do Amarante. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos aparelhos celulares que passarão por perícia técnica, a fim de subsidiar as investigações em andamento.

Os alvos dos mandados são suspeitos de crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. O nome da operação, Uiraçu, faz referência a uma ave de rapina que costuma atacar pequenos mamíferos, especialmente filhotes, simbolizando a ofensiva da Polícia Federal contra predadores sexuais que vitimam crianças e adolescentes.

tribuna do norte

TCE determina medidas urgentes ao Governo do Estado para sanar déficit bilionário na Previdência

Postado em 18 de setembro de 2025

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) decidiu nesta quarta-feira (17) determinar uma série de medidas que buscam evitar um quadro de insolvência para o pagamento de aposentados: o déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do RN atingiu a marca de R$ 54,3 bilhões. Esse desequilíbrio a longo prazo, que significa a diferença entre o que o Estado tem de recursos e o que precisará pagar no futuro em aposentadorias e pensões, aponta que não haverá dinheiro suficiente para honrar todos os compromissos.

Diante da gravidade do quadro, num contexto de fiscalizações e auditorias regulares nos últimos anos que evidenciaram a crise no sistema previdenciário estadual, o TCE determinou que o Instituto de Previdência do Estado (Ipern) se abstenha de realizar novos resgates das aplicações financeiras do Fundo Previdenciário, além de, junto ao Governo do Estado, elaborar um plano de ação com medidas estruturantes para o reequilíbrio das contas, a ser apresentado no prazo de 60 dias úteis.

O plano de ação deve mostrar de forma clara como será feito o ajuste das contas da Previdência, reduzindo o déficit financeiro e equilibrando os recursos existentes com as despesas futuras de aposentadorias e pensões. As medidas precisam incluir um novo estudo atuarial, a elaboração de um projeto de lei a ser enviado à Assembleia Legislativa e a criação de estratégias que garantam a formação de reservas financeiras suficientes para sustentar os pagamentos no longo prazo.

As determinações foram impostas no âmbito do processo nº 3136/2024-TC, durante julgamento realizado pelo Tribunal Pleno nesta quarta-feira (17). Os conselheiros aprovaram à unanimidade o voto-vista relatado pelo conselheiro Antonio Ed Souza Santana, entre os quais a relatora originária do processo, conselheira substituta Ana Paula Gomes, e o conselheiro Paulo Roberto Alves, que havia relatado um primeiro voto-vista.

“É uma situação caótica. Alguma coisa precisava ser feita. E acho que ninguém melhor que o Tribunal de Contas, órgão constitucionalmente incumbido de fazer esse controle, sob o ponto de vista atuarial, previdenciário, legal, de legitimidade e economicidade, exercer o seu papel constitucional, com prudência e equilíbrio, e decidir nesses termos. É uma decisão, sob o meu ponto de vista, histórica”, disse o presidente Carlos Thompson Costa Fernandes após a decisão.

Déficit triplicou em 10 anos

Segundo os termos do voto apresentado pelo conselheiro Ed Santana, os dados demonstram um crescimento exponencial do déficit. A projeção leva em consideração o total de obrigações previdenciárias do Estado com os servidores públicos estaduais e os ativos disponíveis no Fundo Previdenciário, que correspondiam, ao final de 2023, a apenas R$ 142 milhões, o equivalente a 0,29% dos compromissos previdenciários totais.

Em 2024, o saldo negativo nas contas da Previdência chegou a R$ 1,83 bilhão — o que corresponde a mais de 10% de toda a receita do Estado. Dez anos antes, esse valor era de R$ 543 milhões. Ou seja, o déficit anual mais que triplicou no período.

Ainda conforme o voto, o agravamento do quadro está relacionado à extinção do Fundo Previdenciário, com a transferência de seus recursos para o fundo financeiro, sem a devolução das reservas sacadas nem a devida compensação atuarial. Como consequência, o patrimônio acumulado foi rapidamente exaurido, o que compromete a sustentabilidade do regime, baseado em repartição simples, sem reservas garantidoras suficientes.

Uso indevido de recursos

Segundo a representação que originou o processo, produzida pela Diretoria de Controle de Pessoal (DCP), o Ipern vinha usando, desde 2023, os rendimentos e até parte dos recursos aplicados em fundos de investimento para bancar o pagamento mensal de aposentados e pensionistas. “O risco não é apenas o colapso das contas públicas, mas também a perda de credibilidade fiscal e de capacidade de investimento do Estado”, alertou o conselheiro Antonio Ed Souza Santana.

Além das medidas já citadas, o TCE também determinou que o Estado cubra com recursos próprios eventuais insuficiências para pagamento de benefícios; preveja, nos próximos orçamentos, valores suficientes para honrar os compromissos do RPPS; e se abstenha de utilizar os recursos previdenciários de forma incompatível com sua finalidade original.

Risco de perder recursos federais

O TCE também alertou para outro problema grave: a possibilidade de o Estado perder o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), exigido pelo governo federal para transferências voluntárias e contratação de empréstimos. Somente entre 2023 e 2024, o Rio Grande do Norte recebeu mais de R$ 400 milhões em recursos que dependiam desse certificado. Se o CRP for suspenso, esses repasses ficam bloqueados.

O conselheiro acrescentou que, no último dia 7 de agosto de 2025, transitou em julgado a decisão do STF que legitimou a possibilidade de imposição de sanções pela União aos entes federativos que descumprirem as normas gerais de organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência social.

PARA ENTENDER

O que foi decidido?

As principais determinações aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado são:

Ao Ipern:

Deve se abster de utilizar recursos aplicados em investimentos de médio e longo prazo, assim como seus rendimentos, para cobrir o déficit mensal da previdência. O descumprimento resultará em multa de R$ 10 mil por ocorrência.

Ao Governo do Estado:

Tem a obrigação de garantir, com recursos do Tesouro Estadual, a cobertura completa do regime próprio de previdência sempre que as contribuições normais e extraordinárias não forem suficientes para o pagamento dos benefícios. O não cumprimento também acarretará multa de R$ 10 mil por ato.

Ao Governo do Estado e Ipern:

Devem apresentar, em até 60 dias úteis, um plano de ação com medidas para amortizar o déficit atuarial e reequilibrar a relação entre as reservas disponíveis e os benefícios concedidos. O plano deve incluir:

  • Estudo atuarial atualizado
  • Proposta de projeto de lei a ser enviada à Assembleia Legislativa
  • Estratégias de capitalização de reservas

As estratégias contemplam a destinação de imóveis para o fundo, implantação de contribuições e aportes suplementares, instituição de nova segregação de massas, além de outras alternativas previstas na legislação. Embora o plano deva ser entregue em 60 dias, as medidas nele previstas têm até 35 anos para serem concretizadas.

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