Moro tem mandato sob ameaça e corre risco de derrota já no Paraná

Réu em uma ação de investigação judicial eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico na pré-campanha das eleições de 2022, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) corre risco de derrota já em seu próprio reduto, a Justiça do Paraná.

A avaliação é de adversários políticos e também de aliados do ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, para os quais há uma tendência desfavorável a Moro no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do estado.

A fase atual do processo, que pode decidir pela cassação de seu mandato, é de produção de provas. Além de irregularidades na pré-campanha, Moro é acusado de gastos eleitorais acima dos limites estabelecidos pela lei.

Para a disputa pelo Senado do Paraná, o teto era de R$ 4,4 milhões. Moro declarou um gasto de R$ 5,2 milhões, segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O senador nega qualquer irregularidade.

O clima antes apontado como favorável para o ex-juiz federal mudou desde o dia 5, com a posse de três novos integrantes do tribunal.

A substituição de membros do TRE levou até à designação de um novo relator do caso. Com a saída de Mário Helton Jorge do tribunal, o desembargador D’ Artagnan Serpa Sá assumiu a relatoria da ação.

No meio jurídico, a aposta era a de que Helton apresentasse um parecer pela improcedência da representação contra Moro. Mas ele acabou submergindo após repercussão do discurso, durante sessão em abril, em que afirmou que o Paraná “tem nível cultural superior ao Norte e ao Nordeste” e que é um local que não tem o “jogo político dos outros estados”.

Helton havia assumido a relatoria do caso após o vice-presidente e corregedor do TRE, Fernando Wolff Bodziak, se julgar impedido.

Em junho, Helton indeferiu pedidos de quebra de sigilo e busca e apreensão contra os investigados.

No Tribunal de Justiça do Paraná, o novo relator não figura na lista dos lava-jatistas. Entre seus pares, Serpa Sá —que foi assessor do ex-governador José Richa— é descrito como capaz de resistir à pressão de apoiadores de Moro.

Também estreia no tribunal o advogado Julio Jacob Junior. Ligado ao ex-governador tucano Beto Richa, ele foi nomeado pelo presidente Lula (PT) em abril, após um périplo por Brasília.

Seu nome também foi submetido a uma junta composta pelo governo, apresentando-se como um advogado sem vínculos políticos, garantista, ou seja, da corrente que tende a privilegiar os direitos individuais e a presunção de inocência nos julgamentos.

Segundo relatos, quando indagado diretamente sobre os pedidos de cassação do mandato de Moro, apresentados pelo PL e pelo PT, Jacob afirmava que, se houver comprovação de descumprimento da lei eleitoral, não deixaria de votar pelo afastamento do ex-juiz por causa de seu currículo, número de votos ou pressão da opinião pública.

O juiz Anderson Ricardo Fogaça também acaba de assumir uma cadeira do TRE. Ele exerceu a função de juiz-auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça na gestão de José Laurindo de Souza Netto —que hoje postula a preferência de Lula para o Superior Tribunal de Justiça.

Fogaça também é listado entre os que poderiam votar pela cassação do mandato de Moro em caso de apresentação de provas consistentes.

Reconduzido ao tribunal em janeiro de 2022, o advogado Thiago Paiva dos Santos foi nomeado para o TRE em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o aval de Moro, à época seu ministro da Justiça.

Isso, porém, não é interpretado como sinal pró-Moro.

Casado com uma sobrinha do secretário estadual e ex-líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros, Thiago já integrou o conselho estadual de trânsito no governo Richa.

Aliados de Moro elencam o juiz Guilherme Denz e a desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani como possíveis apoiadores da manutenção de seu mandato.

Isolado politicamente no Paraná e autor de duras críticas ao Judiciário, Moro tem um cenário apontado como mais confortável caso consiga pelo menos um empate, entre os seis votos, o que levaria a decisão para o presidente do TRE, Wellington Emanuel Coimbra de Moura, com quem já se reuniu.

Segundo relatos, o desembargador teria aconselhado que Moro se preocupasse mais com o julgamento do TSE, que dará a palavra final —seja qual for o resultado no Paraná, deve haver recurso à corte superior.

A Folha procurou os integrantes da corte citados, mas nenhum deles se manifestou.

O julgamento de Moro ocorre no mesmo ambiente político que levou o TSE a cassar, por unanimidade, o registro da candidatura e, consequentemente, o mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

A ação contra Deltan decorreu de representação da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e do PMN, que alegaram que Deltan não poderia ter deixado a carreira de procurador da República para entrar na política porque respondia a sindicâncias, reclamações disciplinares e pedidos de providências junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Deltan e Moro recebem o mesmo rótulo de um amplo espectro do mundo político, que aponta ambos como responsáveis por usar a Lava Jato e a Justiça para se projetarem politicamente.

Moro ainda tem contra si a lista de gastos realizados pelo Podemos e a União Brasil na corrida eleitoral de 2022.

Nas ações, Moro e seus suplentes são acusados de, supostamente, orquestrar um conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para depois migrar para uma disputa, a do Senado, com teto de gastos muito menor.

A ação destaca também a contratação de empresas registradas em nome do suplente, o que poderia configurar prática de caixa 2.

Defensor de Moro, o advogado Gustavo Guedes nega irregularidades e diz confiar em um resultado técnico. “Espero que, como sempre, o TRE faça uma análise técnica das provas”.

Procurado, o senador não quis se manifestar pessoalmente.

Diante da possibilidade da perda de mandato, o que acarretaria a convocação de eleição suplementar, já há uma intensa disputa de bastidores entre políticos paranaenses que despontam como potenciais candidatos ao Senado. Entre eles, o próprio Ricardo Barros, além da presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann.

politicalivre

Postado em 17 de julho de 2023

Chefes da CBF veem ligação de Ancelotti falando de prioridade ao Real como “normal” e mantém planos

A Confederação Brasileira de Futebol não vai comentar sobre recente reportagem do jornal espanhol ‘Marca’, que afirma que Carlo Ancelotti teria ligado para o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e pedido ao brasileiro para “baixar o tom das declarações” sobre ele.

De acordo com a reportagem, Ancelotti, teria reafirmado seu “compromisso com o Real”, deixando claro “sua prioridade absoluta é o Real Madrid, tanto no presente como no futuro”.

Segundo o Globo apurou, dirigentes da CBF consideraram “normal” as frases publicadas pelo jornal espanhol, tendo em vista que a temporada de clubes na Espanha ainda vai começar e Ancelotti tem contrato com Real Madrid até a metade do ano de 2024. Dirigentes mantém os planos de contar com o treinador para comandar a seleção brasileira.

De acordo com dirigentes da CBF, Ancelloti e CBF se falam por telefone com frequência.

A CBF já teria um acordo com o treinador para assinatura de um contrato após temporada no Real Madrid.

Folha PE

Postado em 17 de julho de 2023

PF determina que Anderson Torres devolva R$ 120 mil em salários recebidos durante a prisão

A Polícia Federal determinou que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres devolva cerca de R$ 120 mil em salários recebidos enquanto esteve preso. Como delegado da corporação, ele recebe remuneração de aproximadamente R$ 30 mil mensais e ficou detido por 117 dias, no Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar, no Guará, em Brasília, por suspeita de omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Torres responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na PF que investiga possíveis ilegalidades cometidas como servidor público. Ainda não há definição de como os valores serão restituídos à corporação ou a partir de quando devem ser descontados dos seus contracheques.

Ao Globo, o advogado Eumar Novacki, que representa Anderson Torres, afirmou desconhecer a decisão acerca da devolução dos salários. “Caso a informação seja procedente, assim que notificada, tomará as medidas cabíveis para se evitar possíveis abusos”, informou o criminalista, em nota.

A decisão tem como base uma nota técnica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de 2013, que prevê a suspensão dos pagamentos em caso de prisão preventiva.

“Diferentemente ocorre no caso de prisão preventiva do servidor, nos termos do art. 312 e seguintes do Código de Processo Penal, tendo em vista que este será privado de liberdade e, portanto, estará afastado de suas funções, fato que se constituirá como efetiva falta ao serviço, não lhe sendo devida, consequentemente, a percepção de remuneração, benefícios, adicionais e auxílios”, diz um trecho do documento.

Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, cadeira que ocupou ao deixar o primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres é investigado em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) por sabotar o esquema de proteção montado para evitar os ataques às sedes dos Três Poderes.

Na ocasião da invasão e depredação no Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do Supremo, Torres estava nos Estados Unidos, sendo preso ao desembarcar no Brasil. Ao determinar a expedição do mandado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, descreveu as atitudes do delegado como “descaso” e “conivência” e sustentou não haver qualquer justificativa para a omissão do então secretário de Segurança.

Em maio, ao reavaliar a prisão preventiva, Moraes decidiu que ela não seria mais necessária após a realização de “novas diligências policiais” e afirmou que “no presente momento da investigação criminal, as razões para a manutenção da medida cautelar extrema” terminaram e que “a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade”.

A liberdade de Torres está condicionada ao cumprimento de uma série de medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar de noite e nos fins de semana e a proibição de deixar o Distrito Federal. Além disso, ele também está proibido de utilizar redes sociais e de conversar com outros investigados.

folhape

Postado em 17 de julho de 2023

Em meio a pressão, Tarcísio enfrenta dilemas para se aproximar do centro

Parte das forças políticas emitiu a Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas passou os últimos dias tentando aparar o mal-estar instalado entre ambos após o desentendimento em reunião com a bancada do PL, realizada na semana passada em Brasília. Na ocasião, o governador de São Paulo tentou argumentar a favor da reforma tributária, apoiado acertadamente por ele, mas acabou sendo interrompido pelo ex-presidente. Na sequência, chegou a ser vaiado por parlamentares da sigla que, sob orientação do próprio Bolsonaro , cerraram recebidos contra o projeto, com o recebimento de dar de bandeja a Lulaa “vitória” na aprovação do texto. O capitão, aliás, pressionou os seus orgulhosos para que votassem contra ou que ao menos se manifestassem pelo adiamento da votação. Como se sabe, acabariam sendo derrotados no Congresso — com vinte deputados do PL votando a favor da reforma. Além de não ter rendido resultados práticos, a reunião permitiu a exposição pública de uma importante divergência entre dois líderes fundamentais da direita.

Diante do inegável mal-estar, o governador e o ex-presidente procuraram agir rápido. Logo no dia seguinte, fizeram gestos de reconciliação, em um novo encontro em Brasília. Em uma conversa classificada como “franca” por Tarcísio, o governador manteve sua posição sobre a reforma tributária, embora tenha feito questão de pontuar mais uma vez a sua gratidão a Bolsonaro. Ambos também se preocupam em dar sinais públicos de que estão em paz. Pelo lado do ex-presidente, o seu filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — um dos mais ferozes ao criticar Tarcísio após o episódio em Brasília —, fez questão de se encontrar com o governador para aparar alguma aresta.

O clima de reconciliação permitiu o problema mais imediato, mas não deve ser suficiente para afastar as desconfianças de ambas as partes. Os aliados mais aguerridos do capitão suspeitam que Tarcísio pode fazer novos movimentos a fim de se afastar de Bolsonaro, de forma a ocupar o espaço de uma direita menos radical com vistas a uma possível candidatura presidencial em 2026. Esse campo ficou aberto com a inelegibilidade do ex-presidente confirmado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE). Para os bolsonaristas raiz, articular politicamente com a pretensão de substituir o ex-presidente é uma traição, enquanto ele ainda não esgotar os recursos para reverter a sentença, por mais confiante que seja obter algum sucesso na empreitada. “Se ele virar as costas para essa turma, dificilmente terá condições de construir uma candidatura ao Palácio do Planalto, caso esse seja realmente seu plano”, afirma Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas.

Ao mesmo tempo, Tarcísio tem sofrido pressão entre o pessoal que deseja carimbá-lo quanto antes com a marca de “presidenciável” e, de preferência, num figurino mais ao centro, o que embute a necessidade de abandonar as bandeiras mais radicais. “A disputa ainda está distante, mas o Tarcísio é a opção número 1 e só não será candidato se não quiser ou se fizer um péssimo governo em São Paulo, o que é entregue, dada a popularidade crescente dele”, avalia o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civilde Bolsonaro e cacique do Centrão. O deputado Marcos Pereira, presidente dos Republicanos, sigla de Tarcísio, diz que o governador foi um “grande estadista” no episódio da reforma tributária. “Foi impetuosamente massacrado e atacado pelos que fazem oposição por oposição”, afirmou. Para se equilibrar entre a pressão dos dois lados, o governador tem declarado que seu foco é São Paulo — seu discurso tem sido no sentido de defender um “legado” para o estado.

Por outro lado, a despeito do sentimento sincero de agradecimento a Bolsonaro por ter apostatado nele como ministro e, depois, como candidato ao Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio deixa claro que tem um estilo próprio de governar e de lidar com o mundo político. No encontro de reconciliação, inclusive, ele teria deixado claro a Bolsonaro que “amigo é aquele que diz o que o outro não quer ouvir” e alertado o ex-capitão para que contivesse a ala radical da sua legenda.

No âmbito estadual, Tarcísio também procura se mostrar irredutível no esforço para fazer um governo técnico. Recentemente, não cedeu às pressões da União Brasil pelo comando da Secretaria de Habitação, cobiçada por ter um orçamento anual de 1,4 bilhão de reais, um dos maiores do Palácio dos Bandeirantes. Os interlocutores, garantiram que não irão negociar mudanças em seu secretariado em troca de apoio no Legislativo e que preferem, inclusive, sofrer derrotas a desmembrar seu “time técnico”.

Esse estilo conhecido de Tarcísio vem provocando desde o início de sua gestão trombadas com os bolsonaristas mais radicais. O governador tem compromissos e deve favorecer Gilberto Kassab (PSD), que foi fundamental na campanha e é seu atual secretário de Governo. Na disputa por espaços dentro do Palácio dos Bandeirantes, Kassab é visto como um rival pela turma do ex-presidente. A lentidão em aceitar sugestões de nomes de bolsonaristas e outros integrantes da pretensa base aliada representa outro problema. Recentemente, o primeiro sinal de alerta veio do próprio PL, quando parte da bancada se insurgiu contra um projeto de reajuste salarial para presos enviados pelo Executivo.

O movimento foi visto como um fato isolado de uma “minoria” da bancada que é hoje a maior da Casa, com dezenas de parlamentares, mas aliados veem um cenário difícil em votações futuras. “Uma parcela crescente do PL na Assembleia quer mais participação em cargas e eles não vão sossegar enquanto não tiveram isso. E o Tarcísio vai ter que negociar”, diz um correligionário do governador. Esse mesmo aliado avalia que, a partir do segundo semestre, com o envio de propostas mais complexas, como a da reforma administrativa, a tendência é que a temperatura aumente.

Apesar das diferenças de comportamento e temperamento entre Bolsonaro e o governador, o fato é que os destinos políticos dos dois devem continuar entrelaçados — pelo menos, por enquanto. Inelegível, o ex-presidente precisa do apoio do aliado para continuar alimentando seu eleitorado e não cair na irrelevância. Tarcísio, por outro lado, poderá prescindir do apoio do capitão se quiser alçar voos mais altos. Recém-lançada, a pesquisa “Para onde vai a direita”, dos institutos Locomotiva e Ideia, ilustra bem o cenário. O levantamento mostrou que quase a metade dos mais de 58 milhões de eleitores de Bolsonaro no segundo turno das eleições do ano passado o considera uma figura indispensável para representar o campo da direita no Brasil.

O mesmo levantamento mostra que, diante da confirmação de que o ex-presidente estará mesmo fora do jogo político por muitos anos, cenário mais evidente, o apoio de Bolsonaro continuará sendo crucial: 28% dos candidatos admitem que é possível que existam outras pessoas para representam o campo de oposição à esquerda, mas desde que recebem o aval de Bolsonaro. “O Tarcísio ainda está muito ligado ao Bolsonaro e, caso ele não tenha o apoio do ex-presidente, o fato de ele ser governador de São Paulo, por exemplo, pode até pesar contra. Em outras regiões há uma certa falta de identificação e até antipatia em relação ao estado”, afirma Cila Schulman, CEO do instituto Ideia.

Enquanto o peso político de Bolsonaro sem obrigatoriedade representa uma grande incógnita, sobretudo a médio e longo prazo, Tarcísio tem um campo aberto à frente. Depois de décadas de gestões tucanas, ele encontrou o governo com caixa para fazer investimentos e uma grande relação de obras já licitadas, e que devem, portanto, ser inauguradas nos próximos anos. Caso queira disputar a reeleição, não há ainda nenhuma força relevante na oposição capaz de lhe fazer frente. Na hipótese de um projeto político mais ambicioso, no entanto, vai ter o desafio de construir uma identidade própria sem perder a ligação com Bolsonaro e seus seguidores mais radicais. Até para um engenheiro, campo de formação de Tarcísio, vai ser uma obra desafiadora.

VEJA

Postado em 17 de julho de 2023

Plano de grampear Moraes teria começado em setembro e contado com hacker

Em setembro de 2022, três meses antes de Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira se reunirem com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para propor um plano de gravar o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal, como revelou VEJA na edição desta semana , ao que tudo indica, foi plantada a semente da trama de um grampeamento ilegal do magistrado. O objetivo seria flagrar Moraes em qualquer diálogo que pudesse pôr em xeque a sua imparcialidade como juiz e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o objetivo de causar um escândalo e, a partir disso, invalidar a eleição.

Como mostrou VEJA em agosto passado , no dia 10 daquele mês, Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada, fora da agenda oficial, o hacker Walter Delgatti Neto, que ficou famoso com a Vaza-Jato. Em seguida, o rapaz esteve no Ministério da Defesa . A aproximação entre Delgatti e Bolsonaro foi intermediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que era então uma das aliadas mais próximas do presidente. Na ocasião, Delgatti, Bolsonaro e Zambelli conversaram no Alvorada sobre supostos supervisores técnicas das urnas eletrônicas.

Na primeira quinzena de setembro, Delgatti teria sido acionado por Zambelli para uma nova conversa que, como ele descobriria em seguida, seria com o próprio presidente. “Eu encontrei a outra (Zambelli) e ela levou um celular, abriu o celular novo, colocou um chip, aí ela cadastrou o chip e ele (Bolsonaro) telefonou no chip. Foi por chamada normal”, relatou Delgatti.

Nessa conversa, Bolsonaro teria proposto a Delgatti que ele assumisse a autoria de um grampeamento ilegal de Moraes que, mais cedo ou mais tarde, viria ao público. “Eles precisam de alguém para apresentar (os grampos) e depois eles garantem que limparam a barra”, confidenciou. A ideia era clara: usar o hacker para reeditar uma espécie de Vaza-Jato – o célebre fuga de diálogos da força-tarefa da Lava-Jato que colocou sob suspeita o ex-juiz Sergio Moro e livrou Luiz Inácio Lula da Silva da Justiça – , desta vez em benefício de Bolsonaro. Nos relatos que fez, Delgatti se refere ao então presidente como Zero Um. “Ele (Bolsonaro) falou: ‘A sua missão é assumir isso daqui. Só, porque depois o resto é com nós’. Eu falei beleza. Aí ele falou: ‘E depois disso você tem o céu’”. Confira o vídeo abaixo:

Na suposta conversa com o hacker, Bolsonaro teria dito que já havia conseguido interceptar mensagens internas trocadas entre Moraes e servidores da Justiça, nas quais o magistrado estaria discordando sobre supostas vulnerabilidades das urnas e uma preferência pelo candidato Lula. Esse ponto deveria ser explorado na imprensa para alegar a suspeita do ministro e tirá-lo da condução do processo eleitoral. O hacker topou de imediato a oferta e ficou de prontidão, aguardando novos contatos do núcleo duro do bolsonarismo para tratar do assunto.

À mesma época, enquanto não chegavam a ele novas informações sobre a operação, Delgatti procurou um funcionário da operadora de telefonia TIM e ofereceu a ele dinheiro para que ajudasse no grampeamento ilegal do ministro, fornecendo um chip com o mesmo número do usado por Moraes. Uma conversa entre o hacker e o funcionário da comunicação foi gravada sem o conhecimento de Delgatti. Nela, o hacker insinuou ao interlocutor que havia mais pessoas por trás dessa operação que resultaria em um crime. O funcionário da TIM não aceitou participar da trama.

Em 26 de setembro, ao tomar conhecimento do plano envolvendo o hacker e o Palácio do Planalto, uma reportagem de VEJA registrada no 1º Ofício de Notas e Protesto de Brasília um documento que narrava a suposta articulação para grampear Moraes e fazer o hacker assumir a autoria do crime — embora grave, não havia provas sobre a história para tornar o caso público. Réu na Justiça por roubar mensagens da Lava-Jato, Delgatti é comumente descrito pelos investigadores como um mitômano, exagerando muitas vezes nas histórias e nas suas relações com os poderosos. No entanto, fatos novos ocorridos no último mês deram uma nova dimensão ao caso.

Um deles é o relato do senador Marcos do Val , revelado por VEJA na quinta-feira, 2. Ele contou que participou de uma reunião com Bolsonaro e Daniel Silveira no Palácio da Alvorada, em 9 de dezembro, na qual lhe pediram para agendar uma audiência com Moraes e leva um microfone escondido. O senador detalhou, em entrevistas, que a conversa seria transmitida em tempo real para um veículo que ficaria estacionado perto do STF, onde seria gravada. Em uma das mensagens que Silveira inveja a Do Val para combinar o plano, o ex-deputado garantiu que o senador não seria exposto — possivelmente, um terceiro assumiria a responsabilidade pelo ato criminoso. Após o caso vir a público, Delgatti interveio com interlocutores que viram no relato do senador a continuação do plano iniciado em setembro.

Outro episódio também mostra que o hacker esteve todo o tempo a serviço do bolsonarismo golpista. No início de janeiro deste ano, veículos de imprensa noticiaram que alguém entrou nos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e expediu um falso mandado de prisão assinado por Moraes contra ele mesmo. O texto que constava do documento falso deixa claro que ele foi escrito por um típico bolsonarista. “Sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, (…) DETERMINO a remessa imediata (…) de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, espera-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, dizia o documento falso, datado de 4 de janeiro.

Quando o episódio veio ao público, o CNJ o minimizou, informando que encontrou uma “inconsistência” no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões “causada pelo uso indevido de credencial de acesso ao sistema, que já estava devidamente bloqueado”. O que não se sabia até agora é que a invasão hacker foi mais extensa e gerou outros dois documentos falsos inseridos no sistema do Judiciário: uma ordem de bloqueio de bens de Moraes (no valor de 22,9 milhões de reais, o mesmo de uma multa imposta pelo TSE ao PL, partido de Bolsonaro) e uma quebra do sigilo bancário do magistrado (no período de outubro de 2018 a outubro de 2022, mês da eleição), com data de requisição em 4 de janeiro e prazo para resposta dos bancos de apenas três dias – um indicativo de que um dos intentos do invasor era obter acesso às contas do ministro, e não apenas pregar uma peça, ainda que a chance de sucesso fosse remota. A invasão, entretanto, foi descoberta a tempo e está sendo investigada pelo CNJ e pela Polícia Federal. Delgatti conto a pessoas próximas sobre como efetuou o hackeamento. Sua aliada, Carla Zambelli, também teria mencionado o episódio com seu ambiente. Procurado por VEJA, Delgatti disse que não vai comentar o episódio da invasão do CNJ.

Na semana passada, Moraes determinou que a PF investigasse os relatos feitos por Marcos do Val sobre a ideia do grampo ilegal com possíveis envolvimentos de Bolsonaro. Diante das novas revelações sobre o claro plano ilegal, é provável que o hacker da Vaza-Jato também seja chamado a jogar mais luzes sobre a operação aloprada.

VEJA

Postado em 17 de julho de 2023

Cantor Jorge Aragão é diagnosticado com linfoma não Hodgkin

O cantor Jorge Aragão foi diagnosticado com linfoma não Hodgkin, informou sua assessoria de imprensa neste sábado (15). O câncer afeta os linfócitos, células responsáveis por proteger o corpo de infecções.

“Em respeito aos amigos, contratantes e fãs, o cantor e compositor Jorge Aragão, através de sua assessoria de imprensa, torna público informar que após uma bateria de exames foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin.”

Segundo o comunicado, o artistia iniciará imediatamente o tratamento, mas manterá os compromissos profissionais “à medida do que for possível”.

“O artista iniciará imediatamente o seu tratamento e segue confiante, sob o cuidado da hematologista Caroline Rebello, e contando com o apoio, orações e energias positivas de todos para seguir tranquilo.”

Entenda o que são os linfomas

O sistema linfático, composto por linfonodos (ou gânglios), vasos e tecidos, faz parte do sistema imunológico, sendo responsável pela produção das células que atuam na defesa do organismo. Quando um câncer tem origem nesse sistema, ele pode ser considerado um linfoma de Hodgkin ou linfoma não Hodgkin.

A diferença entre os dois tipos está na característica como o câncer se espalha: os linfomas de Hodgkin se disseminam de forma ordenada, a partir de um grupo de linfonodos para o outro, através dos vasos linfáticos. No caso dos linfomas não Hodgkin, o câncer se espalha de forma não ordenada.

Os tecidos do sistema linfático estão espalhados pelo corpo, o que permite que o câncer tenha origem em qualquer lugar. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas não Hodgkin.

Sinais e sintomas
Os principais sintomas dos linfomas não Hodgkin são o aumento dos gânglios do pescoço, das axilas ou da virilha, suor noturno em excesso, febre, coceira na pele, cansaço e perda de peso superior a 10% sem motivo aparente.

CNN

Postado em 17 de julho de 2023

Até 2025, o Brasil deve ter 17 milhões de novos casos de câncer no colo do útero

De agora até 2025, cerca de 17 milhões de mulheres devem ser diagnosticadas com câncer no colo do útero, causado pelo papilomavírus humano (HPV), segundo estimativa do Ministério da Saúde. Em 2020, esse tipo de câncer matou 6.627 pessoas no Brasil. O vírus é de fácil transmissão na relação sexual – basta o contato com a pele infectada para a contaminação.

À Agência Brasil, a ginecologista Charbele Diniz estimou que em torno de 70% a 80% da população já teve algum contato com o vírus.

  • Existem diversos tipos de vírus, mais de 50 tipos de cepas diferentes do vírus e não são todos eles que vão causar o câncer. Tem alguns que causam só verruga e outros que nem vão se manifestar – explicou Charbele Diniz.

As ocorrências mais frequentes no Brasil dos chamados cânceres ginecológicos, aqueles que morreram um ou mais órgãos do aparelho reprodutor feminino, são de distúrbios no colo do útero, no corpo do útero e no ovário. A campanha Julho Verde-Escuro chama a atenção para a importância dos exames preventivos e do diagnóstico precoce desses cânceres.

Com exames preventivos, é possível que no futuro o Brasil erradique tumores malignos no colo do útero, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A meta poderá ser alcançada se a população seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um delas reforça que mulheres entre 25 e 35 anos devem fazer os exames preventivos e as pacientes que foram diagnosticadas com alterações devem receber o tratamento correto.

Meninas e meninos entre 9 e 14 anos de idade devem se vacinar contra o HPV. Para aumentar a imunização, o ideal é que a vacina seja tomada antes da primeira relação sexual.

O governo disponibiliza, desde 2014, a vacina quadrivalente contra o HPV. Crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos podem receber o imunizante no SUS, além de pessoas imunossuprimidas com até 45 anos.

A falsa crença de que a vacinação pode estimular uma iniciação sexual precoce ainda impede que pais levem seus filhos para se imunizarem.

  • A gente tem a vacina disponível, é uma vacina cara, é uma vacina que está aí, mas que não está sendo utilizada. São vários tabus, de o povo brasileiro achar que você está expondo a questão sexual para uma filha adolescente. Mas é mais uma vacina comum como outra qualquer – ponderou o chefe do Departamento de Ginecologia Oncológica do Inca, Gustavo Guitmann, à Agência Brasil.

Globo

Postado em 17 de julho de 2023

Casal nega ofensa a Moraes, mas admite “discussão acalorada” com filho de ministro

São Paulo — O casal Andréa e Roberto Mantovani, acusado de hostilizar a família de Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, na última sexta-feira (14/7), negou ter ofendido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), mas admitiu “discussão acalorada” com o filho do magistrado.

Em nota divulgada neste domingo (16/7) pelo advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, o casal afirma que houve um “equívoco interpretativo em torno dos fatos”, lamenta o que ocorreu no aeroporto da capital italiana e pede desculpas pelo “mal-entendido havido”.

Segundo a nota, as ofensas ao ministro Alexandre de Moraes atribuídas a Andréa “foram, provavelmente, proferidas por outra pessoa, não por ela”. Essa “confusão interpretativa”, diz o casal, provocou um “desentendimento verbal entre ela (Andréa) e duas pessoas que acompanhavam o ministro”.

Ainda de acordo com o casal, Roberto Mantovani, de 71 anos, atuou para “conter os ânimos” de um “jovem” que teria ofendido sua esposa. Esse jovem, segundo a Polícia Federal (PF), era o advogado Alexandre Barci de Moraes, de 27 anos, filho do ministro do STF.

“Dessa forma, reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao ministro Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio”, afirma a nota divulgada pelo casal.

Moraes retornava ao Brasil após palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. De acordo com a PF, a família do ministro foi abordada por uma mulher identificada como Andréa, que xingou o magistrado de “bandido, comunista e comprado”.

Ainda de acordo com as informações iniciais, o marido dela, identificado como Roberto Mantovani Filho, teria agredido fisicamente o filho de Moraes. A PF abriu inquérito para investigar o caso.

Na nota, Andréa e Roberto citam ainda “o veemente respeito que nutrem pelas autoridades públicas, extensivo aos seus familiares” e afirmam que as imagens eventualmente captadas pelas câmeras de segurança do aeroporto de Roma serão “esclarecedoras do mal-entendido havido”.

No texto, o casal pontua ainda que “acredita numa apuração isenta, técnica e equilibrada” e informa que ambos “já assumiram o compromisso de comparecer perante às autoridades investigantes, o que se dará muito em breve”.

O advogado do casal já havia dito ao Metrópoles que o caso se tratava de uma “confusão” e que outras pessoas que estavam no aeroporto de Roma é que teriam ofendido o ministro Alexandre de Moraes.

Depoimento à PF
Cunhado de Mantovani, Alex Zanatta Bignotto, de 41 anos, que também foi acusado de participar da agressão ao ministro Alexandre de Moraes, prestou depoimento à PF neste domingo, em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Segundo o advogado, ele também negou as acusações. Mantovani e sua mulher devem ser ouvidos pela Polícia Federal na manhã da próxima terça, na mesma cidade. A família vive em Santa Bárbara d’Oeste.

Metrópoles

Postado em 17 de julho de 2023

Ex-presidente José Sarney é internado no Maranhão após sofrer uma queda em casa

O ex-presidente José Sarney, de 93 anos, sofreu uma queda em casa depois de um tropeço e foi internado em uma unidade hospitalar do Maranhão neste domingo.

A informação foi divulgada pela filha do político, a ex-governadora maranhense Roseana Sarney, em uma rede social. Na publicação, ela informa que o pai passa bem:

“Levamos um susto muito grande. Meu pai tropeçou e caiu. Nós o levamos para um hospital, mas graças a Deus, os exames já concluíram e ele tá muito bem. Se deus quiser, vai ficar bom logo, logo”, afirmou a filha, em uma postagem.

folhape

Postado em 17 de julho de 2023

DEPUTADO UBALDO FERNANDES ESTARÁ MAIS UMA VEZ PRESENTE NA FEIRINHA DE SANT’ANA

Neste sábado o Deputado Estadual Ubaldo Fernandes estará presente, como de costume, em mais uma edição da Feirinha de Sant’Ana. A tradição de participar das Festividades da Festa não é de hoje, o Deputado é devoto também da padroeira do Seridó e visita a festa há pelo menos 10 anos, desde que era vereador de Natal e depois que passou a exercer o cargo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Em Currais Novos sua atuação é muito presente, por várias vezes visita a cidade participando de Audiências Públicas, visitas à Associações e Comunidades do Município. Desde que se elegeu Deputado Estadual, já foram mais de 600 mil reais em emendas destinadas para a cidade de Currais Novo e sua Zona Rural. os recursos foram para construção de Academia Popular, um Galpão Industrial para Oficinas de Costuras (aguardando a Prefeitura construir), Associações do campo e da cidade.

O Vereador Daniel Bezerra e demais lideranças que o apoiaram nesta última eleição estarão acompanhando o Deputado Ubaldo em sua agenda em Currais Novos neste sábado, 15, que contará com entrevistas em rádios, visitas à lideranças e caminhada pela Feirinha de Sant’Ana.

Postado em 15 de julho de 2023

Vaga de ministro do Supremo: Além do ministro da Justiça, Flávio Dino, veja outros nomes cotados para suceder Rosa Weber

Antes mesmo do início dos trabalhos de Cristiano Zanin no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o advogado irá substituir Ricardo Lewandowski, os olhos se viram para uma segunda cadeira da Corte alvo de cobiça este ano: a da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro. No páreo, um dos nomes mais aventados nos últimos dias é o do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. No entanto, ele não é o único cotado para ocupar a vaga.

Indicada para o Supremo pela então presidente Dilma Rousseff (PT) após a saída de Ellen Gracie, em dezembro de 2011, Rosa Weber terá de se aposentar no máximo até 2 de outubro, quando completa 75 anos. Alas do governo e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a nomeação de uma mulher negra para a cadeira como forma de ampliar a diversidade no STF — hoje, não há negros na Corte, e apenas duas das 11 cadeiras são ocupadas por mulheres, número que cairá para uma com a aposentadoria de Rosa.

A disputa nos bastidores aventa nomes de quadros do governo, de cortes superiores e de políticos, mas a decisão ainda é incerta. O nome indicado por Lula para a vaga deverá ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, depois, pelo plenário da Casa, a exemplo do que ocorreu com Zanin.

Veja quem são os mais cotados para a vaga:

Bruno Dantas

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, conseguiu angariar apoios que vão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, recém-nomeado, ao ex-presidente José Sarney. Nos bastidores, há relatos sobre um acordo de apoio mútuo entre Zanin e Dantas, em que o primeiro indicado ajudaria o outro.

Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também conta com o apoio do ministro Gilmar Mendes, do STF. Nos últimos meses, ele diminuiu a temperatura das discussões sobre uma possível divisão entre Câmara e Senado na análise das indicações presidenciais à Corte. Bolsonaristas defendiam a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição para que os deputados também chancelassem os nomes para o Supremo.

Regina Helena Costa

Nos últimos dias, também passou a correr nos bastidores o nome da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa, de 61 anos. De perfil discretíssimo e comparado frequentemente ao de Rosa Weber, ela é referência em Direito Tributário e uma das integrantes das turmas que mais lidam com matérias caras à União. Foi indicada para o STJ em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Simone Schreiber

A desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, conhecida crítica à Operação Lava-Jato, conta com o apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, além de integrantes do grupo de juristas Prerrogativas, que embarcou na candidatura do presidente Lula em 2022.

Vera Lúcia Santana

A advogada Vera Lúcia Santana, única mulher negra entre os nomes já aventados, ganhou diferentes apoios publicamente. A advogada tem interlocução com ministros como Edson Fachin e chegou a ser tietada durante eventos oficiais no Supremo. O vice-presidente Geraldo Alckmin também já defendeu a indicação de uma mulher negra para a vaga.

Benedito Gonçalves

Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves é o único negro entre os 33 integrantes da Corte. Ele também integra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde ocupa o posto de corregedor-geral. Neste ano, foi designado relator de ação que pedia a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso julgado no colegiado do TSE no final de junho. O nome do magistrado, porém, perdeu força nas últimas semanas.

Luís Felipe Salomão

Outro ministro do STJ, Luís Felipe Salomão também é corregedor-nacional de Justiça. Apesar de seu nome ter esfriado na corrida pela vaga, chega ao páreo cacifado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O Sul

Postado em 14 de julho de 2023

Antes impensável, aliança entre Lula e Centrão começa a ganhar força

Com raras características, não há adversário na política que não possa, com o passar do tempo, tornar-se um aliado. Na campanha de 2018, o candidato Jair Bolsonaro demonizou o Centrão, grupo ao qual se rendeu incondicionalmente, já como presidente da República, para garantir um mínimo de estabilidade a seu governo. A parceria deu certo, e hoje o capitão está filiado ao PL, partido de Valdemar Costa Neto, expoente da velha política que Bolsonaro tanto prometeu aos candidatos que combateria. Lulatambém é um especialista na arte da conciliação. Em tempos de oposição, ele chamou José Sarney de ladrão, mas anos depois, quando dava expediente no Palácio do Planalto, disse que o ex-presidente — que o ajudou a domar o então influente MDB — não podia ser tratado como uma pessoa comum . Do então tucano Geraldo Alckmin, Lula ouviu poucas vezes e boa no campo da ética durante anos, o que não o impediu de compor com o antigo rival, que agora é vice-presidente da República. Não há animosidade que resista ao pragmatismo dos políticos. Sem qualquer tipo de constrangimento, o ataque desferido hoje dá lugar a um abraço fraterno amanhã. É tudo uma questão de permitir — ou de necessidade.

A negociação arrastada entre Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira(PP-AL), é mais uma prova de que quase não há diferenças incontornáveis ​​nessa seara. Os dois permaneceram em campos opostos na corrida presidencial passada, não têm relação de amizade e não nutrem simpatia pessoal um pelo outro. A desconfiança impera de lado a lado. Apesar disso, estão cada vez mais próximos de selar uma aliança que pode render dividendos a ambos. Se conseguir compor com Lira, o presidente da República espera incorporar à sua base o Centrão e a massa de deputados liderados pelo comandante da Casa, que é o parlamentar mais poderoso do país. Há menos de um ano, um acerto desse tipo parecia difícil, considerando-se as declarações dadas na época. Na campanha de 2022, Lula disse, por exemplo, que, se ganhasse a eleição, daria um jeito no Centrão e afirmou que Lira agia como se fosse o imperador do Japão. A tensão entre as partes ainda persiste, mas está perdendo força de forma gradativa. Desde o início do mandato do petista, Lira repete que a articulação política do governo é falha e que a base aliada na Câmara está desorganizada. Ele sempre defendeu, como solução para o problema, o recebimento tradicional — distribuição de cargas e recursos pedidos pelos congressistas.

Do outro lado do balcão, os ministros de Lula seguraram essas dependências quanto controladas, até que os deputados, em reação, ameaçaram derrubar a medida provisória que reestruturava o governo e desenhava o novo ministério. O Planalto se viu obrigado a ceder um pouco, deu início ao empenho de emendas parlamentares (leia a matéria na pág. 32) e passou a negociar a expansão de espaços de partidos do Centrão na máquina pública. Tudo de forma um tanto quanto arrastada — no modo “inscrição”, dizia-se na Câmara. Lira e companhia nunca considerou esses gestos iniciais suficientes e, para viabilizar o avanço de pautas prioritárias do governo, passou a cobrar o comando de massas de ponta, como a Saúde, e a liberação de 9,8 bilhões de reais do antigo orçamento secreto, que hoje estão sob responsabilidade dos ministérios. Há pelo menos dois meses a negociação se manteve mais ou menos nesses termos, sem avançar nem ser engavetada. A situação, porém, começou a mudar em julho, quando a Câmara impôs a reforma tributária e o projeto que restitui o voto de qualidade a favor da União no conselho administrativo que julgou processos entre o Fisco e os contribuintes, o Carf.

Lira provou mais uma vez que controla as decisões do plenário e que aprova as matérias de interesse do governo se e quando quiser. De quebra, marcou pontos com o estabelecimento, ao dar seguimento a propostas de interesse do país. Apesar do protagonismo do deputado, Lula gostou do resultado. A avaliação positiva do governo no mercado financeiro, por exemplo, deu um salto ( leia a matéria na pág. 46). A possibilidade de um acordo, então, ganhou tradição. Falta acertar os detalhes. É justamente aí que a desconfiança de lado a lado funciona como um freio. Ao contrário do que queria o governo, Lira colocou em votação a reforma tributária e o projeto do Carf, mas não a proposta do novo arcabouço fiscal, que depende de uma análise derradeira dos deputados, não por acaso adiada para o segundo semestre. O parlamentar e seus colegas de Centrão entenderiam que, se entregassem tudo de uma vez ao governo, ficariam sem ativos para mercadejar e correriam o risco de não receber as obrigações devidas. A equipe de Lula fez um pensamento parecido. O presidente não conseguiu os ministérios e as estatais reivindicadas, nem distribuiu as verbas do antigo orçamento secreto (na eficiência exigida pelos parlamentares), por considerar que sempre recebia pedidos e,

Não à toa, Lula declarou que mudanças em cargas de primeiro escalão (com do Turismo), se ocorrerem exceção, serão realizadas a partir de agosto, quando serão retomados os trabalhos do Legislativo. A fatura de Lira e do Centrão é salgada. Há cerca de dois meses, o presidente da Câmara pediu a Lula a demissão do chefe da Casa Civil, Rui Costa, e sugeriu também a exoneração do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Os dois continuarão no governo, mas Rui Costa, que era o alvo preferencial da ira, foi obrigado a chamar Lira e o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, seu adversário político na Bahia, para conversar. Hoje os objetivos dos deputados são mais ambiciosos. Lira e companhia ainda não desistiram de assumir a Saúde, comandada por Nísia Trindade, mas, como parece que dificilmente conseguirão, adotaram como alternativas os ministérios do Desenvolvimento Social e do Esporte. Eles também querem cargas de comando na Caixa e em órgãos públicos com dinheiro e presença nos municípios, como a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Há cobrança ainda para que o governo acelere a liberação das verbas do antigo orçamento.

Em troca desses espaços, haveria a adesão de parte das bancadas do PP e dos republicanos à base aliada. Lula, que conta com 140 deputados fiéis, alcançou a marca de pelo menos 280 dos 513 deputados. Ou seja, a maioria da Casa. “Hoje, dependendo da matéria, 80% da nossa bancada apoia o governo mesmo sem ter nenhuma carga. O partido avalia que algumas questões são essenciais para o país, como a reforma tributária e o arcabouço”, diz o líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), citado pela legenda para substituir o petista Wellington Diasno Ministério de Desenvolvimento Social. Presidente do PP e ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira afirma que não vetará a nomeação de colegas para o governo, mas que não haverá adesão formal da sigla a Lula. Ele acrescenta que embarques de correligionários na base combinados têm de ser creditados à ação de Lira. “A base do governo depende do Arthur. Acho que ele quer se livrar dessa responsabilidade de toda hora ter de convencer os deputados a votar. Tudo o que foi aprovado foi graças única e exclusivamente ao apelo do Arthur”, declara o senador.

Numa entrevista recente, Lula tentou estar conversando com Republicanos e PP. Também está encaminhada a substituição da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, pelo deputado Celso Sabino, uma troca reivindicada pela União Brasil. De acordo com Elmar Nascimento, que, além de líder da sigla, é braço direito de Lira e candidato à sucessão dele no comando da Câmara, a entrada do presidente da República nas relações foi fundamental para destravá-las. “Sempre que o presidente entra em campo, as coisas melhoram. O governo, de fato, começou meio bagunçado, mas agora parece que vai engrenar”, declarou. Sob a proteção do anonimato, outra ponta de lança do time de Lira ressalta que a costura da aliança está bem encaminhada, mas só será sacramentada com a efetiva distribuição de cargas e recursos. “O único órgão confiável é oDiário Oficial da União ”, diz. Além das moedas de troca habituais, tem peso decisivo no bailado político de Lula e Lira a investigação que apura se houve crimes de fraude em licitação na compra de equipamentos de robótica por municípios alagoanos, inclusive com as emendas indicadas pelo presidente da Câmara.

Um dos assessores mais próximos do deputado foi alvo de uma ação da Polícia Federal, o que levou os advogados de Lira a pedir a suspensão da investigação, sob a alegação de que o alvo verdadeiro, mesmo que oculto, era o próprio parlamentar. Por isso, o caso deveria tramitar não na primeira instância, como ocorria, mas no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Gilmar Mendes aceitou com a tese e suspendeu a investigação. A vitória judicial momentânea não foi suficiente para acalmar totalmente Lira. Em conversas reservadas, ele culpa o ministro da Justiça, Flávio Dino, pela ofensiva da PF sobre seu assessor e alega que o objetivo era atingi-lo. Por enquanto, restrinja as críticas a Dino e poupe Lula, dando ao presidente o benefício da dúvida. Em seu terceiro mandato presidencial, Lula sabe muito bem que não vale a pena comprar briga com o presidente da Câmara. Dilma Rousseff não tinha o mínimo de preço por Eduardo Cunha e, por mais que os bombeiros tentassem ajudar, falharam na costura de um acordo de proteção mútua entre eles. O resultado é conhecido: Cunha abriu o processo de impeachment de Dilma e depois perdeu a presidência da Casa e a liberdade, passando uma temporada presa.

Cientes do precedente, Lula e Lira sonham com um jogo totalmente diferente, de ganha-ganha. A reta final dos trabalhos no primeiro semestre na Câmara mostrou ao presidente que um acordo com políticos de centro ajuda a destravar projetos prioritários ao país. Lira e o Centrão também lustram a própria imagem porque, quanto mais influíram para a modernização do país, menos críticas recebem pelo fisiologismo. No chamado presidencialismo de coalizão brasileiro, os mandatários são compelidos a distribuir cargas e recursos orçamentários em troca de apoio no Congresso. É do jogo e faz parte da estratégia para garantir a chamada governabilidade e a aprovação de projetos. O problema não é nesse modelo, mas no uso que os políticos e seus filhados fazem da máquina pública, que já caiu em escândalos monumentais de corrupção,

Quando Jair Bolsonaro se acertou com os congressistas, entregando-lhes ministérios e o orçamento secreto, Lula e os partidos de esquerda denunciaram com contundência o que chamaram de toma lá dá cá desavergonhado. Na campanha, esse discurso teve forte apelo nas redes sociais. Agora, o mesmo tipo de negociação, com as mesmas moedas de troca, não está causando as mesmas reações. As críticas ao fisiologismo foram substituídas por menções — acertadas — ao pragmatismo e à necessária formação de uma base de sustentação no Congresso. A aproximação do Executivo e do Legislativo está sendo vista com mais naturalidade — e assim deve ser. As que levaram à aprovação de projetos importantes para o país nos últimos seis meses provaram o que democracias mais maduras descobriram há muito tempo: não se avançando sem entendimento e concessões.

VEJA

Postado em 14 de julho de 2023

Biden diz que entrada da Ucrânia na OTAN pode causar início da 3ª Guerra Mundial

O presidente dos Estados Unidos disse que a OTAN ainda não aceitou a entrada da Ucrânia na organização porque isso poderia causar o início da Terceira Guerra Mundial.

Joe Biden disse que a aliança militar não pode aceitar a adesão de um país em guerra.

Vale lembrar que, se os ucranianos integrassem a OTAN e fossem atacados, os Estados Unidos seriam obrigados a lançar ofensivas contra a Rússia. É o que determina o tratado interno do grupo. Tentando evitar esse cenário, Biden afirmou que Vladimir Putin já perdeu o conflito.

Para o presidente americano, a Rússia não tem capacidade para manter a guerra durante anos. Por isso, segundo ele, Putin vai entender que a continuidade dos combates não está entre os interesses de Moscou.

Brasil se envolveria em um novo conflito mundial?
O professor Trevisan falou do Brasil, em caso de uma nova guerra. Para o especialista, nossas forças armadas também participariam.

Os possíveis sucessores de Putin
Na análise Valdir Bezerra, mestre em relações internacionais pela Universidade Estatal de San Petesburgo, caso Vladimir Putin fosse tirado do poder por uma eventual ameaça de terceira guerra mundial, há três nomes específicos para assumir o cargo.

“O problema de você ter um governante que passa muitos anos no poder, como é o caso do Vladimir Putin, é justamente a preparação de um sucessor. A gente não percebe, aqui dentro da Rússia, qual poderia ser essa pessoa que seguiria com o comando do país, mas eu arriscaria a levantar aqui pelo menos três nomes: ministro das relações exteriores, Sergey Lavrov; o prefeito de moscou, Sergey Sobyanin; e o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin”, disse.
O pesquisador lançou recentemente o livro Um Elo com o Passado: a Rússia de Putin e o Espaço Pós-Soviético (Editora Appris), no qual discute os processos que levaram a Rússia dos anos 2000 a retomar alguns traços de seu período imperial e soviético em sua política doméstica e externa.

BAND

Postado em 14 de julho de 2023

Balas perdidas matam 31 pessoas no Grande Rio este ano

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (13) pela organização não governamental Instituto Fogo Cruzado revela que 31 pessoas morreram vítimas de balas perdidas na região metropolitana do Rio de Janeiro este ano. Esse tipo de ocorrência também deixou 70 pessoas feridas.

Em relação ao mesmo período de 2022, houve aumento de 138% (mais que o dobro) no número de mortes (13) e de 59% no total de feridos (44).

As balas perdidas são ocorrências em que as vítimas não estão diretamente envolvidas no fato que originou o disparo, ou seja, o tiro não era endereçado à vítima. A pessoa é, portanto, atingida de forma não intencional.

Entre as vítimas, estão 11 crianças das quais cinco morreram, e 12 adolescentes, dos quais três não resistiram aos ferimentos. Um dos casos mais recentes foi o do menino Dijalma de Azevedo Clemente, de 11 anos de idade, morto por um tiro durante confronto entre policiais militares e criminosos armados, quando ia para a escola, no município de Maricá.

Dijalma é uma das 57 vítimas de balas perdidas durante ações policiais, de acordo com o Fogo Cruzado. Trocas de tiros envolvendo a polícia resultaram em 19 mortos e 38 feridos com balas perdidas este ano, o que significa que as operações policiais foram as ocorrências de fundo para 56% dos casos de balas perdidas no Grande Rio.

Violência
“Desde 2016, o Fogo Cruzado monitora casos de balas perdidas e, ano após ano, vemos essa triste marca de 100 vítimas ser atingida sem qualquer resposta do poder público. Pior, o estado do Rio de Janeiro deixou de produzir esse dado em 2012 e, sem o Fogo Cruzado, a população não teria acesso a essa informação. É preciso cobrar do governo uma resposta urgente e eficaz para frear essa violência que coloca em risco a vida da população todos os dias”, explica o coordenador do Fogo Cruzado no Rio de Janeiro, Carlos Nhanga.

A Polícia Militar (PM) informou que suas ações são pautadas por informações de inteligência e têm planejamento prévio. Há, segundo a PM, preocupação central com a preservação de vidas e cumprimento da legislação.

“De acordo com dados do ISP [Instituto de Segurança Pública], o índice de mortes por intervenção de agentes do Estado sofreu uma redução de mais de 15% no Rio de Janeiro de janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Oscilações pontuais deste e de outros indicadores estratégicos são permanentemente verificadas para ajustes”, informa nota da PM. “A opção pelo confronto é sempre dos criminosos”, acrescenta.

Já a Polícia Civil informou que desconhece a metodologia utilizada pela Organização Não Governamental (ONG) Fogo Cruzado.

“A Polícia Civil possui investigações em andamento, realiza trabalhos de inteligência e diligências para identificar os autores envolvidos nessas ocorrências. A instituição ressalta que as operações policiais priorizam sempre a preservação de vidas, tanto dos agentes quanto dos cidadãos”, diz a nota divulgada pela polícia.

agenciabrasil

Postado em 14 de julho de 2023