O coentro é um ingrediente muito comum de ser encontrado na culinária brasileira e há décadas causa debate. O sabor peculiar faz com que seja amado ou odiado, sem meio termos. Mas afinal, é frescura não querer comer a erva aromática? De acordo com um estudo publicado na revista científica Flavour Journal, a resposta é não.
O que explica esse ódio ao coentro? A aversão ao alimento pode estar ligada diretamente à genética, como apresenta o primeiro ator do artigo, Nicholas Eriksson, professor de genética da Universidade de Chicago. Para a realização da pesquisa, dois grupos foram reunidos, um deles com pessoas que relatavam sentir “sabor e o odor de sabão” quando entravam em contato com o alimento, enquanto o outro grupo declarou gostar de comê-lo em suas refeições.
Clientes da empresa de genética de consumo 23andMe, com sede na Califórnia, foram questionados sobre suas preferências em relação ao coentro. A partir disso, foram observadas duas variantes genéticas ligadas ao “gostar” deste alimento.
Uma delas apontou para sensibilidade aos aldeídos químicos presentes no coentro em seus receptores olfativos (presentes na narina e responsáveis por identificar odores) no grupo que disse ter dificuldades em comer a erva aromática. Eles possuem a variante mais forte do gene OR6A2, que codifica um receptor extremamente sensível aos aldeídos. Outro achado de Eriksson e sua equipe é que esses genes não são herdados.
“É possível que a herdabilidade da preferência do coentro seja bastante baixa”, dizem eles.
Outra pesquisa, sediada na Universidade de Toronto, no Canadá, e publicada na revista científica Chemical Senses, encontrou variantes ligadas à preferência pelo coentro em um gene receptor olfativo diferente e um gene receptor de sabor amargo dentre mais de 500 pessoas de ascendência europeia. A autora do estudo, Lilli Mauer, encontrou diferentes predisposições genéticas envolvendo o sabor da erva aromática, incluindo os presentes que estão presentes em receptores gustatórios especializados em comidas amargas.
A genética influencia diretamente no paladar Como a nutricionista Anette Marum, especialista em genômica nutricional pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica ao GLOBO, as variações genéticas tornam os seres humanos diferentes até no gosto por diferentes sabores. Essas preferências se traduzem em ter mais facilidade em consumir comidas mais doces ou amargas.
Para a pesquisadora o lado negativo dessas tendências genéticas é o que acontece com pessoas que não gostam de comer comidas muito amargas, deixando de fora da sua dieta vegetais verdes escuros, como a rúcula. Eles apresentam certo amargor ao paladar, mas são ricos em vitaminas e minerais, ácido fólico e complexo B. Mas por outro lado, é algo que pode ser adaptado, segundo ela.
“O que a gente estuda muito é que essa percepção é treinável, mesmo você tendo a predisposição genética. Os enólogos, que desgustam vinho e café, por exemplo, treinam os receptores gustativos por muitos anos. Com esse treino numa pessoa que odeia coentro a gente consegue melhorar e bastante essa percepção” elucida.
Assim como o consumo em excesso de doces, por agradarem ao paladar, também pode ser controlado através da conscientização na alimentação.
Depois da alta expressiva com a retomada das viagens pós-pandemia, o preço das passagens aéreas recuou no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2022 — ao menos para o mercado de viagens corporativas. É o que mostra um levantamento realizado pela agência Tour House, que vem monitorando o comportamento de compra de passagens aéreas de mais de 300 empresas desde 2021. Foram observados 350 mil transações apenas no período de comparação.
No primeiro semestre, o preço médio pago por uma passagem aérea foi 10% mais barato do que nos primeiros seis meses de 2022: as empresas pagaram em média R$ 1.200 por um bilhete doméstico, ante R$ 1.333 no primeiro semestre do ano passado.
Na comparação mensal, pode-se registrar a maior queda de preços: 20%, com a tarifa caindo de R$ 1.490 em maio de 2022 para R$ 1.190 em maio passado. Em junho, o preço médio ficou praticamente estável: caiu de R$ 1.270 para R$ 1.250 na comparação anual.
— O preço médio da passagem vinha em evolução. Saiu de R$ 995,80 em 2021 para R$ 1340 no ano passado, um aumento de 34%. Mas a partir de 2023, enfrentou uma tendência de queda — diz Alexandre Motta, CEO da Tour House Corporativo. Segundo o Motta, contribuiu para a queda no preço pago pelas passagens um maior planejamento por parte das empresas, que conseguiram adquirir as passagens com mais antecedência.
— O planejamento pode reduzir em quase 60% o preço de uma passagem. Uma passagem comprada com sete dias de antecedência e que custa R$ 1.940,00 pode ser encontrada por R$ 784,80 se for comprada com 21 dias de antecedência — diz Motta.
Numa votação histórica e após 35 anos de tentativas sem sucesso, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 6, o texto-base da proposta de reforma tributária, que muda o sistema de impostos do País. O placar foi folgado: 382 votos a favor e 118 contrários no primeiro turno e 375 votos a favor e 113 contrários no segundo turno, encerrado pouco antes das 2h desta sexta-feira, 7. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), eram necessários 308 votos.
A Câmara continuará a análise dos destaques (pedidos de alteração) a partir das 10h desta sexta. Após encerrada a votação, o texto segue para o Senado.
A PEC 45 altera a tributação dos impostos que incidem sobre o consumo de bens e serviços e cria três novos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), substituindo o ICMS dos Estados e o ISS dos municípios; a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substitui PIS, Cofins e o IPI, que são federais; e o Imposto Seletivo, que incide sobre produtos danosos à saúde e ao meio ambiente. Os novos impostos começam a valer em 2026, com um período de teste, e passam a ter vigência integral em 2033.
O modelo de cobrança será o do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que acaba com a tributação em cascata. Outro pilar da reforma é a mudança da tributação do consumo (onde o bem ou serviço é produzido) para o destino (onde é consumido) — a fim de acabar com a chamada guerra fiscal entre Estados.
Num gesto raro antes da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira, resolveu fazer um pronunciamento da tribuna para rebater os críticos da reforma e pedir os votos. Ele solicitou aos deputados que não se deixassem levar por críticas infundadas de quem nunca quis a reforma. “Sairemos daqui com a cabeça erguida, vamos escrever os nossos nomes na História”, disse. O PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, orientou a bancada a votar contra. Mesmo assim, 20 deputados do partido votaram a favor da reforma.
O relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que, com a votação, o País “não olha para a esquerda nem para a direita, mas para frente”. “Poderíamos fazer melhor, mas estamos fazendo o melhor que podemos fazer”, disse. Ele agradeceu nominalmente políticos que participaram das negociações, citando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e os membros da Frente Parlamentar do Agronegócio. Ribeiro também citou que começou a discutir a proposta ainda durante o governo Bolsonaro, com o então ministro da Economia, Paulo Guedes.
Para a aprovação da reforma, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), fizeram uma série de concessões, beneficiando ainda mais o agronegócio e o setor de serviços com taxação mais baixa.
Com forte lobby junto aos deputados e se aproveitando da pressa de Lira para concluir a votação, os dois grupos mais resistentes à reforma durante os últimos anos jogaram pesado e conseguiram emplacar a maior parte das suas demandas.
Apesar da resistência da equipe econômica, o agro e os supermercados foram atendidos também com a criação de uma cesta básica nacional, cujos produtos terão alíquota zero. Com os pleitos atendidos, a bancada ruralista declarou apoio à reforma em plenário.
Faltando menos de uma hora para o início da votação, o relator cortou ainda mais a alíquota que já era reduzida para um grupo de setores, mercadorias e atividades, como saúde, educação, medicamentos, transporte coletivo, produtos agropecuários e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual, como absorventes.
O imposto para esse grupo de favorecidos será 60% menor do que para os demais contribuintes. Antes, a tributação era 50% mais baixa.
Aguinaldo também ampliou a lista dos beneficiados com a alíquota reduzida para produção jornalística e audiovisual nacionais. Os setores de hotelaria, parques temáticos e de diversão, restaurantes e aviação regional conseguiram ser incluídos nos regimes específicos de tributação.
Nova emenda Após a aprovação do texto-base, foi aprovada por 379 votos uma emenda aglutinativa, unindo diferentes propostas legislativas de acordos que foram firmados na última hora. O objetivo era atender a segmentos com interesses específicos para que não atrapalhassem a votação.
Dessa maneira, entraram na lista com alíquota reduzida atividades desportivas, aquícolas, bens e serviços relacionados a segurança e soberania nacional, segurança da informação e segurança cibernética. A emenda também ampliou a imunidade tributária de “templos de qualquer culto”.
O texto adicional abre a possibilidade de os Estados instituírem um novo tributo: uma contribuição sobre produtos primários e semielaborados, produzidos nos seus territórios, para investimento em obras de infraestrutura e habitação.
A permissão surpreendeu os tributaristas. Segundo o tributarista Luiz Bichara, até então, a contribuição era prerrogativa da União. “A emenda aglutinativa contém temas relevantes e que, por isso mesmo, deveriam ter sido debatidos. Essa sofreguidão cria uma mácula no processo legislativo”, criticou Bichara, que considera as novas contribuições estaduais “muito grave” .
“Cria-se uma competência constitucional nova, e dá-se autorização para que os Estados criem tributos novos, revelando o descompromisso da PEC com a manutenção da carga tributária Além disso, certamente estamos diante de um dispositivo que vai onerar exportações”, avaliou. “Amanhã os Estados poderão tributar com essa nova contribuição petróleo, energia, minério… enfim, agora se entende que “acordo” foi esse. Como sempre, às custas do sangue do contribuinte.”
O resultado foi um texto repleto de exceções, na contramão de um dos pilares da reforma pretendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário extraordinário, Bernard Appy: uniformidade de alíquota e o menor número de regimes diferenciados e especiais.
A porteira aberta por Lira e Aguinaldo, em menos de 24 horas, comprometeu o texto original apresentado há duas semanas e acabou deixando uma pergunta no ar: afinal, qual será a alíquota básica do novo imposto?
Quanto maior o número de exceções, maior será a alíquota básica (de referência) do imposto que será paga por todos os outros contribuintes brasileiros. Antes da votação e sem tantas exceções, a expectativa era de que a alíquota seria de 25%. Críticos contumazes da reforma preveem que será a maior alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo.
Appy acompanhou a votação dentro do plenário, próximo à mesa, e se emocionou com a aprovação da proposta.
‘Traição’ A aprovação da reforma envolveu também concessões aos Estados e cristalizou acordo fechado com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, para mudar a governança do Conselho Federativo, instância que será responsável por gerir a arrecadação do imposto.
As regras do conselho beneficiam os Estados mais populosos, portanto mais ricos, que terão maior poder de decisão nas deliberações do órgão. Esse trecho desagradou os Estados do Nordeste, que falam em traição.
Sem querer mexer em mais vespeiros, o relator deixou para legislação complementar a forma de distribuição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, que receberá aporte da União de R$ 40 bilhões para compensar o fim dos incentivos fiscais, que levou à guerra tributária. O fundo ganhou o “n” de nacional justamente para que os Estados mais ricos também possam receber os recursos do fundo, que tem como finalidade combater as desigualdades regionais.
O governador de São Paulo capitaneou o acordo com Lira, Aguinaldo e Haddad, mas acabou também desgastado com seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Zona Franca e ‘gênero’ Atendendo a pedidos da bancada do Amazonas e do governador do Estado, Wilson Lima, o relator acrescentou no texto da reforma a previsão de um terceiro fundo de compensação, voltado exclusivamente à região.
O dispositivo será criado por lei complementar e abastecido com recursos da União. O objetivo, segundo a proposta, é fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas no Amazonas, que hoje depende dos subsídios concedidos à Zona Franca de Manaus, os quais serão extintos depois de 2073.
Nas negociações de última hora, Ribeiro também contemplou a bancada evangélica, que requisitou a retirada da palavra “gênero” do trecho da lei que fala sobre o cashback, programa de devolução de impostos voltado à população de baixa renda. O texto anterior previa que o cashback teria como objetivo reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça. Os dois últimos termos caíram na versão atualizada.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o controle do colesterol ruim (LDL). Trata-se do Inclisirana, produzido pela Novartis, indicado para pacientes de muito alto risco cardiovascular, ou seja, que já infartou ou AVC isquêmico, e também para adultos com hipercolesterolemia primária (colesterol alto familiar ou não familiar) e dislipidemia mista (quem tem alterações no colesterol e triglicérides).
“Pacientes que já passaram por ataque cardíaco ou derrame precisam não só reduzir o colesterol ruim (LDL), mas controlá-lo, isto é, mantê-lo abaixo de 50mg/dL”, diz Raul Santos, cardiologista do InCor-HCMFUSP, professor associado da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS). “Manter o colesterol ruim (LDL) controlado é essencial para que um paciente não volte a ter novos eventos cardiovasculares graves como esses, que têm mais chances de acontecerem depois de um primeiro caso”, completa o especialista.
seguro e eficaz
O Inclisirana utiliza como mecanismo de ação um pequeno RNA de interferência que limita a produção da proteína hepática PCSK9, auxiliando na redução dos níveis de LDL no sangue. Nos estudos, o fármaco demonstrou eficácia e segurança com duas injeções da substância ao ano, suficientes para reduzir, em média, 52% dos níveis de colesterol ruim (LDL) em pacientes que já sofreram infarto do miocárdio, AVC ou tem doença arterial periférica assintomática .
“É uma medicação bastante segura, eficaz e que bastam duas aplicações aéreas. Após uma dose inicial e um reforço em três meses, as aplicações são semestrais e você consegue manter valores de LDL muito baixos que só com os medicamentos usuais, nem sempre seria possível”, explica Maria Cristina Izar, diretora da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e professora de Cardiologia da UNIFESP. “A grande vantagem é a duração prolongada que se observa com o Inclisirana, mas ele não é uma droga de primeira escolha, e sim de combinação com outros remédios como as estatinas”, acrescenta.
Atenção ao colesterol ruim
Atualmente, 92,6% dos pacientes que sofreram infarto estão com o colesterol ruim (LDL) acima de 50mg/dL. Mesmo mudando o estilo de vida e tomando os medicamentos mais comuns para o controle do colesterol, muitos pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou um derrame não conseguem manter o colesterol ruim (LDL) dentro da meta. “Nesse sentido, a inclisirana entra em cena como um avanço para controlarmos o colesterol ruim (LDL) nesses pacientes”, afirma Santos.
Cerca de 400 mil mortes estão relacionadas a doenças cardiovasculares no Brasil atualmente – número maior do que todas as mortes por cânceres somadas. Eventos esses que têm a aterosclerose (acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, principalmente causado pelo colesterol ruim (LDL) alto) como uma de suas principais causas.
“As doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose, são a principal causa de mortalidade no Brasil, o que evidencia a necessidade de novos tratamentos para pacientes que precisam atingir metas de colesterol ruim (LDL) recomendadas pela SBC”, explica Priscila Raupp, gerente médica sênior de cardiologia da Novartis no Brasil. “Inclisirana surge como um tratamento inovador, que promove uma redução eficaz e sustentada do colesterol ruim (LDL) para que o paciente possa retomar sua rotina após um episódio de infarto ou AVC”.
Grande parte dos brasileiros (64%), porém, desconhece seu risco cardiovascular e, consequentemente, sua meta de colesterol ruim (LDL) para reduzir a chance de ataque cardíaco e derrame cerebral. É o que aponta uma pesquisa encomendada pela Novartis em parceria com a Ipsos. Apesar de 80% conhecerem o termo “colesterol”, esse ainda é um tema sobre o qual os brasileiros não só sabem pouco, como também não se preocupam.
Mas o controle do colesterol ruim (LDL) é essencial para a saúde do coração: “A alimentação é responsável por cerca de 25% do colesterol no sangue. Para pacientes que já sofreram ataque cardíaco (infarto) ou derrame (AVC), a adoção de dieta e exercícios é necessária, mas não é suficiente para o controle do colesterol ruim (LDL). Para diminuir o risco de um novo infarto ou um novo AVC, esses pacientes precisam tomar regularmente seus medicamentos, conforme a orientação do cardiologista”, finaliza Santos.
A Meta – empresa de Mark Zuckerberg que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp – lançou na noite desta quarta-feira (5) uma nova rede social, Threads, para concorrer com o Twitter, de Elon Musk.
O aplicativo se apresenta como uma plataforma de conversas “onde as comunidades se reúnem para conversar sobre tudo, dos tópicos importantes para você hoje até o que estará em alta amanhã”.
É possível acessar a plataforma com o login do Instagram, mantendo o mesmo nome de usuário.
A CNN já conseguiu acessar o aplicativo, que se parece muito com o Twitter, tanto nas funções disponíveis – com botões para compartilhar, comentar e curtir conteúdos – como na interface.
O lançamento estava previsto para quinta-feira (6), às 11h da manhã, mas foi adiantado para a noite desta quarta.
O Threads chega poucos dias após Elon Musk limitar o número de posts que os usuários do Twitter podem ter acesso diariamente, o que gerou problemas de navegação na plataforma e muitas críticas dos usuários.
Como o Threads funciona? Na nova plataforma, as postagens são chamadas de “threads” e podem ter apenas texto ou também vídeos e fotos. Os usuários poderão curtir, comentar, repostar e compartilhar as publicações.
A página inicial do perfil pessoal, por exemplo, contará com duas colunas: “threads” e “respostas”. Será possível escolher quem poderá responder aos posts publicados.
Diferentemente do Twitter, que faz uma divisão, trazendo as colunas “Para você”, que apresenta posts recomendados de acordo com o perfil e as interações de cada usuário, e a aba “Seguindo”, com publicações de perfis seguidos pelo usuário, o Threads tem um único feed, mas é possível escolher quais perfis aparecem primeiro.
Como o novo aplicativo da Meta está ligado ao Instagram, será possível acessá-lo com o login e senha da rede existente, assim como sincronizar os contatos entre as duas plataformas.
Como baixar o Threads? O Threads será lançado para dispositivos com sistema iOS e Android. Para baixar o aplicativo, basta acessar a App Store (para dispositivos iOS) ou a Play Store (para sistema Android) e seguir esses passos:
digitar “Threads” no campo de busca; clicar no ícone do aplicativo (semelhante a um “@”) na lista de sugeridos; clicar em “Instalar” ou “Obter” e aguardar a instalação do app no dispositivo. As mudanças de Musk no Twitter Elon Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro do ano passado, mas o valor da plataforma despencou desde então, depois do êxodo de anunciantes em meio a cortes de boa parte dos funcionários e controvérsias sobre moderação de conteúdo.
Matt Navarra, consultor de mídia social que trabalhou com Meta, Google e Pinterest, disse à Reuters que o momento é oportuno para a Meta dar esse “golpe” no Twitter, já que meses de decisões caóticas de Musk perturbaram a rede social.
O aplicativo também se beneficia do fracasso de outros possíveis concorrentes do Twitter. Embora várias plataformas novas e crescentes, como Mastodon, Post e T2, tenham tentado atrair os usuários do Twitter, todos permaneceram relativamente pequenos até agora.
O Bluesky, um novo aplicativo apoiado pelo cofundador do Twitter, Jack Dorsey, lançou sua versão beta apenas para convidados em fevereiro e, imediatamente, os usuários do Twitter começaram a pedir por códigos de acesso. O site diz que tem 50 mil usuários atualmente.
Agência responsável pela aviação nos Estados Unidos autorizou empresa da Califórnia a realizar testes em ruas e estradas
A Administração Federal de Aviação (Federal Aviation Administration – FAA), autorizou a Alef Aeronautics, empresa da Califórnia, a realizar testes com seu veículo elétrico voador em ruas e estradas americanas.
A empresa de tecnologia norte-americana desenvolveu um carro elétrico com capacidade de rodar normalmente pelas ruas, mas com recursos de descolagem e pouso na vertical. Quando o veículo está no ar, é possível mudar de direção normalmente, como se fosse uma verdadeira espaçonave.
Segundo a Alef Aeronautics, o carro voador pode transportar duas pessoas e ainda possui uma motorização em hidrogênio. Em solo, ele chega a 320 km/h e no ar, o veículo alcança 180 km/h.
Mais de 800 carros voadores da empresa já foram comprados na pré-venda por cerca de 1 milhão de reais. Outros modelos de carros voadores já foram testados na China e em Dubai. Na Eslováquia, um modelo que alcança os 300 km/h recebeu até certificado para ser usado.
Um dos assuntos da semana em Brasília é a substituição no Ministério do Turismo. Na última terça-feira (04), aconteceu um almoço do União Brasil com o Celso Sabino, o indicado do partido para suceder Daniela Carneiro, que já saiu da legenda.
Também na última terça-feira, o Ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu Waguinho, marido de Daniela, e atualmente está conversando com a própria Daniela, definindo a saída honrosa da ministra.
A intenção do governo é achar uma forma de compensar a saída de Daniela, oferecendo outros espaços para que ela ocupe. O que se fala é de uma possível vice-liderança na Câmara dos Deputados, para onde a ministra vai voltar.
A substituição no Turismo é dada como certa, e o governo só está avaliando qual é o melhor momento para fazer esse anúncio. Segundo informações da reportagem da Band Brasília, a mudança será feita antes do recesso parlamentar, muito provavelmente já nas próximas horas. Caso não aconteça, a resolução deverá sair até sexta-feira, prazo pedido pelo União Brasil.
A reforma tributária finalmente entrou em discussão nesta quarta-feira (5) e deve ser votada na quinta (6) na Câmara dos Deputados. Alguns pontos ainda geram discordâncias, mas os políticos estão mais flexíveis após as emendas parlamentares cedidas pelo governo federal.
A Confederação da Agricultura e Pecuária defende sete alterações, como um imposto seletivo mais alto, sem ser aplicado nos insumos agropecuários ou alimentos. Além disso, defende que aviões agrícolas e tratores fiquem isentos do IPVA.
Até quinta (6), o relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro, promete que vai apresentar mudanças solicitadas no texto. Em aceno ao setor de serviços, que teme aumento da carga, a saída é desonerar mais de 20 itens da cesta básica, como arroz, óleo e açúcar.
O governador de São Paulo esteve com o ministro da Fazenda. Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad debateram mudanças e os governadores defendem alterações no Conselho Federativo, que vai coordenar a distribuição de impostos arrecadados de estados e municípios.
“A gente concorda com 95% da reforma. Eu acho que tá muito fácil construir o entendimento, SP vai ser um parceiro no debate, na aprovação da reforma tributária, nós estamos aqui pra isso, pra gerar o convencimento, a gente sabe que a reforma tributária é extremamente importante pro Brasil”, diz Tarcísio de Freitas.
Fernando Haddad é o articulador, que pretende superar o mínimo para passar a ideia “tanto quanto aconteceu com o marco fiscal, de que é um projeto de país que está em curso”.
O ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga alertou para a oportunidade “rara” que o País está tendo de aprovar a reforma tributária. A mudança no sistema de cobrança de impostos está tramitando no Congresso, unificando tributos federais, estaduais e municipais em dois impostos, o chamado IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual. O economista afirmou que é a chance de o país “sair de um sistema maluco, antiquado, com 27 enciclopédias de regras para cada Estado”.
O economista disse que aceitou assinar “sem hesitar um minuto” o manifesto a favor da reforma que recebeu apoio de mais de 60 economistas, advogados, ex-secretários de Fazenda, entre eles Edmar Bacha, José Roberto Mendonça de Barros, Laura Carvalho, a ex-secretária de Fazenda Goiás Cristiane Alkmin Junqueira e o empresário Jorge Gerdau.
O documento intitulado “Crescimento econômico e Justiça Social: um manifesto pela Reforma Tributária”, uma iniciativa do Movimento Praserjusto defende que a reforma, “se aprovada, terá um efeito muito positivo sobre a produtividade e o crescimento do País, além de reduzir nossas desigualdades sociais e regionais”.
1) Quais motivos levaram o senhor a assinar o manifesto?
Acho uma boa hora, tudo indica que a reforma tributária está avançando. Na reta final, sempre surgem dúvidas e tensões, que são naturais desse tipo de situação. Eu vejo uma oportunidade rara para o Brasil sair de um sistema maluco, antiquado, com 27 enciclopédias de regras para cada Estado.
O sistema novo é muito mais fácil, muito menos distorcivo. Essa uma é das grandes reformas, se não estragarem muito, tenho esperança que isso não aconteça, seja esse o resultado final. Se não sair, vai custar caro para o País.
2) Por quê? Quais as consequências?
Seria uma grande decepção, numa reforma que está pronta, debatida e que os ganhos são muito superiores aos custos. Não quero exagerar e dizer que a reforma vai mudar tudo, mas é a mais importante à nossa disposição, com impacto na produtividade, no crescimento e distributivos. Visto a médio e longo prazos, vai trazer benefícios para todos. Não é correto fazer um conta de curto prazo, em cima da alíquota.
Os preços vão se ajustar, dependendo do estado de oferta e demanda de cada setor. A incidência final dos impostos não é igual à mudança da alíquota. Tem que ser levado em conta a modernização extremamente benéfica para o País. Já passou da hora. Por essa e por outras, o Brasil não consegue deslanchar. Não vai resolver tudo, mas é muito relevante.
3) Quais as vantagens dessa reforma?
Não hesitei um minuto em assinar (o manifesto). Não é só um jogo que soma zero. Em qualquer horizonte de tempo, que não seja muito no curto prazo, todo mundo ganha.
4) Por quê?
Nós estamos vendo em paralelo o arcabouço fiscal, que não resolve todos os nossos problemas, mas estávamos caminhando claramente na direção a um desastre. É mérito da área fazendária, que está na direção certa. Foi uma mudança importante. Se no lado microeconômico houver um avanço ainda maior, vai ser uma grande vitória.
E se, na sequência, houver faxina no Imposto de Renda (o governo tem dito que pretende mandar o projeto ao Congresso neste semestre), que é cheio de iniquidades, está com jogo na mão se não engolir dois frangos nos últimos 15 minutos do jogo (como aconteceu com o Brasil na Copa do Mundo de 2022, nas quartas de final, quando a Croácia empatou o jogo nos últimos minutos da prorrogação e o Brasil perdeu nos pênaltis).
5) Mas há muito pressão de vários setores?
É importante não abrir muitas caixinhas. Ter uma certa simplicidade e sair desse sistema que a empresa fica fazendo lobby em Brasília ao invés de tocar a empresa. Está na hora de todo mundo fazer sua parte e, enfim, dar esse presente à Nação.
6) Essa é a reforma mais importante na sua opinião?
Houve reformas importantes no governo Michel Temer (trabalhista) e no do Bolsonaro (Previdência). Atualmente, parecia que iríamos dar um passo atrás na responsabilidade fiscal, a política externa é de tremendo mau gosto e os bancos públicos ainda são uma questão, mas existem oportunidades. Realmente ainda estamos longe de uma posição confortável, mas estamos caminhando para uma direção muito promissora.
Pesquisa em 29 países feita pela Ipsos e recebida pelo Pulso revela que 57% dos brasileiros acreditam que o país está no rumo certo, uma oscilação positiva de quatro pontos percentuais na comparação com maio e o patamar maior para essa pergunta desde 2003, quando o monitoramento global começou. Apesar de oscilações negativas em março, abril e maio, que podem, segundo a Ipsos, estar relacionadas com as reflexões da área econômica, o mês de junho significou uma melhora significativa no humor dos brasileiros em relação ao futuro próximo.
Por outro lado, são 43% os brasileiros que veem o Brasil no rumo errado, uma oscilação negativa de quatro pontos em relação a maio, mas ainda um patamar importante que evidencia a polarização política nacional permanente. Mesmo assim, o país está muito à frente da média dos outros 28 países pesquisados, com 20.570 entrevistas. Em geral, no mundo, 62% acham que seus países estão indo na direção errada contra 38% que o veem na trilha certa. Veja os números:
Segundo o relatório da Ipsos, a queda do dólar, suportou mais baixa e subidas da Bolsa ajudou no cenário mais otimista. Quando a pesquisa aprofunda perguntas sobre as principais preocupações da população, a pobreza e a desigualdade ficaram a ficar em primeiro lugar (40%), deixando a criminalidade/violência e saúde empatados na segunda posição, com 35%. A desigualdade é uma das principais pautas dos discursos do presidente Lula e, pelo menos em junho, há concordância da maior parte dos brasileiros. No entanto, os discursos do petista abordam pouca segurança pública, que era, em maio, a principal preocupação dos brasileiros, com 39%, segundo a Ipsos.
No mundo, a África do Sul tem a pior avaliação: 90% veem o país no caminho errado. A Argentina é o segundo pior, com 89%. Na outra ponta, a Indonésia tem 83% de sua população com avaliação positiva sobre os caminhos do país.
A pesquisa foi conduzida entre 26 de maio e 9 de junho pelo sistema de painel digital e com exceção de entre 500 e 1.000 por país. Para o Brasil, a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou menos, e a amostra pode ser considerada mais concentrada em mais urbanas e com educação do que a média da população.
A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região confirmou, ontem, uma liminar que obriga a União a apresentar um plano para Promoção e Prevenção da Saúde Menstrual no Brasil .
Por dois votos a um, os desembargadores entenderam que a liminar concedida em primeira instância está valendo. Fica definido então que o governo federal tem que apresentar este plano imediatamente, pois o prazo estabelecido pela Justiça já se esgotou.
A ação que trata do tema foi apresentada pela organização Criola meses atrás, sendo representada pelos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Fernandes. A intenção é que o governo federal adquira a lei federal nº 14.214, de 2022.
Ela prevê, entre outras coisas, que as cestas básicas fornecidas no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) devem conter como item essencial o absorvente higiênico feminino, e também que estudantes dos ensinos fundamentais e médios, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias recebem gratuitamente o item de higiene pessoal.
Os turistas e viajantes a negócios que forem ao Japão em breve poderão viajar com pouco mais do que as roupas que estão vestindo, graças a uma iniciativa da Japan Airlines e da empresa Sumitomo de oferecer aluguel de roupas durante as visitas ao país.
Descrevendo a iniciativa como uma tentativa de promover o turismo sustentável e, ao mesmo tempo, oferecer conveniência, a companhia aérea disse que os visitantes poderão selecionar roupas com base no tamanho e nas necessidades sazonais por meio do site ou do aplicativo ‘Any Wear, Anywhere’ (“Qualquer roupa, em qualquer lugar”, em tradução livre) antes de embarcar em um voo operado pela Japan Airlines.
O serviço será executado em caráter experimental até agosto de 2024.
As companhias aéreas, hotéis e restaurantes japoneses estão se preparando para receber mais viajantes, agora que as restrições de entrada foram totalmente suspensas e a temporada de férias de verão está começando.
O número de visitantes do país chegou a 1,9 milhão em maio, quase 70% dos níveis pré-pandêmicos em comparação com o mesmo mês de 2019, de acordo com a Organização Nacional de Turismo do Japão.
Um conjunto de roupas custará de ¥ 4 mil a ¥ 7 mil (R$ 134,54 a R$ 235,45), e as pessoas poderão alugar até oito peças de vestuário por até duas semanas, em três tamanhos: pequeno, médio e grande. Os estilos escolhidos – inteligente, casual inteligente e misto – serão entregues no hotel designado pelo viajante.
As roupas que podem ser alugadas serão obtidas do estoque excedente de produtos de vestuário, ajudando a minimizar o desperdício. A Japan Airlines calculará a redução das emissões de carbono com base no peso economizado da aeronave e informará os clientes.
A Sumitomo desenvolveu o sistema de reservas on-line, e ficará responsável pela aquisição, a lavanderia e a entrega das roupas.
A Ordem dos Advogados Portugueses (OAP) rompeu, nesta quarta-feira (5), o acordo de reciprocidade com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A decisão foi tomada por unanimidade entre os votantes após sessão plenária na segunda-feira (3).
Conforme a OAP, em Portugal são adotadas, hoje, normas legislativas distintas das aplicadas no Brasil. Isso acontece principalmente pela aplicabilidade e transposição do direito interno português com o direito da União Europeia (UE).
O fato “inevitavelmente, tem contribuído para que ambos os ordenamentos jurídicos se afastem e tenham evoluído em sentidos totalmente diferentes”, explica a OAP.
Ainda citam que as diretrizes em vigor em alguns ramos do direito nos países “já não são sequer equiparáveis”.
“É do conhecimento geral que existe uma diferença notória na prática jurídica em Portugal e no Brasil. E, bem assim dos formalismos e plataformas digitais judiciais, sendo efetivo o seu desconhecimento por parte dos advogados(as) brasileiros(as) e portugueses(as) quando iniciam a sua atividade em Portugal ou no Brasil”, afirma a entidade portuguesa.
“Verificando-se que ocorre, por isso mesmo, a prática de atos próprios de advogado de elevada complexidade técnica, por quem não dispõe da necessária formação acadêmica e profissional no âmbito dos ordenamentos jurídicos português e brasileiro”, prossegue.
Também é mencionado pela OAP que existem sérias e notórias dificuldades na adaptação dos advogados brasileiros ao regime jurídico português, assim, colocando em perigo os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos de Portugal e, de forma reciproca, do Brasil.
OAB se diz surpreendida com decisão O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em nota assinada pelo presidente nacional do órgão, Beto Simonetti, informa que foi surpreendido pela decisão da OAP pelo rompimento do acordo unilateralmente.
Segundo a OAB, serão tomadas todas as medidas cabíveis para defender os direitos dos profissionais brasileiros aptos para advogar em Portugal ou que façam jus a qualquer benefício decorrente do convênio que foi encerrado.
A ordem brasileira também buscará a retomada do diálogo, “respeitando a autonomia da Ordem dos Advogados Portugueses e compreendendo que a entidade europeia enfrenta dificuldades decorrentes de pressões governamentais”.
“Estava em curso um processo de diálogo iniciado havia vários meses com o objetivo de aperfeiçoar o convênio, uma vez que a realidade demográfica, social, legislativa e jurídica dos dois países evoluiu desde a assinatura do acordo”, comunica.
“A OAB, durante toda a negociação, se opôs a qualquer mudança que validasse textos imbuídos de discriminação e preconceito contra advogadas e advogados brasileiros. A mentalidade colonial já foi derrotada e só encontra lugar nos livros de história, não mais no dia a dia das duas nações”, continua.
De acordo com a instituição, há uma cooperação e amizade entre Brasil e Portugal, inclusive na advocacia, que resultou em inúmeros benefícios para ambos países e, principalmente, para os cidadãos.
Após críticas de outros estados, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), agora admite a possibilidade de apoiar a cobrança centralizada de imposto na reforma tributária . Após reunião nesta quarta-feira (5) com o ministro Fernando Haddad , ele afirmou ao lado do titular da Fazenda que a câmara de compensar não é um “cavalo de batalha”.
“A câmara de compensar é uma alternativa, também não é um cavalo de batalha, [algo] que precisa ser assim. À medida que a gente melhora a governança do Conselho Federativo, a gente pode partir para uma administração centralizada. Se a governança for pior, aí faz sentido a gente trabalhar com uma câmara de compensação”, disse.
Tarcísio vinha defendendo uma câmara de compensação entre os governos estaduais para repassar os recursos recolhidos no novo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a ser criado a partir da fusão de outros tributos, sob argumento de que o Conselho Federativo seria uma afronta à autonomia dos estados de arrecadar seus impostos.
No texto do relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) , uma das tarefas do colegiado seria centralizar a arrecadação do IBS e dirigir a distribuição dos recursos aos estados e municípios. São Paulo resistiu a esse modelo por querer manter o controle sobre o recolhimento dos tributos para depois repassar a parte que cabe a outros entes.
Na terça-feira (4), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que o estado não iria brigar por um modelo de arrecadação descentralizado na reforma e que essa era uma demanda por São Paulo. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse também que prefere o modelo de gestão centralizada por ser “mais eficiente”.
Segundo Tarcísio, São Paulo concorda com a “espinha dorsal” da proposta da reforma tributária, citando como exemplos o IVA dual (uma parcela da alíquota será controlada pelo governo federal, e outra, por estados e municípios) e o princípio do destino (os tributos sobre o consumo serão destinados à região em que está o consumidor do produto ou serviço).
Sobre o impasse em torno do conselho, Tarcísio aceitou a criação do órgão desde que houvesse uma mudança nas regras de composição do órgão.
“A gente concorda com 95% da reforma. A partir do momento em que melhoro a governança do Conselho Federativo, posso ter algo mais ‘algoritmizável'”, afirmou.
O governador disse também que as ponderações feitas são “questões pontuais” e que é “muito fácil” construir um entendimento entre as partes. Ele ainda colocou São Paulo como um “parceiro” na aprovação da reforma tributária.
Para Tarcísio, o modelo de governança do Conselho deve estar expresso na PEC (proposta de emenda à Constituição) — e não em uma lei complementar sobre o tema. “A gente precisa de um quórum qualificado para manter essa governança”, afirmou. “Esse Conselho tem de ser um braço operacional do sistema de arrecadação automática, de disponibilização de créditos de forma mais automatizada.”
Alguns governadores pedem ajustar na governança do Conselho Federativo com o intuito de evitar que interesses de regiões com maior número de estados prevaleçam sobre os demais.
Entre as propostas, Eduardo Leite sugere que os quóruns de deliberação no colegiado sigam ou que já sejam usados nas votações de convênios do ICMS no âmbito do Confaz (Conselho de Política Fazendária). A regra prevê que, para haver aprovação, é preciso reunir votos de dois terços dos estados (18 de 27) e um terço das unidades da federação em cada uma das cinco regiões.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), também defende que sejam levados em conta outros critérios, como populacionais, para as decisões.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (5) que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ficará no cargo até quando ele quiser. Lula discursou durante o encerramento da 17ª Conferência Nacional da Saúde, em Brasília.
“A semana passada eu liguei para a Nísia. Eu tinha visto uma nota, uma pequena nota no jornal de que tinha alguém reivindicando o Ministério da Saúde. Eu fiz questão de ligar para a Nísia, porque eu ia viajar para fora do Brasil. Eu disse: ‘Nísia, vá dormir e acorde tranquila, porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e você ficará até quando eu quiser’“, afirmou o presidente.
Em seguida, Lula acrescentou: “Poucas vezes na vida a gente teve a chance de ter uma mulher no Ministério da Saúde para cuidar do povo com o coração, como uma mãe cuida dos seus filhos. E eu não tenho dúvida, eu tive muita sorte quando com os meus ministros da Saúde, todos eles foram extraordinários. Mas precisou uma mulher para fazer mais e fazer melhor do que todos nós somos capazes de fazer.
Conforme apurado pela analista da CNN Larissa Rodrigues, ao ser questionado por interlocutores próximos há alguns dias, Lula teria dito para avisar ao Centrão que “de jeito nenhum” tiraria Nísia Trindade do controle do Ministério da Saúde.
A pasta é cobiçada por ter um dos maiores orçamentos da Esplanada. No entanto, segundo fontes relataram à CNN, o presidente não está disposto a ceder.
Só em 2023, há cerca de R$ 190 bilhões autorizados para o ministério, sem contar os bilhões que devem ser liberados em emendas parlamentares.