Uma representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) a partir da decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos na última sexta-feira pode fazer com que o antigo mandatário fique ainda mais tempo afastado das urnas.
No pedido dirigido à Corte nesta segunda-feira, o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pede que seja apurado o “dano ao erário decorrente do abuso de poder político e do uso indevido dos meios de comunicação, especialmente por meio de canal público, por parte do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro, no contexto da decisão tomada pelo TSE quanto à inelegibilidade”.
Caso haja uma eventual decisão do TCU, os oito anos valem a partir da data do trânsito em julgado, o que levaria a inelegibilidade para além de 2031. A pena do TSE é contada a partir de 2 de outubro de 2022 e, por isso, será aplicada ao ex-presidente até outubro de 2030, o que poderá permitir que ele concorra às eleições.
Segundo a representação, “é possível verificar que se está diante do uso da máquina pública com desvio de finalidade, tanto pelo fato de ter havido a difusão de informações inverídicas quanto ao sistema eleitoral brasileiro, quanto pelo fato de o então Presidente ter buscado se beneficiar pessoalmente do alcance que teria a transmissão por meio dos canais oficiais”.
“O próprio TSE, conforme informações divulgadas em seu portal e colacionadas acima, decidiu por comunicar sua decisão “ao Tribunal de Contas da União (TCU), devido ao provável emprego de bens e recursos públicos na preparação de eventos em que se consumou o desvio de finalidade eleitoreira”. Mostra-se imprescindível, portanto, que esta Corte proceda à devida apuração do dano ao erário decorrente do uso da estrutura da EBC”, diz o representante do MP.
Na avaliação de Furtado, “as irregularidades que marcaram a realização da reunião já estão caracterizadas e registradas nos votos dos Ministros do TSE que embasaram a decisão do Pleno daquela Corte”. A representação ainda precisa ser recebida pelo presidente do TCU, ministro Bruno Dantas.
No voto em que defendeu a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, determinou o compartilhamento do processo sobre o ex-presidente com o Ministério Público Federal, para que se apure eventuais crimes cometidos, e com o TCU.
O ex-chefe do Executivo respondeu a um processo eleitoral no qual foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meio de comunicação durante a reunião com representantes diplomáticos, no Palácio da Alvorada, em que propagou ataques e informações falsas sobre as urnas eletrônicas.
Não é novidade que os alimentos ultraprocessados são um risco para a saúde humana. Segundo uma pesquisa recente, publicada na revista The Lancet Planetary Health, o consumo aumenta o risco de uma pessoa desenvolver 25 tipos de câncer. Para além da gordura saturada, dos açúcares e do sódio, agora um novo componente destes produtos alimentícios, o emulsificante, têm gerado preocupação nos pesquisadores.
A função dessa substância química, de acordo com a cientista de alimentos Natalie Alibrandi, fundadora e CEO da Nali Consulting, “é combinar água e óleo”. Utilizada em mais de um item encontrado nas prateleiras dos mercados, como margarinas, pães e bolos industrializados, sorvetes, chocolates e carnes processadas, ela promove a “ligação” entre os ingredientes, os mantendo com uma boa aparência e textura macia.
“Ele é estruturado com um lado hidrofóbico, que não gosta de água, e um lado hidrofílico, que gosta de água. Então, um lado está ajudando a ligar o óleo ou a gordura no produto, e o outro lado está ajudando a ligar a água”, explica Natalie.
Porém, as consequências na microbiota intestinal pela presença de emulsificantes nos alimentos é um motivo de preocupação, aponta Megan Rossi, pesquisadora da universidade britânica King’s College London. A microbiota é um termo utilizado para descrever a comunidade de microrganismos, em sua maioria bactérias, que geralmente se encontram em tecidos saudáveis, especialmente no cólon (parte do intestino grosso), mas também podem ser encontrados na pele e em outras mucosas.
Era um negócio que podia alcançar a cifra de R$ 3,5 bilhões. Como os royalties recebidos pelo Exército nesses contratos ficam entre 2% e 5% do valor do negócio, a Força Terrestre deveria receber até R$ 180 milhões em razão da venda. Os valores de uma das maiores transações da indústria de defesa brasileira são agora revelados pela coluna. Ele foi vetado pelo Itamaraty, depois da pressão de petistas contra o envio de 450 viaturas do blindado Guarani em sua nova versão ambulância para a Ucrânia.
O Departamento de Assuntos Estratégicos, de Defesa e de Desarmamento, do Ministério das Relações Exteriores, manifestou seu veto ao negócio no fim do mês de maio. A decisão foi mantida sob sigilo, mas acabou comunicada em junho à Iveco Defense Vehicles (IDV), cuja fábrica de Três Lagoas (MG) produz o blindado. Só depois disso é que os integrantes do Escritório de Projetos do Exército souberam informalmente da proibição. A expectativa em torno da concretização da venda no Exército era enorme.
Em 30 de maio, o chefe do Centro de Doutrina do Exército, o general Marcelo Pereira Lima de Carvalho, estabeleceu os 110 requisitos operacionais absolutos e uma dezena de requisitos desejáveis para a viatura blindada na versão ambulância. Tudo homologado pela Portaria 28 do Comando de Operações Terrestres (Coter), assinada pelo general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira. O documento de 16 páginas foi publicado no Boletim do Exército número 24, em 16 de junho.
O Exército pretendia usar o dinheiro dos royalties para desenvolver novas versões do blindado. O veto foi revelado pelo repórter Paulo Roberto Bastos Jr., da revista Tecnologia & Defesa, e confirmado pela coluna. Ao responder se pretendia se manifestar sobre a decisão do Itamaraty, a IDV afirmou que o caso “é uma questão entre os países”. Tema, portanto, do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Este alegou sigilo para não se manifestar sobre a proibição ao negócio.
A decisão do MRE é o mais novo lance de um dos capítulos da disputa entre o Itamaraty e as Forças Armadas, em razão de visões distintas entre os formuladores da política externa do governo petista e a diplomacia militar. Tudo começou em 27 de abril. Naquele dia, o adido militar ucraniano, coronel Volodymyr Savchenko, enviou documento ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, solicitando a venda de até 450 unidades do blindado na versão ambulância ao país europeu.
Os blindados seriam pintados nas cores do serviço de emergência e resgate ucranianos para transportar feridos e civis, a fim de retirá-los em segurança das zonas de combate. O pedido da versão ambulância seria uma forma de receber o equipamento sem se chocar com a política de neutralidade do governo do Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 2021, com a invasão determinada pelo líder russo Vladimir Putin. Em 9 de maio, Celso Amorim, assessor especial do presidente, tomou conhecimento do pedido. Estava em Kiev, onde devia se reunir com o governo de Volodmir Zelenski. Sentiu-se atropelado.
Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também desconhecia o pedido, foi questionado no mesmo dia a respeito da publicação do caso, feita pelo Estadão, após confirmação obtida no Ministério da Defesa. O presidente estava ao lado do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e chegou a classificar a notícia como “fake”. Não era (aliás, como prova o documento abaixo, publicado pela coluna em 22 de maio).
De volta ao Brasil, Amorim e o chanceler Mauro Vieira se reuniram com Lula. Queriam enquadrar os militares, que lhes pareciam manter uma diplomacia paralela àquela do governo. Deputados petistas, como Carlos Zarattini (SP), faziam coro. Diziam acreditar que a venda de blindados como a pretendida pela Ucrânia teria consequências para a política externa do País – o governo petista defende a neutralidade no conflito.
Militares ouvidos pela coluna afirmaram que nada impediria o Brasil de oferecer o mesmo blindado na versão ambulância à Rússia. O negócio, além de ser importante do ponto de vista político, também traria benefícios à chamada Base Industrial da Defesa, com a criação de empregos e a obtenção de recursos necessários ao desenvolvimento de futuros projetos. Por fim, disseram que, ao término do conflito na Ucrânia, muitos países deverão repor seus blindados e, veículos já testados no conflito, devem levar vantagem nesses negócios.
Nova versão O blindado produzido pela IDV é um projeto do Exército. Ele tem motor argentino e suspensão alemã. E é parte do programa de modernização do Exército. A Força estima que o preço do protótipo da ambulância produzido pela Iveco deve ficar entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões – só o chassis do blindado custa R$ 6,1 milhões. Com a produção em série – mais barata em razão do volume –, o Exército prevê que cada ambulância deve custar R$ 8 milhões. Atualmente, a Força usa os antigos Urutus EE-11 para a a mesma função.
A nova versão do Guarani deve ter capacidade para carregar duas macas com feridos e outros três pacientes sentados, além de médico, de seu ajudante, do comandante do veículo e de seu motorista. Sua blindagem deve resistir ao impacto de estilhaços de projéteis de artilharia de calibre 155 mm detonados até a 80 metros de distância e de tiros de calibre 12,7 mm feitos a até 100 metros, além de disparos de metralhadoras de calibre 7,62 mm. Deve ainda proteger sua tripulação contra a explosão de minas.
Também poderá ser transportada por aviões KC-390. A versão ambulância é um dos diversos tipos de viatura Guarani, previstos pelo projeto de modernização da força blindada, com a transformação de brigadas motorizadas em brigadas mecanizadas do Exército. Outras três versões estão em desenvolvimento pela Força Terrestre: a de engenharia de combate, a viatura posto de comando e a de comunicações.
Em 2014, quando os primeiros 13 Guaranis foram entregues à 15.ª Brigada de Infantaria Mecanizada, em Cascavel (PR), previa-se então que 2.044 deles seriam entregues até 2030 ao Exército. Hoje o Exército tem 592 desses blindados distribuídos em quatro brigadas de cavalaria e quatro de infantaria mecanizada. Parte das versões previstas do projeto – a caça-tanque, por exemplo, foi substituída pela compra de veículos Centauro, da Itália – foi deixada de lado. Redimensionado, o programa da Força Terrestre estima que terá 1.200 Guaranis. E o prazo final para aquisição dos blindados passou de 2030 para 2037.
É justamente o investimento dos projetos estratégicos das Forças que foi o caminho escolhido por Lula para reabrir o diálogo com os militares após a intentona do dia 8 de janeiro, em Brasília. Daí a importância do embate em torno da venda do Guarani. Uma alternativa à venda para o país do Leste Europeu seria a entrega de 161 desses blindados na versão de combate para a Argentina (R$ 12 milhões a unidade), mas a crise econômica do país vizinho travou o negócio.
As Forças Armadas esperam que o atual momento – em que o papel de seus integrantes no governo Jair Bolsonaro, examinado com lupa por duas CPIs em Brasília – não se mantenha por muito tempo. Só assim, dizem acreditar os militares, será possível tratar com o mínimo de razoabilidade questões sensíveis, como a política de neutralidade do País diante da Ucrânia. No passado, o Brasil manteve neutralidade em conflitos ao mesmo tempo que sua indústria vendia armas para os dois lados, como na guerra Irã-Iraque.
A questão é que, em um tempo de restrições orçamentárias e de dificuldade de manutenção dos investimentos para a modernização das Forças, desperdiçar oportunidades, como o fornecimento de viaturas na versão ambulância à Ucrânia, parece pouco razoável para os espíritos mais realistas. As incompreensões entre petistas e militares se multiplicam. Somam-se questões passadas às do presente.
Entre os formuladores petistas há quem defenda que a relação do governo com os militares não seja a de diálogo, mas a de subordinação do poder militar ao civil. Os militares devem ser consultados, mas a decisão deve vir do dirigente político. Em A Política entre as Nações, Hans Morgenthau escreveu: “Um aspecto característico de qualquer política, seja ela doméstica ou internacional, é que as suas manifestações básicas não tenham a aparência daquilo que realmente são: manifestações de uma luta pelo poder”.
Morgenthau afirmava que o poder, visto como o fim imediato da política seguida por um governo, costuma ser justificado em termos éticos, legais ou biológicos. “A verdadeira natureza da política se esconde por trás de justificações e racionalizações ideológicas.” E, quanto mais envolvido estiver um indivíduo na disputa pelo poder, menos probabilidade terá ele de enxergar essa disputa como ela é realmente travada. É esta a cegueira que, muitas vezes, afeta governantes e governados. O caso Guarani que o diga.
A atriz Taís Araújo vai interpretar Nossa Senhora, a Compadecida, no filme O Auto da Compadecida 2, uma continuação de um dos maiores sucessos do cinema nacional. Taís terá como missão dar vida a uma personagem que na primeira versão, lançada em 2000, foi de Fernanda Montenegro.
Dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda, com produção da Conspiração e H2O Produções, o longa tem estreia prevista para o fim de 2024.
Em um vídeo divulgado pela assessoria de imprensa do filme, Taís falou sobre a missão de interpretar Nossa Senhora.
“A Dona Fernanda (Montenegro) não vai conseguir fazer. Ela tem uma agenda assim de trabalho (diz, se referindo a muitos projetos). E aí eu fui chamada para fazer. Não uma substituição porque Fernanda Montenegro é insubstituível. Como Nossa Senhora tem muitas representações, eu vou fazer uma outra representação”, disse a atriz.
Taís também afirmou estar feliz em reencontrar o ator Matheus Nachtergaele – ele seguirá dando vida ao João Grilo, assim como Selton Mello estará novamente como Chicó. “Estou em êxtase com o convite”, resumiu a atriz.
Os produtores de O Auto da Compadecida 2 não deram detalhes sobre o roteiro do longa.
A comédia dramática é baseada na peça teatral Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, escrita em 1955. Além de sucesso nos cinemas, a primeira versão do longa também foi transformada em minissérie para ser exibida pela TV Globo.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor André Valadão por ele ter sugerido “que fiéis matassem pessoas LGBTs, durante seu culto”. Em uma pregação em português na Igreja Lagoinha de Orlando, nos Estados Unidos, o pastor afirmou que se Deus pudesse, “matava tudo e começava de novo”, então incitou os fiéis: “vamos para cima”.
Para o pastor, em uma pregação intitulada “teoria da conspiração”, o casamento homoafetivo teria supostamente “aberto as portas” para paradas com “homens e mulheres nu com seus orgãos genitais expostos diante de crianças”. “Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal o que a Bíblia já condena”, acusa o pastor, em ataque à comunidade LGBT+.
Segundo ele, agora seria “a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês'”, afirma o pastor, fazendo referência à história bíblica do dilúvio, quando o Deus hebraico teria inundado toda a Terra e salvado apenas uma família de fiéis. O arco-irís, nessa mitologia cristã, significa um juramento de que Deus jamais voltaria a destruir tudo dessa forma.
Nesse sentido, o pastor repete: “você não pegou o que eu disse, tá com você. Vou falar de novo, tá com você. Sacode uns quatro do teu lado e fala: ‘vamos para cima'”.
Em nota, a deputada Erika Hilton, que é presidente da Frente Parlamentar Mista por Cidadania e dos Direitos LGBTI+, afirmou que “o pastor reiteradamente prega violência e intolerância contra pessoas já bastante vulnerabilizadas, mas dessa vez, André Valadão dobrou a aposta e, de maneira direta, disse falou em ‘recomeçar do zero’, incentivando evangélicos a matarem pessoas da comunidade LGBT”. Reiterou, ainda, que “não se trata de liberdade de expressão, e sim de repetidos crimes, agora com evidentes tons de crueldade.”
O pastor já sofreu outra representação no MP por transfobia e, como já mostrado pelo Estadão, começou uma campanha dizendo que “Deus odeia o orgulho”, em referência ao mês do Orgulho LGBT+, celebrado em junho. “Ah, esse mês é o mês da humilhação”, diz o pastor em vídeo vinculado ao post.
Durante a campanha eleitoral de 2022, Valadão também fez ataques contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva e simulou ter sido obrigado pelo TSE a se retratar. O tribunal negou existir qualquer sentença nesse sentido.
COM A PALAVRA, ANDRÉ VALADÃO
A coluna tentou contato com a Igreja Lagoinha de Orlando e com a Igreja Batista da Lagoinha de Belo Horizonte, em Minas Gerais, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O pastor André Valadão, no entanto, fez uma postagem em suas redes sociais afirmando que sua pregação “nunca será sobre matar pessoas”. Segundo ele, isso são “narrativas que tentam colocar na mídia”.
Em sua justificativa, ele diz que usa o termo usado na história do dilúvio, quando, em suas palavras, “Deus destrói todo o mundo por causa da promiscuidade, por causa da libertinagem”. Repete ainda que “Deus não tem como resetar, não vai matar, não vai recomeçar a humanidade”, então caberia aos fiéis, “nós resetarmos”. “Mas não digo em nós matarmos, nós aniquilarmos pessoas, digo que cabe a nós levar o homem, o ser humano ao princípio daquela que é a vontade de Deus”, afirma, indicando que a população LGBT+ estaria fora dessa “vontade”.
Ele ainda ataca a legislação, falando sobre “leis do anticristo” e deslegitimando a “democracia de direita ou esquerda”. Alega, então, que “os princípios de um cristão genuíno não estão firmados em leis ou governanças humanas, estão firmados em sua fé”.
O nome de André Valadão foi parar nos assuntos mais comentados das redes sociais, após o pastor usar um culto religioso para fazer ataques e incitar o ódio à população LGBTQIA+. Durante transmissão, intitulada “teoria da conspiração”, feita pela Igreja da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, o pastor sugeriu que os fiéis matassem pessoas da comunidade.
“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma o pastor. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”, disse ele em um trecho da pregação, repleta de falas homofóbicas.
As falas de Valadão geraram revolta e pedidos de prisão para Valadão. “As vezes eu acho q ele tá forçando a barra pra ser preso, ou processador, e dizer: ‘Viu, querem acabar com o cristianismo, estamos sendo perseguidos, vejam vejam!’”, opinou um internauta.
“Sou evangélico e repúdio totalmente as afirmações desse ‘pastor’. Isso é um desconhecimento, no mínimo, profundo das sagradas escrituras. Gente, ignorem esse ser. Jesus é misericordioso e acolhe a todos nós, independente da sexualidade. Comunidade LGBTQIA+ merece respeito”, declarou outro.
“A ascensão do bolsonarismo catalisou o dogma religioso no debate público. Esse é André Valadão, um fundamentalista religioso, que se sente livre para, abertamente, incitar seguidores a matarem lgbts. Não é um “caso isolado”. Temos uma espécie de teocracia miliciana se formando”, opinou o jornalista César Calejon.
De novo! Essa não é a primeira vez que o pastor é acusado de incitar o ódio contra a população LGBTQIA+. Em junho, durante um culto na mesma igreja em Orlando, por exemplo, ele comparou gays a criminosos. A deputada federal Erika Hilton protocolou uma denúncia contra André Valadão no Ministério Público de Minas Gerais por crime de homotransfobia.
Desde a eleição de 2022, a relação entre os irmãos Ferreira Gomes, Ciro e Cid (ambos do PDT ), está estremecida. O ex-presidente amargou o quarto lugar na disputa ao Palácio do Planalto, seu pior resultado nas quatro vezes que concorreu ao cargo, sem ter o senador em seu palanque. O parlamentar, por sua vez, foi mais ativo na campanha de segunda virada do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ). Passado meses do pleito, os dois irmãos voltam a se encontrar em lados opostos.
Cid trava uma disputa pela administração do PDT no Ceará , berço escolar da família Ferreira Gomes. Ciro, por sua vez, defendeu a manutenção do deputado federal André Figueiredo no cargo. O pano de fundo para a discordância, que aprofunda ainda mais a rachadura entre os irmãos, é a eleição do ano passado.
O ex-candidato à Presidência diz ter sido abandonado por Cid, que priorizou uma aliança com o PT e com o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT). O senador não se envolveu na candidatura do irmão da mesma forma que fez nos pleitos passados, quando foi seu coordenador de campanha.
À Folha , Cid rebateu os lamentos de Ciro.
“Não foi traição. Traição é algo que você faz e não avisa. Eu avisei que não me manifestaria sobre a eleição estadual. Agora Ciro fica aí falando de facada”, diz o senador fazendo, referência à fala do irmão sobre a ter sido atacado pelas costas por ele por causa do pleito.
A analogia foi dita pelo ex-presidênciável nas vésperas da votação do primeiro turno, e repetidamente em entrevista coletiva no encontro regional do PDT, em Fortaleza.
“Não quero comentar porque a facada nas minhas costas está doendo muito ainda”, respondeu Ciro, no último dia 22, ao ser questionado sobre a relação com Cid.
A racha entre os dois irmãos começou na indicação do PDT do candidato do partido ao governo do Ceará. Ciro foi a favor da escolha do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, enquanto Cid preferia que o postulante fosse a então chefe do Palácio da Abolição, Izolda Cela —nome defendido pelo PT. A decisão pôs fim a aliança de mais de duas décadas entre os dois partidos no estado.
“Como não concordava em romper a aliança, me recolhi para não brigar com Ciro e me resguardei. Eu avisei que não iria manifestar na eleição estadual”, diz Cid, justificando porque preferiu não ser uma voz ativa durante o pleito passado. “Tudo o que eu previ aconteceu. Tive uma grande derrota”.
Roberto Cláudio ficou em terceiro na eleição, com 14,14% dos votos. O candidato do PT, Elmano Freitas, foi eleito em primeiro turno, com 54,02%.
Afastamento entre os irmãos ficou nítido nas duas agendas finais de campanha de Ciro, nas vésperas do primeiro turno. Na ocasião, o então candidato apareceu sem Cid em carreatas feitas em Fortaleza e Sobral, cidade cearense que os dois administravam.
O atual prefeito do município, Ivo Gomes, terceiro irmão da dupla, também não compareceu aos dois eventos, reforçando, assim, a imagem de isolamento do ex-presidente.
Cid justifica a decisão: “Não fomos [aos eventos] porque ele estava com Roberto Cláudio. Eu e Ivo propusemos para que Ciro fez uma agenda sem Roberto Cláudio, mas ele não quis”.
O senador conta que o afastamento do irmão, a decisão do partido por Roberto Cláudio e o colapso com o PT no Ceará fizeram com que ele passasse por uma fase difícil no ano passado.
“Eu errei a postura do partido e me resguardei. Foram os piores meses da minha vida”, diz Cid, que acrescenta que esperava que a situação melhorasse após a eleição.
DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DO PDT NO CEARÁ CRIA NOVA RACHA O novo racha entre os irmãos passa pela eleição municipal do ano que vem e também envolve o PT.
Cid faz parte da ala do PDT que defende assumir as alianças com os petistas no estado para que apoiem um candidato pedetista à prefeitura de Fortaleza, hoje ocupado por José Sarto (PDT). Em troca, a sigla passaria a fazer parte oficialmente da base do governo de Elmano.
Do outro lado, os pedetistas mais próximos de Ciro, André Figueiredo e Roberto Cláudio preferem que o partido mantenha a independência do PT. Segundo aliados, um dos motivos para isso é que não provocou a mesma briga da eleição passada, isto é, uma decisão no PDT porque os petistas preferem um nome diferente do que quer o partido.
Nos bastidores, ala de Figueiredo, que também acumula o cargo de presidente interno do PDT nacional, afirma que a tentativa de Cid de controlar a diretoria do Ceará não condiz com a posição do senador de não ter apoiado o candidato do próprio partido na eleição passado.
A ofensiva tem sido vista como uma forma de transformar o PDT em um “puxadinho do PT”. Cid, por sua vez, nega com veemência a acusação e afirma que tem o apoio da maioria do diretório estadual para fazer a aliança.
“Temos o apoio da maioria dos deputados e dos prefeitos. O André começou a tomar uma posição de oposição contra a vontade da maioria”, diz Cid, que completa: “Não estou pleiteando [a presidência do partido no estado] por capricho ou desejo “.
Para resolver o impasse, a ala de Cid convocou uma reunião do PDT cearense para o dia 7 de julho. O ato, no entanto, foi questionado pelos adversários, que alegaram que o encontro não teria gerado. O senador, por sua vez, afirmou que a convocação teve a assinatura de mais de dois terços do diretório, respeitando o estatuto do partido.
No meio da briga, os pedetistas chegaram a falar que Cid sairia do partido. As suspeitas aumentaram após conversas que o senador teve com a presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP).
À Folha , o parlamentar confirmou que chegou a ser sondado pelo presidente do Podemos, mas não aceitou o convite. Ele também nega que queira sair do PDT.
“Nunca falei que sairia do PDT. O que eu fiz foi dar justamente um argumento de que não sairia. Tanto não quero sair que me disponho a ser presidente [do partido no Ceará]”.
O imbróglio fez com que o ministro da Previdência e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, passasse dois dias em Fortaleza, na segunda e terça-feira (26 e 27) para acalmar os ânimos entre os correligionários.
A expectativa é de que até o início da próxima semana, quando Lupi conversará com Elmano e Camilo Santana, sairá uma definição de quem comandará o diretório do Ceará
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia a semana com uma pendência por resolver na Esplanada: o comando do Ministério do Turismo. A atual ocupante, Daniela Carneiro, pediu desfiliação do União Brasil e perdeu a base de sustentação no cargo. O partido cobra a substituição pelo paraense Celso Sabino, que conta com o apoio da bancada da Câmara.
Daniella é deputada federal eleita e foi um apoio importante para o presidente durante a campanha em Belford Roxo. A cidade da Baixada Fluminense é um reconhecido reduto bolsonarista. A esposa do prefeito Waguinho também é evangélica e ajudou a diminuir a resistência do grupo religioso que é temeroso com o petista.
A mudança estaria definida há duas semanas. Quando Daniela e o marido foram ao Palácio do Planalto para uma reunião com Lula. No governo, procura-se uma saída honrosa para a ministra. Nos últimos dias, ela apresentou um balanço dos seis meses de trabalho à frente do ministério em audiência no Congresso e participou de um seminário jurídico em Portugal. O evento promovido pelo instituto educacional do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, levou um número considerável de políticos para Lisboa.
No União Brasil existe a pressão pela troca rápida no Turismo. A dúvida é sobre a Embratur, empresa brasileira que promove o turismo no exterior. Atualmente nas mãos do ex-deputado Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro.
Com votações importantes previstas para a Câmara dos Deputados, a mudança no Turismo é esperada para garantir o apoio do União Brasil, dono da terceira maior bancada da Casa.
A legenda mantém ainda outros dois ministérios: Integração Nacional e Comunicações.
O ministro da articulação política, Alexandre Padilha, já deu indicações que o Planalto fará a troca no comando, mas sublinha que a decisão final é do presidente Lula. Como o petista viaja para a Argentina nesta segunda (3) e tem viagem marcada para a Europa no meio do mês, a mudança de comando deve se concretizar neste período.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a semana será de esforço concentrado para “limpar” a pauta econômica que depende da votação dos parlamentares.
Nesta segunda-feira (3), há sessão marcada no plenário e a nova regra fiscal proposta pelo governo pode ser votada. Já o relatório da reforma tributária pode ser apreciado até sexta-feira (7). Para isso, haverá muita negociação e reuniões em Brasília. Os governadores são contra a proposta.
Ao longo da semana, Lira ainda quer pautar os projetos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais, o Carf. A ideia é liberar as propostas antes do recesso, que começa no dia 16 de julho.
Neste domingo (2), os líderes partidários se reuniram na residência oficial da Presidência da Câmara para fechar um consenso sobre os projetos. A reunião de liderança costuma ocorrer às terças-feiras, mas foi adiantada – mais um sinal da pressa e da prioridade com as medidas econômicas.
Os líderes buscam um acordo para acelerar as propostas.
A primeira votação pode ocorrer já nesta segunda-feira (3) com o projeto sobre o voto de qualidade do governo no Carf. O colegiado é utilizado para discutir conflitos tributários e, em caso de empate, o contribuinte era beneficiado até então. O governo aposta no texto para aumentar a arrecadação. Mais de R$ 1 trilhão estão em disputa no conselho.
O projeto está com o selo de urgência e precisa ser votado antes de qualquer outro texto, já que tranca a pauta.
Já a reforma tributária depende de acordos entre parlamentares e governadores. Setores econômicos também fazem pressão pelo adiamento do texto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amanhece na Bahia nesta segunda-feira (3) e participa da cerimônia de início das obras de lote 1F do Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, em Ilhéus, às 10h.
Às 12h30, ele embarca para Brasília, onde sancionará a Lei nº1085, às 15h, que trata da igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens. Ele falou sobre isso no sábado (1º), quando visitava um treino da Seleção Feminina de Futebol.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amanhece na Bahia nesta segunda-feira (3) e participa da cerimônia de início das obras de lote 1F do Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, em Ilhéus, às 10h.
Às 12h30, ele embarca para Brasília, onde sancionará a Lei nº1085, às 15h, que trata da igualdade salarial e remuneratória entre mulheres e homens. Ele falou sobre isso no sábado (1º), quando visitava um treino da Seleção Feminina de Futebol.
Mais tarde, às 17h, ele embarca para Puerto Iguazú, na Argentina, onde participará da reunião da Cúpula do Mercosul. Sua chegada está prevista para 19h.
No encontro, o Brasil assumirá a Presidência pro tempore do bloco pelos próximos seis meses.
Nesse período, o governo brasileiro irá defender junto aos demais membros do grupo a necessidade de “realinhar” o processo de integração regional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca nesta segunda-feira (3) para Puerto Iguazú, na Argentina, onde participará da reunião da Cúpula do Mercosul.
No encontro, o Brasil assumirá a Presidência pro tempore do bloco pelos próximos seis meses.
Nesse período, o governo brasileiro irá defender junto aos demais membros do grupo a necessidade de “realinhar” o processo de integração regional.
O que, segundo Lula tem reforçado em agendas públicas, se esfacelou nos anos anteriores em razão de governantes que não “davam a importância que o Mercosul merece”.
Na prática, essa diretriz, conforme fontes do Itamaraty, também significa aumentar o diálogo com outros países sul-americanos e até mesmo atrair novos integrantes para o bloco.
Nesse contexto, o governo brasileiro já sinalizou que a reintegração da Venezuela ao Mercosul está no radar.
“Precisamos dialogar com o governo venezuelano. É isso que nós estamos fazendo”, explica a secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, a embaixadora Gisela Padovan.
Apesar disso, o Brasil tem noção que antes da aprovação, o país vizinho precisará solucionar problemas internos. Entre eles a realização de eleições transparentes e o compromisso de respeito aos direitos humanos.
Segundo o Protocolo de Ushuaia, assinado em 1998, todos os integrantes do Mercosul são obrigados “a respeitar os preceitos democráticos”. O descumprimento dessa regra excluiu a Venezuela do bloco.
Mesmo sendo tema da agenda da presidência pro tempore do Brasil, esse assunto, segundo o Palácio Itamaraty, não será discutido na Cúpula de Puerto Iguazú.
“Trataremos de linhas gerais; de diretrizes. Uma discussão específica sobre Venezuela não teremos [agora]”, completou a embaixadora.
Declarações No evento desta semana, não está prevista a assinatura de acordos ou tratados. Até porque, há 171 documentos dessa natureza vigentes, contemplando praticamente todas as áreas.
No entanto, devem ser divulgadas cartas/declarações conjuntas sobre temas como tecnologia, juventude, idosos, alimentação saudável e violência de gênero. Um dos textos deve reforçar a necessidade de maior participação da mulher na política.
O envolvimento nessas temáticas faz parte do esforço para que o bloco deixe de ser somente “econômico” e passe a ter relevância “social”.
Pensando nesse aspecto, de acordo com integrantes do governo brasileiro, um dos primeiros atos do Brasil à frente do Mercosul será a realização de um fórum social entre setembro e outubro.
E no fim do ano, o país sediará uma nova reunião de cúpula.
Ações externas Em se tratando das ações extrabloco, o foco pelos próximos seis meses deve ser a assinatura do acordo com a União Europeia.
Politicamente, Lula considera fundamental a parceria — que começou a ser construída 23 anos atrás. No entanto, o presidente tem batido o pé para que os europeus mudem o texto proposto.
Dois pontos têm causado maior entrave, sobretudo entre países da região Amazônica. As exigências ambientais feitas pela UE não estariam levando em conta que o meio ambiente pode ser preservado dentro da visão de desenvolvimento sustentável.
A outra questão que desagrada os integrantes do Mercosul são as duras sanções comerciais a que estariam sujeitos em caso de descumprimento de regras.
De toda forma, a agenda é prioritária.
“Vamos seguir com uma agenda ambiciosa de negociação com outros parceiros. Essa é uma característica dos governos do presidente Lula: favorecer uma agenda ambiciosa externa”, disse o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores.
O Mercosul também está negociando outros dois acordos fora do bloco que são considerados estratégicos: com Singapura e com um conglomerado formado por países europeus que não compõe a UE.
A deputada Dani Cunha, do União Brasil do Rio de Janeiro, emprega o publicitário para quem trabalhou no período em que o seu pai, Eduardo Cunha, presidiu a Câmara dos Deputados.
Dani e o publicitário Michell Yamasaki Verdejo eram figuras carimbadas nos corredores da Câmara no segundo semestre de 2015. Cunha, à época, era um dos homens mais poderosos da República, e Verdejo mantinha uma empresa que ofertava serviços de assessoria para políticos.
A dupla visitava os gabinetes de parlamentares aliados a Cunha para falar sobre os trabalhos que prestavam. O jornalista Evandro Ébolli chegou a questionar Dani sobre possíveis conflitos de interesse. “Não tem nada ilegal”, declarou ela. “Recebo salário e prospecto trabalhos.”
Michell está no gabinete de Dani desde o primeiro dia do mandato. Ele recebe um salário bruto de R$ 16.640 para exercer o cargo de secretário parlamentar SP25. Entre novembro de 2019 e dezembro de 2022, Michell trabalhou para o deputado Cezinha de Madureira, do PSD de São Paulo.
Em tempo: alguns deputados que contrataram os serviços de Dani e Michell permanecem na Câmara oito anos depois. Entre eles estão Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, André Fufuca, do PP do Maranhão, e Danilo Forte, do União Brasil do Ceará. Motta e Fufuca são líderes das bancadas dos seus partidos, enquanto Forte tem posição destacada no União — ele será o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Após o TSE tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos, a Advocacia-Geral da União (AGU) já começou a preparar uma série de ações judiciais contra o ex-presidente na esfera cível.
Segundo fontes da pasta, a ideia é ingressar com ações por improbidade administrativa e por dano material e moral coletivo, cobrando indenizações do ex-chefe do Palácio do Planalto.
Bolsonaro foi condenado pelo TSE à inelegibilidade até 2030 por abuso de poder político, após propagar uma série de ataques ao sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores.
No mesmo dia da condenação, o ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a AGU pedindo ações de indenização pelos danos causados por Bolsonaro ao Judiciário e à sociedade.
ncorado em conceitos como praticidade, economia e sustentabilidade, o mercado de veículos 100% elétricos no Rio Grande do Norte está em franca expansão. Para se ter uma ideia, em dois anos, o número de emplacamento de automóveis deste tipo cresceu 145,6% – saltou de 171 em 2020 para 420 em 2022. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O apresentador Léo Souza está entre os potiguares que já fazem uso dos chamados carros do futuro. “Minha primeira experiência com um automóvel elétrico aconteceu há cerca de um ano, no Rio de Janeiro e hoje sou um super fã”, admite.
Para Léo, são inúmeras as vantagens de possuir um carro do tipo. “O primeiro ganho é a isenção do IPVA. Depois, vem a questão da manutenção, que se resume basicamente a lavar o veículo. Hoje, levanto a bandeira e defendo o uso do carro elétrico por questões de sustentabilidade e economia”, afirma o apresentador. Da mesma forma que Léo, outros usuários do Estado têm despertado para o uso dos automóveis movidos à eletricidade, conforme indicam os dados da ABVE.
Considerando apenas o comparativo entre os anos de 2021 e 2022, o número de emplacamentos no RN cresceu 39% (em 2021, foram registrados 302 carros elétricos emplacados). Os automóveis do segmento são conhecidos como veículos leves eletrificados e estão divididos em três tipos: veículo elétrico à bateria (BEV), veículo elétrico híbrido (HEV) e veículo elétrico híbrido recarregável (PHEV), siglas em inglês utilizadas para diferenciar os modelos no mercado.