América Latina discute ‘febre do lítio’ em meio ao apetite da China, EUA e Europa

Metade vermelho, metade verde, saiu pelas ruas no início deste mês o primeiro ônibus elétrico movido completamente a lítio da Argentina . “0% emissões”, exibe o enorme botão na janela do veículo experimental, que pode andar até 200 km antes de ter de voltar à estação para recarregar as baterias.

O produto que começa a chegar à América Latina já é assunto antigo na Europa, nos Estados Unidos e na China e, para que rode por tamanha distância, leva, no lugar de um tanque de combustível, uma quantidade do mineral milhares de vezes maior do que a que celulares ou notebooks concentram.

“[Precisamos] evitar abordar o tema de uma perspectiva colonial”, discursou no lançamento do ônibus o ministro argentino Daniel Filmus (Ciência e Tecnologia), expondo o grande debate que permeia a região nos últimos meses e ainda deve durar anos: o que fazer com a explosão da demanda de lítio no mundo.

Enquanto novos projetos de garantia do mineral não param de serem anunciados , os países decidem se vão focar a exportação para países ricos ou investir no desenvolvimento da indústria local. Também debatem se vão usá-lo como recurso natural estratégico, de prioridade do Estado, ou se abrirão a exploração para investidores estrangeiros. E ainda é necessário levar em conta os aspectos ambientais.

A América Latina concentra mais da metade do lítio —já apelidado de “ouro branco”— identificado no planeta, e a maior parte está centralizada no “triângulo do lítio”, formado pela Bolívia, Argentina e Chile, principalmente nos salares de Uyuni, Puna e Atacama, onde o elemento químico é obtido pela evaporação.

Mas, com os preços batendo recordes no ano passado, as fronteiras da exploração se expandiram. O Brasil, que em 2015 praticamente não tinha produção do carbonato, hoje chega a 2% do mercado mundial pela perfuração de rochas, método mais rápido e menos dependente do clima, porém mais caro. México e Peru também começam a entrar no jogo, ainda dominado pela Austrália e por poucos produtores.

As principais impulsionadoras dos novos investimentos na região são empresas chinesas , americanas e europeias , que competem para garantir as reservas, de olho na tão sonhada transição energética —a substituição dos combustíveis pela eletricidade gerada em fontes renováveis, principalmente no setor automotivo, que cresce a passos largos.

É para esses países que quase todo o lítio latino-americano é escoado, passando antes por refinarias que o transformam em baterias, principalmente na China, na Coreia do Sul e no Japão. Esse fluxo traz de volta o fantasma da palavra “colonização”, já que grande parte do debate se concentra na pergunta: devemos apenas exportar matéria-prima ou produzir nossas próprias baterias?

“Preocupa-me que possamos nos tornar uma espécie de canteiro litífero para garantir a transição energética do Norte Global, reproduzindo uma espécie de neodependência, neocolonialismo ou colonialismo verde”, afirma Bruno Fornillo, pesquisador do Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina) e coordenador do estudo “Lítio na América do Sul”.

O chileno Francisco Acuña, analista da consultora de mineração CRU, porém, rebate que a região ainda não tem demanda suficiente de veículos elétricos para tal. O Brasil, por exemplo, vai na contramão, ao dar desconto na venda de carros populares . “Aqui eles ainda são considerados item de luxo, não há incentivo. O mais provável é que os países latino-americanos continuem exportando lítio, até que o preço de fabricação dos veículos elétricos seja competitivo e faça sentido produzir baterias”, diz o engenheiro.

Quanto à exploração do lítio, até agora as nações têm lidado com o assunto de formas opostas. O foco do governo Lula tem sido atrair investidores estrangeiros para extrair, produzir e exportar só o concentrado do lítio, de alto valor agregado, ainda que estude formas de desenvolver toda a cadeia até chegar às baterias.

Há um mês, lançou o projeto do “Vale do Lítio” na bolsa de Nova York, para fomentar a exploração no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O Brasil vai no mesmo sentido da Argentina, um dos que mais supervisiona o setor. O país vizinho está cada vez mais próximo de um tratado de livre comércio de lítio com os EUA e, no mês passado, viu suas duas únicas produtoras do carbonato, uma americana e outra australiana, anunciarem uma fusão para se tornarem uma mega multinacional.

Ambos caminhavam na direção contrária de alguns latino-americanos, ainda que todos pendam à esquerda. Em maio, o presidente chileno, Gabriel Boric, gerou rebuliço no mercado ao anunciar em cadeia nacional uma nova política do lítio público-privada, com mais controle do Estado, a criação de uma Empresa Nacional do Lítio (que ainda deve passar pelo Legislativo) e prévia consulta às comunidades andinas.

O mexicano Andrés Manuel López Obrador foi além, ao decretar, em fevereiro, a nacionalização do mineral. “O que estamos fazendo agora, guardadas as proporções, é nacionalizar o lítio para que não possa ser explorado por estrangeiros, nem da Rússia, nem da China, nem dos EUA. O petróleo e o lítio são da nação, são do povo mexicano”, disse o presidente, em estratégia ainda pouco detalhada.

Já a Bolívia, apesar de ter o maior salar do mundo, não produz lítio em nível comercial porque há décadas adotou um modelo mais fechado a investimentos internacionais, em oposição às regiões que abrigam os recursos. O presidente Luis Arce, porém, dá sinais de flexibilização e em janeiro fechou um acordo com o consórcio chinês CBC para construir duas fábricas no país até 2025.

Dois meses depois, a general Laura Richardson , chefe do Comando Sul dos EUA, expôs preocupação com a “agressividade da China no terreno do lítio”. “Esta região está repleta de recursos, e me preocupa a atividade maligna de nossos adversários, que se aproveitam disso. Parece que eles estão investindo, quando, na verdade, estão extraindo”, argumentou ela em apresentação na Câmara de Representantes.

Dentro do cabo de guerra entre as duas potências, o futuro do lítio na América Latina ainda é considerado incerto, assim como os impactos da indústria para o ambiente, que continuaram sendo estudados. A única certeza é a de que o apetite por ele não deve parar de crescer tão cedo.

folha de sp

Postado em 19 de junho de 2023

Aras e mais nove já receberam R$ 100 mil, cada, por participação em banca de concurso do MPF

Augusto Aras e outros nove integrantes do MPF (Ministério Público Federal) já receberam, cada um, R$ 100 mil pela participação em banca de concurso público promovido pela instituição. A seleção está em andamento.

Mais da metade do valor (R$ 52,9 mil) foi pago de uma única vez, junto com o salário relativo a maio. Em abril, houve um repasse de R$ 26,3 mil. Outras parcelas do montante foram depositadas entre março e dezembro de 2022.

O adicional não está sujeito ao que é descontado dos salários para que não extrapolem o teto remuneratório do serviço público —o limite em vigor é o vencimento dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), hoje de R$ 41,6 mil.

Além de Aras, segundo informações do Portal da Transparência do MPF, receberam o valor extra subprocuradores com participação na cúpula da atual gestão, incluindo Eliana Torelly, secretária-geral do MPU (Ministério Público da União), e Humberto Jacques de Medeiros, que foi vice-procurador-geral da República.

Tive também direito ao adicional dos subprocuradores Paulo Gonet Branco, vice-procurador-geral eleitoral e um dos nomes cotados para suceder a Aras, e Paulo de Souza Queiroz.

Completam a lista os procuradores regionais da República André de Carvalho Ramos, Artur de Brito Gueiros Souza, Carlos Fernando Mazzoco, Marcelo Alves Dias de Souza e Waldir Alves.

Em nota, a PGR (Procuradoria-Geral da República) disse que o pagamento está previsto na lei do funcionalismo público (lei nº 8.112/1990) e que remunera os beneficiários pelas atividades de “elaboração, aplicação e correção das provas, análise de recursos (foram apresentado mais de mil) e arguições orais”.

Afirmou também que o adicionalmente não entra no calculado do abate-teto por se tratar de trabalho extraordinário e eventual, uma “atividade de magistério”, conforme previsto em resolução do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

A “gratificação por encargo de curso ou concurso” é paga a servidores de diferentes ramos da administração pública, mas principalmente aos vinculados a instituições de ensino, que promovem os próprios concursos.

A PGR informou, no comunicado enviado à Folha , que não contrata banca externa para a realização do concurso, ficando todas as etapas do certo sob a responsabilidade da comissão de concurso, presidida por Aras.

A comissão foi designada em setembro de 2022. Os integrantes foram escolhidos pelo Conselho Superior do MPF, instância máxima na estrutura administrativa do órgão e comandada por Aras.

O concurso para procurador da República, segundo a Procuradoria, é “conhecido por ser um dos mais difíceis e de maior nível do país”.

O certo, que é o 30º já realizado pela instituição, teve mais de 5.000 candidatos inscritos e inclui provas objetivas, subjetivas (4) e orais, com arguições ao longo de três dias, além de aferição de títulos.

A gestão Aras ampliou a despesa com o pagamento de verbas indenizatórias a integrantes do MPF, inclusive durante a pandemia da Covid-19 , como mostrou a Folha . São pendurados não sujeitos a teto constitucional.

Recentemente, o procurador-geral da República editou um ato que produziu mais um benefício aos membros do MPU.

Os integrantes da carreira que exercem alguma atividade além dos tradicionais despachos de seus processos terão direito a licenças compensatórias.

Eles poderão tirar um dia de folga a cada três trabalhados funções em extraordinárias, com o limite de até dez dias de licença por mês. Também terão a opção de venndê-los, desde que autorizado pelo procurador-geral de cada ramo do MPU e havendo disponibilidade orçamentária.

Além disso, sobre esse valor não incidirá o abate-teto. O ato tem efeitos desde 1º de janeiro, ou seja, tem validade retroativa para aqueles procuradores que quiserem pleitear o benefício desde o início deste ano.

Além de Aras, que comanda o MPF, assinaram o texto os procuradores-gerais dos demais ramos do MPU: Georges Seigneur (Distrito Federal e Territórios), José de Lima Ramos Pereira (Trabalho) e Antônio Pereira Duarte (Militar).

A PGR afirmou que a iniciativa regulamentação uma recomendação aprovada pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) no ano passado para equiparar a situação dos membros do Ministério Público à de juízes, que fazem jus à compensação.

folha de sp

Postado em 19 de junho de 2023

Tércia Leda no PSOL

O ex- Deputado Estadual e dirigente nacional do PSOL, Sandro Pimentel, oficializou um convite de filiação a ex vereadora Tercia Leda, e colocou o partido a disposição para encabeçar sua candidatura ao executivo.
Entre os possíveis prefeitaveis, Lucas Galvão, Elton do O, Ana Albuquerque e Francisco do PT, Tercia Leda é uma forte opção para encabeçar a chapa situacionista nas eleições de 2024.

Tércia é figura conhecida e respeitada na política local, já demostrou experiência administrativa como secretária de saúde do município, Diretora Administrativa do Hospital Federal de Santa Cruz e no Conselho Superior de Administração da UFRN.

O PSOL, que já elegeu dois vereadores consecutivos em Currais Novos (Iranilson e Marquinhos) promete lançar mais uma vez uma NOMINATA competitiva na próxima eleição.

O Professor Maxsuel também estaria se filiando ao partido que já conta com Zé Coco, Adriano da Maniçoba e Bárbara Michaiane.

O PSOL e Rede Sustentabilidade fazem parte de uma federação partidária.

Como o portal Juninho Brito já afirmou, a política desse ano, promete ter muitas novidades e muita dor de cabeça ao prefeito. que terá que encaixar muitas peças importantes nesse quebra-cabeca ou estará sujeito a perder apoios importantes.
Tercia Leda é filiada hoje ao PCdoB.

Postado em 19 de junho de 2023

CHAMOU ATENÇÃO A PRESENÇA DE ZÉ LINS E O VEREADOR DANIEL BEZERRA EM EVENTOS NESTE FIM DE SEMANA EM CURRAIS NOVOS

No sábado a noite os dois estiverem juntos na Festa do Coração de Jesus no Distrito da Cruz em Currais Novos, junto com o Vereador Ezequiel Pereira e o suplente Garibaldinho, onde participaram da novena e do jantar, em seguida, estavam novamente no Forronovos no meio do povo, prestigiando o evento que já foi gigante em Currais Novos.

As especulações começam acontecer a partir das fotos postadas e a presença dos dois juntos, mas ainda é cedo para se expecular alguma coisa para a eleição do ano que vem. O fato é que os dois caminham juntos para um projeto de união para 2024, o Vereador Daniel Bezerra, ex aliado do atual Prefeito Odon Jr, foi rejeitado pelo prefeito, e não contou conversa, partiu para uma oposição contundente, onde aponta fatos e feridas da atual administração.

Perguntado pelo Blog sobre uma possível chapa com Zé Lins, Daniel disse que estará junto com ele como um soldado, pronto para construir um projeto que traga Currais Novos, novamente para o caminho do crescimento e do desenvolvimento. “Serei mais um nessa trincheira e buscarei reunir os agentes políticos num projeto que resgate ainda mais a esperança dos nossos munícipes, numa cidade boa de viver e trabalhar”. Disse o Vereador Daniel Bezerra.

Postado em 18 de junho de 2023

Um curraisnovense brilhando em Natal

O Curraisnovense Carlson Gomes , atual secretário de obras de Natal, vem desempenhando um trabalho reconhecido por todos na Capital potiguar.
Ele vem se destacando entre os secretários do prefeito Álvaro Dias e pessoas antenadas na política, ja colocam seu nome, como o nome de Álvaro para encabeçar uma vaga na chapa majoritária.
Carlson não esconde a vontade de fazer por Currais , o que está fazendo por Natal, até agora, é uma incógnita seu futuro político, se disputará em Currais ou na capital. De uma coisa sabemos, Carlson Gomes, está realizando um belíssimo trabalho em Natal.

Postado em 18 de junho de 2023

Pastor João Batista voltará assumir vaga na Câmara Municipal.

O Pastor João Batista de Moura, voltará a assumir uma cadeira na Câmara de vereadores de Currais Novos, ele substituirá, ainda esse ano, o vereador Daniel Bezerra, que sairá, mais uma vez, para resolver problemas particulares.
Será um mês de mandato e a segunda vez que JB Moura substitui Daniel.
João Batista é nome certo na disputa de 2024 e essas suas duas entradas na Câmara, serve para tornar o Pastor, agora político, um nome forte na disputa vindoura .

Postado em 17 de junho de 2023

Auditores e bancos reagem à versão da Americanas sobre fraude

Nos corredores de um grande banco brasileiro, o que se diz é que os executivos ali, simplesmente, “não conseguem engolir” o relato sobre a fraude na Americanas, feito pelo CEO da varejista, Leonardo Coelho Pereira (foto em destaque), nesta semana, aos integrantes da CPI que investiga o episódio, na Câmara dos Deputados. O mesmo mal-estar, pode-se acrescentar, estende-se a algumas das grandes firmas de auditoria do país.

E qual é o motivo dessa reação? Na CPI, Pereira apresentou mensagens nas quais, supostamente, integrantes das auditorias KPMG e PwC, combinavam a redação de textos com executivos da empresa, cujo conteúdo atenuaria a exposição de fragilidades contábeis no balanço da Americanas. Isso como uma forma de acobertar falcatruas em curso. O mesmo tipo de expediente, indicou Pereira, teria sido adotado com representantes do Itaú Unibanco.

As auditorias e o banco já se manifestaram publicamente a respeito do assunto. Mas a repercussão não ficou por aí. “Na CPI, foi apresentada uma meia dúzia de documentos e não sabemos o que eles representam e qual o seu viés”, afirma Rogerio Mota, diretor técnico do Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon). “Não quero defender nem acusar ninguém, mas entendo que ainda é muito cedo para se chegar a qualquer conclusão com base no que foi mostrado ali.”

Contexto
Tecnicamente, diz Mota, o que preocupa na exposição do CEO da Americanas é, no mínimo, a ausência de contexto. “No processo de auditoria, é normal que se discuta a redação de documentos e relatórios”, afirma o auditor. “Nesses casos, estamos lidando com informações sensíveis de companhias listadas em Bolsa. Assim, é importante que a administração revise os textos e faça seus comentários. O auditor tem toda a autonomia para julgar se essas considerações são razoáveis. Mas, da forma que foi colocado na CPI, parece que houve conluio.”

Conselho

Além do mais, de acordo com o CEO da Americanas, as “suavizações” nos relatórios tinham como objetivo de esconder a real buraco nas finanças, estimado em cerca de R$ 25,3 bilhões, do conselho de administração da empresa. Para Mota, contudo, esse é outro ponto que, como diz, “soa estranho”.

O diretor do Ibracon observa que, no geral, e não no caso Americanas, especificamente, é muito difícil que os conselheiros não tenham acesso ao relatório dos auditores. Mesmo porque esses profissionais emitem dois documentos principais desse tipo. Um deles é público e traz a opinião da auditoria sobre a demonstração financeira da companhia. O outro é de uso interno da empresa, feito para que a administração promova eventuais melhorias nos controles internos.

Numa firma de grande porte, acrescenta o técnico, os conselhos de administração contam ainda com a assessoria de um comitê de auditoria. O que se espera é que esse comitê, que interage com o auditor, também receba os relatórios. “Quem não é da área, ouvindo a forma como a história foi apresentada, pode ficar com a impressão que tentaram esconder a situação dos conselheiros, mas isso é muito difícil”, afirma Mota. “Além disso, quem contrata o auditor não é a administração, mas, sim, o conselho. Isso está na lei.”

Bancos
No caso das instituições financeiras, documentos apresentados por Pereira à CPI mostram supostas tentativas de ocultar dos extratos da Americanas as operações de risco sacado. E o que é isso? Em geral, os fornecedores entregam à vista as mercadorias aos varejistas, mas recebem a prazo. Mas esse pagamento pode ser antecipado por um banco. A quitação da dívida, nesse caso, é assumida pela empresa de varejo. Isso é o risco sacado.

No caso da Americanas, dizem fontes a par do assunto, os prazos negociados com os fornecedores eram muito longos. Mas o dinheiro da venda das mercadorias entrava na veia do caixa, inflando-o de forma artificial. Paralelamente, as dívidas com os bancos não apareciam nas demonstrações contábeis.

Caixa gordo
Quem olhava de fora, portanto, via uma empresa com um caixa gordo e pendurada em poucos débitos. Tal prática, que não constitui uma fraude necessariamente, afirmam as mesmas fontes, agravou-se depois da pandemia. A tese de alguns especialistas é que a empresa “usou muito dessa cocaína e perdeu o controle”.

Carta de circularização

De acordo com os bancos, para não mostrar ao mundo – e aos auditores – a real de suas dívidas, a varejista alegava que o risco sacado não era feito por ela, mas, sim, pelos fornecedores. Assim, ele não deveria constar do extrato bancário da empresa, chamado de carta de circularização. As instituições financeiras teriam acatado o argumento, mas o Itaú exigiu a publicação de uma nota indicando a existência de tais operações.

O processo de negociação do apontamento durou seis meses, período ao longo do qual o crédito de risco sacado foi suspenso. Foi o trecho de uma dessas notas que apareceu num slide mostrado pelo CEO da Americanas à CPI. O que se vê, porém, é que a redação mudou muito pouco.

Redação
A advertência original dizia: “O Itaú Unibanco possui plataforma para a aquisição de recebíveis comerciais de fornecedores, sacados contra a companhia, avaliando individualmente cada operação e tomando a decisão de realizar ou não a antecipação dos recebíveis diretamente aos fornecedores”.

A versão final, comemorada pelos diretores da Americanas, ficou assim: “O Itaú Unibanco possui plataforma para a aquisição de recebíveis comerciais de fornecedores, emitidos contra a companhia, avaliando individualmente cada operação e tomando a decisão de realizar ou não a antecipação dos recebíveis diretamente aos fornecedores”.

Daí, nos bastidores, o banco alegar que, em vez da redação final, o motivo da comemoração dos diretores da Americanas não era a mudança do texto, mas o fim dos seis meses de seca do risco sacado, uma longa abistinência.

Fontes informaram ainda que, até 2017, com ano base 2016, o banco expunha essas operações, em todos os seus detalhes, nas cartas de circularização. Uma delas, a título de exemplo, tinha mais de 80 páginas, sendo que 70 delas com, linha a linha, dados sobre risco sacado.

Metropoles

Postado em 17 de junho de 2023

Defesa de Bolsonaro afirma que ex-presidente jamais participou de trama golpista

Após a revelação de que a Polícia Federal (PF) encontrou no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), um “roteiro de golpe” que incluía o afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a nomeação de um interventor, a defesa do ex-presidente afirma que ele “jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado”.

Veja a nota da defesa enviada para a imprensa:

“Os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado.

Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas – pedidos de agendamento, recados etc – que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações.”

Mensagens golpistas no celular de Cid
No celular de Mauro Cid, teria sido encontrado um “roteiro de golpe”, que incluía o afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski e a nomeação de um interventor para restaurar a “ordem constitucional”. As informações foram divulgadas primeiro pela revista Veja.

Além disso, foram identificadas mensagens do coronel Jean Lawand, sugerindo o golpe. O conteúdo trazia pedidos de Lawand para que Cid convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar no país, após a derrota nas eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na quarta-feira passada (7), também foi divulgada a informação de que uma suposta minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e textos que seriam destinados a dar suporte ao governo em um eventual golpe de Estado foram encontrados pela PF no celular de Cid.

A GLO é uma operação militar que permite exclusivamente ao presidente da República convocar as Forças Armadas nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública em graves situações de perturbação da ordem.

CNN

Postado em 17 de junho de 2023

Virgin inicia venda de pacotes de turismo espacial que custam R$ 2 milhões

Richard Branson, bilionário e proprietário do conglomerado Virgin, anunciou, em vídeo postado no Twitter, o início das operações da espaçonave Virgin Galactic, cujo último teste foi realizado em maio deste ano e a ideia da companhia é promover o turismo espacial.

De acordo com as informações divulgadas, a primeira missão do veículo estelar Galactic, de número 01, será realizada entre os dias 27 e 30 de junho, sendo que o segundo voo (número 02) está previsto para o início do mês de agosto deste ano.

“A equipe e os veículos da Virgin Galactic estão prontos para levar os primeiros clientes para o espaço, tendo concluído com sucesso o voo espacial Unity 25 e análise de rotina e inspeções de veículos”, diz um trecho do comunicado.

A tripulação será composta por três integrantes da Força Aérea e do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália para conduzir pesquisas em ambiente de microgravidade, demonstrando o que a Virgin chama de potencial de seu “laboratório científico suborbital”.

“Estamos lançando a primeira linha espacial comercial para a Terra. Este próximo capítulo emocionante para a Virgin Galactic foi impulsionado pela inovação, determinação e compromisso de oferecer uma experiência verdadeiramente transformadora”, afirma Michael Colglazier, CEO da empresa.

O que são voos suborbitais?
Existe uma fronteira entre a Terra o espaço. Para a Nasa, a Agência Espacial dos Estados Unidos, o limite é atingido aos 80 km, mas também existem agências que consideram a Linha de Kármán, esta a 100 km de altitude, definida pelo físico Theodore von Kármán.

Em 2021, o voo inaugural da Galactic, que contou com a presença de Branson, atingiu uma altura de 86 km – ou seja, 6 km acima do limiar do planeta, usando o critério da Nasa.

No ápice da atividade, a atmosfera é praticamente nula e ocorre a chamada gravidade zero, quando a força de atração terrestre deixa de atuar, permitindo que os corpos possam levitar.

Contudo, neste tipo de voo, a sensação de super-herói é passageira e dura apenas alguns minutos, diferentemente do que ocorreria em uma viagem em altura superior, onde o fenômeno seria constante e implicaria no uso de sofisticados trajes espaciais.

Atividade do futuro
O turismo espacial, como o promovido pela Virgin, inaugura a chamada “nova era espacial”, sendo mais uma dentre tantas outras iniciativas de empresas que querem ampliar a presença humana no espaço sideral, inclusive com a criação de colônias em Marte, como nos planos citados pela SpaceX, do também bilionário Elon Musk.

Aos interessados em participar da jornada acima do ambiente terreno, um aviso: embora a companhia não revele ao mercado os valores exatos de cada passagem, em 2021, cada bilhete foi adquirido pela bagatela de US$ 450 mil (cerca de R$ 2 milhões, no câmbio atual), de acordo com Virgin Galactic, que já conta com cerca de 100 pacotes vendidos.

CNN

Postado em 17 de junho de 2023

Padilha anuncia força-tarefa para acelerar nomeações no governo

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (16) uma “força-tarefa permanente” para acelerar as nomeações de indicados por aliados nos ministérios. A medida é resultado de uma cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por mais agilidade na nomeação de cargos dos aliados do governo.

“Quero anunciar primeiro uma decisão da reunião ministerial de ontem [quinta-feira] do presidente Lula. A partir desta reunião, nós constituímos uma força-tarefa permanente junto aos ministérios, decisão do presidente Lula, para acelerar a análise técnica pelos ministérios para composição do governo. Nós mostramos que há cerca de 403 currículos apresentados por parlamentares e segmentos sociais, que estão em análise nos ministérios”, disse durante evento do Ministério da Defesa, pelo Dia da Marinha.

Segundo o ministro, algumas das nomeações aguardam encaminhamento há 60 dias. “Nós já vínhamos cobrando quase que diariamente e, em uma decisão da reunião de ontem, vamos fazer uma força-tarefa permanente, coordenada pela SRI [Secretaria de Relações Institucionais], a partir da fala do presidente Lula, para que se acelere o mais rápido possível pelos ministérios essa composição”, disse Padilha.

“Além disso, tomamos uma decisão anunciada na reunião de ontem, que semanalmente ministros e assessores vão passar um mapa dos parlamentares atendidos nos ministérios, seja pelos ministros, pelos secretários nacionais, pelas suas equipes. Semanalmente, a SRI [Secretaria de Relações Institucionais] vai entregar esse mapa aos líderes do governo na Câmara, no Senado, no Congresso, para que possam repassar isso para os líderes partidários e possa fazer mapeamento permanente. Esse é um governo que está aberto à interlocução com o Congresso Nacional”.

CPMI

O ministro destacou ainda o início da série de oitivas, na próxima semana, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na terça-feira (20), às 9h, está marcado o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.

“Começam, na próxima semana, sessões muito importantes na CPMI, de depoimentos, convocações de pessoas que estavam desde o começo na programação dos atos terroristas do dia 8 de janeiro”, disse. “A cada dia fica mais explícito que existia, no governo Bolsonaro, uma organização criminosa que, desde o dia da eleição, estava planejando, preparando os atos terroristas do dia 8 de janeiro”, completou.

Ao todo, a CPMI aprovou a convocação de 36 pessoas, diversos integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres; o tenente-coronel Mauro Cid, ajudantes de ordens do ex-presidente; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Braga Netto.

“Qualquer servidor federal, civil ou militar, que for provado envolvimento na preparação, no planejamento, dos atos do dia 8 de janeiro, têm que ser punidos e afastados de qualquer espaço de direção”, ressaltou.

“Já temos mais de R$ 20 milhões bloqueados pela AGU [Advocacia-Geral da União] de financiadores dos atos terroristas e temos cada vez mais a identificação de pessoas que faziam parte dessa organização criminosa, que desde o governo Bolsonaro, com o resultado das eleições, planejou os atos terroristas”, disse.

Diario de Pernambuco

Postado em 17 de junho de 2023

Ratinho Junior: “A sociedade não aguenta mais o extremismo na política”

Reeleito no primeiro turno de 2022, Ratinho Junior (PSD) segue em lua de mel com o eleitorado local: segundo pesquisa recente do Instituto Paraná Pesquisas, é hoje o governador mais bem avaliado do país. A situação é fruto direto de uma gestão que vem colecionando boas marcas em áreas como a educação (passou de sétimo para primeiro lugar no Ideb, o índice que mede o desempenho escolar no ensino médio). Na economia, o estado deixou o Rio Grande do Sul para trás no fim do ano passado e assumiu o posto de quarto maior PIB do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Agora, aposta em privatizações e concessões para atrair novos investimentos e transformar o Paraná no maior centro logístico do país. Na política, tece críticas a Lula e Bolsonaro, embora tenha apoiado este último nas eleições passadas e diga que o governo dele teve méritos. Em entrevista a VEJA, Ratinho Junior diz que quer compor uma frente de novas lideranças, mais moderadas, liberais e pragmáticas, de olho na disputa ao Palácio do Planalto em 2026 — e assume que pode ser o presidenciável que surgirá dentro desse grupo. A seguir, os principais trechos.

Seu nome é cotado para ocupar o espaço do eleitorado de centro-direita no país, caso Jair Bolsonaro seja declarado inelegível. O senhor será candidato a presidente em 2026? Antes de 2026 temos outros três anos. Existe um mal do político de querer antecipar as fases e meu foco realmente está no Paraná. Mas estou feliz neste novo momento em que o Brasil apresenta novas lideranças, como a dos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Quero fazer parte, sim, de um projeto político para o Brasil. Um projeto político que pode realmente transformar o país, que pode implantar uma agenda positiva, que saia desse negócio de esquerda e direita, de extremismo. Isso é muito prejudicial e não encher a barriga de ninguém.

Mas o senhor assume que deseja disputar o Palácio do Planalto? Isso tem que ser construído. Obviamente, se para o momento adequado, se eu tiver condições e se eu for uma pessoa escolhida dentro de um projeto de grupo, partidário, posso ser uma opção. Mesmo se não for o protagonista desse movimento, quero ajudar a construir essa alternativa. Se ela vai ser vitoriosa, só saberemos em 2026. O meu estado é um estado protagonista, então é natural que meu nome possa estar no tabuleiro.

Entre os progressos obtidos pelo Paraná nos últimos anos, qual deles considera o mais relevante? Somos agora o quarto PIB do Brasil. Passamos o Rio Grande do Sul. O sucesso do Paraná e da nossa gestão é não ter perdido tempo discutindo ideologia, e sim metodologia. Na educação, uma das políticas que permitiram um salto de qualidade foi o investimento na segurança alimentar dos nossos alunos. Bem alimentados, os alunos tiveram condições de melhorar o desempenho com aulas ministradas por professores que seguem um método de ensino testado e aprovado. Em geral, não inventamos nada, apenas trouxemos para o Paraná os melhores exemplos de fora.

“Se eu tiver condições e for escolhido, posso ser uma opção para sair desse negócio de esquerda e direita. Se ela vai ser vitoriosa, só saberemos em 2026”

Quais países do exterior serviram de inspiração? Na educação, a Coreia do Sul é um exemplo claro. Mas não é a única fonte de inspiração. O Brasil é conhecido lá fora por São Paulo e Rio de Janeiro. E São Paulo é o nosso Estados Unidos, pela força econômica, a força da população. É a nossa grande referência, nossa locomotiva. E eu penso que o Paraná, por estar ao lado de São Paulo e ser a ligação do Sul com o Sudeste, tem essa condição de ter essa mesma pujança, mas sem os grandes problemas de São Paulo, até porque temos uma população menor, com um custo de vida mais barato que o paulista. Então, a ideia nossa é transformar o Paraná no Canadá do Brasil.

Qual o papel das privatizações e das concessões nesse processo? Nossa ideia é consolidar o Paraná como uma grande central logística do continente. Estamos hoje com os maiores pacotes de concessões rodoviárias da América Latina. O Porto de Paranaguá, por exemplo, foi eleito por três vezes o mais eficiente do Brasil. Lá vamos começar, a partir de julho, uma obra de 600 milhões de reais que vai aumentar em 30% a capacidade do terminal, sem a necessidade de ampliar a parte marítima. Além disso, nós temos as concessões rodoviárias que trarão 10 bilhões de reais em investimento privado, fora a parte operacional das concessões.

Esses projetos vão na contramão do que o governo federal está fazendo. A gestão Lula tenta reverter a privatização da Eletrobras e brigou com o marco de saneamento. Como analisar essa diferença? Vejo que são visões de mundo diferentes e eu procuro me inspirar que deu certo nos países associados. E os países do primeiro mundo nunca viram problema na iniciativa privada prestar um serviço público. Isso não tem nada de mal, desde que seja eficiente. Para a população, caro é aquilo que é ineficiente.

Por que então ainda existe tanto preconceito no país contra a privatização, em especial de uma parte da classe política, que inclui o PT? O PT faz discurso ideológico da década de 80, que lamentavelmente se arrasta até hoje. Mas a parte positiva é que há governantes com coragem de implementar uma agenda positiva pela busca da modernização da máquina pública e que eles buscaram dar resultado para a população, como é o caso do Paraná.

Quais os erros e acertos do presidente Lula neste início de mandato? Ainda é cedo para uma avaliação definitiva, são apenas seis meses. Não dá para a gente ficar fazendo julgamento, nem cobrando em um período tão curto. Penso que o governo federal tem um grande desafio, que é o relacionamento com o Congresso. Não está sendo fácil, até talvez pelo perfil do Congresso que existe hoje, diferente do que era no passado, mais conservador. As redes sociais deram mais voz para um volume de deputados que antes não tinham essa voz. Então pode ser que isso também tenha mudado a maneira de relacionamento. Eu acho que esse é o grande desafio: o de conseguir importar uma agenda econômica que faça o Brasil voltar a crescer.

A tradução tem dado sinais positivos. É mais por mérito do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ou do presidente Lula? É graças ao remédio do Banco Central, não tenho dúvidas ( leia a reportagem na pág. 50 ). Se você pegar o histórico desse modelo de aumentar juro para frear a sombra, ele geralmente demora. O prazo para começar a ter efeito é de um ano, até um ano e meio. Isso em qualquer país é um remédio, é uma quimioterapia. A herança é um câncer para qualquer sociedade. Se você analisar as reações da infecção do ano passado, verá que foi por causa das medidas de tirar dos combustíveis, da energia. E eu acredito que agora, no segundo semestre, se o cenário continuar dessa mesma forma, o Banco Central vai começar a fazer o gesto de baixar esses juros.

Foi exagerada a artilharia do PT e do presidente Lula contra o Banco Central? Penso que foi uma vacina tanto do presidente quanto do entorno dele para que, se a economia não rodar, a culpa recai sobre o Banco Central.

O senhor apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno. Voltaria a apoiá-lo novamente? Na conjuntura política que vivíamos, do quadro naquele momento, apoiaria novamente, sem dúvida e sem problema nenhum. Acho que Bolsonaro foi um bom presidente para o Paraná. Ele foi o presidente que mais investiu no estado nos últimos trinta anos. Foi um presidente que ajudou a tirar do papel uma série de projetos, em especial de infraestrutura, importantíssimos para o estado. E foi importante também pela modelagem do governo: os ministros deles eram capazes, conseguiram fazer o país crescer depois de uma pandemia e durante uma guerra. É importante lembrar que o Brasil terminou no governo passado com crescimento de 3,2%.

A pregação antivacina atrapalhou o projeto de reeleição? Eu estou falando do governo, com a posição pessoal dele eu não concordo. Penso que esses excessos o prejudicaram. Acho que a sociedade brasileira não aguenta mais o extremismo nem os excessos. E não é do Bolsonaro, é de qualquer um. O Lula também está cometendo excessos.

Quais excessos? Esse caso recente da recepção e dos elogios a Nicolás Maduro, por exemplo. Teve também o marco do saneamento. Lula venceu de frente com um negócio necessário para o Brasil avançar. Isso é um excesso. Precisamos de paz e de tranquilidade para poder trabalhar.

“A sociedade não aguenta mais o extremismo nem os excessos na política. E não é apenas de Bolsonaro, é de qualquer um. O Lula também está cometendo excessos”

Como vê a possível inelegibilidade de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral? Espero que ele consiga fazer com que isso não aconteça. O Brasil é um país reduzido de lideranças em todas as áreas, seja da esquerda, do centro-direita, de liderança religiosa, de liderança empresarial. Eu acho que, quem consegue ter um ativo de liderança, tem que de certa forma poder estar à disposição para defender suas ideias.

O senhor ficaria surpreso se ele fosse absolvido no TSE? Eu espero que ele supere tudo. Mas eu acho que o ambiente é para tentarem, de alguma maneira, limitar a atuação política dele ( leia a reportagem na pág. 30 ).

Falando em impedimentos de políticos, depois da cassação de Deltan Dallagnol, o senador Sergio Moro pode ser o próximo. Como vê essa ofensiva contra a “República de Curitiba”? Deltan, assim como Moro, é um ativo importante do estado. Foi um deputado eleito com quase 400 000 votos. Então uma boa parcela da sociedade paranaense gostaria de tê-lo como representante, que era o que ele estava fazendo.

Acha que o senador Sergio Moro corre os mesmos riscos? Não tenho como comentar as questões jurídicas que envolvem o caso. O Moro é um senador preparado, combativo. A exemplo do Deltan, fez uma eleição muito boa no Paraná. Para o estado, não é bom perder nem um nem outro.

Seu pai, o apresentador Ratinho, influenciou de alguma forma sua trajetória? No início da minha carreira, como pouca gente me jogou, apesar de eu já estar no rádio desde os 14 anos, o apelido me ajudou a me popularizar. Hoje as pessoas conseguem diferenciar o Ratinho apresentador do Ratinho governador.

Qual o conselho mais valioso que ele deu ao senhor na política? Continuo seguindo o que ele me disse lá atrás: “O errado não dá certo e certo não dá errado”.

VEJA

Postado em 17 de junho de 2023

A explosão da entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira

Os investidores estrangeiros estão comprando as ações das empresas brasileiras. No acumulado do ano, os aportes na bolsa de valores chegam a quase 14 bilhões de reais. Só que um detalhe impressiona. Desse montante, metade foi contabilizada apenas nas duas primeiras semanas de junho. O feroz apetite dos estrangeiros e a explicação para tanto otimismo são os assuntos do VEJA Mercado desta sexta-feira, 16.

veja

Postado em 17 de junho de 2023

Moraes autoriza que PF tome novo depoimento de Bolsonaro sobre trama golpista envolvendo Marcos do Val

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (16) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste novo depoimento à Polícia Federal. É o quarto depoimento dele autorizado este ano pelo STF (relembre abaixo).

Bolsonaro será ouvido em desdobramento das investigações sobre a suposta participação do senador Marcos do Val numa trama golpista. A PF quer ouvir outros personagens que teriam interagido com o parlamentar.

Em fevereiro deste ano, Do Val acusou Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no fim do ano, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado. Além do ex-presidente, vão ser ouvidos o próprio Do Val e Daniel Silveira.

Investigações
Na quinta-feira (15), Marcos do Val foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga obstrução de investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.

A PF encontrou conversas entre o senador e Daniel Silveira, indicando que agiram em conjunto na tentativa de sabotar investigações relacionadas aos atos golpistas, além de fazer ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), à PF e a outros envolvidos nas apurações.

Chamou também atenção dos investigadores as várias mudanças de versões do senador sobre a suposta articulação de golpe de estado.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília e no Espírito Santo.

Em entrevista à GloboNews após a operação, o senador afirmou que falou a verdade à PF sobre reunião com Bolsonaro e Silveira. Alegou ainda que o ministro Alexandre de Moraes teria se sentido “afrontado” por um possível pedido de convocação à CPI mista que investiga os atos golpistas.

Outros depoimentos de Bolsonaro
Desde que deixou a Presidência da República, Jair Bolsonaro já prestou depoimento à PF em, pelo menos, três ocasiões.

No início de abril, ele foi ouvido no inquérito que apura a tentativa de liberação de joias doadas pelo regime saudita, avaliadas em R$ 5 milhões. O material entrou irregularmente no país e foi apreendido. No fim do mandato, uma equipe da presidência tentou reavê-lo junto à Receita, sem sucesso.

No depoimento, Bolsonaro alegou que ficou sabendo das joias sauditas um ano depois, mas não se lembra de quem o avisou.

No fim de abril, Bolsonaro prestou depoimento no inquérito que apura os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele é suspeito de ter incitado os ataques. Aos policiais, o ex-presidente disse que estava sob efeito de remédios quando publicou um vídeo com ataques infundados ao sistema eleitoral.

Já em maio, Bolsonaro foi ouvido no inquérito que apura fraude em cartões de vacina dele, da filha e de auxiliares. O ex-presidente negou ter dado ordens para inserir dados falsos sobre vacina no sistema do Ministério da Saúde.

G1

Postado em 17 de junho de 2023

Da tolerante à lesão: o que fazer se for picado pelo carrapato da febre maculosa?

O principal transmissor da febre maculosa é o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) que é muito pequeno e se prende à pele das pessoas para se alimentar de sangue. Quando contaminado o carrapato transmite a bactéria Rickettsia que causa a febre maculosa.

Retirar o carrapato do corpo o mais rápido possível reduz o risco de infecção. Por outro lado, se isso for feito da maneira errada, pode haver a liberação das bactérias e aumento do risco de transmissão da doença.

Procure o carrapato
Em geral, a picada do carrapato não causa sintomas . Além disso, eles podem ser muito pequenos. Na fase de ninfa, onde ocorre a maior parte dos ataques, o animal é do tamanho de um carrapato. Então é preciso vasculhar o corpo em busca deles, em especial em locais mais “escondidos”, como atrás da orelha, no pescoço, na região da virilha e em baixo das mamas.

Não utilize as mãos
O jeito ideal de retirar o carrapato é com uma pinça . Se o objeto não estiver disponível, pode ser usado algodão ou uma gaze. Jamais utilize as mãos.

Torção constante
Com a ajuda da pinça, puxa devagar o carrapato, meio de uma leve torção, para que sua boca solte a pele, seguido de um, movimento constante para cima.

Se uma parte da boca do animal ficar grudada, higienize uma pinça, as mãos e remova o restante com cuidado.

álcool etílico
Jamais esmague ou aperte o corpo do carrapato . Fazer isso pode expulsar as bactérias e aumentar o risco de infecção. Após retirá-lo do corpo, jogue o carrapato em um pote com álcool ou uma solução de água e sabão.

água e sabão
Higienize as mãos, a pinça e a área da picada com água e sabão.

15 dias de alerta
Esteja atento para possíveis sintomas de febre maculosa por 15 dias após o contato com o carrapato. Os principais são: febre alta, dor de cabeça e no corpo, manchas vermelhas no corpo (em especial na palma das mãos e solas dos pés) e cansaço.

O GLOBO

Postado em 17 de junho de 2023