O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e decidiu suspender todos os processos em instâncias inferiores na Justiça, que são relacionados ao decreto anti-armas assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia que foi empossado presidente, em 1º de janeiro, Lula revogou as normas do ex-presidente Jair Bolsonaro, que facilitava o acesso da população à armas e munições
“A suspensão do julgamento de todos os processos em curso cujo objeto ou a causa de pedir digam com a constitucionalidade, legalidade ou eficácia do Decreto 11.366, de 1º de janeiro de 2023, do Presidente da República e suspensão da eficácia de quaisquer decisões judiciais que eventualmente tenham, de forma expressa ou tácita, afastado a aplicação do decreto”, informou Gilmar Mendes na decisão.
A análise foi de uma decisão individual do ministro Gilmar Mendes, que votou para manter o voto anterior. Até o momento, os ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso, seguiram o voto de Mendes.
Os demais ministros que ainda não votaram, vão poder informar a decisão sobre o assunto em julgamento que acontece na plataforma virtual do Supremo Tribunal Federal até às 23h59 desta sexta-feira (10).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu nesta sexta-feira (10) liberdade provisória a mais 80 homens denunciados pelos atos criminosos de 8 de janeiro, em Brasília, quando as sedes dos poderes foram invadidas e depredadas.
Com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram aplicadas medidas cautelares a acusados que responderão em liberdade por crimes como incitação ao crime e associação criminosa.
Em 9 de janeiro, a Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos atos e estavam acampadas na frente do Quartel General do Exército, em Brasília. Desse total, 745 foram liberadas após a identificação, entre elas as maiores de 70 anos, as com idade entre 60 e 70 anos com comorbidades e cerca de 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos.
Dos 1406 que seguiram presos, permanecem na prisão 440 homens e 82 mulheres. Os demais obtiveram liberdade provisória para responder ao processo mediante as cautelares, que são:
Proibição de ausentar-se da comarca e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica;
Obrigação de apresentar-se perante ao juízo da Execução da comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras;
Proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no prazo de cinco dias;
Cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil;
Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome da investigada, bem como certificados CAC;
Proibição de utilização de redes sociais;
Proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio. Até o momento, a PGR denunciou 919 pessoas por incitação pública ao crime e associação criminosa. Dessas, 219 responderão também por crimes mais graves – dano qualificado, abolição violenta do estado de direito e golpe de estado.
O ministro destacou que a PGR deixou de oferecer acordo de não persecução penal, por entender que a tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito é incompatível com a medida de despenalização. Todos foram notificados para apresentar defesa prévia.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) emitiu nesta quarta-feira (8) uma Licença de Instalação para um projeto de extração e beneficiamento de ouro em uma área de 490 hectares, na zona rural de Currais Novos, no Seridó, distante cerca de 170 km de Natal.
O documento tem validade de cinco anos. A mina de ouro do projeto Borborema é uma das maiores de todo o Brasil, segundo o órgão, e é administrada pela empresa canadense Aura Minerals.
A oficialização da entrega ocorreu durante uma reunião na sede do Idema. Para o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, o foco da gestão estadual é atrair investimentos para o RN.
“Precisamos retomar todo o potencial de mineração do nosso estado, com a atenção e os investimentos que o setor merece”, afirmou.
Projeto Borborema O projeto Aura Borborema entra no portfólio da empresa como projeto de crescimento e tem como o objetivo a entrada em operação no quarto trimestre de 2024, segundo seus representantes.
A empresa estima a criação de 747 empregos diretos durante a construção, e 600 empregos diretos durante a operação.
Com a assinatura do Protocolo de Intenções, em janeiro deste ano, a empresa se comprometeu com o estado em priorizar a mão de obra local, em fazer parcerias para capacitação e incentivar a mão de obra feminina para dinamizar a economia da região.
Condições Segundo o documento emitido pelo Idema, o empreendedor fica ciente que deve seguir rigorosamente as condições impostas na autorização de supressão de vegetação; que deve preservar e respeitar as margens dos corpos hídricos como forma de conservar as condições naturais do ambiente; e que deverá executar todos os programas de controle ambiental.
A empresa também deverá apresentar, anualmente, um relatório de monitoramento geoquímico de solo, com pelo menos uma amostragem por semestre, para criação de um padrão geoquímico da área.
O Idema também informou que é necessário um sistema de drenagem de águas pluviais eficiente, para evitar erosão e desmoronamentos nas instalações e acessos do projeto.
levantamento do Instituto Brâmane, realizado com recursos próprios, mediu intenções de voto para a Prefeitura do Natal. Os dados foram divulgados pelo programa “Repórter 98 FM” nesta quinta-feira (9).
No cenário estimulado, Carlos Eduardo foi citado por 17% dos entrevistados. Na sequência aparece Natália Bonavides com 16,1% e Bruno Giovanni com 7,25%.
Em seguida, Wendell Lagartixa com 6,9%, Paulinho Freire com 3,23%, Prof. Robério Paulino com 1,23% e Irapuã Nóbrega com 0,28%.
A pesquisa Brâmane entrevistou 1.100 pessoas em Natal, presencialmente, entre os dias 5 e 7 de março de 2023. O levantamento tem margem de erro de 3 pontos percentuais, com confiabilidade de 95%.
A caixa de joias da Arábia Saudita não é o único presente de alto valor que Jair Bolsonaro ganhou no Oriente Médio. Em outubro de 2019, o ex-presidente voltou ao Brasil de uma viagem à região com uma pistola e um fuzil, este último customizado com seu nome.
A coluna conversou com pessoas que estiveram com Bolsonaro na viagem, que durou 10 dias e passou por Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita. Eles relatam que Bolsonaro voltou no avião presidencial com um fuzil e uma pistola que ganhou de presente nos Emirados Árabes.
O fuzil é de calibre 5,56 mm e a pistola, 9 mm. No site Casa do Tiro, um fuzil semelhante custa de R$ 32 mil a R$ 42 mil. A pistola é de R$ 5,9 mil a R$ 15,6 mil. Os preços variam no mercado internacional, a depender da procedência.
As armas, segundo integrantes da comitiva, teriam sido presentes de um príncipe de uma família real dos Emirados Árabes. O fuzil foi entregue a um terceiro, que repassou o bem a Bolsonaro dentro do avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O ex-presidente teria gostado do presente.
Na mesma viagem, membros da comitiva receberam relógios de luxo. Há pouco mais de uma semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que os itens fossem devolvidos e considerou que os presentes violam as regras da Corte.
Em tese, o caso das armas deve seguir o mesmo caminho, segundo ministros ouvidos pela coluna.
Os relógios em questão custavam até R$ 53 mil, valor semelhante ao das armas no mercado brasileiro. Seu valor comercial foi levado em consideração pelo TCU ao determinar que eles deveriam ser devolvidos ao patrimônio da União.
“O recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial por agente público em missão diplomática extrapola os limites de razoabilidade”, registrou o TCU em acórdão de 1º de março.
Em 2016, o TCU determinou que devem ser destinados ao patrimônio da União todos os presentes recebidos nas audiências de autoridades com outros chefes de Estado ou de governo, independentemente do nome dado ao evento pelos cerimoniais e o local onde aconteceram.
O entendimento inclui comitivas que façam viagens a outros países.
A exceção são apenas “itens de natureza personalíssima (medalhas personalizadas e grã-colar) ou de consumo direto (bonés, camisetas, gravata, chinelo, perfumes, entre outros)”, segundo o tribunal.
Pessoas que presenciaram o recebimento do fuzil e da pistola dizem que os bens teriam sido registrados pelo Exército, como demanda a legislação brasileira no caso de importação de armas. Procurado, o Exército não se pronunciou.
A coluna perguntou à assessoria do ex-presidente onde estão as armas, quais seus modelos específicos e valores estimados, e se o presidente recebeu outras armas de presente durante seu mandato. Também perguntou se ele pretende devolvê-las. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Se houver destinação pessoal, é preciso pagar imposto sobre as armas, o que o presidente também não confirma se ocorreu. Segundo auditores fiscais ouvidos pela coluna, deve ser pago o imposto de qualquer bem importado, sejam joias, relógios ou armas, se o item não for destinado ao patrimônio da União. A alíquota é de 60% do valor do produto, em regra.
Em novembro de 2021, o então presidente Bolsonaro disse que tinha dois fuzis em casa e que deixava pelo menos um deles no seu quarto.
“Eu tenho dois (fuzis) em casa. Se a mulher sair do quarto, tudo bem. Mas o fuzil fica lá, tá certo? Ele não sai”, disse, em transmissão em rede social.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) uma proposta que garante uma pensão às crianças e adolescentes cujas mães foram vítimas de feminicídio. O texto ainda será analisado pelo Senado.
O projeto é de autoria das deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Luizianne Lins (PT-CE), Maria do Rosário (PT-RS), Natália Bonavides (PT-RN), Professora Rosa Neide (PT-MT) e Rejane Dias (PT-PI).
O valor da pensão estabelecido no projeto é de um salário mínimo e deve ser pago até o menor completar 18 anos.
Para ter acesso ao benefício, a renda mensal per capita dos filhos ou dependentes menores de idade, órfãos em razão do crime de feminicídio, deve ser igual ou menor que 25% de um salário mínimo.
O texto estabelece ainda que a pensão não poderá ser acumulada com “benefícios previdenciários recebidos do Regime Geral de Previdência Social – RGPS ou dos Regimes Próprios de Previdência Social, nem com pensões ou benefícios do sistema de proteção social dos militares”.
Proposta Ainda, segundo o projeto, o benefício será retirado se o menor tiver sido “condenado pela prática de ato infracional análogo a crime, mediante sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou partícipe de feminicídio doloso, ou de tentativa desse ato, cometido contra a mulher vítima da violência, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis”.
A proposta aprovada pela Câmara foi o substitutivo (emenda apresentada pelo relator) apresentado pelo deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).
O projeto original, entre outros pontos, propunha que a pensão fosse paga no modelo de Benefício de Prestação Continuada (BPC), no entanto, o substitutivo defendeu que estender o pagamento do BPC “para outros beneficiários, que não idosos ou pessoas com deficiência, poderia suscitar questionamentos acerca da sua constitucionalidade”.
Com isso, o projeto aprovado pela Câmara prevê que o pagamento será feito na modalidade de pensão especial.
O chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, liderou na quarta-feira (8) uma delegação brasileira em viagem à Venezuela. A agenda do diplomata já contou com um encontro com Nicolás Maduro.
O presidente venezuelano, após a reunião, compartilhou nas redes sociais registros da agenda, que a definiu como “grato encontro”.
Maduro também escreveu que a Venezuela e o Brasil estão “comprometidos com a renovação de acordos de união e solidariedade que garantem o crescimento e o bem estar” dos dois países.
Fontes do Itamaraty disseram que o encontro do ex-chanceler com o presidente venezuelano é um “passo natural” do processo de reabertura da Embaixada do Brasil em Caracas.
“No momento em que você reabre uma embaixada, você envia uma missão de alto nível ao país”, explicou uma fonte.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu relações com o governo de Nicolás Maduro e retirou diplomatas de Caracas, em 2020.
Bolsonaro reconhecia como chefe de Estado o autoproclamado presidente Juan Guaidó, opositor de Maduro. Com a vitória de Lula nas eleições, o Brasil retomou as relações com a gestão de Maduro.
Oposicionistas ao governo Lula criticam essa posição de aproximação do Brasil com o governo venezuelano. Argumentam que a Venezuela é uma ditadura e que Maduro enfraqueceu as instituições democráticas do país.
Uruguai e Paraguai no G20 Enquanto Amorim viajou à Venezuela, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve no Paraguai, nesta quarta-feira.
Em assunção, Vieira se reuniu com o presidente Mario Benítez, no Palácio de López. No encontro, o Brasil formalizou o convite para que o Paraguai integre os trabalhos do G20 – grupo das maiores economias do mundo – em 2024.
O Brasil presidirá o grupo no próximo ano e tem a prerrogativa de fazer alguns convites.
O Paraguai terá eleições presidenciais em abril deste ano, com atenção especial do Brasil. O país observa uma disputa polarizada entre direita e esquerda. De um lado, o favorito na disputa Santiago Peña, considerado a nova cara do partido de direita conservadora Colorado. Do outro, Efraín Alegre, que concorre pela terceira vez, agora em uma coalizão com o centro e a centro-esquerda.
Durante a semana, o chanceler brasileiro Mauro Vieira recebeu também a visita de ministros do Uruguai e, na ocasião, também convidou o país para fazer parte do G20.
A tia de uma menina de 13 anos foi presa preventivamente suspeita de “vender” a sobrinha para um idoso de 68 anos em Camboriú, no Litoral Norte catarinense. Conforme a Polícia Civil, a adolescente foi vítima de abuso sexual por nove meses e chegou a morar com o homem por volta de quatro deles.
Segundo o delegado Paulo Freyesleben, o idoso também foi preso preventivamente e é investigado por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição. Já a tia foi indiciada por exploração sexual de adolescente. As prisões aconteceram na quarta-feira (8).
“Não havia pagamento fixo, mas valores que eram repassados esporadicamente, além de cestas básicas e presentes, como telefones celulares”, informou. Presentes também eram oferecidos à adolescente, conforme Freyesleben, como forma de “compensar” os abusos. O último teria sido um celular.
Histórico A mulher não tinha a guarda formalizada da adolescente, mas estaria “cuidando” da menina, segundo as investigações.
A vítima começou a frequentar a casa do idoso em setembro de 2021, quando ainda morava com a tia.
Freyesleben disse que menina teria começado a passar dias na casa do abusador em fevereiro de 2022, até se mudar definitivamente para lá por volta de julho. A polícia considera que o idoso e a adolescente viveram por quatro meses como se estivessem casados.
O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar em novembro do ano passado, e a menina foi resgatada. Atualmente, a vítima está em um abrigo, sob supervisão do Poder Judiciário.
Conforme o delegado, os pais da adolescente sabiam da situação de exploração sexual e foram indiciados pela Polícia Civil por omissão.
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na quarta-feira (8), um farmacêutico de 33 anos após ele ter lambido as nádegas de uma mulher, de 21, antes de aplicar uma injeção anticoncepcional.
Segundo a vítima relatou à polícia, no momento da aplicação o homem se agachou, ficando quase de joelhos, aplicou a seringa em seu glúteo e, sem injetar o medicamento, passou a língua em suas nádegas.
Constrangida pela situação, a mulher deixou a farmácia rapidamente, sem verificar se o medicamento havia de fato sido aplicado.
A vítima contou o ocorrido à mãe, que se dirigiu até a farmácia. No local, o farmacêutico alegou que a vítima teria abaixado as calças até os joelhos, como se fosse conivente com o abuso.
Entretanto, o gerente do estabelecimento informou à mãe da vítima que uma colaboradora da farmácia já teria reclamado sobre o comportamento inadequado do colega, que tinha o costume de chamá-la de “gostosa”.
O autor do abuso foi preso em flagrante delito pelo crime de importunação sexual e pode receber pena de até cinco anos de prisão.
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quinta-feira (9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não utilize e nem venda as joias que recebeu da Arábia Saudita.
O órgão diz que “em relação ao processo a respeito de indícios de irregularidades afetos à tentativa de entrada no país de joias no valor total de 3 milhões de euros, adotou as medidas necessárias para o saneamento dos autos por meio de realização de diligência à Polícia Federal e à Receita Federal, assim como de oitiva dos responsáveis Jair Messias Bolsonaro e Bento Albuquerque [então ministro de Minas e Energia], por meio do despacho do Relator, Ministro Augusto Nardes”.
“Também determinou ao ex-presidente que preserve intacto, na qualidade de fiel depositário, até ulterior deliberação desta Corte de Contas, abstendo-se de usar, dispor ou alienar, todo o acervo de joias objeto do processo em exame.”
As joias citadas foram um presente do reino da Arábia Saudita para Bolsonaro e para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e são avaliadas em aproximadamente R$ 16 milhões. Por lei, qualquer bem com valor acima de US$ 1.000 precisa ser declarado e os impostos recolhidos imediatamente.
Um pacote com joias foi apreendido por agentes da Receita Federal em outubro de 2021 no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Posteriormente foi noticiado o recebimento de um segundo pacote.
Em relação a esse segundo pacote, inicialmente foi informado que o material teria sido incorporado ao acervo da Presidência da República. Na terça-feira (7), porém, a defesa de Bolsonaro confirmou que os itens foram para o acervo privado do ex-presidente.
No dia seguinte, Bolsonaro admitiu, em declaração à CNN, que incorporou as joias a seu acervo pessoal. Entre os itens estão uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e uma espécie de rosário.
Possível devolução Mais cedo, também nesta quinta, a CNN informou que o TCU estuda pedir que os itens de luxo recebidos por Bolsonaro sejam devolvidos.
Em decisão de 2016, o TCU já havia deixado claro que os bens presentados por outros governos não são itens personalíssimos e que, por isso, devem ficar sob a posse do Estado brasileiro em caso de recebimento. É com base nessa decisão que o tribunal deve solicitar a devolução dos itens.
Depoimentos Na próxima terça-feira (14) o ex-ministro Bento Albuquerque será ouvido pela Polícia Federal sobre o caso. Ainda não há horário definido.
A PF também deverá ouvir Marcos Soeiro, ex-assessor do ministro, na próxima semana. Ele tentou entrar no país com as joias em uma mochila sem declará-las.
Histórico Em outubro de 2021, Bolsonaro foi convidado a participar de um evento do governo da Arábia Saudita. No entanto, ele não compareceu. O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque representou o Brasil na ocasião.
Ao término do evento, o príncipe Mohammed bin Salman Al Saud, conhecido como BS, entregou ao ex-ministro dois estojos.
No primeiro, havia um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões.
No segundo estojo havia uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e um terço, em valores oficialmente não foram divulgados.
Os objetos foram dados como presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ex-ministro de Minas e Energia e a equipe de assessores dele viajaram em voo comercial. Ao chegar ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 26 de outubro de 2021, um dos assessores, que estava com o primeiro estojo, foi impedido de levar esses presentes já que os valores ultrapassam US$ 1.000.
A Receita Federal no Brasil obriga que sejam declarados ao fisco qualquer bem que entre no País cujo valor seja superior a essa quantia.
Interlocutores do ex-presidente afirmam que o assessor do Ministério de Minas e Energia deveria ter informado que se tratava de um presente do reino da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama e o então presidente.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (9/3) para se pronunciar depois do discurso com falas transfóbicas que fez na Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher. No vídeo, o parlamentar reafirmou o posicionamento e disse que está “em uma posição de sacrifício”.
Nikolas mostra imagens de mulheres trans atletas para falar sobre possíveis diferenças entre elas e mulheres cis que competem na mesma categoria. Em diferentes momentos, ele se refere a mulheres trans como “homens que se sentem mulheres” e usa pronomes masculinos.
O parlamentar se tornou alvo de pedidos de cassação do mandato, aos quais ele afirma que “beiram a infantilidade”. “Eu estou em uma posição de sacrifício, de levar pancada de todos os lados para que isso não chegue, por exemplo, na sua filha”, argumentou.
Entenda o caso O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) subiu à tribuna do plenário da Câmara dos Deputados para fazer um discurso transfóbico em pleno Dia Internacional da Mulher. Transfobia é um crime com pena prevista de até três anos de reclusão.
Na ocasião, o deputado utilizou-se de uma peruca para dizer que “se sente mulher”. “Me sinto mulher, deputada Nicole, e tenho algo muito interessante para poder falar. As mulheres estão perdendo o seu espaço para homens que se sentem mulheres”, disse.
“E para terem ideia do perigo de tudo isso, estão querendo colocar uma imposição de uma realidade que não é uma realidade. Eu posso ir para a cadeia caso seja condenado por transfobia, porque eu, no Dia Internacional das Mulheres, há dois anos, parabenizei as ‘mulheres XX’. Ou você concorda com o que estão dizendo ou, caso contrário, você é um transfóbico, um preconceituoso”, prosseguiu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na noite desta quinta-feira (9/3), com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o deputado federal José Guimarães, líder do PT na Câmara, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, também está no encontro. O jantar não estava nas agendas oficiais e aconteceu na casa do ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social, Paulo Pimenta, no Lago Norte, bairro nobre de Brasília.
Como adiantou o colunista do Metrópoles Paulo Cappelli, a pauta do encontro é a governabilidade de Lula.
Lira e Padilha foram os primeiros a chegar, aproximadamente às 19h30. Lula chegou ao local em um carro não-oficial, sem o comboio e foi recebido por Pimenta na garagem da residência. Por fim, Rui Costa chegou ao local também pela garagem, por volta de 20h.
O encontro acontece após as declarações do presidente da Câmara sobre a falta de capacidade do governo em aprovar matérias no Congresso. “O governo hoje não tem votos pra aprovar nada”, disse Arthur Lira.
O presidente da Câmara falou sobre a governabilidade de Lula em um evento na Associação Comercial de São Paulo, na última segunda-feira (6/3).
“Hoje, o governo ainda não tem uma base consistente na Câmara nem no Senado para enfrentar matérias de maioria simples. Quanto mais matéria de quórum constitucional… isso precisa ser negociado com bom-senso, muita conversa, clareza, mas com rumo e o rumo precisamos defini-lo agora em março. Nós não temos um rumo definido, um encaminhamento feito”, avaliou o deputado.
Várias pessoas foram mortas durante um tiroteio em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações preliminares da polícia da região, a troca de tiros ocorreu em um centro de Testemunhas de Jeová na região de GrosBorstel.
Segundo a Reuters, pelo menos seis pessoas morreram. A polícia está examinando o local e procura pelos agressores. O órgão confirmou que os tiros ocorreram em um distrito na região norte da cidade e um alerta foi enviado aos moradores que “um ou mais criminosos desconhecidos atiraram em pessoas em uma igreja”.
Ainda não há informações seguras sobre o motivo do crime.
Desde que o escândalo das joias de diamantes envolvendo Michelle e Jair Bolsonaro veio à tona, a ex-primeira-dama tem modulado sua postura em relação ao marido. Parlamentares do PL dizem que há um “climão” entre o casal, apesar de Michelle ter recorrido às redes sociais na quarta-feira para brincar com uma foto do marido.
Até a semana passada, Michelle falava constantemente do ex-presidente durante suas conversas. Como informou a coluna, ela vinha defendo que ele ficasse mais tempo nos Estados Unidos até a “poeira baixar”.
OUTRA POSTURA – Após a tentativa de Bolsonaro de receber, de maneira ilegal, joias avaliadas em R$ 16,5 milhões revelada pelo “Estadão”, porém, a ex-primeira-dama parou de citar o nome do ex-presidente em qualquer conversa.
Entre integrantes do PL, a avaliação é que a versão de Michelle de que só teria sabido das joias pela imprensa seria crível. Sobre Bolsonaro, no entanto, os deputados o veem mergulhando cada vez mais na crise, especialmente após a confirmação que ele recebeu um segundo pacote do regime da Arábia Saudita.
Para os correligionários da legenda de Bolsonaro, o caso enterra a imagem de homem simples e do povo que o ex-presidente se esforça tanto para demonstrar.
A Divisão Antissequestro (DAS) da Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (9) uma mulher de 26 anos, com mais de 20 perfis em redes sociais, que é suspeita de atrair homens por aplicativos de relacionamento para sequestrá-los. O namorado, de 19 anos, também foi detido.
Segundo a polícia, a investigada mantinha uma vida de viagens para praias paradisíacas e jantares românticos em restaurantes com o dinheiro de vítimas. Os alvos eram atraídos para encontros por Letícia Nicolau Gomes, informou a DAS.
O rapaz foi apontado pela polícia como um líder de organização criminosa na Zona Norte de São Paulo e estaria envolvido em dezenas de sequestros para transferências via Pix.
Os vídeos e as fotos apreendidas pelos policiais do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) mostram a diversão dos suspeitos em praias como Cancún e brindes com taças de bebidas.
Na operação “Deu Match II”, a DAS cumpriu nove mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, nas regiões de Jaraguá e Taipas. Foi preso outro membro da quadrilha e ex-namorado de Letícia, Mickael Rodriguez Paz, mais três integrantes. Um adolescente foi apreendido.
Três homens foram levados para a DAS por suspeita de tráfico de drogas e, depois, liberados. Foram apreendidos 35 tijolos de maconha. As defesas deles não foram encontradas até a última atualização desta reportagem.
Crimes na Grande SP Em 2023, a TV Globo registrou ao menos 15 casos em que encontros marcados por aplicativo não terminaram bem na Grande São Paulo. Uma pessoa acabou assassinada.
Dos 15 casos, 12 aconteceram na capital e três, na Grande São Paulo, sendo dois em Itaquaquecetuba e um em Itapecerica da Serra.
Dos 12 casos da capital, 10 ocorreram na Zona Norte. Oito a cada 10 casos registrados na capital são na Zona Norte. No ano passado, foram 30 casos, com três vítimas mortas e três feridas.