Buenos Aires e Brasília — O presidente Lula (PT) pediu nesta segunda-feira (23/1), em Buenos Aires, “desculpas” ao povo argentino por todas as “grosserias” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ao atual mandatário da Argentina, Alberto Fernández.
“Estou na verdade pedindo desculpas ao povo argentino por todas as grosserias que o último presidente do Brasil, que eu o trato como ‘genocida’ por causa da falta de responsabilidade no cuidado com a pandemia, por todas ofensas que ele fez ao companheiro Alberto Fernández e à Argentina”, afirmou Lula, em declaração à imprensa feita ao lado de Fernández, na Casa Rosada, sede do governo argentino.
O presidente brasileiro disse que um país que tem a “grandeza” territorial, fronteiriça e econômica do Brasil “não tem o direito de ficar procurando inimigos”. “Precisamos construir amigos, construir parceiros”, completou o atual chefe do Palácio do Planalto em sua fala.
“Por isso, eu quero afirmar, Alberto Fernández, meu amigo e presidente da Argentina, o Brasil está outra vez de braços abertos para acolher os companheiros argentinos no negócio, na cultura, no futebol e na manutenção da relação de amizade que nós temos há tantos anos”, disse Lula.
O presidente brasileiro afirmou que sua visita à Argentina, a primeira internacional de seu novo governo, serve para “reconstruir” a relação de paz, produtiva e avançada entre os dois países. O petista defendeu que essa relação precisa ir além da economia e adentrar as áreas científica, cultural e “principalmente política”.
“Hoje estou aqui para dizer ao presidente da Argentina, aos ministros argentinos e à imprensa argentina e brasileira, que hoje é a retomada de uma relação que nunca deveria ter sido truncada”, declarou Lula.
Integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) querem acelerar os julgamentos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles buscam analisar até o meio deste ano processos que podem tornar o ex-capitão inelegível. A ala composta por integrantes do STF quer julgar as ações no máximo até junho, pois, em maio, o ministro Ricardo Lewandowski irá se aposentar. Diante disso, Kassio Nunes Marques, indicado ao Supremo por Bolsonaro, irá ocupar o lugar do magistrado.
Vale destacar que o ritmo de julgamento das ações é definido pelo corregedor e pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Segundo a Folha, ambos estão dispostos a acelerar o processo. Interlocutores de ministros afirmam ainda que o clima hoje no TSE é para declarar a inelegibilidade do ex-capitão.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, uma nova frente de investigações também pode ser aberta contra Bolsonaro neste ano, uma vez que a AGU (Advocacia Geral da União) avalia os gastos do cartão corporativo do ex-presidente para verificar se houve uso indevido da máquina pública. Para alguns advogados próximos do PT, partido do presidente Lula, é necessário avaliar se o uso do cartão “para abastecimento e compras excessivas em padarias em períodos próximos a motociatas pode configurar uso ilícito de dinheiro público em ação de pré-campanha”.
Aliada de primeira hora e amiga pessoal do presidente Lula da Silva (PT), a Governadora Fátima Bezerra (PT) não conseguiu emplacar nenhuma obra de infraestrutura no Rio Grande do Norte, embora o ministro dos Transportes, Renan Filho, tenha anunciado R$ 1,7 bi para obras que deverão ser iniciadas até o mês de abril. Quatro estados nordestinos – Ceará, Sergipe, Bahia e Alagoas – receberão investimentos já no início do governo petista.
Enquanto uns comemoram, o cidadão potiguar continua sofrendo com a falta de obras estruturantes ou obras inciadas e que estão praticamente paralisadas. É o caso da duplicação da Reta Tabajara (Macaíba), uma obra que se arrasta desde 2014, como diz essa matéria publicada em 16 de agosto do ano passado.
A duplicação da reta Tabajara vai beneficiar diretamente 1,5 milhão de habitantes dos municípios de Natal, Macaíba, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante. A duplicação da Reta Tabajara vai diminuir o número de acidentes na rodovia federal ao facilitar o fluxo de 50 mil veículos que trafegam todos os dias pelo local.
Mesmo sem constar no pacote de obras do Ministério dos Transportes nesse começo de ano, já na votação em dezembro de 2022, a Lei Orçamentária Anual (LOA-2023) sancionada no meio da semana por Lula, a bancada federal do Rio Grande Norte havia garantido emendas, no valor de R$ 29 milhões, para continuação da duplicação da Reta Tabajara.
Já em relação ao ano passado, consta na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, que entre as emendas de bancada o governo federal já havia empenhado R$ 14,19 milhões em recursos para continuidade das obras da Reta Tabajara, com liquidação de despesa em R$ 11,59 milhões.
O coordenador da bancada federal, deputado Benes Leocácio (União Brasil) diz acreditar que a obra da Reta Tabajara “esteja incluída na continuidade de execução em 2023, porque já tem recurso na LOA, por decisão da bancada e também devido exigência legal da CMO”.
Benes Leocádio explica que “se acaso não tiver a sua continuidade, levaremos ao ministro dos Transportes a nossa cobrança ao lado de toda a bancada potiguar”.
Leocádio declarou, ainda, que no retorno das atividades legislativas, no começo de fevereiro, “pedirá audiência para melhores esclarecimentos por parte do Ministério e DNIT”.
Já o deputado federal General Girão (PL) disse que “gostaria de saber, por onde anda a indignação do senador do PT (Jean Paul Prates), que fez o maior alarde falso ao dizer que o Bolsonaro não queria concluir a nossa Reta Tabajara? O Governo Lula anunciou investimentos em dezenas de rodovias, mas deixou de fora a BR-304. É indignação seletiva?”.
Além disso, o General Girão lembrou que foi o único parlamentar do Rio Grande do Norte que “destinou toda a emenda de bancada individual para a conclusão dessa importante obra”.
Segundo Girão, foram R$ 14,6 milhões “e só no Governo Bolsonaro que pudemos ver essa obra sair do papel, mesmo com a retirada de R$ 16 milhões que a governadora do Estado fez”.
Para Girão, isso “é revoltante! Vale salientar que a governadora que também é do PT, prometeu 100% de alinhamento com o Governo Federal e com o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Me parece que estamos diante de mais um estelionato eleitoral. Uma promessa fajuta de campanha”.
Em resumo, o deputado federal João Maia (PL) diz que “a classe política do Rio Grande do Norte precisa se unir para reverter esse absurdo”.
Senador eleito em 2022 e com posse marcada para 1º de fevereiro, o ex-ministro Rogério Marinho considerou que “é lamentável RN ter ficado de fora dos primeiros investimentos do novo governo”.
“Porém, não nos surpreende. O PT já esqueceu o Rio Grande do Norte outras vezes. A própria transposição do São Francisco só foi concluída graças a sensibilidade do ex-presidente Bolsonaro, que nos deu essa missão no Ministério do Desenvolvimento Regional”.
Na avaliação de Marinho, “se fosse depender do PT, a obra ainda estaria em meio a adiamentos e trechos mal acabados. Mas nós vamos cobrar o respeito que o RN merece no Congresso Nacional, não permitiremos que nosso Estado fique para trás como aconteceu em gestões passadas do PT”.
Números
A bancada federal do Rio Grande Norte havia garantido emendas, no valor de R$ 29 milhões, para continuação da duplicação da Reta Tabajara.
Foram R$ 14,6 milhões “e só no Governo Bolsonaro que pudemos ver essa obra sair do papel, mesmo com a retirada de R$ 16 milhões que a governadora do Estado fez
Reunião em Brasília vai definir situação do RN
O chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves Júnior, informou que a governadora Fátima Bezerra (PT) “vai tratar disso na reunião com o presidente Lula, dia 27”, em Brasília, no encontro com os 27 governadores estaduais.
Em seu discurso de posse do novo secretariado, dia 12, a governadora do Estado afirmou que vai buscar apoio do Governo Federal para duplicar a BR-304, entregar a Barragem de Oiticica e as duas obras que irão completar o ciclo de segurança hídrica do Rio Grande do Norte, o sistema adutor do Seridó e a entrega do ramal Apodi-Mossoró.
De acordo com Renan Filho, que concedeu entrevista coletiva em Brasília, o anunciado investimento busca alcançar três objetivos distintos. Um, conforme ressaltou, será preparar as estradas federais para o período chuvoso e também visando diminuir o número de acidentes em rodovias federais.
O agronegócio também foi mencionado pelo ministro. Isso porque algumas das obras previstas têm facilitar o escoamento da produção agropecuária como objetivo central. Nesse sentido, o integrante do governo federal afirmou que vai trabalhar para destravar a Ferrogrão, ferrovia planejada para ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA). Com previsão de ter 933 quilômetros de trilhos, o projeto está parado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O governo tem interesse em fortalecer o uso de recursos existentes para obras estruturantes, duplicações de rodovias, integrações ferroviárias para competitividade da economia”, disse Renan Filho, que continuou: “Essa é abordagem que já foi feita no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] em outro momento e vai retomar o interesse do governo é priorizar obras estruturantes.”
Segundo o Ministério dos Transportes, 861 quilômetros de rodovias serão pavimentados, revitalizados e sinalizados até abril (ou seja, dentro dos 100 primeiros dias do governo Lula). Além disso, os investimentos na parte de estradas serão destinados para construção ou revitalização de 72 viadutos e pontos espalhados pelo país.
O governo brasileiro vai pedir para que o memorando sobre integração financeira, que será assinado nesta segunda-feira em Buenos Aires pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu colega argentino Alberto Fernandez, inclua um trecho que deixe claro que a discussão sobre unidade financeira comum entre os dois países não se trata de uma moeda única. Ou seja, a nova unidade — que pode se chamar “sur” (sul, em espanhol) — será usada para transações financeiras e comerciais entre os dois países, e não para substituir o real brasileiro ou o peso argentino.
O objetivo do Brasil com este pedido explícito no acordo é distensionar o ruído causado com a notícia da possibilidade criação de uma moeda comum sul-americana, ou seja, esclarecer que o sur não substituirá a moeda dos dois países. Ao chegar em Buenos Aires na noite de domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que já tratou sobre o assunto com o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa. Haddad afirmou que ambos estão buscando alternativas para incentivar o comércio naquele país. Haddad e Massa voltarão a tratar do tema nesta segunda-feira.
“A gente está quebrando a cabeça para encontrar uma solução, algo em comum que permita incrementar o comércio. A Argentina é um dos países que compram manufaturados do Brasil, e a nossa exportação para cá está caindo. (A solução para impulsionar o comércio) passa por driblar a dificuldade deles, estamos pensando em várias possibilidades”, explicou Haddad.
Integrantes da equipe econômica ouvidos pelo GLOBO afirmam que o Brasil tem interesse em discutir uma unidade comum de troca, que não será uma moeda que seria impressa. A ideia brasileira é contar com algo que seja semelhante a uma URV (Unidade real de valor), ou seja, um parâmetro econômico para transações financeiras e comerciais entre os dois países, que não precisariam recorrer ao dólar ou moedas de terceiros para as transações bilaterais.
Para o governo brasileiro, o debate gira em torno da criação de mecanismos facilitadores para a troca comercial entre os países. Há boa vontade do governo brasileiro com a Argentina em dar sequência a discussão, pois o país tem interesse em barrar parte da influência da China, que tem tomado espaço do Brasil na economia argentina. O país vizinho é o terceiro principal destino das exportações brasileiras (4,6% de participação) e a terceira principal origem das nossas importações.
Por estar enfrentando uma crise econômica, a Argentina tem maior interesse na criação de uma moeda em comum para fortalecer a própria economia e tem pautado o assunto, que será discutido nesta segunda-feira entre Lula e Fernandez. Auxiliares de Lula veem certa ansiedade nos argentinos em discutir o tema. No ano passado, a Argentina registrou uma inflação anual de 94,8%, a maior em 32 anos.
O assunto ganhou força no domingo, quando em um artigo assinado por Lula e Fernandéz na revista argentina Perfil, ambos anunciaram que estão empenhados em avançar nas “discussões sobre uma moeda comum sul-americana”, indicando que o nome da divisa poderia ser “sur” (sul em espanhol).
“Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo os custos de operação e diminuindo a nossa vulnerabilidade externa”, diz o texto veiculado no jornal.
Aos jornalistas, Haddad disse que falaria do tema ao longo dos próximos dias, para desfazer os ruídos de que a proposta poderia significar o fim do real.
Há uma diferença de tom com que o tema é tratado entre o governo brasileiro e argentino. Em entrevista ao Financial Times, o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa afirmou que há uma decisão de começar a estudar uma moeda comum: “Haverá uma decisão de começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum, que inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais”, disse ao jornal.
Lula chegou a Buenos Aires na noite de domingo, em sua primeira viagem internacional desde que voltou ao Palácio do Planalto. A prioridade de Lula é retomar a relação bilateral entre os dois países, abalada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou o encontro que teria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua visita à Argentina. As informações são da repórter da CNN Tainá Falcão.
O encontro havia sido confirmado anteriormente pela Secretaria de Comunicação do governo federal e aconteceria na tarde desta segunda-feira (23).
“Nós temos interesse, sim, em retomar essa parceria. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo, um país riquíssimo em fertilizantes, com riquezas naturais que nos interessam muito e pode comprar muita coisa do Brasil”, disse o secretário de Comunicação, Paulo Pimenta, à CNN.
O governo de Maduro não era reconhecido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula tem encontros previstos com outros líderes latino-americanos, como o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
No Uruguai, onde deve encerrar sua viagem, Lula também encontrará com o presidente Luis Lacalle Pou, e deve visitar o sítio onde mora o ex-presidente Pepe Mujica.
O apresentador e comentarista esportivo Gilson Ricardo morreu na noite de domingo (22/1) aos 74 anos. A informação foi divulgada pela Rádio Tupi, onde ele trabalhava. “É com muita tristeza que viemos trazer essa notícia”. A emissora homenageou o radialista: “Gilsão, nós te amaremos para sempre”.
Segundo a Tupi, o ícone do rádio esportivo carioca passou mal em sua casa, na Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, por volta das 22h30. O SAMU chegou a ser acionado, mas ele sofreu um infarto fulminante e morreu.
Gilson trabalhou na Rádio Globo por 35 anos. Em 2015, trocou de casa e assumiu o microfone da Rádio Tupi. Ele também participou de programas no SBT e na Band.
No Twitter, o Flamengo lamentou a morte do comentarista.
“O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento do radialista, apresentador e grande rubro-negro Gilson Ricardo. Muita força aos familiares e amigos neste momento tão triste. Descanse em paz, Gilsão”.
Os ataques terroristas de 8 de janeiro causaram destruição em obras e objetos de valor inestimáveis nas sedes dos Três Poderes. Um deles foi o relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil em 1808, por Dom João VI. As câmeras de segurança do Palácio do Planalto flagraram o momento que um vândalo atira a peça histórica no chão. O homem foi identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos.
Ferreira mora na cidade de Catalão, a cerca de 260 km da capital de Goiás. O programa Fantástico, da TV Globo, localizou um parente dele, que afirma ter o identificado quando viu a cena do ataque ao relógio.
O Ministério da Justiça também confirmou a identificação e informa que ele é considerado foragido. Além disso, a Polícia Civil de Goiás diz que chegou a levantar informações sobre Antônio Cláudio a partir de denúncias anônimas.
“A Polícia Civil de Catalão recebeu duas ligações na terça-feira pela manhã, de maneira anônima, nas quais duas pessoas diziam que sabiam quem era o indivíduo que havia danificado aquele objeto nas manifestações em Brasília. A polícia civil realizou uma checagem nos nossos sistemas internos, conferimos a existência desse indivíduo com o nome completo, com todos os seus dados e registros”, explicou o delegado Jean Carlos Arruda ao Fantástico.
Segundo governo, lei publicada no último sábado (21) tem objetivo de preservar estrutura deixada pelo Denocs desde a construção do açude e impulsionar o turismo. Parede do açude Gargalheiras, no Seridó potiguar. Raiane Miranda/Governo do RN Uma lei publicada no Diário Oficial do último sábado (21) reconhece o Açude Marechal Dutra, em Acari – o Açude Gargalheiras – como patrimônio cultural, histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte. Conhecido como “Gargalheiras” desde o início da construção, na segunda metade dos anos 1950, o reservatório mais famoso da região Seridó tem capacidade para acumular 44 milhões de metros cúbicos de água. A parede fica numa das “gargantas” do Rio Acauã, o que deu origem ao seu apelido. O projeto de lei que propôs a inclusão do reservatório na lista do patrimônio histórico foi do deputado estadual Coronel Azevedo (PL). O texto foi aprovado na Assembleia Legislativa no final do ano passado e sancionado pela governadora Fátima Bezerra (PT). Apesar de as obras só terem começado em 1956, a primeira tentativa de erguer um reservatório para barrar as águas do Rio Acauã ocorreu no início do Século 20. O primeiro estudo técnico foi realizado em 1909 pelo engenheiro Ignácio Ayres de Souza. Na época, foi construída uma pequena barragem. O açude foi inaugurado oficialmente no dia 27 de abril de 1959 e ainda hoje existe uma comunidade remanescente da época da construção, quando foi erguida uma vila para abrigar os trabalhadores. Açude Gargalheiras, reconhecido como patrimônio histórico do Rio Grande do Norte. Sandro Menezes/Governo do RN Nesses 64 anos, o espetáculo da “sangria” – quando o volume excede a capacidade e transborda – foi registrado 28 vezes. A última foi em 2011. A área no entorno do Gargalheiras é um dos 21 geossítios relacionados no Mapa Geoturístico do Seridó Geoparque Mundial da Unesco. Outras leis A governadora sancionou também outras duas leis, publicadas no Diário Oficial do Estado no sábado (21): a 11.367/2023, que considera a iguaria Castanha de Serra do Mel como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte; e a 11.368/2023 que reconhece Caicó como a Terra da Carne de Sol e do Queijo no Rio Grande do Norte. História em Acari O Gargalheiras é o segundo bem público de Acari a ser reconhecido como patrimônio histórico em menos de um ano. Em abril de 2022, a governadora sancionou uma lei proposta pelo deputado Francisco Medeiros (PT), que incluiu no rol do patrimônio cultural, histórico e religioso do Estado a Basílica Menor de Nossa Senhora da Guia, construída em 1863. O título de basílica foi dado pelo Papa Francisco em 2021. Um outro templo religioso de Acari, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1964.
Os R$ 27 milhões gastos diretamente pela Presidência da República ao longo do governo Bolsonaro, ao longo dos últimos quatro anos, foram usados para pagar todo o tipo de despesa da família presidencial. Compras de supermercado, produtos de higiene, remédios, lanches para cabos eleitorais em motociatas, restaurantes, hotéis e tudo mais.
A organização Fiquem Sabendo, especializada em acesso à informação pública, escaneou milhares de notas fiscais dos gastos, depositadas num prédio do governo federal em Brasília, e publica o conteúdo a partir desta segunda-feira para consulta — consulte as notas aqui.
As notas fiscais mostram que, nas motociatas de Bolsonaro, por exemplo, eram comprados milhares de lanches em supermercados locais, o que indica que os participantes ganhavam ao menos essa recompensa para desfilar ao lado de Bolsonaro. Nas viagens pelo país, eram comuns os gastos dos cartões de Bolsonaro terem dezenas ou centenas outras refeições pagas.
Despesas com medicamentos também eram custeadas com dinheiro público. Uma nota fiscal da Drogaria do Povo, na Asa Norte, em Brasília, mostra a compra do antidepressivo Lexapro e o antiansiolítico Rivotril, usado para tratar transtornos do pânico e transtornos de ansiedade, entre outros.
Todos os alimentos consumidos nos palácios presidenciais também eram custeados pelo governo. Notas mostram compra de de dezenas de quilos de filé mignon numa só nota, e uma variedade ampla de outros itens, de Nutella a frutas nobres.
A coluna mostrou que muitos desses gastos precisam ser esclarecidos. Em 2019, por exemplo, a Presidência da República gastou R$ 30 mil em hospedagens no Hotel Matsubara, em São Paulo (SP), em datas em que o então presidente da República não estava na cidade.
Alguns prefeitos seridoenses que poderão concorrer a reeleição em 2024 estão muito bem na “Fita”, tanto no gosto popular, como de aprovação das suas administrações. Prefeitos como Fernando Bezerra de Acari (SD) Cletson Rivaldo de Equador (PSD), Dr. Tadeu de Caico (PSDB), Dr. Thiago Almeida de Parelhas (PSDB), Galo de Florânia (PSDB), Inácio Macedo de Tenente Laurentino Cruz (PL) Novinho de Cerro Corá (PSDB) Joaquim de Medeirinho de Cruzeta (PSB), estão muito bem avaliados, com alguns de aprovação que passam os 80%, em algumas cidades, nem opositor ainda tem. Como política é algo misterioso e sagaz, todo cuidado é pouco, mas que esses prefeitos na disputa de 2024 largam bem na frente, isso é inegável.
Em meio à crise humanitária relacionada ao povo Yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, nesta segunda-feira (23/1), 10 coordenadores de saúde indígena do Ministério da Saúde. As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
Os servidores foram destituídos dos cargos em Roraima – região visitada por Lula no meio da semana –, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Amazonas.
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 crianças Yanomami morreram por desnutrição. A situação trágica levou o atual governo a decretar estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.
“Genocídio” e “crime premeditado” Após visitar o povo indígena em Roraima, no sábado (21/1), Lula afirmou que o abandono dos Yanomami pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) é “um crime premeditado” e um “genocídio”. O presidente também relatou o cenário crítico no qual encontrou os indígenas.
“Adultos com peso de crianças, crianças morrendo por desnutrição, malária, diarreia e outras doenças. Os poucos dados disponíveis apontam que ao menos 570 crianças menores de 5 anos perderam a vida no território Yanomami nos últimos 4 anos, com doenças que poderiam ser evitadas”, disse o petista.
Mais médicos Em resposta à necessidade de esforços para combater a tragédia no povo Yanomami, o Ministério da Saúde anunciou no domingo (22) que por causa da desassistência sanitária da população do território Yanomami estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).
Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos tanto formados no Brasil como no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.
Os bilionários por trás da Americanas se pronunciaram pela primeira vez sobre o rombo R$ 20 bilhões no balanço financeiro da varejista. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira divulgaram nota neste domingo (22/1).
Os donos da Americanas afirmam que a administração da empresa “sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal” e afirmam que confiavam na contabilidade da companhia, feita pela empresa PwC, e que, por isso, acreditavam que nada estava errado.
“Ela [a PwC], por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade”, explicaram.
Os empresários disseram ainda que o comitê independente da empresa vai apurar o que causou as inconsistências. Por fim, os três bilionários disseram lamentar “profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos”.
Em pouco mais de 20 dias de 2023, militantes bolsonaristas já protocolaram no Senado dois pedidos de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, um dos principais desafetos de Jair Bolsonaro.
O primeiro pedido foi protocolado em 5 de janeiro por seis advogados bolsonaristas. O segundo veio quatro dias depois e é assinado por Robert Petty, que chegou a ser candidato a vereador de Xangri-lá (RS) em 2020, pelo PSD.
Nas argumentações dos pedidos, os bolsonaristas alegam que Moraes teria desrespeitado a lei como relator do chamado Inquérito das Fake News. Outro motivo seria o bloqueio de contas bancárias e redes sociais de investigados.
Os bolsonaristas citam ainda como motivo para o impeachment do ministro a prisão do Cacique Tserere. Na ocasião, bolsonaristas atacaram o prédio-sede da Polícia Federal em Brasília, pedindo a libertação do indígena.
O vice-presidente Geraldo Alckmin assumirá a Presidência da República pela primeira vez na história, neste domingo (22/1), quando Lula viajará para a Argentina.
Nos três dias em que ficará como presidente interino, Alckmin despachará no gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Segundo auxiliares do vice, teria sido o próprio Lula que pediu a Alckmin para despachar do gabinete presidencial nesse período.
A primeira agenda de Alckmin na segunda-feira (23/1) será uma reunião com o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.
No governo anterior, Hamilton Mourão evitava despachar do gabinete de Jair Bolsonaro, quando o general assumia a Presidência interinamente.