Cientistas usam 6.000 imagens para descobrir como é o cérebro de uma pessoa com TDAH
cientistas têm utilizado uma técnica analítica inovadora para estudar imagens cerebrais de mais de 6.000 crianças, identificando padrões de conectividade comuns em indivíduos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Este avanço permite uma compreensão mais profunda da condição, que afeta um número crescente de pessoas.
A pesquisa se baseia no uso da ressonância magnética funcional em estado de repouso (rs-fMRI), um método que capta a atividade neural enquanto o paciente está relaxado, sem realizar tarefas cognitivas específicas.
Esta técnica oferece aos neurocientistas dados valiosos sobre a coordenação entre diferentes áreas cerebrais, essencial para compreender uma variedade de condições neurológicas.
O estudo liderado por Michael Mooney, da Oregon Health & Science University, superou desafios anteriores na pesquisa do TDAH, como amostras pequenas e métodos inconsistentes. A equipe desenvolveu uma nova abordagem chamada pontuação polineuro (PNRS), permitindo uma análise mais abrangente das imagens cerebrais.
“Nossas descobertas demonstram uma associação robusta entre padrões de conectividade cerebral (PNRS) e 554 sintomas de TDAH”, explicaram os autores no estudo científico publicado na The Journal of Neuroscience.
Além de fornecer insights sobre o TDAH, a pesquisa indica que a técnica PNRS pode ser útil para identificar mecanismos comuns a diferentes condições neurológicas e psiquiátricas.
Isso poderia, por exemplo, revelar se um padrão típico de TDAH está associado a sintomas de depressão, auxiliando na identificação de pacientes com risco de comorbidades.
Enquanto os diagnósticos de TDAH aumentam e o conhecimento sobre a condição se expande, ainda existem lacunas significativas sobre sua neurobiologia.
A coleta de grandes conjuntos de dados de imagem é crucial, mas a chave está em métodos eficazes para interpretar essas informações que foram capturadas.
Os autores esperam que suas técnicas abram novos caminhos para compreender o TDAH e outras condições com a ajuda de mais pesquisas na área de saúde mental com base na tecnologia neurológica.
Jornalciencia