Como o carro elétrico da Tesla desbancou a Toyota e se tornou o 1º veículo mais vendido no mundo
Pela primeira vez na História, o carro mais vendido no mundo é elétrico: o Tesla Model Y, fabricado pela montadora de Elon Musk , ultrapassou em vendas o Corolla, da Toyota, no primeiro trimestre. Os dados são da consultoria JATO Dynamics e foram publicados pelo site especializado Motor 1. O modelo mais popular da Tesla vendeu 267,2 mil unidades de janeiro a março, uma alta de 69% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já o Corolla fechou o trimestre com 256,4 mil vendas, com destaque para as baixas de 29% na China e 10% nos EUA –os dois mercados em que o Model Y mais cresceu. Na Europa, o modelo da Tesla também se tornou líder em vendas.
E isso aconteceu mesmo o Model Y sendo mais caro que o Corolla. De acordo com o site The Verge, o Model Y é vendido a valores a partir de US$ 47.490, mais que o dobro do preço de partida do Corolla (US$ 21.550).
Corte de até 20% sem preço
Considerando os outros modelos, porém, a montadora japonesa mantém a liderança no pódio em número de unidades comercializadas no mundo. Dos cinco mais vendidos no planeta, quatro são da Toyota.
O Model Y é praticamente um intruso nessa lista. Assim como a Tesla, que não chega perto das dez maiores montadoras do mundo. Volks, Fiat, GM e outras empresas tradicionais do ramo estão mais bem colocadas tanto em unidades vendidas como em receita.
Mas como o Model Y conseguiu essa fachada? A disparada das vendas tem relação com uma decisão estratégica da Tesla, que baixou os preços das suas unidades no começo do ano, principalmente nos EUA e na China.
O corte chegou a 20%. O objetivo foi reaquecer a demanda por veículos elétricos, após uma baixa nas vendas no último trimestre de 2022.
Para os americanos, a ideia foi colocar os veículos dentro do limite de US$ 55 mil (R$ 275 mil), para que os consumidores usufruíssem de direito a um crédito de até US$ 7.500 (R$ 37 mil) em impostos válidos para carros elétrica. Antes do corte, o Model Y custava US$ 65.990, segundo o jornal USA Today.
O GLOBO