Covid: 76% dos hospitais privados de SP registram aumento de internações

Um levantamento feito pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) mostrou um aumento de internações de pacientes por Covid-19 em 76% dos estabelecimentos privados de saúde. A grande maioria deles afirma, no entanto, que essa alta ficou na casa dos 5%.

Esse mesmo nível de crescimento também foi verificado em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), atingindo 92% dos hospitais . Os dados são de 81 estabelecimentos de saúde da capital e do interior do estado, entre os dias 10 e 19 de outubro.

Houve também um crescimento de 84% dos casos suspeitos que chegam aos prontos-socorros. Quando os pacientes são testados, contudo, 68% informam que o aumento de diagnósticos positivos fica entre 11% e 20% no pronto atendimento.

De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, 70,8% dos leitos de UTI estão livres no estado. Na região metropolitana, o número cai para 61,9%. Em média, esses pacientes permaneceram internados até quatro dias.

Alerta da Fiocruz

No começo de outubro, o boletim Infogripe, feito pela Fiocruz , já havia alertado para o aumento de casos de Covid-19 no país, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O relatório recentemente dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde, até 9 de outubro.

Os estados que apresentam aumento nas internações pela doença provocada pelo coronavírus e exigem mais atenção são Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal. Em relação às capitais, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam crescimento dos casos.

As farmácias também registaram pico. Depois de uma longa estagnação, o percentual de diagnósticos positivos de Covid-19, detectado por testes rápidos, ultrapassou os 30% na primeira semana de outubro, o maior patamar desde janeiro.

Segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), dos 7.061 exames rápidos realizados entre 3 e 9 de outubro, 2.304 tiveram resultado positivo para o coronavírus – pouco mais de 32% dos atendimentos. Ao longo de agosto, o índice médio de exames positivos girou em torno de 13% a 17%, saltando para 27% no fim de setembro.

Variante e vacina

Uma das hipóteses levantadas pelo SindHosp para o aumento das hospitalizações nos estabelecimentos paulistas é a circulação de subvariantes do vírus. Em agosto, uma nova variante Éris foi identificada no Brasil, mais especificamente no estado de São Paulo. O Ministério da Saúde tem frisado a importância de manter a vacina contra a doença em dia, principal estratégia para prevenção.

No estado, praticamente um quarto das pessoas (22,47%) está imunizada com a vacina bivalente. No país, esse percentual é mais baixo, 16,74%, segundo o Ministério da Saúde.

VEJA

Postado em 26 de outubro de 2023