De Rolândia a Jardim de Piranhas: conheça as origens dos nomes mais engraçados de cidades do país

Você já caminhou por aí e se partiu com uma placa de “bem-vindo a Pintópolis” ou “volte sempre a Rolândia”? Entre a dimensão da diversidade, histórias, povos e culturas do Brasil, estão também os municípios com os nomes mais cômicos inspirados em motivos como fertilidade das terras, margens dos rios e homenagens. Espalhados em todo o país, as cidades carregam mitos e curiosidades sobre a sua origem de seus nomes.

Rolândia, localizada no Paraná na Região Metropolitana de Londrina, dá o que falar pelo nome. Fundada por ingleses da “Companhia de Terras Norte do Paraná”, em 29 de junho de 1934 foi iniciada a construção da primeira casa do atual município, o Hotel Rolândia. Depois disso as construções se sucederam e nasceram a cidade. Famosa pela fertilidade da “Terra Roxa” nos rincões do país, ficou conhecida também como a Canaã Brasileira e atraiu imigrantes de outros estados que povoaram Rolândia, de acordo com a prefeitura.

Já o município de Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte, começou com uma família de sobrenome Cavalcante que, em 1874, doou o seu patrimônio de Jardim para a Paróquia de Nossa Senhora de Santana, com sede em Caicó. A prefeitura da cidade buscou a origem do nome com informações colhidas pelos habitantes mais idosos do município, que revelaram que a adoção do “de Piranhas” no nome veio de uma antiga Fazenda Jardim que era localizada à margem do renomado Rio Piranhas.

Deve-se a formação desta cidade à família Cavalcante que em 1874 doava o patrimônio de Jardim à Paróquia de Nossa Senhora de Santana, com sede em Caicó. Viveu para sua organização o Padre João Maria Cavalcante; este, em data de 18 de outubro daquele ano, benzia a Imagem de Nossa Senhora dos Aflitos, celebrando a 1ª missa de fundação do antigo povoado de Jardim, nome pelo qual registrado por muitos anos. Do Padre João Maria, nasceu a ideia da construção de um templo que recebeu o nome ou orago de Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, hoje, Igreja do mesmo nome.

Já a história do nome da cidade onde nasceram os pintopolenses – em Pintópolis em Minas Gerais – veio da homenagem a um fazendeiro chamado Germano Pinto. O portal Estado de Minas publicou que o homenageado era um sertanejo do Norte de Minas e foi dono de um extenso pedaço do cerrado e adorava contar histórias “tanto pitorescas quanto verídicas”. Foi em 1964 que o pecuarista, aos 40 danos de idade, transformou a Fazenda Riacho Fundo na única cidade projetada do interior de Minas na época.

Também mineira, a cidade de Sem-Peixe já tem uma história do nome mais fidedigna ao que dá para se imaginar. O nome curioso é explicado por uma lenda de que índios nômades chegaram à região e quando foram pescar não encontraram peixe o suficiente. Desde então, apelidaram o lugar com a expressão “piracuera”, que quer dizer “aqui não tem peixes”, e o nome ficou.

Nas terras cariocas, o município de Varre-Sai, do qual era sede distrital, é um dos mais conhecidos no quesito nomes engraçados. Apelidado de “Varre e Sai” pelos mais íntimos, segundo a página do governo municipal, a origem do nome veio da história de Dona Inácia, uma proprietária de um curral chamado Varre-Sai por ter sido o doador das terras do povoado em 1850. A escolha de uma promessa a São Sebastião veio, que deu origem ao vilarejo de São Sebastião do “Varre Sahe” e o nome depois foi adaptado. Ao contrário do que muitos pensam e se divertem, não tem a ver com vassoura.

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Postado em 8 de julho de 2023