Deputado Amauri Ribeiro, de Goiás, é alvo de operação da PF por suspeita de envolvimento no 8 de Janeiro
O deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) é alvo de dois mandados de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 29, na 15ª fase da Operação Lesa Pátria. Ele é suspeito de ter contribuído financeiramente para a organização dos atos de 8 de Janeiro em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas. No dia 6 de junho de 2023, Amauri declarou durante sessão da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que “ajudou a bancar” o acampamento de manifestantes contrários ao resultado da eleição de 2022 em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. O parlamentar afirmou: “Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta, porque sou patriota”, disse Amauri no plenário. Dias depois, ele recuou em entrevistas e afirmou que “não seria idiota” de ter colaborado com os ataques.
Agentes da PF estão em endereços do deputado em Goiânia e no município goiano de Piracanjuba. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A reportagem da Jovem Pan tentou contato com Amauri Ribeiro, mas não obteve retorno até esta publicação. Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
JP NEWS