Dino: no 2º turno, PRF e PF tiveram ordem de agir com mais rigor no NE
Durante coletiva em que divulgou um relatório elaborado pelo Ministério da Justiça sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas Eleições 2022, entregue nesta quinta-feira (20/4) à Controladoria Geral da União (CGU), o ministro Flávio Dino apontou alguns “desvios de padrão” em relação às operações da corporação no segundo turno. Segundo ele, houve a “determinação para que a PRF atuasse com mais rigor em comparação ao primeiro turno e em parceria com a Polícia Federal (PF)”.
A “parceria” com a PF teria sido decidida após o fim do primeiro turno, quando a PRF, então sob comando do governo de Jair Bolsonaro (PL), informou à CGU ter recebido a ordem para realizar um planejamento específico para o turno seguinte.
A Polícia Federal, que não participou das blitze na primeira etapa das eleições, não deveria integrar as próximas ações. Porém, uma “determinação superior” pediu sua presença no segundo turno, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as intenções de voto.
Para atender às ordens do governo, a PRF solicitou mais verba para endurecer as ações no Nordeste, região onde mais 2,1 mil ônibus foram fiscalizados. A instituição recebeu mais R$ 3 milhões para colocar a ordem em prática e por em ação as blitze que poderiam impactar no acesso dos eleitores às suas zonas de votação.
A “parceria” com a PF teria sido decidida após o fim do primeiro turno, quando a PRF, então sob comando do governo de Jair Bolsonaro (PL), informou à CGU ter recebido a ordem para realizar um planejamento específico para o turno seguinte.
A Polícia Federal, que não participou das blitze na primeira etapa das eleições, não deveria integrar as próximas ações. Porém, uma “determinação superior” pediu sua presença no segundo turno, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava as intenções de voto.
Para atender às ordens do governo, a PRF solicitou mais verba para endurecer as ações no Nordeste, região onde mais 2,1 mil ônibus foram fiscalizados. A instituição recebeu mais R$ 3 milhões para colocar a ordem em prática e por em ação as blitze que poderiam impactar no acesso dos eleitores às suas zonas de votação.
No relatório, são identificados três “desvios de padrão” da PRF:
Número maior de operações da PRF na Região Nordeste do que nas demais;
Uma susposta mudança de planejamento no que havia sido programado para o 1º e 2º turnos;
A determinação para que a PRF atuasse com mais rigor e em parceria com a Polícia Federal.
Dino afirmou que as investigações, que vão desde o processo eleitoral e “desembocaram” nos atos de 8 de janeiro, estão em “andamento normal”. Segundo ele, o relatório foi enviado à CGU e à PF.
Entenda o caso
A PRF é investigada pelas ações durante as Eleições de 2022. Mais cedo, o Ministério da Justiça apresentou as informações das investigações em entrevista coletiva.
Segundo os dados de relatório enviado à CGU, a PRF fiscalizou, entre 28 e 30 outubro, 2.185 ônibus no Nordeste, região onde Lula era apontado como favorito pelas pesquisas contra Jair Bolsonaro. Já no Sudeste, o número cai consideravelmente para 571 ônibus fiscalizados.
Metrópoles