Disputa por indicação de Lula ao STF tem guerra de dossiês.
A disputa pela indicação de Lula para a vaga do ministro Ricardo Lewandowski no STF vem sendo marcada, nos bastidores, por uma guerra de dossiês sobre os principais cotados.
A coluna apurou que chegou até integrantes do Palácio do Planalto uma série de entrevistas e vídeos antigos contendo declarações supostamente polêmicas dadas pelos candidatos à vaga.
Juristas cotados para suceder Lewandowski também enviaram informações sobre possíveis posições e articulações de seus concorrentes que contrariam as ideias defendidas por Lula.
Um dos dossiês que chegou ao Planalto foi sobre o advogado Pierpaolo Bottini. O documento traz entrevistas antigas nas quais o jurista relativizou a operação Lava Jato e elogiou o ex-juiz Sergio Moro.
Durante a operação, pela qual Lula acabou condenado e preso, Pierpaolo Bottini atuou na defesa de executivos de empreiteiras que firmaram acordos de delação premiada.
A coluna apurou que também chegou a integrantes do Planalto informações sobre a atuação dos advogados Pedro Serrano e Manoel Carlos de Almeida Neto, nome defendido por Lewandowski para a vaga.
Outro alvo da guerra de dossiês foi o atual presidente do TCU, Bruno Dantas. Os documentos exploram uma possível atuação do ministro a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Lewandowski completará 75 anos de idade em 11 de maio, quando terá de aposentar compulsoriamente. O ministro, porém, já sinalizou que deve deixar a Corte um pouco antes, no final de abril.
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