Dívida pública federal cai 3,07% e fecha janeiro em R$ 5,77 trilhões, informa Tesouro Nacional.

A dívida pública federal caiu 3,07% em janeiro deste ano na comparação com dezembro, informou nesta terça-feira (28) a Secretaria do Tesouro Nacional.

Com isso, a dívida ficou R$ 5,77 trilhões. Em dezembro, a dívida havia encerrado o ano em R$ 5,951 trilhões.

A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e demais tributos.

Os valores incluem o endividamento do governo no Brasil e no exterior. Porém, a maior parte da dívida brasileira é interna.

Detalhamento
Segundo o Tesouro Nacional, a redução na dívida é explicada, principalmente, pelo resgaste líquido (emissões menos resgates) de R$ 230,74 bilhões.

Os resgates foram puxados pelos títulos pré-fixados, que tiveram um alto volume de vencimento em janeiro. Esses títulos preveem, no ato da compra, qual o prêmio o investidor vai levar ao resgatar o título no vencimento.

A participação dos títulos prefixados no estoque da dívida pública federal caiu de 27,01%, em dezembro, para 23,47%, com os resgates de janeiro.

Por outro lado, o governo teve assumir R$ 48,04 bilhões em juros para continuar se financiando.

Com relação ao perfil dos investidores que detêm a dívida pública, as instituições financeiras continuam na liderança, com participação de 27,31% na dívida interna, o que corresponde quase à totalidade do estoque da dívida. Em seguida, aparecem os fundos de investimento, com participação de 24,42%, fundos de Previdência, com 23,57%, e investidores estrangeiros, com 9,79%.

Já o custo médio das emissões da dívida pública no acumulado em 12 meses aumentou de 10,21% ao ano em dezembro para 10,50% ao ano em janeiro.

Previsão para o ano
A previsão do Tesouro Nacional é que a dívida encerre o ano de 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.

O dado consta no Plano Anual de Financiamento (PAF), um documento divulgado pelo Tesouro que traz os objetivos, diretrizes e metas que serão observados na gestão da dívida pública federal.

A avaliação do Tesouro é que o cenário internacional deve continuar desafiador em 2023, com alta de juros nas principais economias, além das tensões geopolíticas.

G1

Postado em 1 de março de 2023