Dos 8 deputados federais do RN, 4 assinaram a CPI do INSS

O requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para investigar a fraude do INSS conta com 187 assinaturas. Da bancada de oito parlamentares do RN, três já tinham assinado o pedido de instalação da CPI: Carla Dickon (União), General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL. Na noite de segunda-feira (5), Robinson Faria postou no instagram que tinha assinado o requerimento.

Os deputados federais que ainda não assinaram o pedido de criação da CPI são Fernando Mineiro e Natália Bonavides (PT), João Maia (PP) e Benes Leocádio (União Brasil).


A deputada federal Carla Dickson assinou o requerimento na quinta-feira (24/4) e disse que “o PT não quis voltar ao governo pra governar, quis voltar pra retornar às cenas dos crimes e eles estão seguindo o roteiro à risca”.


“Esse é o Brasil do PT. O Brasil dos escândalos frequentes de corrupção. Precisamos botar luz sobre esse tema e escancarar toda a podridão que pode estar ali”, acrescentou a deputada ao justificar o motivo de ter assinado a CPI que vai investigar desvios que podem chegar a R$ 8 bilhões.


O deputado federal General Girão destacou a importância da CPI como instrumento de reparação aos aposentados prejudicados e punição aos criminosos: “Assinamos o requerimento para abertura da CPI do INSS. Vamos investigar e fazer justiça para aqueles aposentados que tiveram seu dinheiro roubado por essa fraude absurda”, declarou o parlamentar.


Para o deputado federal Sargento Gonçalves (PL) afirmou que esse escândalo da previdência social é uma demonstração de que “petista não deixa de roubar. É impressionante, dessa vez não aliviaram nem para quem votou neles, voltaram à cena do crime”.


A iniciativa da CPI busca apurar irregularidades que já somam mais de R$ 6,3 bilhões, segundo denúncias da Polícia Federal. O requerimento contava na quinta-feira (30), quando foi apresentado, com 185 assinaturas, superando com folga o mínimo necessário de 171 apoios.


Um dado que chamou atenção foi a forte adesão de parlamentares da base governista — partidos com ministérios no atual governo somaram 81 assinaturas. Entre eles, 25 deputados do União Brasil, 18 do PP, 18 do Republicanos, 11 do MDB e 9 do PSD.
O deputado Coronel Chrisóstomo (PL/RO) é o autor autor do requerimento para criação da CPI que terá até 120 dias para aputar a gestão, a execução e os sindicatos envolvidos na fraude do INSS.


O caso é investigado pela PF e pela CGU como crimes de corrupção (ativa e passiva), violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de dinheiro, envolvendo 11 entidades e associações.

Notificação

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) disse que notificou, desde março de 2023, o Ministério da Previdência sobre os desvios. “Foi a partir de nosso documento que a Polícia Federal começou a investigação”, declarou.


A deputada Bia Kicis (PL-DF), vice-líder da Minoria, disse que, quando foi presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle em 2023, foi aprovado requerimento para o Tribunal de Contas da União (TCU) investigar o caso. “Desde então, nada foi feito”, informou.
O 1º vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que a CPI é extremamente importante e necessária. “O governo deveria apoiar esta CPI, porque estará apoiando a transparência das investigações. Quem não deve, não teme”, disse.


Porém, o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), ressaltou que a investigação já está sendo feita de “forma clara e contundente”.

Benes vai repensar e João vai seguir o PP

Dentre os cinco deputados federais que ainda não assinaram o requerimento da CPI, o deputado federal Benes Leocádio (União) disse que “é favorável” que se investigue a fraude do INSS: “Quem deve que pague por lesar pessoas pobres, que responda, às penas da lei”.


Benes Leocádio explicou que na tarde desta terça-feira (6), a bancada do União se reúne em Brasília para discutir a questão, pois existe uma orientação partidária de que tratando-se de CPI e PEC, de ser tomada uma decisão conjunta nesses casos.
Leocádio explicou que o pedido de CPI foi encaminhada na quarta-feira (30) e havia deputados que já tinham viajado para seus estados por conta do ‘feriadão”.


Também já havia número suficientes de assinatura e, segundo Leocádio, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados permite que, posteriormente, cada parlamentar possa requerer e acostar assinatura à criação da CPI, individualmente.


Já o deputado federal João Maia decidiu se posicionar a respeito nesta quarta-feira (7). depois de conversar com a direção nacional do Partido Progressistas, segundo informou sua assessoria de Imprensa.
A TRIBUNA DO NORTE tentou contato com os deputados Robinson Faria, que está de saída do PL, Fernando Mineiro e Natália Bonavides (PT), mas não obteve resposta.

A TRIBUNA DO NORTE

Postado em 6 de maio de 2025