Ednaldo Rodrigues é afastado da CBF, mas diz estar tranquilo

Postado em 16 de maio de 2025

Minutos antes do afastamento da presidência da Confederação Brasileira de Futebol, por determinação da justiça, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues disse estar tranquilo: “Quem faz as coisas corretas não tem o que temer”. O dirigente deu entrevista em Assunção, no Paraguai, às 16h41 e foi afastado por determinação judicial às 17h.

“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido por Coronel Nunes”, escreveu o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro em sua decisão que determinou o afastamento de Ednaldo.

Dois pedidos também foram feitos ao Supremo Tribunal Federal para a saída de Ednaldo Rodrigues na última semana. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney defendem que foi falsificada a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em acordo do início deste ano. Além disso, um laudo pericial também indicou que a assinatura não é verdadeira.

O acordo, assinado por cinco dirigentes, encerrou a ação questionando o processo eleitoral da CBF. Na prática, permitiu o pleito que em março manteve Ednaldo Rodrigues na entidade. Se a assinatura for falsificada, Daniela do Waguinho e Fernando Sarney argumentam que o documento deixa de ter validade.

O caso voltou ao TJRJ por ordem do ministro do STF, Gilmar Mendes. No entanto, foi negado o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues, no dia 7 deste mês, mas foi determinado o envio do caso para o Tribunal para “apuração imediata e urgente… dos fatos narrados nas petições”.

A CBF pode recorrer da decisão, mas, por ora, está obrigada a realizar novas eleições. Em dezembro de 2023, Ednaldo havia sido afastado por decisão judicial, mas retornou ao cargo depois da liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

A medida também destitui toda a diretoria da CBF. Na decisão, o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro ordenou que Sarney convoque novas eleições “o mais rápido possível”. Fernando Sarney integra a atual gestão da CBF com mandato até março de 2026. Depois de romper politicamente com Rodrigues, ele não participou da chapa reeleita.

Tribuna do Norte