Enem 2023: SP e RJ concentram maior número de notas máximas na redação
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira (16) um balanço do resultado do Enem 2023 que aponta que 60 candidatos atingiram a nota mil na redação, pontuação máxima para esta parte da prova. São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número deles.
Conforme os dados divulgados pelo Inep, o Enem 2023 teve mais de 4 milhões de inscritos. Destes, mais de 2 milhões e 700 mil fizeram efetivamente a prova. Isso representa 68% de participação.
Entre os estados com mais participantes com nota 1000 estão: São Paulo e do Rio de Janeiro com sete cada; Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul com seis; e Goiás, Ceará e Bahia com quatro.
De acordo com o ministério, destas 60 redações nota máxima, apenas quatro são de candidatos da rede pública de ensino no Brasil. Em 2022, somente 18 participantes gabaritaram a redação. Não foram divulgados quantos participantes não pontuaram.
O tema da redação do Enem de 2023 foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirmou que o aumento do número de notas mil entre 2022 e 2023 pode estar relacionado com o amplo debate do tema na sociedade brasileira nos últimos anos, o que trouxe certa familiaridade aos participantes.
O Inep também divulgou as notas por área de conhecimento.
Participação
De acordo com o Inep, houve aumento na participação dos alunos de escolas públicas em relação ao ano anterior. Em 2022, 38,1% dos estudantes que concluíram o ensino médio na rede pública fizeram o exame. Em 2023, esse percentual subiu para 46,7%.
Mais de um milhão de participantes estão acima da nota de corte média e poderiam acessar 842 cursos no Brasil. São 37,1% do total de inscritos que realizaram a prova.
Durante a coletiva de imprensa para divulgar os dados do Enem 2023, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a criação de um incentivo para os estudantes desse grupo participarem do exame dentro do programa de incentivo aos estudantes pobres do ensino médio.
Camilo, porém, não informou qual o valor nem a forma de pagamento. A sanção da Medida Provisória (MP) aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro do ano passado deve ser realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nesta terça (16) e o pagamento deve começar em março.
Para entender os motivos que fazem com que candidatos faltem ao exame ou nem se inscrevam, o Inep irá realizar uma pesquisa com todos os inscritos. Os resultados devem nortear medidas a serem tomadas para aumentar a assiduidade e o número de participantes.
Prouni
Em relação ao Programa Universidade Para Todos (ProUni), que concede bolsas totais ou parciais em instituições privadas de ensino superior, o MEC informou que o edital com todas as regras será publicado na quarta (17). As inscrições serão abertas a partir da 0h do dia 29 de janeiro.
Resultado
Para consultar o resultado no Enem, os interessados devem acessar a “Página do participante” com o login único da plataforma gov.br. Com a nota obtida no exame, os participantes poderão se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que disponibilizará 264 mil vagas em 127 instituições de ensino superior em todo o Brasil.
As inscrições do Sisu acontecem na próxima semana, entre os dias 22 e 25 de janeiro. Diferentemente de outros anos, haverá apenas uma etapa de inscrição, que vai valer para cursos com início no primeiro ou no segundo semestre.
O resultado está previsto para 30 de janeiro, mas candidatos que ficarem na lista de espera podem ser chamados depois. O período para manifestação de interesse na lista de espera será de 30 de janeiro a 7 de fevereiro.
Pelo portal do gov, os candidatos também podem usar as notas do Enem 2023 para tentar vagas em instituições privadas pelo ProUni. Ainda é possível pleitear o financiamento dos custos do ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursar universidades particulares, mas o calendário não foi divulgado pelo MEC até o momento.
CNN