Facções criminosas viram principal alerta do Judiciário para as eleições de 2026

Postado em 8 de dezembro de 2025

A possível atuação de facções criminosas nas eleições de 2026 é hoje uma das maiores preocupações do Judiciário e de autoridades de segurança. Operações da Polícia Federal e decisões recentes mostram tentativas de políticos de favorecer integrantes de grupos como o Comando Vermelho.

O alerta não é novo. Na eleição municipal de 2024, a presidente do TSE, Cármen Lúcia, e a OEA já apontavam sinais de interferência criminosa, como pressão sobre eleitores, financiamento ilegal de campanhas e uso da estrutura de facções para influenciar resultados.

A ministra reforça que a ameaça é real e “não pode ser subestimada”. Segundo ela, há risco de que esses grupos busquem alcançar cargos estaduais e nacionais para interferir em leis e políticas públicas.

Relatórios, decisões e alertas
Um relatório da OEA sobre as eleições de 2024 identificou uso de dinheiro do tráfico, casos de violência política e tentativas de PCC e CV de patrocinar candidaturas para lavar recursos ou ampliar poder.

Em 2025, o TSE firmou entendimento de que integrantes de facções, milícias ou organizações criminosas não podem concorrer. A decisão foi reafirmada ao negar o recurso de Fabinho Varandão, condenado por participação em milícia no Rio. Para o relator, ministro Antonio Carlos Ferreira, permitir essas candidaturas ameaça a liberdade do eleitor e distorce a disputa.

O tribunal destaca que a Justiça Eleitoral deve agir para impedir que grupos criminosos usem o processo político para se legitimar, proteger atividades ilegais ou expandir sua influência dentro do Estado.

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