Flatulência: o novo efeito colateral associado ao cigarro eletrônico
Os cigarros eletrônicos têm efeitos colaterais ainda menos comuns do que se imagina. De acordo com um levantamento feito por um jornal britânico, até fevereiro deste ano, um total de 1.009 foram registrados pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido. Dentre eles, estão presentes aumento nas flatulências, dor de cabeça, espirros e náuseas.
Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que os cigarros eletrônicos aumentam em 1,79 vez a probabilidade de infarto . A sociedade ainda afirma que quase 3 milhões de brasileiros fazem uso regular dos DEFs, mesmo que a venda e a comercialização desses produtos tenham sido proibidas em 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A sociedade também alertou para o risco de intoxicação, especialmente por ingestão acidental, absorção pela mucosa oral ou contato com a pele em caso de vazamento.
Desde 2019, tanto o CDC quanto a Food and Drug Administration (FDA) registraram um aumento nos casos de lesão pulmonar aguda grave associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vapes. E afirma que já ocorreu o óbito de uma criança por ingestão acidental de e-líquidos.
Além disso, os usuários apresentam alterações no DNA semelhantes às descobertas em fumantes de cigarro tradicional. De acordo com pesquisadores da Universidade College London (UCL), na Inglaterra, e da Universidade de Innsbruck, na Áustria, isso indica a possibilidade de desenvolvimento de câncer.
O GLOBO