O presidente Lula (PT) pediu ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, que indicasse alguns nomes para o comando do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e, segundo apurou a coluna, o comandante sugeriu o nome do general Marcos Antônio Amaro dos Santos , que comandou a Casa Militar (como era chamado o GSI) no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Amaro e Lula, inclusive, já tiveram uma conversa antes de o presidente embarcar para Portugal . Segundo fontes da caserna, Amaro foi sondado pelo presidente sobre a possibilidade de assumir pasta e se mostrou disposto a aceitar o convite.

A espera, no entanto, é que Lula só bata o martelo nessa questão após o retorno ao Brasil, marcado para quinta-feira (27). Desde as invasões do dia 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes , Lula tem sido aconselhado por auxiliares a mudar a estrutura do GSI. Apesar disso, a tendência é que o presidente preserve a pasta com sua essência militar.

Lula resistiu em tirar o general Gonçalves Dias no cargo, mas, na semana passada, após imagens mostrarem o ex-ministro no Planalto no dia 8 , a situação de G.Dias — como ele era conhecido — acabou ficando insustentável e ele deixou o cargo .

General já expôs ‘divergência’ com Bolsonaro
Em abril do ano passado, quando era chefe do Estado-Maior do Exército, o general Amaro dos Santos afirmou, em evento com a participação do então presidente Jair Bolsonaro ( PL ), que a guerra na Ucrânia era uma “invasão” por parte da Rússia . A fala contrastou com a opinião de Bolsonaro à época, que defendeu uma postura de neutralidade.

Amaro, que foi segurança da ex-presidente Dilma por cinco anos, chegou a estar na lista para assumir o comando do Exército na gestão Bolsonaro, mas não foi escolhido pelo ex-presidente.

O general está na reserva desde janeiro e, segundo relatos de colegas de patente, tem externo a vontade de voltar a trabalhar.

UOL