Governo pede ao Google e à Apple que aumentem segurança de e-mails em celulares

O Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitou ao Google e à Apple que aumentem a segurança de aplicativos de e-mails em celulares para evitar a ação de criminosos. Na segunda-feira (5), o secretário-executivo da pasta, Manoel Carlos de Almeida Neto, enviou ofícios às duas empresas com o pedido.

De acordo com Almeida Neto, muitos criminosos têm exigido que a vítima entregue o celular desbloqueado para ter acesso aos dados dela e a aplicativos instalados no aparelho. Por isso, a pasta pede que as empresas passem a colocar uma camada a mais de segurança aos e-mails, como senha adicional e reconhecimento facial (Face ID) ou biometria.

“Os criminosos abrem os aplicativos financeiros alvo, clicam em “Esqueci a Senha”, e, ao solicitar o novo código, este é encaminhado para o e-mail da vítima, desprotegido no celular desbloqueado. Assim, pode ser possível recuperar, furtar e alterar as senhas, via aplicativos de e-mail abertos, para maximizar o lucro criminoso e os golpes, via movimentações financeiras, compras em plataformas de vendas on-line e transações em companhias aéreas, com pontos em programas de milhagem”, disse o secretário nos ofícios.

“Certo do comprometimento comum com a segurança das informações dos cidadãos brasileiros, o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicita a adoção de medidas para implementar camada adicional de segurança, por meio de senha ou biometria (Face ID), nos próprios aplicativos de e-mail instalados nos celulares, de modo a oferecer uma necessária camada de proteção nas caixas de correspondência eletrônicas do consumidor”, completou Almeida Neto.

No documento, o secretário diz que “tem empreendido todos os esforços para proteger os cidadãos que, possuem grande parte de suas vidas pessoais, profissionais e financeiras armazenadas nos telefones móveis”.

Almeida Neto cita como exemplo o aplicativo Celular Seguro, lançado em dezembro do ano passado, que permite o bloqueio do celular. Mais de 2 milhões de pessoas já se cadastraram no sistema, e 68 mil alertas de bloqueio foram disparados.

r7

Postado em 8 de agosto de 2024