Homem é suspeito de vender cavalos para fabricação de mortadela

Um homem de 48 anos foi detido na madrugada deste domingo, 18, transportando 27 cavalos que seriam destinados para um abatedouro ilegal para fabricação de embutidos. A prisão ocorreu em Aral Moreira, município do Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.

A força-tarefa foi montada no domingo para monitorar a rodovia MS-386 visando impedir o abate ilegal dos animais. Segundo informações da polícia para a CNN, as carnes dos cavalos seriam utilizadas na produção de mortadela e salsicha no Paraguai.

Quase 30 cavalos apreendidos
Durante a operação, foram apreendidos 27 cavalos, sendo 13 fêmeas e 14 machos. A Polícia Civil estima que o homem realizava, em média, quatro viagens até o assentamento por mês.

Todos os animais foram comprados no interior de São Paulo pelo valor total de R$ 8.100 reais. O suspeito alega que ele adquiria e revendia os cavalos pelo valor de R$ 21,6 mil.

Maus-tratos aos animais
Segundo os veterinários da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), os cavalos eram transportados em gaiola metálica sem piso emborrachado, forma inadequada de transporte recomendado pelo Ministério da Agricultura.

O órgão constatou também que os animais estavam debilitados e com lesões recentes causadas por arreios/selas. Em uma fiscalização anterior foram apreendidos 28 animais.

Carne de cavalo faz mal?
Os animais são considerados espécies de açougue no Brasil (art. 10 do Decreto 9.013, de 2017). A carne pode ser consumida desde que os animais sejam abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária, mas a prática do consumo não é comum no País.

A carne de cavalo não faz mal e é muito consumida por franceses, belgas, italianos e japoneses, na forma, por exemplo, de embutidos e misturada a carnes de porco e outros tipos.

O POVO

Postado em 21 de fevereiro de 2024