IBGE: Brasil bateu recorde de mortes e teve redução de nascimentos em 2021; casamentos e divórcios cresceram.

Dados estatísticos sobre registro civil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, mostram que, em 2021, o número de óbitos no país cresceu 18%, alcançando a marca de 1,8 milhão — taxa anual recorde da série histórica, iniciada em 1974. Em contrapartida, foi registrada a menor taxa de nascimentos desde 2003. Naquele ano, nasceram 2,6 milhões de bebês, uma queda de 1,6%, quando comparado com 2020.

Pâmela Dias
qui., 16 de fevereiro de 2023 às 10:00 AM BRT

Dados estatísticos sobre registro civil divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, mostram que, em 2021, o número de óbitos no país cresceu 18%, alcançando a marca de 1,8 milhão — taxa anual recorde da série histórica, iniciada em 1974. Em contrapartida, foi registrada a menor taxa de nascimentos desde 2003. Naquele ano, nasceram 2,6 milhões de bebês, uma queda de 1,6%, quando comparado com 2020.

Veja vídeo: Noiva faz brincadeira na hora de dizer ‘sim’ no casamento, e juiz de paz cancela cerimônia

Inclusão: Deputada apresenta projeto que prevê cota para trans em universidades estaduais do RJ

O crescimento no número de óbitos em 2021 superou o de 2020 entre os adultos de 40 a 49 anos (35,9%) e de 50 a 59 anos (31,3%). Cerca de 68,2% dos óbitos registrados são de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

Outro dado da pesquisa é que houve um aumento de óbitos femininos (20%) em relação ao masculino (16,5%).

Quanto à taxa de nascimento, as regiões Norte e Nordeste apresentam os maiores percentuais de mães com menos de 20 anos, cerca de 19,6%. A região com o menor número de mães nessa condição é o Sul, com 10%. Em todo o país, em média, 38% dos bebês nascidos em 2021 foram gerados por mães com 30 anos ou mais.

De acordo com análise do IBGE, a redução de registos de nascimentos observada pelo terceiro ano consecutivo parece estar associada à queda da natalidade e da fecundidade no país já sinalizada pelos últimos Censos Demográficos. Outra hipótese é que a pandemia de Covid-19, iniciada no ano de 2020, pode ter gerado insegurança entre os casais, fazendo com que a decisão pela gravidez tenha sido adiada.

Alta de casamentos

Ao todo, foram registrados 932,5 mil casamentos em 2021, uma alta de 23,2% em relação a 2020. Apesar do aumento, o número anual ainda não retornou ao patamar pré-pandemia, que tinha média superior a 1 milhão de uniões por ano.

Foram registrados 9.202 casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um aumento de 43% em relação a 2020. Casais formados por duas mulheres foram os que mais selaram a união (45%), contra 40,1% de casais homens.

Aumento de divórcios

Já o número de divórcios judiciais concedidos em primeira instância ou por escrituras extrajudiciais chegou a 386,8 mil, com alta de 16,8% quando comparado a 2020. Foi o maior aumento percentual em relação ao ano anterior desde 2011.

Em 2021, 55,8% dos divórcios eram entre casais com filhos menores de idade. Em média, a idade em que as mulheres se separam de seus companheiros é aos 40 anos, enquanto para os homens a maioria dos rompimentos acontece aos 43.

Yahoo

Postado em 17 de fevereiro de 2023