Integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ protocolaram renúncia coletiva
Integrantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ protocolaram uma renúncia coletiva. No pedido, há cerca de 150 nomes de advogados que atuam na defesa dos direitos humanos de forma voluntária na ordem e que pediram pra deixar as funções. O estopim teria sido a exoneração do presidente da comissão, Ítalo Pires Aguiar.
O grupo que se reuniu em frente à sede da OAB nesta terça-feira (9) alega que a exoneração teria sido porque o presidente da ordem, Luciano Bandeira, estaria insatisfeito com a decisão da comissão de pedir a reabertura das investigações em que houve atuação de autoridades policiais supostamente envolvidas na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Os pedidos envolvem principalmente casos que tiveram contato com o ex-diretor da delegacia de homicídios da capital e ex-chefe de Policia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, preso mês passado sob a suspeita de ajudar a planejar crime e de atrapalhar as investigações.
Além de integrantes da comissão , o secretário-geral da ordem, Alvaro Quintão e o tesoureiro Marcello Oliveira também renúnciaram.
Na nota de renúncia , os advogados afirmam que nos últimos meses, “tornou-se cristalino que parte importante da diretoria da OAB-RJ está mais preocupada em performar nas redes sociais e garantir apoios às suas pré-campanhas do que defender a advocacia e as instituições democráticas de nossa sociedade, funções basilares da instituição”.
A presidência da OAB nega as acusações. Em nota, a ordem disse que a diretoria nunca desautorizou iniciativas republicanas que tenham por finalidade aperfeiçoar as instituições e a prestação dos serviços públicos. Disse ainda que, agora sob nova direção comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária vai reestabelecer a interlocução com a Justiça garantindo a adoção de todas as providências pertinentes.
O presidente Luciano Bandeira acredita que que a motivação do movimento de renúncia seja eleitoral já que esse é um ano de eleições pra a presidência da OAB. Ele afirma que a Ordem dos Advogados do Brasil defende a revisão de todas as investigações suspeitas.
g1