Ipec: sob Lula, confiança dos brasileiros no presidente da República sobe ao maior nível desde 2012
A confiança dos brasileiros no presidente da República subiu ao nível superior desde 2012, segundo mostra o Índice de Confiança Social (ICS), série anual de pesquisas presenciais feitas desde 2009 pelo Ibope e mantida com a mesma metodologia pelo Ipec . Segundo o levantamento, o chefe do Executivo federal marca hoje 50 pontos em uma escala de zero (nenhuma confiança) a cem (muita confiança). O número de agora é nove pontos superiores ao que foi registrado em 2022, último ano da gestão Bolsonaro.
O índice do Ipec atribui notas de zero a cem para 20 instituições. O presidente da República ainda aparece na parte de baixo do ranking, na 16ª posição, apesar da melhora registrada em 2023.
Os candidatos do Nordeste são os que declaram maior confiança em Lula (na região, o presidente da República marca 66 pontos). Essa foi a única região onde o petista superou o número de votos de Bolsonaro no segundo turno das eleições de outubro. Por outro lado, os níveis mais baixos de confiança no petista são observados entre os consumidores das classes A e B (39 pontos) e entre os evangélicos (43), grupos que apoiaram majoritariamente Bolsonaro em 2022.
O início do governo de Lula também inspira mais confiança que o de seu antecessor. A administração federal marca 52 pontos na escala elaborada pelo Ipec, cinco a mais do que no ano passado e dois acima do registrado em 2019, primeiro ano do mandato bolsonarista.
Para a professora Rachel Meneguello, da Unicamp, os dados “refletem certo ânimo com o funcionamento democrático da política brasileira instalada com o governo Lula”.
Historicamente, os partidos políticos e o Congresso figuram nas últimas posições do ranking elaborado pelo Ipec. Na outra ponta, o Corpo de Bombeiros é considerado a instituição mais confiável já há 15 anos, com 87 pontos em 2023. Na sequência aparecem, ambos com 70 pontos, a Polícia Federal e as igrejas.
O Ipec entrevistou presencialmente 2.000 moradores de 127 municípios entre 1° e 5 de julho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos sobre os resultados do total da amostra, dentro de um intervalo de confiança de 95%.
O GLOBO