Irmão de prefeito morto está entre presos para “evitar derramamento de sangue”, diz delegado
Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (28), a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) esclareceu novos fatos sobre o assassinato do prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira (União Brasil). De acordo com a pasta, entre as 12 pessoas presas pelas forças de segurança, duas são suspeitas de envolvimento na morte do político. As outras dez foram detidas por porte e posse ilegal e indevida de armas. Entre os presos, está um dos irmãos do prefeito, que não é o presidente da Câmara, Jessé Oliveira. Conforme relatou o diretor da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE), delegado Alex Wagner, estes foram detidos para “evitar um derramamento de sangue na cidade”, que seriam motivados por vingança.
Ainda entre os dez presos, estão três policiais militares, sendo dois do Rio Grande do Norte e um do Ceará. Não há informações de envolvimento deles no assassinato do prefeito.
Confirmados como suspeitos de envolvimento no assassinato de Marcelo Oliveira, estão um taxista e um passageiro. De acordo com o delegado Alex Wagner, o taxista, da cidade de Pau dos Ferros, estava auxiliando na logística da fuga dos criminosos. No momento da prisão, além do motorista, estavam no carro mais duas pessoas que fugiram para o mato. A prisão ocorreu em Antônio Martins, que faz limite com a cidade de João Dias.
Questionado sobre os pedidos de segurança solicitados pelo prefeito antes do atentado que causou a sua morte, a Sesed afirmou que não houve nenhum ou registro de pedido formal de segurança na esfera estadual. “Não existe e nem existiu nenhum documento formalizado de pedido de segurança pessoal”, afirmou o coronel Araújo. Na esfera municipal, o comandante da PM na região do Alto Oeste, Nitoildo Dantas, reforçou a afirmação de Araújo, dizendo que não recebeu pedidos para fortalecer a segurança.
Em relação à segurança das eleições, o secretário coronel Francisco Araújo garantiu maior efetivo com o incremento dos novos mil policiais militares formados que vão reforçar a segurança em todas as cidades do Rio Grande do Norte.
O secretário também afirmou que houve um aumento do efetivo policial no município em 50%. De acordo com o titular da Sesed, havia seis policiais anteriormente na cidade e, no ano passado, foram inseridos mais três militares.
Tribuna do Norte