Justiça nega incluir conselheiros da Caixa em ação contra Guimarães.
A Justiça do Trabalho negou um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Distrito Federal para incluir os integrantes do Conselho de Administração da Caixa no processo contra a estatal e o ex-presidente da empresa Pedro Guimarães, investigado por assédio moral e sexual. A decisão foi assinada no fim do ano passado.
O MPT havia solicitado a inclusão de sete conselheiros que assumiram o posto na administração de Pedro Guimarães, no governo Bolsonaro: Rogério Rodrigues, Marcelo de Siqueira, Pricilla Maria Santana, Ricardo Magalhães, Carlos Roberto de Albuquerque, Istvan Kasznar, e Maria Rita Serrano. Esta última, a única que não foi indicada pelo governo Bolsonaro, mas eleita pelos funcionários para representá-los no colegiado, é a atual presidente da Caixa na gestão Lula. Em entrevista à coluna, Serrano disse que procurou a corregedoria para verificar se havia investigações contra Guimarães, e que era intimidada pelo presidente do banco.
Em junho do ano passado, a coluna de Rodrigo Rangel mostrou que cinco funcionárias denunciaram o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por assédio moral e assédio sexual. Em setembro, o MPT processou Guimarães e cobrou que o bolsonarista pague uma indenização de R$ 30,5 milhões por danos morais. A Caixa foi cobrada a pagar R$ 305 milhões.
As investigações do MPF apontaram que uma ex-funcionária da estatal afirmou que o departamento jurídico da estatal sabia dos episódios de assédio sexual e moral de Guimarães. Funcionárias e ex-funcionárias também declararam aos investigadores que o ex-presidente do banco apalpava colegas de trabalho sem permissão, o que é ilegal.
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