Lamborghini: dono de loja diz que Youtuber deu calote de R$ 1,4 milhão

O youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim, deixou pagar as parcelas da Lamborghini Huracán depois de ter sido alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em março de 2022. O carro esportivo havia sido comprado pelo valor de R$ 3,5 milhões a prestações na concessionária All Motors, localizada em Goiânia (GO).
“O veículo foi vendido por exatos R$ 3,5 milhões. Foi pago R$ 2.060.000,00. Ele deixou de pagar R$ 1.440.000,00. Há dois anos a empresa cobrava do senhor Kleber o valor devido”, contou o dono da concessionária All Motors, Edmundo Pedroso. Até a operação, o youtuber estava adimplente com as parcelas do veículo.

Segundo o empresário, a venda do veículo de luxo para Klebim seguiu todos trâmites legais, com notas fiscais. Após dois anos sem êxito, a concessionária e o youtuber conseguiram fechar um acordo com o Judiciário. Segundo Pedroso, a concessionária assumiu o compromisso de devolver os valores já pagos pelo veículo.
O dinheiro ficará à disposição da Justiça, a princípio, para que possíveis credores do youtuber possam discutir em juízo. Para Pedroso, a celebração do acordo pela Justiça atesta a seriedade da concessionária. “A All Motors foi uma vítima”, completou. A defesa de Klebim confirmou o acordo.

“A All Motors é uma empresa com 36 anos de mercado nacional e extremamente idônea, mas acabou prejudicada com uma venda totalmente lícita e resguardada com notas fiscais para o senhor Kleber. Agora, a Justiça foi feita”, ressaltou Pedroso.

Huracán
A PCDF deflagrou a operação Huracán para desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos de azar. Automóveis esportivos eram rifados pelas redes sociais. Outros carros de alto padrão também foram apreendidos. Klebim seria o pivô do suposto esquema.

Segundo o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Klebim e outros sete acusados integram uma organização criminosa que tem o objetivo de obter vantagem econômica mediante a prática de crimes de lavagem de dinheiro.

Os valores, de acordo com a acusação, eram recolhidos a partir da exploração de jogos de azar, consistentes na venda ilícita de rifas de veículos de alto padrão, celulares e outros produtos divulgados pela internet.

Defesa
No recebimento da denúncia, o advogado Cleber Lopes, que representa Klebim, disse estar convencido de que “esse processo não terá o fim que o Ministério Público espera”.

Metrópoles

Postado em 16 de fevereiro de 2024