O humorista Leo Lins se pronunciou publicamente nesta quinta-feira 6 sobre a decisão judicial que o condenou a mais de oito anos de prisão e ao pagamento de multa de quase R$ 2 milhões. A sentença foi proferida pela juíza Barbara de Lima Iseppi. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o vídeo com comentários que zombavam de diversas minorias chegou a marca de três milhões de visualizações.

Em uma live transmitida no YouTube, Lins afirmou que preferiu estudar toda a decisão antes de fazer qualquer declaração pública. “Antes de me pronunciar, quis ler toda a sentença da juíza que condenou um humorista, no caso eu, a mais de oito anos de prisão e a uma multa de quase R$ 2 milhões. Esse vídeo não é de piada. É a pessoa Leonardo de Lima Borges Lins, não o comediante Leo Lins”, afirmou.

Durante a transmissão, ele negou que as piadas devam ser interpretadas literalmente e defendeu que aquele era um personagem durante suas apresentações. “O personagem faz piadas ácidas e críticas. Sabe que nem todas as piadas são para todas as pessoas”, disse.

Lins também afirmou que os fundamentos utilizados pela magistrada na decisão tinha a Wikipédia como referência. “Sabe qual foi um dos embasamentos teóricos da juíza que me condenou a mais de 8 anos de cadeia? A Wikipédia”, declarou.

Relembre

A 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo condenou o humorista Léo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por piadas preconceituosas publicadas em um vídeo no canal dele no YouTube. A sentença foi proferida na última sexta-feira 30.

Além da pena, Lins deve pagar multa equivalente a 1.170 salários mínimos de 2022 — aproximadamente R$ 1,4 milhão — e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.

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