Ministro da Previdência diz que 685 mil aposentados e pensionistas buscaram atendimento nos Correios

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse nesta terça-feira (10) que mais de 685 mil aposentados e pensionistas já buscaram atendimento presencial nas agências dos Correios, que começou em 30 de maio.
Sem precisar quando as vítimas das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão o dinheiro indevidamente descontado de volta, o ministro anunciou o lançamento de um plano para identificar e classificar os riscos na previdência social.
A iniciativa, que será lançado na quinta-feira (12) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deve propor ações que reforcem a segurança dos processos adotados pelo governo.
“Queremos separar o joio do trigo e ficar com o trigo, com as boas entidades funcionando. Precisamos saber quais são aquelas que prestam serviços relevantes aos aposentados. Não podemos colocar na vala comum todas as associações”, disse Wolney.
O ministro participa, nesta terça (10), de uma audiência pública conjunta na Câmara dos Deputados para dar detalhes sobre a resposta do governo às fraudes no INSS.
Também durante a audiência, Wolney disse que “o INSS é um gigante do qual os brasileiros precisam ter orgulho” e destacou a atuação da Força-Tarefa Previdenciária, formada por INSS, Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF).
Segundo ele, entre os anos de 2023 e 2025, 103 servidores do instituto foram demitidos por suspeitas de participação em fraudes. Apenas em 2025 foram 12 demissões.
Além disso, desde a Operação Sem Desconto, deflagrada no fim de abril pela PF, cinco servidores de alta patente foram afastados do instituto.
“Essa força-tarefa existe de forma permanente. O que existiu no governo Lula foi a operação Sem Desconto. Isso quer dizer que foi o nosso governo que mandou chamar a polícia”, afirmou aos deputados.
CPI mista
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS já tem assinaturas suficientes para ser instalada no Congresso Nacional. Isso pode acontecer no próximo dia 17, quando o requerimento deve ser lido pelo presidente Davi Alcolumbre (União-AP) em sessão mista, com deputados e senadores.
Como já fez em outras ocasiões, o ministro da Previdência Social voltou a fazer críticas à instalação da comissão.
“Nenhum deputado ou senador sabe investigar mais do que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União. Meu receio é que a CPI atrase o ressarcimento e se transforme num palco de disputa política onde o interesse do cidadão fique em segundo plano”, disse.
sbt