Ministros do STF mantêm condenações de quatro acusados por incêndio na boate Kiss

Postado em 12 de abril de 2025

Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar os recursos e manter as condenações pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou 242 mortos. ocorrido em 2013, e mais de 600 feridos.

Os ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o cantor Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Bonilha foram condenados a mais 18 anos de prisão cada.

Os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin e Nunes Marques acompanharam o relator, ministro Dias Toffoli, em votação nesta sexta-feira (11). O único que ainda não votou é André Mendonça, que tem até as 23h59 para registrá-lo na sessão virtual

Toffoli manteve as condenações por entender que não há irregularidades na decisão anterior que confirmou as penas.

Histórico

Em 2021, os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, além de Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e do produtor de palco Luciano Bonilha Leão, foram condenados a penas que variaram entre 18 e 22 anos de prisão, por homicídio com dolo eventual.

No entanto, em agosto de 2022, a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que atendeu o recurso das defesas, alegando irregularidades no processo e os quatro foram soltos.

Em setembro de 2024, o ministro Dias Toffoli acolheu os recursos apresentados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e pelo Ministério Público Federal contra a anulação do julgamento, determinou que os condenados voltassem para a cadeia e a defesa recorreu da decisão.

O incêndio aconteceu em 2013 em Santa Maria (RS). Um artefato pirotécnico, durante apresentação de uma banda, provocou o fogo na casa noturna, deixando 242 mortos e mais de 600 feridos.

sbt