Moraes impõe limitar a visitas a Mauro Cid – pai fica de fora
O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que apenas a defesa, os filhos e a esposa do tenente-coronel Mauro Cid podem visitá-lo na cadeia.
A ordem foi dada na segunda-feira, 19. Pela decisão, qualquer outro visitante tem de solicitar uma autorização prévia ao STF, que avaliará se acata ou não o pedido.
A medida ocorre após VEJA revelar, na última quinta-feira, 15, que a Polícia Federal encontrou no celular de Mauro Cid documentos que traziam um roteiro de um golpe para manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder .
A reportagem apurou que, antes de dar a ordem restringindo o acesso a Cid, Moraes solicitou ao Exército a lista de todas as pessoas que visitaram o ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro – o documento vem sendo mantido em sigilo pelos militares. Após receber o material, expediu a estrangeira.
A medida foi recebida com estranhamento no meio militar, principalmente porque o pai de Cid, o general Mauro Lourena Cid , era um dos principais visitantes do filho. Com a experiência, a visitação agora fica condicionada ao aval de Moraes.
Como mostrou reportagem de VEJA, o general tem feito uma peregrinação em Brasília em busca de reverter a situação do filho, preso em uma cela no Batalhão do Exército desde o dia 3 de maio.
A prisão preventiva foi decretada por Moraes no âmbito de uma investigação que apura fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19. Cid também teve o celular apreendido e, nele, foram encontrados os documentos de cunho golpista.
VEJA